5 de outubro de 2010

A ALQUIMIA DE PARACELSO


Os alquimistas velaram principalmente seus segredos por meio de símbolos e frases alegóricas, a que os profanos atribuíam as mais grotescas interpretações, quando tomadas ao pé da letra.

Como discípulo de Tritheme, Paracelso assimilou sua terminologia e em seu vocabulário chama o princípio da Sabedoria de Adrop e Azane, que correspondem a uma tradição esotérica da Pedra Filosofal, onde Azoth é o princípio criador da natureza ou força vital espiritualizada, Cherio é a quintessência de um corpo, seja ele animal ou mineral; é o seu quinto princípio ou potência, Derses é o sopro oculto da terra que ativa seu desenvolvimento.

Segundo sua interpretação a Magia é a Sabedoria; é o emprego consciente das forças espirituais que visa a obtenção de fenômenos visíveis ou tangíveis, reais ou ilusórios, é o uso do poder da vontade, do amor e da imaginação, representa a força mais poderosa do espírito humano empregada em prol do bem. Assim, o glossário de Paracelso se caracteriza pelo caráter oculto de uma terminologia, no entanto, a chave dessa linguagem misteriosa não se perdeu, foi guardada pelos cabalistas e transmitida oralmente entre os iniciados.

Defendia a teoria da transmutação dos metais em substâncias diversas, aceitas até os dias de hoje; suas investigações principais ocuparam-se das propriedades curativas dos metais conhecida atualmente como Metaloterapia.

Suas investigações culminaram na teoria das três Substâncias, onde todos os corpos estão formados por três princípios básicos, a Teoria dos Três Princípios: sustenta que cada substância ou matéria em crescimento é constituída de Sal, Enxofre e Mercúrio; a força vital consiste na união dos três princípios; existe, portanto, uma ação tríplice, sempre atuante para cada corpo: a ação da purificação por meio do sal, a da dissolução ou consumação pelo enxofre e a da eliminação pelo mercúrio. O sal é um alcalino; o enxofre, um azeite; o mercúrio, um licor (a água), mas cada uma das matérias possui sua ação separadamente das outras. Nas doenças de certa complicação, as curas mistas são indispensáveis.


Paracelso descreve as três maneiras como o sal limpa e purga o corpo diariamente pela vontade do Archeus ou a força vivificante, inerente a cada órgão. No mundo dos elementos há várias espécies de álcalis, como a cássia, que é doce; o sal-gema, que é acre; o acetado de estanho, que é azedo; a colocíntida, que é amarga. Determinados álcalis são naturais enquanto que outros são extratos; e outros ainda se acham coagulados e atuam por expulsão ou por transpiração ou por outros meios.

o Enxofre (carga energética) significa o fogo,
o Mercúrio (princípio úmido (líquido) representa a água e
o Sal(parte mais sólida representa a terra ou ainda a Volatilidade, Fluidez ou Solidez.

Cada substância ou matéria em crescimento é constituída de Sal, Enxofre e Mercúrio; a força vital consiste na união dos três princípios, uma tríplice ação; a ação da purificação por meio do Sal, dissolução e consumação pelo enxofre e a eliminação pelo Mercúrio, o qual absorve o que o Sal e o En-xofre repelem.

Ainda na maioria dos três princípios, considerava como premissa de toda atividade a parte constitutiva de todos os corpos: Alma, Corpo e Espírito, de uma matéria que é única.

Em sua obra "ARQUIDOXO MÁGICO", que trata de amuletos e talismãs, é que Paracelso expõe seus conhecimentos da imensa força do magnetismo, combinando metais sob determinadas influências planetárias com o objetivo de curar doenças. Entre os metais utiliza-dos destacam-se ouro, prata, cobre, ferro, estanho, chumbo e mercúrio, no total de sete, com sig-nos celestes e caracteres cabalísticos.

Em "AS PROFECIAS", publicadas pela primeira vez na língua alemã por volta de 1530, estavam 32 gravuras simbólicas que tinham sido encontradas no monastério de Darthauser em Nurenberg; cada gravura estava acompanhada de uma legenda escrita em um estilo obscuro e enigmático, com textos de difícil interpretação; neles estariam guardadas os acontecimentos do futuro em uma espécie de filme, porém cujo desenrolar seria independente da se-qüência cronológica.

A sua "FILOSOFIA OCULTA" possui um especial interesse, por conter opiniões sobre as artes mágicas, manifestando seu vínculo ideológico ao cristianismo, destacando o papel da fé e da imaginação; contém uma série de observações que poderiam muito bem incluir-se no que hoje chamamos Medicina Psicossomática.

Na "BOTÂNICA OCULTA" diz que para conhecermos o mundo das plantas do ponto de vista oculto, devemos necessariamente estudá-las em suas relações com o Macro e o Microcosmo. Cada planeta é como uma estrela terrestre, suas propriedades celestes se acham inscritas nas cores das pétalas e suas propriedades terrestres na forma das folhas; toda a magia nelas esta contida, uma vez que em seu conjunto as plantas representam a potência dos astros; o Reino Vegetal esta sob a influência dos planetas e tem como finalidade alimentar o homem e curar suas doenças. Em seu corpo físico atua a alimentação, em seu corpo eletro-magnético atuam pela cura de suas doenças e em seu corpo astral: sonambulismo ou êxtase.

Em sua obra "TRATADO DAS DOENÇAS INVISÍVEIS", nos diz que se quisermos buscar a Deus, devemos buscá-lo dentro de nós mesmos, pois fora jamais o encontraremos. O Reino de Deus, dizia ele, contém uma relação intima com nossa vida de Fé e de Amor, uma infinidade de mistérios que a alma penetrante vai descobrindo uma por uma.


No glossário de Paracelso vemos que o princípio da sabedoria se chama Adrop e Azane, que corresponde a uma tradução esotérica da pedra filosofal.

Azoth é o princípio criador da Natureza ou a força vital espiritualizada.

Cherio é a quintessência de um corpo, seja ele animal, vegetal ou mineral; é o seu quinto princípio ou potência.

Derses é o sopro oculto da Terra que ativa seu desenvolvimento.

Ilech Primum é a Força Primordial ou Causal.

Magia é a sabedoria, é o emprego consciente das forças espirituais, que visa a obtenção de fenômenos visíveis ou tangíveis, reais ou ilusórios; é o uso benfeitor do poder da vontade, do amor e da imaginação; representa a força mais poderosa do espírito humano empregada em prol do bem. Magia não é bruxaria.

Observamos que Paracelso estabeleceu uma divisão dos elementos a serem estudados nos corpos animais, vegetais ou minerais. Dividiu-os em Fogo, Ar, Água e Terra, conforme tinham procedido também os antigos. Estes elementos se acham presentes em todo corpo, seja ele organizado ou não, e separáveis uns dos outros.

TEORIAS HERMÉTICAS - Na origem primordial das coisas, os filósofos concebiam um caos no qual estavam prefiguradas as formas de todo o Universo; uma matriz ou matéria cósmica e, por outro lado, urçi fogo gerador em que a ação recíproca constituía a mônada, a pedra de vida ou Mercúrio: meio e fim de todas as forças.

Este fogo é ardente, seco, macho, puro, forte; é o espírito de Deus levado sobre as águas, a cabeça do dragão, o Enxofre.

Este Caos é uma água espermática, cálida, fêmea, úmida, lodosa, impura: o Mercúrio dos alquimistas.

A ação destes dois princípios, no Céu, constitui o bom princípio:* luz, o calor, a geração das coisas.

A ação destes dois princípios sobre a Terra constitui o mau princípio: a obscuridade, o frio, putrefação ou a morte.

Sobre a Terra o fogo puro se converte em grande Limbo o yliáster, o misterium magnum de Paracelso; isto é, uma terra vã e confusa, uma lua, com água mercurial, o Tohu v'bohou de Moisés.

Finalmente, a água pura e celeste passa a ser uma matriz, terrestre, fria e seca, passiva: o Sal dos alquimistas.

Desta maneira vemos como na Natureza todas as coisas passam por três idades. Seu começo ou nascimento surge na presença de seus princípios criadores. Este duplo contato produz uma luz, depois vêm as trevas e uma matéria confusa e mista: é a fermentação.

Esta fermentação termina com uma decomposição geral ou putrefação, depois do que as moléculas da matéria em ação começam a coordenar-se, segundo a sutilídade da mesma: é a sublimação, é a vida que se manifesta.


Finalmente, chega o momento em que este último trabalho cessa: é a terceira idade. Então se estabelece a separação entre o sutil e o rude; o primeiro se eleva ao céu; o segundo permanece na terra; o restante permanece nas regiões aéreas. É o último término, a morte.

Conseguimos registrar o transcurso das quatro modalidades da substância universal chamadas Elementos; o fogo, a terra e a água reconhecemo-los facilmente e podemos coordenar todas estas noções, estabelecendo um quadro de analogia que podemos ler mediante o triângulo pitagórico. Este processo é seguido na índia (sistema Sankya) e na Cabala (Tarot e Sefiroth).

Eis aqui os princípios atuantes nos três mundos, segundo a terminologia hermética:

No primeiro mundo, o Espírito de Deus, o Fogo incriado, fecunda a água sutil, caótica, que é a luz criada ou a alma dos corpos.

No segundo mundo, essa água caótica, que é ígnea e contém o enxofre de vida, fecunda a água intermédia, este vapor viscoso, úmido e gorduroso, que é o espírito dos corpos.

No terceiro mundo, esse espírito, que é fogo elemental, fecunda o éter ígneo, que se chama também água espessa, lodo, terra andrógina, primeiro sólido e misto fecundado.

Assim, cada criatura terrestre é formada pela ação de três grandes séries de forças:

- umas provêm do céu empírico;
- outras, chegam do céu zodiacal;e
- as últimas, do planeta ao qual a respectiva criatura pertence.

Do céu empírico vêm a Anima Mundi, o Spiritus Mundi e a Matéria Mundi, vapor viscoso, semente universal e incriada.

Do céu zodiacal vêm o enxofre de vida, o mercúrio intelectual ou éter de vida e o sal de vida ou água-princípio, semente criada e matéria segunda dos corpos.

Do planeta vêm o fogo elemental, o ar elemental (veículo de vida) e a água elemental (receptáculo de sementes e semente inata dos corpos).

DEMÔNIOS V


Continuando com a lista dos demônios conhecidos através dos tempos, das religiões e dos vários locais do mundo:

81.Orthon :
demônio familiar do conde de Corasse e do conde de Foix. Invisível , sabe tudo o que acontece no mundo . Quando aparece, costuma mostrar-se como uma porca .

82.Raymon :
demônio poderoso, encarregado das cerimônias infernais , aparecendo na forma de um homem vigoroso, mas com rosto de mulher , coroado com jóias e montando um dromedário .

83.Pazuzu :
demônio assírio, rei dos espíritos maus do ar , filho de Hanpa . Há no museu do Louvre uma estátua de bronze do século VII , representando Pazuzu, com forma humana, duas asas e dois chifres .

84.Pérsefone :
deusa do inferno, filha de Júpiter e Ceres, mulher de Plutão. É a mãe das fúrias.

85.Prusias :
um dos três demônios a serviço de Satanáquia, grande general das legiões de Satã.

86.Ravana :
demônio rakchasa, do épico Ramayana, soberano do Ceilão que raptou Sita, esposa de Rama. Ramayana é um poema sânscrito, ao mesmo tempo religioso e épico, em 50000 versos e sete partes. Celebra a genealogia de Rama, a sua juventude , a luta contra Ravana , raptor de Sita , sua vida e ascensão para o céu . Rama é uma das encarnações de Vichnu na mitologia hindu e deus da Índia, casado com a deusa Sita .

87.Rimmon :
embaixador do inferno na Rússia czarista . Demônio menor, chefe dos médicos, acreditando-se que era capaz de curar a lepra .

88.Saarecai :
demônio menor que habita os buracos da casa , mas não faz mal a ninguém.

89.Sardon :
conselheiro do inferno, sacrificando as criancinhas nos sabás. Deu origem à expressão "risadas sardônicas ".

90.Seirim :
demônio cabeludo na forma de bode, que dança nas ruí¬nas da Babilônia, comandado por Azazar .

91.Shabrini :
demônio dos antigos judeus que costumava cegar os homens .

92.Shedim :
demônio destruidor . Dizem ser descendente da serpente, outros dizem ser de Adão, depois da queda, e outros de Deus, que deixou os inacabados , incompletos , por causa do dia do descanso , ou seja, do Sábado. Para poder localizá-los, devem ser espalhadas cinzas pelo chão, para que esses demônios deixem seus rastros, dependendo, todavia, de uma formula mágica a ser proferida, para que possam ser vistos. Suas garras são de galo e seu chefe é o demônio Asmodeu .

93.Súcubos :
demônio fêmea, em oposição aos í¬ncubos, tentando os homens durante o sono, nada os detém até conseguirem copular com eles . Costumam visitar os solitários, monges e pastores, aproveitando-se de seus jejuns e abstinências. Reanimam cadáveres que depois de uma noite de amor, voltam ao estado putrefato. Muitas vezes, dizem, tomam a forma da pessoa amada.

94.Tônatos :
demônio masculino que personifica a morte, irmão de Hipnos (sono) e de Nix (noite). Freud, em seus estudos, desenvolveu o conceito no qual Tônatos é uma das forças que governam o inconsciente profundo. A outra e Eros (o amor) .

95.Tarasgua ou Tarascon :
metade monstro da terra, metade do amor, foi vencido por Santa Marta , que o prendeu em seu cinto de virgindade . Apresentava cabeça de leão, com seis pés, patas de urso e rabo de serpente.

96.Thamuz :
embaixador do inferno na Espanha, sendo inventor da artilharia, da Inquisição e de suas punições. Era considerado o inspirador das grandes paixões.

97.Ukobach :
demônio inferior e responsável pelo óleo das caldeiras infernais. É o inventor da frigideira e dos fogos de artifício, aparecendo sempre com o corpo em chamas.

98.Uphir :
demônio químico, conhecedor de ervas medicinais e responsável pela saúde dos outros demônios .

99.Vetis :
trabalha para Satã, especialista na corrupção das almas de pessoas santas .

100.Xaphan :
demônio menor que, por ocasião da rebelião dos anjos, deu a sugestão para se atear fogo no céu. É o que acende o fogo no inferno.

101.Xesbeth :
demônio das mentiras, dos prodígios imaginários, dos contos maravilhosos .

102.Vekum :
demônio que seduziu os filhos dos anjos sagrados e persuadiu-os a virem à terra e Ter relações sexuais com os mortais, conforme o livro de Enoque .

103.Zaebos :
demônio com cabeça humana e corpo de crocodilo.

104.Zagam :
demônio das decepções e dos desenganos. Consegue transformar cobre em ouro, chumbo em prata,sangue em óleo , água em vinho. Tem asas e cabeça de boi .

105.Zagamzaim :
diabo disfarçado de eunuco, descrito por Vitor Hugo .

106.Zepar :
grão-duque do império infernal que tenta levar os homens à pederastia .

108. Namtar:
Deusa da Mesopotâmia, considerada por alguns segmentos como demônio. Serva de Erershkigal, a personificação do destino e arauto da doença e da morte.

109. Naberius e Vepar:
Ambos são citados por Reginal Scot (1538-1599) como sendo demônios, em seu livro "Discovery of Witchcraft" (1589), um estudo bastante cético e subjetivo sobre bruxaria e demonologia.

- Naberius: Também conhecido como "Cerbus" chefia 19 legiões demoníacas, tem a aparência de um corvo e fala como um cavalo, e é capaz de oferecer os dons das artes e, em especial da retórica.

- Vepar: Também conhecido como "Separ", é um poderoso Grão-Duque com a aparência de uma sereia q comandava as águas.

110. Maymon:
Foi citado na outra lista como Mammon, mas aqui vou complementar um pouco, pois possui duas referências divergentes entre si.
A primeira é Maymon - o chefe dos anjos do ar e regente do sábado
A segunda é Mammon - um anjo caído e deus pagão no Oriente Médio
(Continua)

MAGIA


A magia é a ciência (conhecimento) tradicional dos segredos da natureza. A arte hermética é ao mesmo tempo uma religião, uma filosofia e uma ciência natural.

- Como religião, é a dos antigos magos e iniciados de todos os tempos;

- Na filosofia podemos encontrar seus princípios na escola de Alexandria e nas teorias de Pitágoras;

- Como ciência, é utilizada em muitos processos (ver obras de Nicolau Flamel e Raimundo Lullo, por exemplo).

A formação de um mago é holística. Seus estudos são amplos e abrangem todas as áreas da ciência: humanas, exatas e naturais, como física, química, biologia,etc., além de práticas destinadas ao condicionamento e integração entre o corpo e mente. As operações mágicas são resultados de uma ciência (conhecimento) e de um hábito (prática continuada). E tudo se baseia nisso, a magia é utilizada para o estudo e melhor compreensão do conhecimento.

O sobrenatural não é magia; o sobrenatural é simplesmente o natural extraordinário. Nem pense em milagres, eles não existem; milagre é apenas um fenômeno que impressiona, porque é inesperado.

O Ocultismo abre diversas portas, como se fosse uma chave Universal. A Cabala é o molho de chaves, e o Hermetismo mostra a chave correta para cada porta. Uma vez que conhecemos o outro lado, não há volta. Desencadeamos uma série de eventos que, por sua vez, desencadeiam outros.

A MAGIA DIVINA engloba todas as formas de magia que vimos até agora e é dividida em dois segmentos:

* Magia Religiosa
* Magia Energética

Magia Religiosa: Na magia religiosa, as divindades naturais são evocadas quando colocadas oferendas em seus santuários naturais e o ritual é um ato religioso, revestido de preceitos e posturas religiosas por quem os realiza. As velas são usadas para complementar as oferendas propiciatórias e como sinal de respeito e de reverência para com as divindades às quais elas são consagradas e firmadas. Magia Religiosa seria aquela que qualquer um pode praticar, ou seja, magia para leigos. Atua de dentro do ser para fora, pois é ativada pela sua própria fé individual, passando daí a atuar em benefício próprio ou alheio.

Magia Energética: Na Magia Energética, as divindades são ativadas a partir de uma escrita mágicka ou magia riscada e são usados elementos mágickos especí¬ficos. As velas se destinam a projetar ondas energéticas iguais que transmutarão as energias negativas. A Magia Energética necessita de um estudo mais aprofundado, conhecimento sobre os instrumentos e etc. Atua de fora para dentro, pois é ativado o fator/poder da divindade e só a partir dela chega aos elementos magísticos e é enviada à pessoa a ser beneficiada pelo ato.

A Magia Divina: A Magia Divina, ou Teurgia, é uma Magia Iniciática ou Alta Magia que pode ser praticada pelas pessoas, independentemente da formação doutrinária ou crença religiosa delas. Não pede nada mais que a crença em um Deus Criador e a crença em Hierarquias Divinas regidas pelas Divindades.

A Magia Divina não usa o lado da "sombra da árvore”. Os praticantes da Magia Divina são buscadores incansáveis do conhecimento em benefício do crescimento e auxílio à humanidade, não esmorecendo em momento algum e não se deixando abater ante as dificuldades e os infortúnios que visam prová-lo. É a manifestação da vontade superior, emanada pelo Divino Criador e por Suas Divindades, vontade essa que foi trazida dos mais elevados níveis vibracionais da criação por um grupos de espíritos Ascencionados liderados pelos amados mestres da Luz.

Apesar de ser uma só, a magia possui diversas formas e níveis de atuação. Essas formas se dividem em quatro níveis/graus/manifestações, chamados de círculos:

1. Baixa Magia:
O primeiro nível é a Baixa Magia, onde está grande parte de quem começa a aprender a magia. Ex: tipo wicca,etc. A magia de cunho terrestre, geralmente pagã é baseada no desregramento dos sentidos.

2. Alta Magia:
O segundo nível engloba um grau mais maduro e nele se encaixam a prática do Ocultismo, muito hermetismo e um pouco de Cabala, Alquimia, introdução aos Sistemas Enochianos, etc. É a magia do controle, a magia do domínio da realidade pelo homem. É um tipo de magia intelectualizada e baseada na separação platônica da carne e do espírito. O Mago domina e ordena as entidades e para tal tem que ser controlado tanto por dentro quanto por fora.

3. Teurgia:
O terceiro nível engloba os anteriores e seria a Teurgia, onde trabalha diretamente a relação do homem com o Divino, não havendo nenhuma ligação entre intelectualidade, conhecimento ou educação.Lida com os 72 nomes de Deus, com suas manifestações, com as sephiroth da Kabbalah e com os Salmos bíblicos. É uma forma de mágica ritual, com o objetivo de incorporar a força divina ou em um objeto material ou no ser humano através da produção de um estado de transe visionário.

Alguns estudiosos consideram a Goécia entre o circulo da Alta Magia e da Teurgia. A goecia seria a parte da magia dedicada à invocação dos espíritos que povoam o mundo oculto.

4. Taumaturgia:
O quarto nível é o da Taumaturgia, que engloba todos os outros três. É o estudo e conjunto de técnicas com o objetivo de levar para as pessoas a energia especial de cura, possibilitando o alinhamento entre o Eu Inferior e o Eu Superior, contribuindo para a evolução pessoal, coletiva e planetária.

MAGIA CERIMONIAL: A Magia Cerimonial surgiu na Idade Média, entre o séc. XI e XII. É uma mescla que une Catolicismo, Cabala, Hermetismo e Gnosticismo.

A Magia Cerimonial consiste em executar uma operação mágicka, de forma completa e detalhada, com começo meio e fim. Para isso são utilizadas técnicas para montagem e preparação do ritual/operação mágicka utilizando-se símbolos, instrumentos, encantamentos e uma série de procedimentos.

De modo geral, para os encantamentos e técnicas de preparação do mago e do material, são utilizados nomes hebraicos e gregos de Deus, nomes de anjos e demônios, além de formulas mágickas compostas em latim ou hebraico, e com variantes utilizando esses alfabetos mágicos. Uma das finalidades da Magia Cerimonial é invocar/evocar espíritos com o objetivo de fazê-los realizar alguma ação ordenada pelo mago, por meio de um ritual ou operação mágicka.

GRIMÓRIO: Um grimório é um livro de conhecimentos mágicos escrito entre o final da Idade Média e o século XVIII. Tais livros contêm correspondências astrológicas, listas de anjos e demônios, orientações sobre como efetuar magias ou misturar remédios, conjurar entidades sobrenaturais e da feitura de talismãs.

Muitos magos constroem o seu grimório pessoal, escrito à mão, encadernado com capa dura e símbolos pessoais.

A palavra grimório vem do francês antigo gramaire, da mesma raiz que a palavra gramática. Isto se deve ao fato de, na metade final da Idade Média, gramáticas de latim, os livros sobre dicção e sintaxe de latim, serem guardados em escolas e universidades controladas pela Igreja – livros não-eclesiásticos eram suspeitos de conter magia.

Mas “gramática” também denota, um livro de instruções básicas. Uma gramática representa a descrição de uma combinação de símbolos, contendo também a descrição de como combiná-los, de modo a criar frases lógicas. Um grimório, por sua vez, seria a descrição de uma combinação de símbolos mágicos e de como combiná-los de forma apropriada.

Alguns dos grimórios mais famosos:

O Livro da Sagrada Magia de Abramelin, o Mago
Liber Juratis, or, the Sworn Book of Honorius
The Black Pullet
A Chave de Salomão
The Lemegeton ou A Chave Menor de Salomão
Le Grand Grimoire, O Grande Grimório

Ao final do século XIX, muitos desses textos (incluindo o Abramelin e A Chave de Salomão) foram reivindicados por organizações mágicas para-maçônicas como a Ordem Hermética do Amanhecer Dourado e a Ordo Templi Orientis. Aleister Crowley, um dos responsáveis por ambos os grupos, serviu como vetor para um número de movimentos modernos.

Um grimório mais recente é o Simon Necronomicon, cujo nome veio a partir do livro de mágicas fictício criado pelo autor H. P. Lovecraft e inspirado na mitologia suméria e na Ars Goetia (esta última, uma seção do grimório - A Chave Menor de Salomão - que lida com invocações de demônios).

O manuscrito Voynich é considerado por alguns como um grimório, apesar de seu texto nunca haver sido decifrado - existe a possibilidade de ser um embuste com séculos de idade.

Livros de encantamentos ("papiros mágicos") também são conhecidos desde os tempos mais remotos e são chamados grimórios por acadêmicos da atualidade. A maioria deles foi resgatada das areias do Egito e estão escritos em grego antigo e egípcio demótico.

Para terminar este texto, gostaria de esclarecer aos iniciantes o que estes magos pretendem ao invocar um espírito. Para isto, usarei trecho de um texto de Marcelo Del Debbio:

“Sabemos que as entidades que vivem no Astral são basicamente o mesmo tipo de pessoa que vive no Plano Físico; apenas não possuem um corpo de carne ou as limitações que possuímos aqui. Sendo assim, a índole e a moral destas pessoas varia da mesma maneira que a índole e a moral das pessoas que estão vivas. E o trabalho dos feiticeiros ou magistas consiste em chamar e contratar as pessoas certas para realizar o trabalho desejado.

No Plano Material, quando temos um problema de hidráulica em casa, contratamos um encanador para resolver o problema; se o problema é na fiação, chamamos um eletricista; se estamos doentes, chamamos um médico; e assim por diante… No Plano Astral, a coisa funciona da mesma maneira.

Quando um xamã indígena realiza um ritual de invocação de um “espírito ancestral” para, por exemplo, ajudar no tratamento de uma pessoa doente, é exatamente isso que ele está fazendo: entrando em comunicação com os antigos médicos da tribo que examinarão a pessoa e dirão o que há de errado com ela.

No mundo físico, se um bandido precisar “eliminar” um oponente, pode contratar os serviços de um matador de aluguel. Claro que isso é considerado criminoso, antiético, ilegal, etc… mas é uma possibilidade que existe! No Mundo Astral, acontece a mesma coisa. Pode-se contratar os serviços de pessoas especializadas em separar casais, manipular a índole das pessoas, quebrar objetos, atrapalhar negócios ou até mesmo aleijar, adoecer ou mesmo matar outro ser vivente. Nenhuma surpresa.

No mundo físico, os bandidos se agrupam em gangues, com símbolos, ritualísticas próprias (máfia russa, tríade, yakusa, etc.), usam máscaras para não serem identificados e terror e intimidação para impor respeito e medo nas suas vítimas (como por exemplo, nas armaduras samurai japonesas).

No Plano Astral ocorre a exata mesma coisa. Como o duplo-etérico (perispírito) é mais maleável do que nossa pele física, é possível modificar e transformar nossa estrutura espiritual para ficarmos com a aparência que desejarmos, o que inclui chifres, garras, dentes afiados e qualquer outra coisa que você pensar que vá assustar os crentes. E eles sabem disso e usam destas modificações astrais como maneira de intimidação, desde sempre.

Na antiguidade, os médiuns videntes eram capazes de enxergar estas formas e dos relatos delas surgiram as descrições que tradicionalmente associamos aos demônios, como asas, chifres, dentes, garras, rapo, espinhos e tudo mais. Outros assumem formas animalescas como lobos ou serpentes; outros ainda assumem formas vampíricas, monstruosidades ou deformidades. Também há entidades que se utilizam de correntes, pregos, ganchos, piercings, espetos e toda forma de agressões e auto-mutilações sado-masoquistas que você puder imaginar. O Baixo-Astral ou Baixo-Umbral está repleto deste tipo de criaturas.

Nos cultos afros, chamam estas entidades de Kiumbas, de onde vem a palavra quimbanda, ou “magia negra”. No kardecismo, chamam estas entidades de “obsessores” ou “espíritos trevosos”, no hermetismo chamamos estas entidades de “seres goéticos”.
E o termo “magia negra” é utilizado erroneamente, pois não há “cor” na magia, existe o uso que se faz da magia. Assim como o gênio da lâmpada na história de Aladin, estas entidades fazem o que o magista as comandar.

O ritual e toda a ritualística envolvida serve para se entrar em conexão com as entidades astrais. Para tanto, os magistas dividem as ritualísticas de invocação e evocação em três tipos: a Teurgia, a Magia Natural e a Goécia.

A Teurgia lida com os anjos e com os seres de luz, lida com os 72 nomes de Deus, com suas manifestações, com as sephiroth da Kabbalah e com os Salmos bíblicos (sim, a Bíblia se mostra extremamente valiosa para o estudante de ocultismo); A Magia Natural lida com Elementais (gnomos, ondinas, silfos e salamandras), orixás, Exus, Devas, Asuras, Djinns, Efreetis e outras criaturas da natureza. E finalmente, a Goécia lida com os seres do baixo-umbral, que aceitam atender a pedidos em troca de pouco.

Tendo os rituais certos, nos dias e horários certos, consegue-se contatar estes seres. O Ritual apenas chama estas entidades. O segundo passo é negociar “o preço do serviço”. E negociar com estas entidades é como negociar com os traficantes do “Cidade de Deus”, você nunca sabe o que poderá acontecer. “
(Continua)

RODA ASTROTAROLÓGICA-CABALÌSTICA V

LUA:
De acordo com este segmento configurado na análise do livro do esplendor, este arcano comumente chamado de “A Lua ” é representativo das “dificuldades”. Enquadra-se seu nome científico “crepúsculo” no sentido dado a esta misteriosa carta que vislumbra a condição sinistra e desfavorável com que o homem sem visão interior pode-se deparar, e no perigo oculto das trevas para aquele que falsamente se sustenta na matéria e nas suas paixões, sendo o ponto final do espírito totalmente materializado.


Nas sua manifestação evolutiva a letra TZADE que corresponde a uma inteligência ou espírito arquétipo da criação, simboliza o pensamento fixo em algum propósito, vontade, ordem, sugestão.

Neste mundo visível, regido pela divina sabedoria é que nesta letra hebréia se encontra uma ordem de anjos protetores, tendo como atributo divino o “Justo”.

O valor numérico é 90, seu significado hieroglífico, casa, ou teto: uma protege, outra limita astrologicamente este arcano.Quando escrita no último lugar o valor numérico da letra vale 700.

Corresponde ao signo aéreo de Aquário, aquele que torna uma decisão determinada, dominando sua emoções em prol do bom futuro. Seu governante é Saturno, o maléfico das energias concentradas, onde o esforço de uma nova era se sustenta na influencia de Urano (aquele que produz as mudanças positivas).

Estes dois planetas tem influência definida sobre os seres humanos, sendo que, se a fatalidade nos reserva o futuro, a vontade individual pode modificar o que ela preparou através da força oposta, a Providência Divina.

Dentro da quadriplicidade deste arcano maior se encontram os seguintes arcanos menores:

- o cavaleiro de espadas ou ar de numero 53 e
- os arcanos menores 3-6-9 do mesmo naipe, que corresponde aos seguintes números de arcanas menores: 57/60/-63.

O caminho da árvore é o 12 (10 de esfera mais 2 na ordem numérica alfabética).

Entre o caminho de BINHAH e GEBURAH foram criados a Deglutição, o Esôfago e a Sombra. Este caminho de coloração laranja no mundo material.

Encontra-se situado entre as esferas 1 e 5, sendo da luz e da imagem da magnificência e o lugar onde precedem as visões.

Quando pronunciado o nome sagrado e mentalizada sua coloração no caminho 18 , atua na pituitária posterior.

Aquário 21/1 a 19/2 - Ar Significado do Arcano Maior
Individualista / rígido (18) Dificuldade / Problemas Físicos
Livre / solitário
Saturno (antigo regente) Significado do Arcano Menor
Resistência (57)3 de espadas – deglutição - sufoco
Urano ( novo regente ) (60) 6 de espadas – esôfago / obstáculos
Inovação (63) 9 de espadas – sombra / perigo oculto
Cavaleiro de Espada ( 53 )
Imposição / Inesperado

SOL:
A décima nona carta do tarô é comumente chamada do “Sol” e representa o nome científico “Luz resplandecente”.


Este arcano representativo da “felicidade” ao mundo não contaminado pela queda, aquele que através das descobertas obtém a felicidade do casamento com o bem, a iluminação.

Deixa de ser a luz refletida do arcano anterior e passa a ser a luz criadora de Deus que se espalha no mundo dos elementos, no corpo dos homens e no reino mineral.

Transcendência evolutiva depositada na sabedoria do escolher da vida e no ouro dos filósofos é a verdadeira pedra filosofal.

Na evolução, este Arcano se exprime no caráter da letra KOPH que simboliza o “instrumento cortante ou machado” aquele que divide o mundo material da queda do mundo da ascensão, esta letra simboliza a compreensão, a arma, a voz, a lei.

Seu valor numérico no plano da encarnação 29 ( dez de esfera mais dezenove de ordem alfabética ) é quando escrita em ultimo lugar vale 500.

Astrologicamente este arcano está abaixo do signo de peixes, signo aquático que corresponde à substância astral, aquele que influencia, desprende-se das dependências do passado, objetivando o futuro.

Seu governante planetário é Júpiter aquele que com a confiança e a crença se associa a algo maior que o eu.

Na nova era seu regente é Netuno,que impulsiona o ser a livrar-se das limitações do próprio eu e do mundo material, necessitando libertar-se e sentir-se unido em fusão completa com o todo. O caminho pelos quais podem os homens chegar aos centros ocultos se fundamenta na Inteligência natural dos arcanos e a perfeição da natureza.

O fundamento da santidade está situado entre a esfera vencedora da morte NETZACH (7) e MALKUTH (10) esfera do Reino da Natureza Sua colocação no transito é verde esmeralda.

Este arcano enquadra dentro de sua quadriplicidade o Cavalheiro de Copas e também os arcanos menores 3,6 e 9 de copas, correspondente aos Arcanos Menores 71,74,77, do elemento água. Nestes arcanos são criados o Riso,o Baço do Corpo e da Luz.

Quando pronunciado o nome divino atua sob o sistema locomotor do lado esquerdo, sua cor é o vermelho púrpura.

Esta carta fecha o círculo externo das clavículas zodiacais de Salomão correspondentes às doze letras simples do alfabeto hebraico.

A partir deste Arcano teremos os sete arcanos planetários fundamentados das sete letras “duplas” do alfabeto. Esta denominação do ponto de vista etimológico é devido a sua pronuncia dupla.

A consideração esotérica das influências planetárias são polarizadas em virtudes ou defeitos, exemplo disto é Júpiter e sua benevolência positiva e seu orgulho negativo.

Peixes 20/2 a 21/3 – Água Significado do Arcano Maior
Bondoso / Manso (19) felicidade / Casamento

Júpiter ( antigo regente ) Significado dos Arcanos Menores
Confiante / Direito (71) 3 de copas – Riso / Falsas Ilusões
Urano ( novo regente ) (74) 6 de copas – Baço / Lembranças
(77) 9 de copas – Luz / Desejo de Fugir
Cavalheiro de Copas (67)
Nova Amizade / Abuso de Confiança

Este vigésimo Arcano maior comumente chamado “O Julgamento” e cientificamente de Juízo Final , onde a espada de dois gumes dá a vida a quem se torna espada ; ou a morte, a quem não entra em sua justiça. Cada ser deverá um dia medir forças com ela, nisto consiste o julgamento.

Os significados nos planos do Arquétipo, do homem e da natureza são; “o movimento”, “a respiração” e o” reino vegetal”.

Este arcano impera a letra RESCH que significa hieroglificamente “A cabeça do homem”. Cabeça que contém a unidade psíquica, a faculdade de escolha, do pensar, de sentir, de querer e dos sentidos neurológicos.


Vejam que o estado vegetativo de um ser humano resume-se basicamente em perder a cabeça, os seus sentidos neurológicos e seus movimentos periféricos; face do julgamento no poder que nos impulsiona para o caminho da evolução, das lições cármicas aprendidas no tempo e da transcendência, fonte de atração divina. Este é um dos caminhos do retorno é da transformação astral.

O regente planetário deste arcano é “Saturno”, o planeta maléfico, aquele que por seu próprio impulso precisa defender sua estrutura e a integridade do Eu, sendo responsável em seu disciplinado esforço da aceitação, dos deveres em sua rigidez e frieza.

Esta letra com valor numérico de 200 foi criada por Ele no plano cósmico, predominando em sua combinação uma com a outra (isto é próprio da emanação de todas as letras da primeira (IOD) criou a Paz, o Sexto dia do ano e a Narina esquerda do ser humano.

O caminho na árvore da vida é 30, sua coloração é laranja, encontrando-se situado entre as esferas 8 (HOD), esfera da glória e repouso e 9 (YESOD), esfera do fundamento e fecundação.

Este trigésimo caminho é chamado Inteligência coletiva. Desta é que se fazem as análises astrológicas e suas especulações.

Quando devidamente observada a posição da árvore no corpo humano, este caminho percorrido no nome e cor atua na cura do sistema reprodutor especificamente a vesícula seminal, o ureter, o testículo e o ovário direito.

A letra hebraica do Arcano é ”RESCH”, seu peso numerológico é 200 e na representação dos sentidos material e espiritual.

A vigésima segunda carta do tarô em forma seqüencial, já que sua antecessora não tinha peso numérico por ser o Louco, o 0 (zero), representa o ponto mais elevado de todo o ar. Este grande arcano comumente chamado “O Mundo.

” O símbolo de Deus e a criação, representação absoluta do macrocosmos e do microssomos No macro com os quatro elementos da natureza e suas derivantes fogo-água, terra e ar.

“A coroa dos magos” nome científico desta carta se revela pela mais alta elevação que se obtém através das honras e o êxito da suprema fortuna, na graça e na reciprocidade.


Mas quando consultado o livro da criação, criou a letra e fez predominar a beleza e quando a coroou e combinou uma com a outra formou Júpiter no mundo. É o sétimo dia do ano. Claro que para os cristãos este dia seria o Domingo, mas para a tradição judaica (precedente a cristã), esse dia é o sábado.

Este sétimo dia da criação se confirma na língua portuguesa que certamente chama domingo ao primeiro dia e segundo dia, a “Segunda feira”. Comumente o espanhol considera o domingo o dia do descanso e do culto, o último dia no mundo ocidental, seu calendário reserva o primeiro dia lavoral ao (Lunes – Segunda feira – Monday). A Tradição cristã impera no dia a dia, mais não é a lógica demonstrando cabalisticamente seu erro numérico.

A letra hebraica do Arcano “TAV” é última do alfabeto, seu peso numerológico é 400 e na representação dos sentido material e espiritual da lógica língua de Moises. Significa a Abundancia, Proteção e a Cruz, o sinal dos sinais.

O símbolo é Júpiter, planeta da expansão e da benevolência, da confiança e da fé num poder superior.

Em alguns tratados herméticos este arcano tem a representação astrológica do sol, mais quando consultado o livro da criação Ele criou a letra a fez predominar na beleza e quando a corou e combinou uma com a outra formou Júpiter, no mundo o sétimo dia do ano e a vida do seu humano.

O caminho cabalístico deste arcano é 32 (10 de esfera e 22 de carta) corresponde a uma ordem de espíritos ou Inteligência adjuvantes dirigindo todas as operações e divisões dos sete planetas.

Quando devidamente mentalizado atua no sistema reprodutor , na medula sacra, ventre, bexiga, próstata, útero, anus, uretra (pênis-vagina) ilíaco.

Sua coloração vermelha escarlate e em conjunto com o pronunciamento do nome divino produz o milagre da cura nos centros emocionais e órgãos sexuais, este caminho encontra-se entre as sephira de YESOD (9) esfera do justo fundamento e MALKUTH (10) esfera da soberania do reino.
(Texto de Juan Carlos Cruz)

4 de outubro de 2010

PANTÁCULOS II

Como vimos, os pantáculos são símbolos de grande poder, feitos e criados pelos magistas conforme seu grau de conhecimento, abrangendo nesse símbolo uma mescla de todo seu aprendizado. É a combinação das estrelas de cinco pontas com um círculo em torno delas. É o símbolo de toda criação mágica e as suas origens estão perdidas no tempo.

Triângulos, quadrados, estrelas de cinco ou seis pontas inscrevem-se nos círculos do selo; letras hebraicas, caracteres cabalísticos, palavras latinas se desenham sobre figuras geométricas.

Considera-se que os selos têm relação com realidades invisíveis, cujos poderes eles permitem compartilhar. Eles podem servir para suscitar os tremores de terra, o amor, a morte e para lançar toda a espécie de sortilégios. Eles simbolizam, captam e mobilizam, ao mesmo tempo, os poderes ocultos.

Basicamente o Pantáculo é um pedaço circular de madeira, que também pode ser feito de metal como cobre ou estanho e graficamente é representado como um círculo contendo símbolos, quaisquer que sejam: figuras geométricas , triângulos, quadrados, pentagramas, hexagramas, etc., onde, eventualmente, são aplicadas letras hebraicas, caracteres cabalísticos; palavras latinas; animais sagrados; e muitos outros; ou a conjugação deles.

Abaixo, um pantáculo cabalístico:



1. UTILIZAÇÃO:

Os Pantáculos possuem diversas formas de utilização e exercem as mais variadas funções. Quando utilizados na Magia Cerimonial, são feitos com o propósito de que os seres ou espíritos, invocados em seu nome, obedecerão aos comandos do magista durante o ritual/operação mágicka.

Os Pantáculos também são de grande utilidade contra todos os perigos da terra, do ar, da água e do fogo, contra venenos, contra todos os tipos de enfermidades, necessidades e medos, etc. Ou seja, onde quer que esteja, se estiver portando um pantáculo, estará sempre a salvo.

2. FORMAS E FUNÇÕES:

Existem diferentes Pantáculos, e suas funções variam conforme o Planeta regente do horário no qual o Pantáculo foi confeccionado. Então, vou colocar a seguir a função de cada pantáculo, conforme o planeta que o rege.

- Do Sol: Para obter sorte, saúde e felicidade;

- Da Lua: Para favorecer mudanças e assuntos familiares;

- De Marte: Para obter coragem, vigor, potência e vitória;

- De Mercúrio: Para ser bem-sucedido em negócios ou estudos;

- De Júpiter: Para obter honras e riquezas;

- De Vênus: Para obter amor, beleza e harmonia;

- De Saturno: Para proteger-se de perigos e afastar inimigos.


Como é difícil para a maioria encontrar o planeta regente de cada hora, isto não é uma regra, é apenas uma técnica que potencializa ainda mais o poder do pantáculo para determinada finalidade, mas nada impede a confecção de um pantáculo sem utilizar a hora correta.

Abaixo pantáculo feito utilizando dois alfabetos misticos (alfabeto malaquim / alfabeto cabalistico).


Franz Bardon explica que mais importante que os sí¬mbolos é o entendimento do seu significado, logo de nada adianta um circulo mágico se o magista não entende o que ele representa. Por outro lado a cabala prática (judáica), por exemplo, ensina ao adepto a meditar sobre os símbolos (sobre os nomes de deus, dos anjos...) que esses símbolos por sí só têm poderes mágicos.

PANTÁCULOS DO SOL:


Figura 1: tem a face do Anjo Metatron e, de cada lado, o nome El Shadai; no enxergo, uma fórmula conjuratória. Obriga os espíritos solares à obediência.

Figura 2: tem caracteres místicos do Sol e, no enxergo, os nomes de quatro anjos (Shemeshiel, Paimoniah, Rekhodiah, Malkhiel). Serve para reprimir o orgulho e a arrogância dos espíritos solares.

Figura 3: tem o nome YHVH repetido doze vezes e, no enxergo, Dan 4,34. Serve para adquirir renome, glória e poder.

Figura 4: tem no centro os nomes YHVH e Adonai e, no exergo, Sal 13,3-4. Obriga os espíritos solares a se mostrarem quando invocados.


Figura 5: tem nomes de espí¬ritos em caracteres místicos e, no exergo, Sal 91,11-12. Serve para obter a ajuda desses espíritos para longas viagens.

Figura 6: tem no centro um triângulo com o Yod, as letras do nome Shaddai nos ângulos e palavras de Gen 1,1 em volta; no exergo, Sal 69,23 e 135,16. Serve para operações de invisibilidade.

Figura 7: tem, em uma cruz, os nomes dos anjos (Chasan, do ar; Arel, do fogo; Forlakh, da terra; e Taliahad, da água) e dos governantes (Ariel, Seraph, Tarsis e Cherub) dos elementos; no exergo, Sal 116,16-17. Protege contra o perigo de aprisionamento e ajuda a liberta-se.

Figura 8: tem a figura do espírito do sol. Serve para trazer todas as virtudes do sol.


Figuras 9, 10 e 11: O Kamea do planeta, o quadrado mágico do planeta em duas versões, uma em caracteres latinos e a outra em caracteres hebraicos, a outra figura é o selo do planeta.

Planeta Marte - Confere Vitória sobre os adversários e sorte nos processos

Planeta Júpiter - Contra todos os tipos de perigos. Está sobre a proteção do Anjo Michael.

Planeta Lua - Confere intuição e auto-confiança.













COMO UTILIZAR : Antes de mais nada, não esqueça que o pantáculo correspondente ao nosso pedido e só terá efeito mágico quando colocado na "moldura" do Pantáculo Universal. Em primeiro lugar, tire uma cópia do Pantáculo Universal (imagem abaixo).


Recorte sua parte inteira acompanhando a forma do círculo menor, sem afetar as Letras Hebriacas que constituem a sua "moldura". Coloque este miolo interno recortado do Pantáculo Universal em um prato branco, de preferência sem uso, e queime-o com a chama de um fósforo. Após a operação assopre suas cinzas ao vento.

Escolha, então, dentre os pantáculos, o que mais lhe agrada ou vários que atendam às suas necessidades. Escreva no verso seu nome completo e data de nascimento.

Este pantáculo escolhido por você deverá ser montado.Use como "moldura" o desenho com as Letras Hebraicas, recortado do Pantáculo Universal.Feito isso,seu pantáculo estará magicamente pronto para sua proteção. Faça a oração abaixo:

Deus Pai-Mãe Nosso que estais no céu do cálice do Meu coração....
Santificado seja a Vossa Sagrada Chama da Vida eterna.
Venha o Vosso reino, agora,
através de Vosso Filho ressuscitado em meu coração,
em meu Ser, através de minha alma.
Faça-se a Vossa Vontade, na terra, através do Cristo ressuscitado na família Homem....
como no Céu, através da família dos anjos, Devas e seres ascensionados.
Dai-nos hoje o pão de cada dia, a corrente eterna de Substância Eletrônica,
que sustenta o nosso próprio Ser, e da qual vem toda perfeição para criar.
Perdoai-nos as ofensas contra a Vossa grande lei do Eterno Amor,
Qualificação Harmoniosa do Vosso Reino Perfeito da “causa”.
Mas livrai-nos da ilusão dos “efeitos” da consciência humano.
Porque Vosso é o reino, a Unidade de toda a Vida como Luz.
O poder para Ressuscitar tudo novamente para Vós
e a gloria da Vossa Própria Perfeição Sempre expandido-se.
Para Sempre e para Sempre
no momento Eterno do Agora.
Amém e Amém – Como Vosso Nome “Eu Sou”.

Você pode conservá-lo por quanto tempo desejar, pode também mudá-lo de lugar.Não há problemas em ser visto por outras pessoas.
Vários pantáculos servem a mesma pessoa.Nunca dê seu pantáculo à ninguém.Se optar pela pantacleia - um catalizador fluídico em forma de pingente, com um cristal na ponta e na parte inferior uma rosca - ,use apenas um pantáculo.

Assim como você não pode colocar um para-raios sobre a sua cabeça, não deve colocar um pantáculo sobre o corpo e sim numa parede, num altar, para desviar os malefícios que serão atraídos e neutralizados. Esses PANtáculos devem ser feitos em papel ouro, prata ou cobre e colocados a uma distância protetora.

EXISTEM VÁRIAS FORMAS DE UTILIZAR O PANTÁCULO:

Enrolado como um pergaminho,amarrado com uma fita da cor que você preferir;
No batente interno de sua casa;
No porta retratos, atrás de sua foto;
Dentro de um saquinho vermelho junto a você;
Atrás de um quadro, na cabeceira da cama;
Na pantacleia.



(Continua)

RITUAL DO ANIVERSÁRIO


A Origem deste Ritual remota o Antigo Egito. Ele é realizado por magistas em todo o mundo (e imitado praticamente por todas as pessoas do Planeta, sem que estas tenham conhecimento do que poderiam realizar se soubessem o que estão fazendo).

Durante cerca de 15 minutos por ano, o Sol entra em Conjunção Perfeita (zero graus) com o Sol do Mapa de cada pessoa da Terra. Isto ocorre no dia do aniversário de cada um e é o período mais forte do ano para a realização deste ritual de transmutação.

Para ampliar ainda mais o poder do magista para este ritual, neste dia ele reúne seus melhores amigos que, através de presentes (que normalmente são pequenos objetos feitos pelas mãos de quem presenteia, de maneira a serem receptáculos da emanação da Thelema de cada um dos convidados) emprestam sua energia pessoal para que o magista realize uma evocação.

Os presentes funcionam como transmissores da energia daquela pessoa para o magista (objetos ficam impregnados com as intenções de quem os tocam), mas podem ser substituídos por abraços (com intenção magística). O importante é que cada convidado saiba o que está fazendo; que a INTENÇÃO e vontade sejam sinceras.

No instante da conjuração, imbuído da energia emprestada de TODOS os convidados, o Magista poderá “fazer os seus pedidos” (evocar um Elemental do Fogo que, durante o próximo ano, tentará realizar o desejo expresso pelo magista no melhor de suas habilidades).

Esta conjuração é feita acendendo uma vela (magia do elemento fogo) e expressando o desejo da maneira tradicional. A vela não deve ser apagada e é removida para o altar ou para algum outro local na residência e deixada queimar até o final.

Após este pedido, o Magista devolve a energia emprestada aos convidados, através do verbo (sopro), para o bolo ou pão que será repartido entre eles (é a origem das comemorações envolvendo bolos e velas, com a diferença que não é a vela que se deve assoprar, mas o bolo). Esta parte do ritual chama-se “ágape”.

Todo o processo é um fluxo de energia vindo de todos os convidados para o Magista; usada na evocação e depois a devolução desta energia repartida entre todos os convidados.

Claro que hoje em dia praticamente todo este significado está perdido. Presentes viraram meras formalidades, compradas sem nenhuma intenção ou amor ou amizade, mais como obrigação do que como desejo de prosperidade para a pessoa; a comemoração propriamente dita virou uma algazarra e a vela é assoprada no final, para que desejo seja apagado junto com o elemental (que nem chega a ser invocado, já que quem acende a vela não faz a menor idéia do que está fazendo ali ou do por quê está acendendo aquela vela).

O bolo também virou apenas um evento gastronômico, sem nenhuma meditação ou entendimento do que está sendo feito naquele momento entre todas aquelas pessoas ou que energias poderiam ser trabalhadas para favorecer a todos.

ARCANO VII E A VIDA


Dentre os Arcanos Maiores retratados pelo baralho de Marseille e seus correlatos, é o único que a sugerir claramente um deslocamento, indicando que você sai (ou deve sair) de onde (do estado) se encontra neste momento. No próprio Marseille, a carta do Eremita, ainda que possa sugerir deslocamento em algum momento (para muitos ele é apenas um farol na escuridão), o mesmo se dá de forma lenta e meticulosa. Diria, inclusive, que ele não está indo, mas voltando para compartilhar suas experiências, mas isso é outra história. Depois do Rider-Waite, a carta do Sol passou a contar com a figura de um menino à cavalo ao invés de duas crianças dentro de um cercado.

Se não nos colocamos em constante movimento, acabamos por ficar enclausurados pelos tijolos (a cristalização de crenças e condicionamentos) mentais e emocionais que vão surgindo e são empilhados ao nosso redor (O Carro, 7, que tem A Torre, 16, como sombra) – e sabemos muito bem como esta história termina. É hábito dizer que A Torre força as mudanças que A Morte não promoveu por livre e espontânea vontade, mas não se trata só dela.

A carta que antecede O Carro é O Enamorado: toda vez que chegamos a uma encruzilhada em nossas vidas é preciso cortar (como faz A Morte) com alguma coisa, pois optar (diferente de conciliar – O Papa) é “escolher entre”. É necessário assumir uma postura diferente, mudar o rumo das coisas, deixar o velho para trás para que o novo se manifeste. Às vezes é muito fácil fazer isso, às vezes não.
O herói conta com a ajuda de dois cavalos para impulsioná-lo, símbolos de força e poder. Por serem dois, indicam o poder inerente ao indivíduo e a capacidade de manifestar este poder.

Observe, contudo, que os cavalos não parecem estar alinhados. Ainda que cavalos e cavaleiro olhem para a direita (deles) – o lado que evoca o futuro, o crescimento, a doação, o amor e a misericórdia – o cavalo da esquerda tem seu corpo voltado para a direção oposta – o lado que evoca o passado, as necessidades do ego e, muito provavelmente, o medo de abrir mão do certo pelo duvidoso, ainda que o “certo” provoque alguma (ou muita!) dor.

A vida é um campo de batalha. Lutamos a cada instante pela nossa sobrevivência e sanidade – ilusão pensar o contrário. All we need is love, tudo bem. Não se trata de desejar a luta ou ter prazer com ela, mas de estar pronto, quando necessário. Muitas vezes a recusa em lutar é exatamente o que nos coloca em uma condição onde o caos prevalece – de novo a história do 7 que traz o 16 consigo.


Outro ponto importante é que as batalhas mais importantes não são travadas FORA, mas DENTRO de nós mesmos, por isso, antes da maldizer a sorte ou qualquer pessoa de seu relacionamento, busque na sua mente e no seu coração os elementos que verdadeiramente alimentam o seu sofrimento.

Na literatura indiana encontramos um clássico de todos os tempo, o Bhagavad Gita, que narra a experiência da batalha vivida por Arjuna, que está perdido em meio a uma guerra que ele não pediu para participar, mas não tem como ignorar.

Arjuna está à frente dos Pandavas, enquanto seu primo Duryodhama lidera os Kauravas. Antes que a batalha tenha início, os dois buscam o auxílio de Krishna – que é D’us sob a forma de um avatar – ao mesmo tempo, de modo que ele oferece uma alternativa para ambos: um poderá contar com todas as suas armas e todo o seu exército; o outro contará apenas com a sua presença como condutor de sua carruagem.

Arjuna, obviamente, opta por contar com D’us ao seu lado – para a felicidade de Duryodhama, cuja visão se limitava às coisas materiais.

Olhe de novo para a carta do Carro. Onde estão as rédeas que conduzem os cavalos? Quando é a alma, e não o ego, que escolhe um caminho (ou seja, quando não somos motivados pelo poder, pela vaidade ou pelos aspectos mais primitivos do nosso ser), entregamos as rédeas de nossa caruagem para D’us – e isso é mais do que suficiente.

A dificuldade que surge é que “entregar para D’us” significa sair do controle das coisas e tudo o que mais prezamos é a ilusão de que temos tudo sob controle, ainda que a realidade que conhecemos esteja desmoronando como um castelo de cartas ao vento. Dizemos alto “Que seja feita a Vossa Vontade”, mas suplicamos internamente “por favor, que ela não seja diferente da minha”.

A gente “entrega para D’us” e espera que o movimento aconteça, mas, às vezes, O Carro parece (veja bem, “parece”) não sair do lugar. E aí, tanto pode ser porque existe um tempo certo para cada ação ou porque as mudanças ocorrem de dentro para fora e só nesta última etapa a mente consciente consegue acompanhar o processo.
Em um dos comentários a respeito do Bhagavad Gita, encontramos a frase: “Mais vale uma morte merecida do que muitas indevidas”.

De fato, algumas coisas precisam morrer, dentro de nós, para que outras tenham vida. Matar o desejo de controle, por exemplo, é necessário, ainda que seja algo equivalente a exterminar o Jason, do Sexta-Feira 13 – quando menos você espera, lá está ele de volta. Por isso mesmo, orai e vigiai.

Osho dizia que não há grande diferença entre o covarde e o corajoso, além do fato que o covarde escuta os seus medos e os obedece, enquanto o corajoso escuta seus medos, afasta-os e segue em frente. O corajoso não é corajoso porque não tem medos, mas porque os têm e continua assim mesmo.

O medo surge quando estamos desconectados da vida. Desfrute a vida – isso também é do Osho – e o medo desaparecerá. A palavrar coragem vem do latim cor, que significa “coração”, assim, coragem tem a ver somente com “seguir o coração”, experimente.


De acordo com a tradição judaica, existe a Torá, revelada por D’us no Monte Sinai, escrita com letras de fogo, e um conjunto de relatos paralelos que deveriam ser passados de pai para filho, compilados no ano 500 DC, na forma de um livro, o Midrash Rabbah. Os midrashim descrevem, muitas vezes, os bastidores de cada evento, de modo a trazer uma nova luz a cada ensinamento.

De forma muito resumida, dois anjos vão à casa de Lot, em Sodoma, e avisa que D’us irá destruir tudo, mas que a vida dele e de sua família será poupada, contato que eles saiam rapidamente da cidade e, em momento algum, olhem para trás.

A mulher de Lot, cujo nome não é revelado em momento algum, denuncia a presença dos forasteiros, de modo que os habitantes tantam capturá-los. Lot arrasta a mulher e as filhas solteiras para fora da cidade. As filhas casadas se recusam a sair.

Alguns estudiosos dizem que ela se transformou em sal porque foi com sal que os traiu – teria pedido sal nos vizinhos avisando que era para servir os visitantes que haviam chegado de surpresa – mas eu arriscaria dizer que isso tem a ver com o poder de preservação do sal. Na própria Torá o pacto entre D’us e os homens é feito com sal para indicar que Ele jamais os abandonaria, mesmo que eles errassem repetidas vezes.

Tal como ocorreu à mulher de Lot, sempre nos transformamos em um pilar de sal quando estancamos entre o lugar/a condição em que não devemos permanecer (simplesmente porque não é boa para nós) e o lugar/a condição para onde devemos ir. Tentamos preservas as coisas, as pessoas, os vínculos – de forma consciente ou não – quando mais nada daquilo agrega valor às nossas vidas. Salgamos algo fresco para que ele não apodreça, mas não há como deter (pior, retroceder) um processo em franca deteriorização. Resistimos, achamos que – passando mais um tempo – tudo melhora, pensamos no trabalho que dará promover mudanças.

Devemos nos afastar da Torre quando ela começa a desmoronar. Pegar o Carro e seguir para além, sem olhar para trás. Se ficarmos, corremos o risco de sermos soterrados. Se avançarmos de forma vacilante, corremos o risco de olharmos para trás e viramos sal.

Gosto do Arcano VII do Waite, que coloca uma cidade ao fundo. Sair da cidade é sair da segurança, da zona de conforto. Buda largou tudo o que tinha para viver na floresta. A Torre e os muros da cidade têm a mesma cor.

A palavra usada para “pilar”, netsib, deriva de natsab, que significa “ficar parado em pé”, como um soldado em posição de sentido. Ela congelou, estancou, se recusou seguir adiante. Mesmo que Lot tentasse puxá-la, não conseguiria. A mulher de Lot olhou para trás. Quem não olharia? Ela estava deixando toda sua vida para trás, amigos, parentes, duas filhas – talvez netos, não sei.

O sal é extraído das águas do mar. A água evapora, fica o sal. A água é a expressão do Amor. O sal é a expressão do Julgamento. Quando falta o desejo de compartilhar, a água, fica apenas o desejo de receber, o sal. Ela não pensou no que poderia estar ganhando, apenas no que estava perdendo. Quantas vezes não agimos da mesma forma?
Talvez ela tenha pensado: “e se aqueles dois caras não são anjos de D’us coisíssima nenhuma?”. As pessoas, por vezes, nos falam de coisas com uma convicção profética. Nos dizem o que devemos e o que não devemos fazer. Seriam todas anjos/mensageiros de D’us? Nem sempre.

Fora o problema de lidar com o nosso próprio ego, por vezes temos que nos desviar do ego dos outros – seus medos, apegos, vaidades, … Sempre tem alguém que julga ter todas as respostas. Que acha que sabe o que é certo para você, põe o dedo em riste, desafia, faz ameaças. Será que sabe mesmo? Como reconhecer um anjo? Pergunte ao seu coração sem se deixar influenciar por afetos ou aversões. Não basta estar atento aos sinais, é preciso classificá-los para evitar enganos.

Um dos desafios do Carro é exatamente a autonomia, pois, na seqüência de cartas, ele foi treinado para seguir ordens que vêm de fora sem maiores questionamentos. Foram anos de condicionamentos. Seguir a intuição poderia ser algo passível de pena de morte. O mundo não quer que você pense, apenas que siga as regras.

O que chamamos de “despertar de uma nova consciência” (lembrando que há vários níveis de consciência a serem alcançados), nada mais é do que o reconhecimento do modo como percebemos a realidade através dos filtros de nossas crenças, associações e interpretações . Quando ele identifica que faz isso ou aquilo com base em motivações que não lhe pertencem, surge a oportunidade de fazer diferente.

Talvez por isso, colocadas lado-a-lado, o Arcano VII ainda olhe para o seu antecessor, refletindo, lucidamente, “ah, no passado eu agiria desta maneira por causa disso e daquilo, mas hoje sou livre para tomar novos rumos”.

Que você, como eu, possa entregar de coração as rédeas de seus cavalos e corajosamente ir onde nenhum homem esteve antes para explorar novos mundos, novas vidas, novas civilizações.
(Texto: Marcelo Bueno)

REGISTROS AKASHICOS


Segundo os Ensinamentos Ocultos, a Esfera Magnética da Terra (também conhecida como éter Cotidiano) é um campo energético contendo os padrões de todos os atos, pensamentos e fatos. Todas as nossas experiências de vida, lembranças, vivências e recordações são encaminhadas para os Registros Akashicos.

Esse campo é conhecido na terminologia Ocultista como Manto Indico. O material que compõe esse campo etéreo é conhecido como AKASHA, e os padrões nele contidos são chamados de Biblioteca Akáshica.

Existem sete planos de existência e um desses planos é conhecido como Plano Astral, onde se encontram os Registros Akashicos, q nada mais são do que a mente coletiva da humanidade. Quando um grande número de pessoas acredita numa mesma coisa, isso acaba tomando forma no plano astral. Então é lá onde se encontram todos os céus e infernos de todas as religiões.

Cada um deles tomou uma forma porque teve um numero suficiente de pessoas que acreditou nessa mesma coisa e é
por isso que as religiões falam tanto sobre fé. Se houver um acumulo de energia (grupo de pessoas) que acredite em algo comum (fé), logo este algo passa a existir. Então, existe uma infinidade de céus e infernos e cada um vai para o local criado no subconsciente.

Por exemplo, quando menciono "Papai Noel", surge em sua cabeça a imagem do velhinho gordinho barbudo e vestindo vermelho, não é??? Isto porque essa figura tomou forma na sua mente devido a um número suficiente de pessoas (memória coletiva) também imaginá-lo desta forma. Desse modo, ele recebeu essa forma nos registros Akashicos, dentro do plano astral.

Por se encontrar nesses Registros Akashicos a consciência coletiva de toda humanidade, são eles que permitem a evolução da sociedade, e cada um de nós colabora com isso.

Esse plano pode ser acessado através de habilidades psíquicas, viagens astrais ou estados de transe, e é a fonte do alguns chamam de material canalizado. Os ocultistas buscam ligar-se mentalmente a essa dimensão para obter conhecimento preservado e contido nos padrões de energia. Através dessa sintonia podemos obter o conhecimento levado pelo vento e relembrar coisas dadas como perdidas no passado.

Os REGISTROS AKÁSHICOS são mais facilmente acessados ao nascer do Sol. O Portal elemental de Akasha é geralmente empregado como portal mental para essa dimensão. Quando estiver tentando canalizar a partir dos Registros Akashicos, deve utilizar o portal e Akasha e mentalmente buscar um cenário de uma biblioteca num templo.

Com isso concluímos apenas uma coisa: nenhuma verdade é absoluta. O próprio ser humano cria suas verdades e as segue conforme sua própria vontade.

3 de outubro de 2010

SÍMBOLOS V

Abaixo, uma das formas de representar o enxofre alquímico (símbolo do volátil e expansivo). Já vi por aí este símbolo ser usado por alguns como a cruz de satã.



A Cruz na Coroa:


É um símbolo ocultista, um emblema da Loja Maçônica "Cavaleiros do Templários", também utilizado com frequência pela Sociedade Watchtower, entre outras.

Segue alguns símbolos utilizando a cruz e a coroa, usados na Maçonaria:



O símbolo abaixo é a representação da cobra alquímica de Flamel:




A figura abaixo era um símbolo mitológico do Titan Cronos, o tempo, o início e o fim.


Foi, também, um tipo de monograma usado pelo imperador romano Constantino para simbolizar o cristianismo. Antes, somente as figuras do peixe e da cruz tinham essa representação. Os símbolos S, O, G, I, PX sobrepostos formam um cristograma, pois as letras gregas XP (Chi-Rho, são as primeiras duas letras de Χριστός, "Cristo").

Os cristogramas eram empregados pelos cristãos antigos em moedas, lábaros, espadas, escudos, vestes, pinturas, esculturas e outros.

Levando em consideração que CRONOS e CRISTO começam com as mesmas letras, por isso o PX(Chi-Rho) pode servir como símbolo dos dois nomes, sendo que o símbolo de Cristo geralmente vem com as letras alfa e omega, que representam o Deus apocalíptico (..."Eu sou o inicio e o fim, o alfa e o omega)...(fig. acima)

Não podemos esquecer de que um mesmo símbolo tem vários significados para as diferentes religiões e ceitas. Um exemplo disso é o pentagrama, o cotolicismo adotou-o como proteção das 5 chagas de Jesus!

Quanto ao mencionado Cristograma , não signfica que se ele estiver sem o alfa e o omega deixa de simbolizar Jesus (pelo menos para um católico).
(continua)

DEMÔNIOS IV


Continuamos com a lista dos principais demônios na historia de vários povos, através dos tempos. Nao estão separados por ordem de religião ou segmento,então, tem demônios do zoroastrismo, demônios enochianos, persas, dristãos, sumerianos e assim por diante:

36. Barão:
demônio criado sob as instruções do barão Gilles de Rais (1404-1440) . Este , morto pela Inquisição após um processo que ainda gera controvérsias, foi acusado de sacrificar mãos e corações de criancinhas para obter o segredo da pedra filosofal, ou seja, descobrir a maneira de transformar metais em ouro.

37. Barbatos:
um dos três demônios a serviço de Eleuretty, tenente-general ds forças do inferno.


38.Batsaum Rasha :
demônio turco invocado para produzir bom tempo ou chuva .

39. Bechard:
demônio que pode ser invocado por satanistas, usando a expressão "Ven Bechard“ Ven Bechard ". Sua invocação deve ser feita às quintas-feiras, chamando-o três ou quatro vezes no centro de um círculo. Ele exige como pagamento pela presença e seus serviços, tão somente uma noz .

40. Belfegor:
o demônio das descobertas, seduzindo os homens com a distribuição de riquezas. Algumas vezes aparece com uma mulher jovem e sedutora . Alguns rabinos dizem que ele está sentado numa cadeira e nessa posição foi representado por Bosh, pintor, escultor e gravador holandês (1462 - 1516) , no "Jardim das Delícias " .

41. Belial:
do hebraico BELLHHARAR , que quer dizer "inútil ", sem valor. Sinônimo de Satã e também de Belzebu, com designativo do chefe dos demônios. No Novo Testamento , aparece uma vez (Segunda Epístola aos Coríntios , 6 , 15). O mais imoral de todos os diabos. No Livro das Revelações, e cognominado "a besta ". Num dos pergaminhos encontrados no Mar Morto, aparece como chefe das forças do mal. Sua intenção é fazer proliferar a perversidade e a culpa. Alguns o identificam com o anticristo. No primeiro século d.C. foi considerado o anjo da desordem que governa o mundo. É o demônio da pederastia e cultiva a sodomia. Algumas vezes é representado numa carruagem de fogo.

Há um trabalho alemão da Idade Média, exclusivamente a seu respeito, denominado Das Buch Belial. Segundo, ainda , o Novo Dicionário de Personagens Bíblicas, de José Schiavo ( pag.118), seria um monstro fictício, mencionado no Apocalipse sob o misterioso número 666. Possuia sete chifres e sete cabeças, ostentando sobre cada cabeça sete nomes blasfemos e, sobre os chifres, dez diademas . Assemelha-se a uma pantera, com os pés de urso e boca de leão. Noutro passo, é mencionado como possuindo dois chifres, falando com um dragão. Alguns intérpretes o deram com figuração dos falsos profetas advindo da Ásia .

42. Besta:
pseudônimo do próprio Diabo. No Livro das Revelações, o apóstolo João fala de duas bestas, sendo que uma sai do mar, com um leopardo de dez chifres e sete cabeças, pés de urso e mandí¬bula de leão, e outra que vem a terra, como dois chifres, parecendo um dragão. Trata-se de uma visão do apóstolo João ( Livro das Revelações , 13 ,14,17,3,8,11 ) .

O profeta Daniel teve uma visão de quatro bestas representativas de quatro sucessivos impérios que se destruiriam uns aos outros. Todas as quatro representariam Satã. Comumente é tomado como o anti cristo.

43. Beyerevra:
demônio indiano, mestre das almas que vagueiam pelo espaço.

44. Biemo ou Beemí:
demônio da gula, denominando os prazeres do estômago, tomando a figura de animais de grande porte, principalmente o elefante e a baleia . Protege aqueles que vivem nas orgias e nas farras .

45. Bonifarce:
um dos demônios que se apossou de Elisabeth Allier, freira francesa do século XVII . Conta a história que essa foi exorcizada em 1639 , com muito sucesso, por Francois Faconnet - estava possuida por dois demí´nios , Bonifarce e Orgeuil, havia mais de vinte anos , admitindo-se que esses demí´nios tenham entrado em seu corpo quando ela tinha 7 anos de idade , por meio de pão que havia sido colocado em sua boca .


46. Buer:
demônio de Segunda grandeza, comandante de 50 legiões, com cabeça de leão. Locomove-se com cinco pés de bode, na forma de uma estrela .

47.Caçador Negro :
diabo que conduz uma caçada alada ou uma caçada no inferno .

48. Caim:
grande mestre do inferno, representado com homem elegante, com cabeça e asas de um pássaro preto - melro -, sendo considerado o mais inteligente dos sábios do Inferno. Leva consigo um sabre, quando toma a forma humana, embora tenha cauda de pavão. Entende os pássaros, os bois, os cachorros e o som das ondas do mar. Deu formação a uma seita denominada Cainites ou Caimitas, para adorá-lo, louvando a Caim, Judas, Sodoma , Esaú e rendendo homenagem a Korah, certo judeu que foi destruído, depois de liderar uma rebelião contra Moisés. Louvaram também a Judas que acreditavam Ter livrado a humanidade de Jesus Cristo .


No Antigo Testamento, aparece o nome de Esaú, que em heabraico quer dizer "peludo ", também cognominado Edom, o ruivo. Muitos críticos encontram analogia entre Esaú, Jacó e Caim e Abel , relacionando-os a uma luta entre o pastoreio e a agricultura . Esaú era filho de Isaac e Rebeca, irmão gêmeo de Jacó, a quem vendeu seu direito de primogênito por um prato de lentilhas .

49. Cali:
rainha dos demônios, a quem vidas humanas eram sacrificadas (Kali), também divindade bramônica , mulher de Siva, deusa do inferno, representada com a forma de uma negra, com quatro braços, segurando em cada uma das mãos uma cabeça humana .

50. Chamos:
membro do conselho de príncipes do inferno, demônio da bajulação. Citado por Milton, no Paraíso Perdido , como o terrível horror das crianças de Maabo, região situada na costa sudeste do Mar morto, Ásia Menor, que faz parte dos planaltos que se estendem a leste do rio Jordão, a chamada Transjordí¢nia, no antigo testamento , Moab, personagem bíblica, do hebraico Moabi, "nascido do prórpio pai " eis que era filho de Ló, pela união incestuosa deste com sua filha mais velha. É também tido com a divindade semítica dos moabitas e talvez dos amonitas .

51. Chax:
duque do inferno, mentiroso e ladrão .

52. Corozon:
poderoso demônio argelino, que abriu as portas do Inferno, com as seguintes palavras : "Lazas , Lazas, Nasatanada, Lazas ". Exorcizado por Aleister Crowley no deserto argelino, sendo que alguns ocultistas afirmam que este foi possuído pelos demônios pelo resto da sua vida .

53. Coulobre:
diabo na forma de dragão que, na Provence (França) , andava devorando as pessoas. Em Cavaillon , cidade francesa, foi ele derrotado por São Verard, por meio de água benta. Nicolau Mignard, pintor francês cognominado Mignard D'Avignon (1606-1668), retratou a batalha D'Avignon foi encarregado de trabalhar na decoração das Tulherias, antiga residência dos soberanos da França em Paris .

54. Dibbuk:
demônio particularmente mau que perseguia os acadêmicos e procurava descansar dentro de uma pessoa. Na Idade Média , uma das maiores superstições entre os judeus do leste europeu .

55. Efialtes:
demônios incubos que aparecem durante os pesadelos .

56. Empusa:
demônio da "da Meia Noite " surgindo com os mais variados disfarces. Costuma surgir como uma bela mulher , com o pé esquerdo feito de bronze, outras vezes com o casco de mula. Na Rússia era temido porque aparecia à "Meia Noite " na época da colheita , com uma viúva, e costumava quebrar os braços e as pernas dos trabalhadores. Tinha a sensualidade dos vampiros pela carne humana . Enviado à Terra pelas divindades infernais para atacar os viajantes, sugando suas vítimas .


57. Eurinômio:
príncipe da Morte, no inferno, com um corpo horrível, coberto de pêlos de raposa. Usa longos dentes, alimenta-se de caniça putrefata, de corpos mortos, sendo adorado no Templo de Delfos, cidade da antiga Grécia, onde Apolo tinha um Templo, ditando Oráculos através da boca da Pítia. Delfos foi tomada pelos gauleses em 279 AC .

58. Haborym e Aym:
duque do inferno com três cabeças, uma de gato, outra de homem e a terceira de cobra. Demônio do fogo e também dos holocaustos. Senta-se todo enrolado , como uma serpente, segurando uma tocha .

59. Iblis :
o diabo do Islã. De acordo com o Livro Sagrado de Yezidi, o livro das revelações e o livro Negro , Iblis é uma falange de arcanjos. Corresponde ao príncipe das trevas , sendo certo que o inferno é mencionado como o Reino de Iblis. Ele se condenou por seu exlusivo amor à idéia da divindade. Deus o teria perdoado, confiando-lhe o governo do munod e a supervisão das almas .

60. Incubo:
anjo do Paraíso que foi expulso e se tranformou em demônio, procurando continuamente mulheres para saciarse, enquanto elas dormem. Na França, são chamando follet, de Alp na Alemanha, de follette na Itália, e no Brasil, de duendes. A sua fêmea é denominada súcubo. O número deles é tão elevado que se torna difícil destruí-los , no dizer de Santo Agostinho (De Civitate Dei XV ,23).


Muitos padres afirmam que o íncubo é um anjo que atrai as mulheres em sua queda para o inferno. Muitas mulheres foram possuídas por belos homens, corpos mortos temporariamente reanimados pelos íncubos . Durante a Idade Média , muitos sintomas em razão da menopausa eram imputados aos íncubos. Diziam que Huno e Platão nasceram da união de um humano e um í¬ncubo, bem como o famoso sábio Merlin, fruto de um íncubo e a filha do rei da Inglaterra. Foi Merlin conselheiro de quatro reis ingleses, incluindo-se o rei Artur, fundador da Távola Redonda e cognominado O Mágico. A fada Viviana encerrou-o num círculo mágico de onde não pode mais sair . Dizem que a abadessa de Cordoue tinha um íncubo, com a forma de animal, como seu amante .

61. Jahi:
demônio fêmea da religião de Zoroastro, que foi beijada por Ahriman, introduzindo assim a mestruação no mundo. Ahriman representa o príncipio do mal, e o seu oposto , Ormuzd, o príncipio do bem, que deve acabar por vencer .

62. Jinni:
demônio entre os árabes pagãos, representando uma das forças contrárias à natureza . Para os muçulmanos, são entes sobrenaturais que podem ser bons ou maus. O rei Salomão possuía um anél de magia que o protegia desse demônio .

63. Kasdeya:
nome do quinto Satã , que ensina a destruição aos homens. Na magia é representado por uma caveira de um jovem .

64. Kobal:
diretor de diversões da corte do inferno. Padroeiro dos comediantes. Durante séculos foi considerado suspeito para a Igreja. Demônio que sentia imenso prazer em matar. Na Alemanha, Kobald, espírito familiar, considerado o guarda dos metais preciosos .

65. Krikoin:
na religião dos esquimós, é o demônio do mal, que persegue os cães que ficam ao lado de fora das casas, nas noites frias .

66. Kubera:
é o rei dos demônios maus para os hindus, sendo também considerado o deus da riqueza.

67. Lilith :
demônio feminino mencionado no folclore judaico. Várias são as lendas sobre ela, sendo considerada a personificação das paixões desregradas. A mais antiga tradição popular judaica dá como sendo ela a primeira mulher de Adão. Não conseguindo lhe dar um filho, Deus decidiu criar Eva para ser sua companheira. Foi ela quem ensinou a Adão a felação e outras práticas que a moral qualifica de anti naturais. É, a mãe dos espíritos do mal, Lelin, Sehedin e Roudin.

É associada com a praga e o flagelo do meio dia (Salmo 91,56). Tida ainda, com um dos sete demônios da Cabala hebraica, representado pela figura de uma mulher nua, cujo corpo termina em cauda de serpente. Pela crença dos antigos persas, alguns a dão como filha de Samuel e esposa de Ashmedai ou Esmadfewa, um dos sete espíritos demoníacos .


68. Loki:
demônio do fogo, gênio do mal, na mitologia escandinava , comparado ao próprio Diabo.

69. Mamon:
demônio da avareza, riquezas e iniquidades. Foi ele quem ensinou os homens a cavar a terra à procura de tesouros ocultos, no dizer de Milton. Palavra aramaica que significa "riqueza ". Cristo nos adverte que não podemos servir a Deus e a Mamon (Evangelho S . Mateus 6 , 24) "ninguém pode servir a dois senhores porque ou há de aborrecer um e amar outro ou há de acomodar-se a este e desprezar aquele. Não podemos servir a Deus e às riquezas (Mamon). (Vide também Evangelho de Lucas 16,13).

Mandrakes: demônios pequenos, sem pêlos, grosseiros, uma espécie dos conhecidos capetas.

70. Mezu:
no folclore japonês, o demônio com cabeça de cavalo, que dá assistência ao Kongo, xerife dos infernos.

71. Mefistófeles:
nome popular do Diabo, segundo Goethe. Personagem do drama Fausto de Goethe (1749 – 1832), demônio que veio à Terra para satisfazer paixões de Fausto. Julga o mundo com ironia desdenhosa. Seu nome é empregado com sinônimo de homem de caráter perverso, verdadeiramente diabólico.

A história de Fausto é a história do homem que vendeu sua alma ao Diabo, em troca de bens terrestres. O drama divide-se em duas partes , onde o genial poeta imortalizou suas concepções da natureza e do homem .

72. Molegue:
príncipe da "Terra das Lágrimas ", no inferno. Recolhe, com alegria, as lágrimas das mães. É um demônio monstruoso, gotejando o sangue das criancinhas e as lágrimas de suas mães. Apresenta-se com cabeça de bezerro, coroa real, braços esticados para receber suas vítimas humanas. Os amonitas , membros de tribo a leste do Jordão, descendentes de Amon, que derrotaram os gigantes de Zomzomins e ocuparam a região, costumavam adorá-lo, sacrificando crianças em seu louvor para obterem boas colheitas e vitória nas guerras. Milton e Flaubert a ele fazem referência .

73. Mullin:
primeiro mordomo da casa dos príncipes infernais .

74. Murmur:
demônio da música, conde do inferno, surgindo como um abutre, de pernas abertas, figurando um soldado gigantesco. Também denominado Murmúrio .

75. Nasu:
na religião de Zoroastro, representa o demônio feminino que se alimenta de corpos que acabaram de morrer ou já se encontram em estado de putrefação. Surgem com se fossem borboletas. Sua residência é o Inferno, no monte Elbroug .


76. Nergal:
deus sumeriano das regiões infernais. Pode ser igualado ao deus grego Plutão, que governava o submundo. Nergal, com o Satã bíblico, habitava originariamente os céus. Considerados por muitos, como demônio de Segunda classe. Era chefe de polícia e espião de Belzebu. Esposo de Ereshkigal que, no panteão sumero “ arcadiano, é considerado a senhora do grande lugar, rainha do mundo dos mortos, reinando em seu palácio, guardando a fonte da vida. Os demônios do mal e da morte são seus descendentes .

77. Nuton:
originário da lenda belga, vivendo sempre em grutas, perto de águas correntes , muito brincalhão, torna-se violento, todavia, se atacado.

78. Nybras:
propagandista dos prazeres da corte infernal. Supervisor dos sonhos, visões, êxtase. Demônio inferior, tido como profeta e charlatão.

79. Nysroch:
chefe da casa do príncipe infernal. De Segunda classe; preside os prazeres da mesa .

80. Orias:
conde do inferno. Perito em astrologia, na metamorfose, carrega sempre uma serpente em cada mão.

(Continua)