27 de dezembro de 2013

A GRANDE MORADA XIV



Glossário do livro O Prisma de Lira de autoria de Lyssa Royal e Keith Priest.

Glossário de termos
• ABDUÇÕES: Do ponto de vista da pessoa abduzida, é a retenção involuntária por vários grupos de extraterrestres com o propósito de:
1. investigação;
2. recolha de amostras genéticas;
3. análises de histórias genéticas de uma família; 4. manter e desenvolver programas que permitam produzir híbridos; 5. observação da resposta maternal humana;
6. observação de respostas neurológicas ante estímulos emocionais;
7. comunicação; e outros propósitos incluídos;
8. provocação de medo e de terror, já que os extraterrestres negativamente orientados acreditam que isto pode frear o desenvolvimento ou a aceleração dos abduzidos e da consciência coletiva.
Na lista abaixo estão indicados alguns grupos implicados em abduções e suas razões primárias que lhes instam a esse tipo de interações.

• Zeta Retículi: # 1, 2,3, 4, 5, 6, 7. • Sírios físicos (negativos) # 1, 2, 3, 8. • Pleiadianos: #1, 3, 6, 7. • Greys: # 8
ADÂO: É o rótulo aplicado ao primeiro modelo de protótipo estável do Homo sapiens. “Adão” procede de uma palavra do idioma hebreu “Adama” que significa criado do solo da Terra, e, por isso, “terrícola”. No idioma sumério a palavra é Adapa e significa “homem modelo”.

ADN: DNA ou ADN, é a abreviatura de ácido desoxirribonucleico, e é um componente que se encontra nos cromossomas; consiste em uma longa cadeia de moléculas que contém muitas e variadas combinações de quatro nucleotídeos, sendo um deles a desoxirribose de açúcar; acredita-se que as subdivisões da molécula são os genes. O DNA é um importante repositório de informação genética.

BURACO BRANCO: Tal como se utiliza este conceito no texto, um buraco branco é um ponto de saída para as consciências, ou para as energias.

BURACO NEGRO: Uma estrela se converte num buraco negro quando entra em colapso e contrai a uma densidade tal que seu campo gravitacional seja superior à velocidade de escape, inclusive de fótons de luz. Os astrônomos especulam como sendo uma mudança de espaço/tempo. Isto cria múltiplas probabilidades, incluindo:

Pontos de entrada e de saída para outras realidades dimensionais; 2. Lugar de nascimento para futuras estrelas; 3. Uma qualidade de poder aproveitar condições de viagens no tempo; 4. Uma entrada no universo da antimatéria.

ALMAS ENVOLVIDAS: Um envolvimento de almas é a maneira mais comum de expressar o que se conhece como “walk-in”. Isto ocorre quando um indivíduo físico absorve mais de sua própria energia, tanto superior futura ou paralela, incorporando tudo em sua própria personalidade e sua vida fisiológica. (“Walk-in” significa “Entrar”, daí, em português usar o termo Entrante – nota do tradutor)

ALTAIR: Altair, cuja civilização procede de Vega, está a 15,2 anos luz da Terra. A magnitude de Altair é de 1,3 e sua cor é o amarelo pálido. A civilização de Altair é tranquila e contemplativa, com uma orientação filosófica pacífica. Atualmente não estão envolvidos na exploração espacial.

ANDRÔMEDA: Andrômeda é uma galáxia em forma de uma grande espiral e é a mais próxima da Via Láctea, com uma distância de 2,2 milhões de anos luz. A natureza do domínio de Andrômeda é abstrata e fluida. Em nossa vizinhança galáctica existe um portal dimensional em forma de ponte que conduz a energia de Andrômeda. Esta ponte/portal é a estela Antares.

ANJOS/REINO ANGELICAL: Existem dentro do reino da quinta e sexta densidade. O reino angelical tem interagido com a Terra de várias maneiras, incluindo manifestações de guias espirituais, visões, inspiração, canalização e comunicação telepática. Energias que aparecem na forma de anjos procedem, com frequência, do domínio de Arcturos.

ANTARES: Está localizada na constelação de Escorpião. Antares é considerada uma estrela binária cujas cores são um roxo chamativo e um verde esmeralda. E´ a ponte interdimensional que conduz desde nossa galáxia até Andrômeda. Algumas almas escolhem passar através do portal de Antares quando se decidem a reencarnar, para reativar a memória da alma.

ANUBIS: No antigo Egito, Anúbis foi considerado o guia do Hades, ou mundo inferior. Normalmente Anúbis é representado por um cão sentado no deserto, ou um chacal. Era conhecido como o guia que conduzia as almas através do mundo astral (como num estado onírico) até o Amenti, ou reino dos mortos.
É interessante notar como o prefixo “an”, tanto no idioma sumério como no egípcio, significa: “do céu”. Anubis (Anpu em egípcio) e Ami (sumério) possuem, ambos, a simbologia de um chacal, ou cão, e sugerem uma conexão direta com o astro Cão de Sírio.

APEX (Planeta), APEXIANOS: No planeta Apex vivia uma das primeiras sociedades desenvolvidas no grupo estelar de Lira. Depois da catástrofe planetária, o planeta Apex mudou dimensionalmente, isto é, foi lançado para outra região no espaço/tempo. Os apexianos se converteram, finalmente, na raça que habita Zeta Retículi.

ARQUÉTIPO: O dicionário enciclopédico Living Webster define arquétipo como “modelo ou forma primária; o padrão original segundo o qual se constroem as coisas ou ao qual pertencem”. Esta definição sugere que todas as nossas ideias arquetípicas são padrões inerentes (começando com o nascimento da humanidade galáctica) que continuam desenvolvendo-se. Estão sendo encontrados novos símbolos destes padrões, mas as propriedades inatas são as mesmas.

ARCTURUS: Arcturos é uma estrela de cor amarelo dourado que tem uma magnitude de 0,3. Sua energia trabalha com a humanidade para a cura a nível emocional e espiritual. Também é um portal que atravessam os humanos ao morrer e ao nascer. Sua função é servir de plataforma às consciências não físicas para que possam acostumar-se ao físico.

ARCTURUS/MATRIZ SÍRIA: As energias combinadas de Arcturos e Sírio proporcionam um equilíbrio para a cura física, emocional e espiritual. Essa matriz tem sido utilizada pela humanidade desde seus primórdios, e é conhecida graças a muitos conceitos arquetípicos.

ÁRVORE DA VIDA: No livro do Gênesis está a proibição a Adão e a Eva de comer dos frutos da Árvore da Vida, que lhes consideraria a imortalidade. Tal como se utiliza no texto, a Árvore da Vida representa o conhecimento da relação divina que existe entre os seres humanos e o Criador, e revela, desse modo, que nossa espiritualidade não depende daqueles que nos criaram por meio da engenharia genética.

ÁRVORE DO CONHECIMENTO DO BEM E DO MAL: No livro de Gênesis se faz referência a ela como uma árvore dentro do Jardim do Éden, cujos frutos Deus proibiu Adão e Eva de come-los. Tal como se utiliza aqui no texto, a Árvore do conhecimento do Bem e do Mal simboliza o conhecimento da polaridade.

ASSOCIAÇÃO DOS MUNDOS: Essa associação é um grupo de seres físicos e não físicos procedentes de muitos reinos e que se juntam graças a diversos propósitos. Alguns a chamam “confederação galáctica” ou, simplesmente “federação”. Nessa associação não existe nenhuma estrutura hierárquica nem tão pouco uma autoridade inerente.

O propósito prioritário de suas interações com a Terra é: 1. Despertar, suavemente, a humanidade para uma maior consciência de si mesma, e para a tomada de consciência sobre que lugar ocupa dentro da associação; 2. Para evitar um número crítico de explosões nucleares na Terra, já que estas podem causar um rombo no tecido espaço/tempo que afetaria, também, a vizinhança galáctica. Esta associação não tem nenhuma intenção de promover qualquer evacuação da população da Terra sob nenhuma condição. Compreendem a absoluta necessidade que tem a raça humana de assumir sua própria responsabilidade. ATLANTIS: Foi o período cultural da combinação extraterrestre/humanos antes do grande dilúvio. O dilúvio ocorreu, aproximadamente, 11.000 anos antes de Cristo.

AUSTRALOPITECUS: Este termo denomina qualquer humanoide entre os extintos genes dos australopitecos pertencentes à época pleistocena. O australopiteco evoluído, que existiu faz dois milhões de anos, é o primeiro ser considerado humanoide. BÍPEDE: Qualquer ser que tem dois pés pode ser considerado bípede. CANALIZAÇÃO: A canalização é o processo de receber comunicação de um número infinito de realidades dimensionais. Essas comunicações podem ser recebidas via escrita, verbalmente, através de obras de arte, composições musicais ou qualquer outra expressão criativa.

CETÁCEOS: Os cetáceos são animais mamíferos marinhos do tipo “cetáceo” que inclui as baleias, golfinhos e outros animais marinhos. Os cetáceos possuem uma consciência similar à dos humanos e são considerados pelos extraterrestres como “humanos da água”.

COMPLEXO DE MEMÓRIA SOCIAL: Este termo se refere à consciência coletiva ou a uma identidade não física de matriz de grupo, e que se desenvolveu a partir da sociedade física.

CONSCIÊNCIA: A consciência é a força subjacente unificadora de toda a criação. Existe em infinitas manifestações e se torna difícil sua definição.

CONSCIÊNCIA COLETIVA: Quando se fala de consciência coletiva está se referindo à singular identidade de um grupo. Por exemplo: a consciência coletiva da Terra se compõe de cada consciência individual integrada numa unidade homogênea.

CONSCIÊNCIA CRÍSTICA: A consciência crística é um aspecto da consciência coletiva que se reconhece, a si mesma, como um ser próprio. Isto pode ser equiparado à vibração da sexta densidade.

CRO-MAGNON: Os Cro-magnon foram um grupo de seres pré-históricos, altos e eretos que utilizavam ferramentas de ossos e pedras. Há trinta e cinco mil anos esta nova raça de seres (identificados como o Homo Sapiens ou “homem pensante”) apareceu, aparentemente, do nada e coexistiu, durante uma época, com a extinta raça dos neandertais.
CLONAR: E´ o modo assexual de reprodução que utiliza a semente original, ou bancos genéticos para produzir uma réplica.

CRÂNIO DE CRISTAL: Encontrado no sul do México, está esculpido em cristal e tem a forma de um crânio humano. O crânio mais famoso, atualmente, pertence à Anna Mitchel-Hedges. Muitos dizem ter tido experiências místicas, ou paranormais, estando próximo deste crânio.

CIÊNCIA DO CAOS: E´ o estudo de um movimento, aparentemente, aleatório e que revela um nível muito mais profundo da ordem que o obtido pela observação superficial. COMEÇO: O termo “começo” se utiliza neste texto para denotar o ponto de início do Homo Sapiens na Terra.

DAL: E´ uma referência procedente do material de contato de Billy Meier. Os DAL são uma espécie humanoide que se fazem de conselheiros aos pleiadianos.

DENSIDADE: A densidade indica uma frequência vibracional e não um lugar, como assim designa o termo “dimensão”. A estrutura da densidade desta realidade se expressa, primariamente, em sete níveis, embora cada nível contenha subníveis. A escala de densidade é um modelo utilizado para comunicar a percepção de orientação em relação a outras realidades.

DÉVICO: Em sânscrito deva significa deus, ou divindade; um tipo de espíritos benevolentes. No misticismo ocidental a energia dévica é a consciência do espírito de minerais, vegetais e animais, e formas mais sutis como as fadas.

DIMENSÃO: O conceito “dimensão” designa o lugar no qual o ser se encontra dentro do tempo/espaço e não tanto a frequência vibratória de uma pessoa. O dicionário Webster define dimensão como: “Magnitude medida numa direção em particular, especialmente no sentido de longitude, largura, espessura ou tempo”. Há um número infinito de dimensões que existem dentro de uma densidade ou frequência vibracional dada.

DOGON: Os dogon são uma tribo africana que vive na república do Mali (oeste africano) próximo de Tombuctu, e imagina-se que imigraram do Egito. Ao longo de muitas gerações possuíram um conhecimento astrofísico avançado com respeito ao sistema estelar de Sírio.

Dizem que este conhecimento lhe foi dado pelos seres daquele sistema.

EGO: O ego é o “eu” ou o “si mesmo” que se distingue de outros “si mesmos”. E´ a parte da psique consciente de uma realidade física e que atua como mediadora entre o mundo interior e o mundo exterior.

ENCARNAR: O ato de encarnação (tal como se utiliza este termo) é o processo durante o qual a alma escolhe um corpo como veículo físico em uma densidade separada, como pode ser a terceira ou quarta densidade. A ilusão que o ato de encarnar cria é a perda da memória da identidade maior da consciência individual.

ENERGIA DE PLASMA: Tal como se utiliza este termo neste texto, a energia de plasma é uma forma altamente condensada, quase líquida, de luz.

ENKI: No idioma sumério Enki significa “Senhor da Terra”, e se considera como aquele que transmite o conhecimento sobre a civilização aos seres humanos. Os babilônios o conheceram como Oannes e os egípcios como Ptah. Era ele o deus da sabedoria e do conhecimento e, ao longo dos tempos, seu símbolo tem sido a serpente. De acordo com os textos sumérios, Enki foi quem ordenou a Noé construir a arca para salvar a humanidade. Isto foi um desafio direto às ordens de Enlil que desejou a destruição da humanidade.

ENLIL: No idioma sumério Enlil significa “Senhor do Ar” e é considerado aquele que é o chefe de todas as terras. Os sumérios o consideravam um ser supremo. Enki e Enlil eram meio irmãos que compartilhavam o mesmo pai, e cada um deles pretendeu ser o primogênito. Pensar em ser o primogênito fez com que cada um criasse uma deidade governante. Há quem pensa que este conflito foi a causa de muitas lutas posteriores entre os deuses.

ETÉRICO: O etérico pertence ao ambiente que não se baseia na realidade física. Não obstante, contem formas. Muitas ideias e formas de pensamento que flutuam no âmbito etérico podem manifestar-se no mundo físico.

EVA: Eva foi o primeiro protótipo feminino criado mediante a doação, ou divisão, de genes do protótipo humanoide masculino, chamado Adão. Isto se refere, exclusivamente, ao Homo sapiens.

FAMÍLIA GALÁCTICA: A Família Galáctica é um grupo de seres extraterrestres (físico e não físicos) relacionados, energeticamente e/ou fisicamente, com o desenvolvimento terrestre. Este grupo inclui as raças de Lira, seres de Arcturos, Sírios, as raças pleiadianas, os Zeta Retículi, os seres de Órion e muitos outros que aqui não se menciona.

FUNDADORES: Os fundadores são a alma coletiva da família humanoide. Aos seres físicos eles se manifestam na forma humanoide: altos, delicados, andrógenos – e se parecem um pouco com insetos.

A humanidade é o resultado da fragmentação interna dos Fundadores.

FREQUÊNCIA: A matéria é energia vibrante. Diferentes ritmos vibratórios denotam as propriedades da matéria. A frequência é o ritmo segundo o qual vibram as moléculas ou consciências.

FOTOTÉRMICO: Fototérmico implica tanto a luz como o calor. Em suas cavernas sob a terra, os apexianos/Zeta Retículi passaram por mutação para converter certas frequências da luz em calor.

FOTOVOLTAICO: Faz referência ao conceito de uma fonte de corrente elétrica procedente da luz, ou de radiações similares. Em suas cavernas sob a terra, os apexianos/Zeta Retículi passaram por mutação até ao ponto de converter certas frequências de luz e radiações em energia elétrica.

GRUPO DOS SÍRIOS: Tal como se utiliza neste texto, o grupo dos sírios se refere a um grupo de extraterrestre (não necessariamente procedentes de Sírio) que foram os instrumentos necessários para o início da Terra e do desenvolvimento da raça humana.

GRUPO LIRANO: Dos liranos se diz que são as sementes da vida humanoide na Terra. O texto que faz referência aos liranos diz que são os antepassados de outros grupos, como os pleiadianos e os sírios, assim como são a primeira fragmentação física dos Fundadores.

HOMENS DE NEGRO: Também conhecidos como “MIB”. Estes seres são conhecidos por aterrorizar os contatados por extraterrestres. São descritos como seres altos que usam roupa escura. Parece que têm uma ligeira aparência oriental e, com frequência, usam óculos escuros. Seu aparente propósito é assustar aos contatados para que não digam nada sobre suas experiências e conhecimentos.

Em princípio se pensou que eram agentes governamentais, mas, ultimamente, têm surgido outras ideias como, por exemplo: formas de pensamento, androides ou extraterrestres de orientação negativa (seres de Órion, Sírio, e os Greys). Uma, ou todas as ideias mencionadas, podem se relacionar (em diversas combinações) com a identidade de MIB.

HOMO: Homo (em latim “homem”) denota um gênero do tipo de primata que inclui todas as raças do homem moderno (Homo sapiens) além de outras espécies já extintas.

HOMO SAPIENS: O Homo sapiens é a única espécie que sobreviveu ao desenvolvimento evolutivo do ser humano. O homem moderno pertence ao gênero Homo e à família de primatas hominídeo. O que aparece no livro de Gênesis como criação do ser humano se refere à criação do Homo Sapiens e não às outras espécies já extintas como, por exemplo, os neanderthais.

HUMANO: O dicionário Webster define Humano como “similar ao húmus, a terra; tendo as qualidades ou atributos do homem”. Esta definição pode ser ampliada dizendo que o termo “humano” se refere, especificamente” aos terrícolas, que são parte de uma família humanoide maior com antepassados de Lira.

HUMANÓIDE: Tal como se utiliza neste texto, se refere a qualquer ser que descenda de Lira.

HIBRIDO: Híbrido é qualquer coisa que procede de fontes heterogêneas ou que está composto de elementos diferente ou inconexos. Os híbridos dos quais se fala na literatura OVNI são, principalmente, cruzamentos entre humanos e seres de Zeta Retículi. O processo específico utilizado para criar estes híbridos ainda não foi revelado. Neste processo não só se utiliza a divisão genética e a clonação mas, também, uma tecnologia de engenharia de plasma de luz desconhecida pelos humanos.

INFUSÃO DIMENSIONAL: Deus – O Todo O Que E` - esteve curioso por saber o que significava o conceito “separação”, de modo que criou um espaço para explora-lo. Isso foi conseguido criando limites da dimensão. O conceito “Infusão Dimensional” pode ser equiparado ao próprio processo de criação.

IMPULSOS INSTINTIVOS DE UM INDIVÍDUO: Freud define os impulsos instintivos de um indivíduo como parte da estrutura da personalidade; ela é primitiva, instintiva, infantil e obedece ao princípio do prazer. A qualidade dos impulsos instintivos de um indivíduo pode ser comparada com a passagem do ser humano através da realidade da segunda densidade, nas fases iniciais da vida.

ISIS: No antigo Egito Isis foi conhecida como a esposa/irmã de Osíris, irmã de Néftis e mãe de Horus. Ela aparece com destaque na mitologia egípcia como uma deusa com imenso poder mágico e como figura arquetípica materna. Outras culturas a conheceram como Ishtar (os semitas), Athena (os gregos), Kwan Yin (os chineses) e Inanna (os sumérios).

ILHA DA PÁSCOA: A Ilha da Páscoa se encontra no oceano Pacífico entre o Chile e a Polinésia francesa. E´ conhecida por suas misteriosas estátuas de seres humanoides espalhadas por toda a ilha.

KARMA: Karma significa equilíbrio, e é um princípio inerente à energia da alma, de vida em vida. A maneira antiga de entender este termo supunha equilibrar as coisas mediante o “olho por olho”.

Uma visão mais multidimensional indica que o karma não é o que era, devido ao exercício do livre arbítrio e a escolha junto ao compromisso de por em prática a verdade superior de cada um. O karma pode ser um tema individual, grupal, de toda a espécie ou do consciente coletivo.

LEMÚRIA: Lemúria era um continente e um período cultural anterior à Atlântida. Este continente se encontrava na região do oceano Pacífico e se imagina ter sido a primeira cultura influenciada por extraterrestres.

LIGA NEGRA: A Liga Negra foi um padrão de resistência organizado que se desenvolveu durante os conflitos de Órion para contrariar os esforços do Império de Órion. Pretendeu dominar física e espiritualmente toda a região. A Liga Negra não só se manifestou como uma organização de resistência paramilitar secreta, mas, também como uma orientação espiritual e filosófica que se manifestou de muitas formas. Estes padrões sempre têm tentado estabelecer um equilíbrio em outros sistemas planetários e, atualmente, estão presentes aqui na Terra durante o ciclo de reencarnação dos humanos.

LIRA: A constelação de Lira se conhece de muito tempo na mitologia da Terra. Alguns a têm conectado, inclusive, com as Plêiades (por exemplo, Ovídio mencionou que as sete cordas de Lira são iguais que o número de estrelas das Plêiades).

Essa constelação pode se considerar como o lugar de nascimento, ou útero da raça humanoide dentro da área da Terra na Via Láctea. Todas as demais espécies como os sírios, os habitantes de Órion, da Terra, das Plêiades, de Vega, de Zeta Retícula, de Centauro e de Altair (além de muitos grupos menos conhecidos) são descendentes das raças de Lira.

LUZ DE ÓRION: O termo “Luz de Órion” se refere ao ponto de evolução de Órion onde estes seres conseguiram integrar a polaridade. Também se poderia considerar como a consciência coletiva, o aspecto não físico de Órion que funciona a partir de um lugar de unidade e integração.

MACROCOSMO: Quando se fala de macrocosmo se fala de um modelo em grande escala de uma unidade menor. Um exemplo é o sistema solar representando a estrutura de uma partícula atômica.

MATRIZ: (em latim: mater/madre) Uma matriz é aquilo que origina, desenvolve ou encerra tudo; uma rede de ideias que formam uma relação simbiótica, um padrão arquetípico.

MEIER, (BILLY) EDUARD: O suíço Billy Meier é conhecido por possuir a mais ampla coleção de notas sobre contatos e repetidas interações com seres das Plêiades, entre outros. Possui numerosas fotos que mostra, claramente, naves espaciais com todo detalhe.

META-ATÔMICO: O conceito “meta-atômica” se refere ao que existe mais além do subatômico. O padrão que define a natureza subatômica existe a um nível meta-atômico.

MICROCOSMO: Significa qualquer coisa que se refere ao mundo em miniatura. Um exemplo disso pode ser como a estrutura atômica se relaciona com a estrutura do sistema solar.

MULTIDIMENSIONAL: O conceito “multidimensional” implica algo que tem muitas dimensões. Os humanos são referenciados como multidimensionais, já que existem em muitos níveis dimensionais que não são vistos e nem medidos até agora.

NEANDERTAIS: Esta denominação faz referência a seres que viviam em cavernas durante a última época do Pleistoceno (Homo neanderthalensis) e cujos ossos foram encontrados em alguns países da Europa, África e Ásia. Os restos dos neandertais datam de uns 100.000 anos. Parecem ter desenvolvido a partir do Homo erectus e se extinguiram durante o aparecimento do homo sapiens, isso há 35.000 anos.

NOÉ: Noé é uma derivação semítica do anterior nome sumério “Utnapishtim” e do nome acadiano “Ziusudra”. Os escritos destas civilizações descrevem um personagem que foi avisado pelo deus Enki do grande dilúvio. A história do Gênesis, com respeito ao dilúvio, é uma condensação de um registro muito anterior e muito mais detalhada na literatura suméria e acadiana.

NUVENS LENTICULARES: Estas nuvens têm a forma convexa dupla, igual a uma lente. Com frequência sua aparição deixa o observado pasmado. Parece um prato voador ou uma nave espacial.

Embora que por muitas vezes a natureza esteja por detrás de semelhante formação de nuvens, os observadores interpretam como uma energia, ou consciência, extraterrestre que adotou aquela forma.

OITAVA: Uma oitava é o oitavo dos sete passos; é a integração dos sete níveis. Tal como é utilizado neste texto, faz referência a uma esfera de existência na qual passará a consciência uma vez tenha integrado as sete densidades.

ÓRION: A constelação de Órion é um conjunto de estrelas que têm intrigado os seres humanos desde os mais remotos tempos. A palavra Órion pode ser uma derivação da antiga palavra acadiana Uru-anna, que significa “a luz do céu”. As culturas ocidentais identificam esta constelação como o Caçador. A energia inerente a Órion se associa com o conflito de polaridade. Na atualidade, a Terra está tentando conseguir uma integração definitiva dessas polaridades, daí a forte conexão que sentem muitos seres humanos com Órion.

OSIRIS: Osíris é considerado como um dos principais deuses egípcios. Tem-se dito, entre outras coisas, de que é “aquele que vive em Órion, passando uma temporada no céu e outra na Terra”. Seja qual for sua identidade, os escritos mais antigos sugerem sua origem extraterrestre.

PLÊIADES: O grupo estelar denominado as Plêiades é um conjunto aberto de estrelas na constelação de Taurus (Touro) e dista, aproximadamente, uns 500 anos luz da Terra. Este conjunto está formado por 250-500 estrelas, embora somente nove recebessem nomes. As culturas mais antigas falam de sete estrelas. Estas culturas incluem a China, que as chamou “as sete irmãs da indústria”; a Grécia, que as denominou “as sete filhas de Atlas”.

Mais que qualquer outro grupo de estrelas, as Plêiades, que chamaram a atenção das civilizações antigas, continua despertando interesse das civilizações modernas.

POLARIDADE/POLARIZAÇÃO: Este conceito faz referência à presença, ou manifestação, de dois princípios, ou tendências opostas (ou contraditórias). A polarização é a criação de um estado de polaridade no qual os raios de luz, ou energia, exibem diferentes propriedades quando em direções diferentes.
PRISMA: Objeto transparente com uma base triangular que se utiliza para polarizar, ou decompor, luz ou energia em um espectro.

PRISMA DE LIRA: E´ o conceito arquetípico da entrada da consciência nesta realidade. Para a Família Galáctica, é o ponto de entrada existente no sistema de Lira. Conforme surgiu a consciência/energia, esta se fragmentou em sete frequências de densidade, similar a um prisma que fragmenta a luz em sete cores visíveis.

PROTÓTIPO: Um protótipo é um modelo original segundo o qual se cria algo; é um arquétipo; uma forma que serve de base para a formação de um grupo. No texto, o termo/nome “Adão” é utilizado para designar um protótipo no qual se baseia o Homo sapiens.

QUERUBIM: As referências mais antigas a respeito de forma de querubins (nos registros acadianos e sumérios) descrevem um aparelho mecânico de segurança (por exemplo, um robô) utilizado para salvaguardar as zonas altamente exclusivas dos deuses, e as quais os humanos não tinham acesso. Mais à frente, este conceito evoluiu configurando uma ideia mais abstrata e espiritual, mostrando-se na manifestação arquetípica de figuras celestiais, com asas, que protegem os lugares sagrados e que são herdeiros de Deus.

RETÍCULI: Tal como se utiliza neste texto, Retículi se refere aos seres procedentes do sistema estelar Zeta Retículi.

RETICULUM ROMBOIDALES: Este grupo de estrela se encontra ao norte de Hidra e da Nuvem Maior. Contem trinta e quatro estrelas de magnitude 3,3 a 7. Os sistemas estelares Zeta Retículi 1 e Zeta Retículi 2 estão presentes nesta formação e só podem ser vistos a partir do hemisfério sul da Terra.

SEMJASE: Nome de uma cosmonauta pleiadiana que foi o contato básico de Billy Meier.

SET: (Também escrito como: Seth, Setekh, Setesh, Suty ou Sutekh). Falando de modo geral, na mitologia egípcia Set é visto como o deus das forças caóticas e da violência. Há uma considerável controvérsia a respeito de seu real papel no Egito antigo. Os templos e o sacerdócio de Set que se mencionam neste texto são referência ao culto das forças das trevas.

SI MESMOS FUTUROS: Como o passado, o presente e o futuro existem simultaneamente, um ser pode estabelecer contato com partes de si mesmo através da expansão do tempo. Os extraterrestres conectam com frequência com si mesmos passados (como, por exemplo, com seres humanos) para criar uma conexão e esta pode, muitas vezes, curar o próprio passado. Os conceitos de “Eu Superior” e “Si Mesmo futuro”, às vezes, são intercambiáveis no sentido de que um si mesmo futuro seja uma versão evoluída do si mesmo presente, ou do si mesmo passado.

SÍRIO: Sírio, conhecido como a estrela Cão, é membro da constelação do Cão Maior. Distante uns 8,7 anos luz da Terra, é a estrela mais brilhante (para distingui-la de um planeta) que se pode observar a olho nu.

SUMÉRIO: Os sumérios eram um povo que pertencia a uma das civilizações mais antigas da Terra (aproximadamente 4.000 anos antes de Cristo) localizado ao sul da Mesopotâmia (Iraque/Irã).
Era um povo não semítico de origem desconhecida. Eles diziam que a base de sua civilização lhes foi dada por “DIN.GIR” – seres puros de objetos pontiagudos e luminosos, ou gente de foguete de fogo – ou, em termos humanos, extraterrestres. SUPEREGO: Freud define o superego como um sistema dentro da mente que, atuando consciente ou inconsciente, faz modelos apreendidos dos pais, da sociedade ou morais, influam nas decisões e ações do ego.

TEMPO: O tempo pode ser considerado como um contínuo específico no qual a relação de movimento e velocidade se mede mediante métodos lineares.

TUDO O QUE E´: Este é o termo utilizado por muitas pessoas em lugar de “Deus” ou “Criador” já que inclui o observador como parte do Criador.

VEGA: Vega é uma estrela alfa da constelação de Lira (embora, de fato, esteja mais próxima da Terra que de outros sistemas estelares dentro da constelação de Lira). Vega foi uma das primeiras civilizações que desenvolveu uma identidade única e coesa que ajudou na semeadura e colonização de muitos sistemas, incluindo Altair, Centauro, Sírio e Órion.

WALK-IN: Por regra geral, uma experiência de “walk-in” pode adotar duas formas. A mais comum é o envolvimento de almas na qual aparece mais energia que a de um só indivíduo (Eu superior ou aspectos futuros) e é integrada na personalidade.

A segunda forma, menos comum, é o instante em que uma consciência “separada” habita um corpo humano enquanto a alma original se afasta do plano físico.

Isto é uma experiência altamente pessoal, já que a entidade que acaba de chegar não precisa declarar sua origem ou status. Com frequência se confunde uma experiência de envolvimento de almas com um intercâmbio como é o walk-in já que a personalidade (bioquimicamente codificada no cérebro) constrói experiências que se manifestam em ambos os casos.

ZETA RETÍCULI: Descobertas no final dos anos sessenta, estas estrelas se encontram na constelação de Retículum, a qual se pode ver a partir do hemisfério sul da Terra. Tal como se utiliza esta expressão no texto, quer dizer que os Retículi são uma raça com muitos subgrupos que, sobre tudo, levam a cabo experimentos genéticos e abduções de seres humanos do momento.

Sua altura média é de pouco mais de um metro. Têm crânios volumosos e olhos extraordinariamente grandes. Não se pode distinguir seu sexo.

Em geral suas intenções são boas, apesar do trauma que muitas pessoas experimentam em suas presenças.

(Texto: Luiz Antonio Brasil - FIM)





13 de dezembro de 2013

O LIVRO MÁGICO DO ANTIGO EGITO III



Estes fatos são desconcertantes para a nossa mentalidade moderna, que associa a magia aos videntes das festas populares ou às práticas mais aberrantes.

O mágico, na civilização do Antigo Egito, é uma personagem
pública que faz parte do universo ”normal”. O que seria ”anormal”, seria viver sem magia; por outras palavras, com os olhos e os ouvidos fechados.

Apto para as mais altas funções, o mágico ocupa um lugar importante na corte do faraó.

Nas aldeias, os mágicos locais, detentores de segredos técnicos por vezes muito úteis para o bem-estar de todos, são pequenos senhores muito escutados e consultados a qualquer propósito pela população.

Possuem o saber sem o qual cada um se sentiria em perigo.

Como sacerdotes, os mágicos recebem uma iniciação sacerdotal. Os que ocupam o cimo da hierarquia são submetidos a um modo de vida que Porfírio evocava nestes termos:

”Pela contemplação atingem o respeito, a segurança da alma e a piedade; pela reflexão atingem a ciência; e pelas duas ascendem à prática de costumes esotéricos e dignos dos tempos de outrora”.

Não esqueçamos que o chefe dos mágicos é o próprio faraó, que transporta as coroas carregadas de magia, a mais concentrada e eficaz. É a entrada no conhecimento que autoriza o mágico a declarar: ”Eu sou o mestre da vida cuja vida se renova eternamente, e o meu nome é Aquele que vive dos ritos”.

Como kherí-hebet, título que significa ”aquele que está encarregado do livro dos rituais”, ele lê em voz alta os textos sagrados, dando-lhes uma animação mágica que os torna plenamente eficazes.

Era nas salas secretas da Casa de Vida que o mágico se iniciava na leitura e na compreensão desses textos utilizados nas cerimônias públicas e privadas.

Existia uma Casa de Vida perto de cada grande templo, de tal modo que em nenhum ponto do território faltavam especialistas responsáveis pela primeira das ciências do governo: a prática dos rituais.

Algumas figuras se destacam no corpo oficial dos mágicos, nomeadamente a do grande sacerdote de Heliópolis, cujo título egípcio, uer mau, significa ”grande vidente” ou ”aquele que vê o (deus) grande”.

A sua vestimenta ritual é uma pele de fera ornada de estrelas, da qual se poderá encontrar uma longínqua analogia no manto cósmico usado pelos reis de França nas cerimônias da coroação.

O sumo sacerdote de Heliópolis, ”chefe supremo dos segredos do céu”, é o guardião da mais antiga tradição solar e de uma magia de Luz que vela pelo renascimento quotidiano da força da vida. Com efeito, sem a aplicação da magia o Sol não se levantaria em cada manhã.


Igualmente mágicos, os sacerdotes da deusa leoa Sekhemet são especialistas da medicina e da cirurgia.

Práticos e conjuradores, a sua gama de competências vai da mais banal picadela de inseto ao mais grave traumatismo. Os seus êmulos mais modestos são curandeiros de aldeia, aptos a praticar os primeiros socorros.
A comunidade iniciática dos construtores de Deir el-Medina, a quem se deve a maior parte dos templos e dos túmulos do Império Novo, tinha contratado um encantador de serpentes e de escorpiões de modo a poderem ser evitados eventuais incidentes.

A magia é indissociável das atividades que classificamos de "artísticas”.

As tocadoras de sistro, os dançarinos, os músicos (masculinos e femininos) que faziam parte do pessoal dos templos, não existem para sacrificar ao prazer estético mas sim para banhar a alma das divindades com eflúvios harmoniosos para poderem continuar a velar pelo equilíbrio e serenidade dos homens.

Nada é gratuito no mundo mágico do Antigo Egito, onde tudo é jogo de correspondências subtis que só os iniciados na magia podem perceber.

Como se tornar mágico? A esta questão essencial, não se pode responder com um ”modo de emprego”.

A prática mágica não é aprovada com um diploma nem julgada por meio de exames. O saber moderno, quase inteiramente codificado, não tem, infelizmente, em conta a experiência vital. Tal não era o caso em civilizações como a do Egito.

Existe, evidentemente, um método para se tornar mágico. Mas esse método não é exposto de uma maneira racional. Os textos não o deixam na sombra, antes apelam ao nosso sentido intuitivo e à nossa inteligência do coração mais do que às nossas faculdades de dedução e análise.

O capítulo 261 dos ”Textos dos Sarcófagos” intitula-se ”Tornar-se Mágico”. Eis o seu conteúdo. O adepto dirige-se aos mágicos que estão em presença do Mestre do universo. Pede-lhes respeito na medida em que os conhece, dado que eles lhe guiaram os passos.

Não é ele aquele que o Único criou antes que fossem instituídas as duas refeições na Terra, o dia e a noite, o bem e o mal, quando o Criador abriu o seu olho único, na sua solidão? O mágico apresenta-se como aquele que maneja o Verbo. É filho da Grande Mãe, daquela que pôs o Criador no mundo, desse que no entanto não tem mãe! O pai dos deuses é o mágico em pessoa. É ele que os faz viver.

Estranho texto, na verdade. Nada há de baixamente técnico nessas páginas, mas é um verdadeiro tratado de metafísica e de espiritualidade que traz à luz um processo de criação. Únicas indicações práticas: o adepto manteve o silêncio durante a cerimônia de entronização, curvou as costas, sentou-se em presença dos mestres qualificados de ”touros do Sol”. Eles reconheceram-lhe a dignidade de ”possuidor de potência” e de herdeiro do Criador.

O adepto veio tomar posse do seu trono e receber as marcas da sua função. Pertence-lhe o que veio à existência antes dos deuses. Também lhes ordena que desçam dos céus e venham ter com ele como sinal de deferência.

A aquisição da qualidade de mágico resulta de uma entrevista com os mestres dessa matéria que julgam o candidato sobre os seus conhecimentos esotéricos, muito mais do que sobre a sua aptidão prática, que será desenvolvida posteriormente. Tal como o morto, ao aceder ao estado de ser iluminado (o akb), reencontra a vida no seu princípio, também o adepto consegue, do mesmo modo e enquanto vivo, comunicar com a Luz da origem, contendo a magia na sua verdadeira pureza.

Primeira revelação feita pelos mestres: qualquer problema humano que se ponha ao mágico tem um modelo no mundo divino.

O mesmo acontecimento foi produzido à escala cósmica antes de ter uma repercussão terrestre. Eis a razão por que o mágico deve conhecer a genealogia divina, a teologia, os diversos relatos que dizem respeito à criação do mundo. Nisso encontrará todas as soluções. Identificando-se com os quatro pontos cardeais, o adepto torna-se Cosmos.

Excelente método para conhecer as suas leis, captar as potências invisíveis e dirigi-las - pelo menos parcialmente - à sua vontade. No momento do ritual de investidura, o mágico é despojado do seu ”eu”, da sua visão demasiado pessoal do mundo, para permitir que o Cosmos o penetre.

As potências invisíveis manifestam-se sob a forma de gênios bons ou maus. O adepto tem de os confrontar. Mais ainda, identifica-se com eles, o que é o melhor meio de os conhecer e de adquirir .

É conhecido um ato de nascimento iniciático de um mágico, assim relatado (Papiro mágico de Leiden, 55): ”Eu sou a face do Carneiro. Juventude é o meu nome. Nasci sob a venerável Perséia em Abidos. Sou a encarnação do grande nobre que está
em Abidos a saber, Osíris, sou o guardião do grande corpo (de Osíris) que está em Uupek” (lugar sagrado de Abidos).

Quer dizer que o adepto participou na reconstituição do corpo de Osíris disperso, provando assim as suas capacidades, antes de se identificar perante o deus ressuscitado o máximo de potência mágica. Poderá lutar contra os gênios resolutamente maléficos, extirpá-los do corpo de um doente.

Quando os gênios malignos atacarem um humano, uma cidade, um campo protegido por um mágico de qualidade, terão de se haver com um adversário de respeito.

O mágico age invocando uma potência que lhe é superior e graças à qual ele se torna eficaz. A fórmula típica dos textos mágicos revela-nos a forma: ”Não sou eu que digo isto, não sou eu quem o repete, mas é o deus que o diz, e é seguramente o deus que o repete”.

Não é pois o mágico que fala, mas sim a potência divina através dele. Na luta do ”bem” contra o ”mal”, não há o afrontamento de um humano contra ”alguma coisa” extra-humana ou super-humana, mas sim um duelo entre forças sobrenaturais, algumas delas positivas, encarnando-se no espírito e no corpo de um mágico. O próprio paciente, quer se trate de um doente a curar ou de um ”médium a manipular”, é identificado com uma divindade que não pode ser destruída. Que melhor segurança para escapar a uma sorte demasiado cruel?

Apuleio (escritor latino, 125 d. C.), o autor de O Asno de Ouro, notável romance iniciático no qual se evocam os mistérios de Ísis e Osíris, era um mágico de nomeada. Na sua obra, relata o encantamento de Lucius, transformado em burro, tendo de percorrer um longo caminho antes de recuperar a forma humana. Só a iniciação nos mistérios o libertará da prisão
da sua animalidade.

Apuleio foi perseguido pelas autoridades judiciárias do seu tempo e acusado de feitiçaria num processo público, tendo de pôr à prova todas as possibilidades da arte da oratória para escapar a uma condenação.

Apuleio nada ignorava da magia egípcia. ”É”, escrevia ele, ”uma arte agradável aos deuses imortais, uma das primeiras coisas que se ensina aos príncipes”.

De fato, o faraó, na sua ”educação” ritual, é identificado magicamente com as divindades.

Àquele que se torna mestre em magia, é declarado ritualmente: ”Misturas-te com os deuses do céu e não é possível estabelecer diferença entre ti e um deles. O teu corpo é Atum (o Criador) para a eternidade”. Não seria nada fácil encontrar melhor para afirmar que o mágico acede às mais altas esferas do espírito. Ali se impregna de poder a fim de ser um interlocutor qualificado das forças do Cosmos. É de resto um ”cosmonauta” antes de estes existirem, explorando universos desconhecidos após uma longa preparação física e psíquica.

O resultado desta aventura foi piedosamente recolhido nos textos de diversos livros:

”Não há em mim nenhum membro privado de deus”, explica o mágico, ”Tot é a proteção de todos os meus membros. Eu sou Ré de cada dia (...) os homens, os deuses, os bem-aventurados, os mortos, nenhum nobre, nenhum sujeito, nenhum sacerdote, poderiam apoderar-se de mim”.

Para dissipar qualquer ambiguidade, cada parte do corpo do mágico é formalmente identificada com a de uma divindade. Por exemplo, a cabeça é a de Atum, o olho direito é o do mesmo Atum quando ele dissipa o crepúsculo, o olho esquerdo é o de Hórus que desalinha o dia da Lua nova quando se corre o risco de se produzir uma má mudança de Lua, as narinas são as de
Tot e de Nut (a deusa do Céu), a boca é a da Enéade de Atum, companhia de nove divindades que rege o Cosmos, os lábios são os de Ísis e de Néftis, os dedos são serpentes de lápis-lazúli, as vértebras são os ossos das costas de Geb, o deus da Terra...

...o ventre é o de Nut, os pés são as abóbadas das plantas dos pés de Chu, o deus do ar luminoso quando atravessa o mar.

Conclusão: ”Não há nele membros que sejam privados de deus que porá a sua chancela sobre o que ele traçou, dado que os amuletos de Heliópolis lhe são aplicados”.

Esta frase enigmática merece um comentário. Colocar uma chancela, para o egípcio, é inscrever o divino no real. Os selos reais são conhecidos desde a I dinastia.

Mais tarde, os mais célebres terão a forma de um escaravelho,
símbolo do ”devir”. Por outras palavras, quando o rei toma uma decisão e a sela, está consciente do seu ”devir”, das consequências dos seus atos.

Em magia, essa tomada de consciência é absolutamente necessária para não se extraviar.

A aplicação dos ”amuletos de Heliópolis” corresponde a um momento primordial da iniciação do mágico. Reconhecido como apto para as suas funções, vê o seu corpo revestido das insígnias de poder que o Mestre mágico presidindo à cerimônia maneja.

Os amuletos são ditos ”de Heliópolis” porque esta antiga cidade do Sol era a capital da magia. São também colocados sobre a múmia para a tornar incorruptível.

É de resto um dos sentidos profundos da mumificação: identificar um despojo mortal com um corpo imortal para que a alma, munida com esse suporte, penetre no Além em país conhecido.

Todo o morto mumificado segundo os rituais torna-se um mágico capaz de ressuscitar. O egípcio não confia na simples crença para franquear o obstáculo do nada. O conhecimento parece-lhe ser um melhor caminho.

Quando o mágico volta o seu olhar para o céu, vê Ré, o deus da Luz. Quando volta o olhar para a terra, vê Geb, príncipe das divindades e deus da Terra. Essas duas divindades ajudam-no a conjurar o mal.

O concurso de Ré é especialmente precioso: graças à Luz divinizada, ele vê tudo e dissipa as trevas.

Ré tem o poder de mudar a morte em vida. Repete essa operação mágica em cada manhã, no lago de chamas, no momento de um combate encarniçado contra os seus inimigos que tentam impedir que a Luz dê de novo a vida.
O mágico também trava essa guerra contra as potências das trevas. Em primeiro lugar no momento da cerimônia de iniciação, depois na sua atividade quotidiana. Tem necessidade da Luz divina para ser aquele que ilumina o Egito, as Duas Terras, vermelha e branca, que rejeita a obscuridade para se tornar o touro das montanhas do Oriente e o leão das montanhas do Ocidente, aquele que percorre em cada dia as extensões celestes.

Quando abre o olho, a luz surge. Quando o fecha, a noite estende-se sobre o mundo. Os deuses ignoram o seu verdadeiro nome.
Identificado com a luz que viaja ao longe, o mágico liberta a estrada do Sol para que ele possa seguir em paz. Colabora portanto na obra solar de cada dia e na regeneração da humanidade.

Segundo o Antigo Egito, o estado de ser mais perfeito que a via iniciática coroa, é akh, a personalidade luminosa, irradiante, de eficiência sobrenatural.

O corpo pertence à terra, o akh pertence ao céu. É este ser iluminado que Ré revela ao mágico capaz de contemplar o Sol, de descobrir o divino contemplando o astro diurno. Muito mais tarde, serão qualificados de ”iluminados” aqueles que tiverem recebido a iniciação; hoje esse termo tornou-se pejorativo. Ser-lhe-á preferido o de ”Filho da Luz”, expressão egípcia que caracteriza o faraó designando-lhe o seu verdadeiro pai e conferindo-lhe a dimensão sobrenatural da sua função.

O mágico astrólogo A astrologia egípcia é um dos campos de pesquisa mais difíceis e menos explorados.
”Não há talvez país”, escreve Diodoro de Sicília falando do Egito, ”onde a ordem e o movimento dos astros sejam observados com mais exatidão do que no Egito.
Eles” (os astrólogos) ”conservam há já um número inacreditável de anos registros em que essas observações são consignadas. Neles se encontram informações acerca da relação de cada planeta com o nascimento dos animais e sobre os astros cuja influência é boa ou má.

No túmulo de Osímandias, em Tebas, havia no terraço um círculo de ouro de 365 côvados de circunferência, dividido em 365 partes; cada divisão indicava um dia do ano e ao lado estava escrito o levantar e deitar naturais dos astros, com os prognósticos que os astrólogos egípcios fundamentavam no exame dos dias”.

O zodíaco de Dendera, documento célebre que mereceria uma interpretação aprofundada, não é o único testemunho da astrologia egípcia que, na Época Alta, se centrava essencialmente na figura do faraó.

Os horóscopos individuais só são atestados tardiamente. Mas o mágico sempre se preocupou com as relações entre a sua ação e as disposições cósmicas.

Segundo o capítulo 144 do ”Livro dos Mortos”, ele toma em consideração a posição das estrelas no céu. Em silêncio e no segredo, consulta os livros de astrologia, apenas acessíveis a iniciados de longa data.

Contrariamente ao que hoje se passa, a astrologia não é facultada a profanos. Mantém-se ciência de templo, que só mãos peritas e espíritos responsáveis manejam.

Graças ao conhecimento das leis astrológicas, podem os bem-aventurados circular à sua vontade no céu, na Terra e no império dos mortos. Acompanha-os o espírito do mágico.

Quando faz as suas observações do céu, o mágico grava sete vezes as suas pegadas no solo. Recita sete vezes fórmulas mágicas em honra da Coxa, quer dizer, da Ursa Maior, orientando-se para Norte, para o eixo do mundo.

Os conhecimentos astrológicos são um dos suportes necessários ao ato mágico. A familiaridade com os astros é indispensável para utilizar as forças do Cosmos, a ponto de poder capturar a Luz e agarrar bem a Lua com as mãos, ou, por outras palavras, dominar a sua influência em vez de a suportar.

(Autor: CHRISTIAN JACQ - continua)

9 de dezembro de 2013

A GRANDE MORADA XIII





Para conhecimento: Na mitologia grega, as plêiades eram filhas de Atlas e Pleione, filha do Oceano. Quando Pleione estava passeando pela Beócia com suas sete filhas, foi perseguida pelo caçador Órion, por sete anos. Júpiter, com pena delas, apontou um caminho até as estrelas, e elas formaram a cauda da constelação do Touro.

As plêiades são: Electra, Maia, Taigete, Alcíone, Celeno, Asterope e Mérope.

Seis das plêiades tiveram filhos com deuses, mas Mérope casou-se com um mortal, por isso esta estrela não pode ser vista.

Mérope, por ter casado com um mortal, é uma estrela muito fraca; outras versões do mito dizem que Electra é a estrela que sumiu: após a captura de Troia e derrubada dos descendentes de Dardano, de tristeza, ela se mudou para o círculo ártico, e aparece algumas vezes com seus cabelos soltos, na forma de um cometa.


10 - Integração: a volta para casa

“E enquanto todas as criaturas olham com olhos baixos a sua terra natal, Ele convida o homem a caminhar ereto, observando o céu de onde veio sua alma, e para onde dirige todas as suas esperanças.” OVIDIO

Integração significa a permissão para que todos os níveis sejam considerados partes válidas do Todo. Significa desprender-se da negação. Significa abraçarmos a nós mesmos, como abraçamos aos demais.

Da mesma maneira que nossa consciência criou o reino de polaridade também podemos transforma-lo. Uma vez que aconteça a integração, este domínio se definirá segundo parâmetros muito diferentes. Converter-nos-emos nos arquétipos e, também, nos Fundadores. Mudaremos de pontos de visão e nos daremos conta de que nós mesmos somos o Criador. Isto não significa, necessariamente, que nossas identidades sejam dissipadas.

Poderá significar que despertemos até o ponto de que sejamos capazes de escolher, conscientemente, nosso próprio destino. Talvez escolhamos entrar em outros reinos e sermos os amigos invisíveis de sociedades planetárias que ainda estejam vivendo a ilusão da separação. Inclusive, poderíamos nos converter em extraterrestres para outro planeta, refletindo sobre as decisões a respeito das interferências que atingiram nossos antepassados.

Acalmando-nos e escutando, atentamente, podemos ouvir e sentir as correntes desta transformação. A existência e a mudança são as únicas constantes. Podemos jogar o jogo da ilusão e pensar que somos o resultado de uma criação acidental, mas tarde ou cedo daremos um toque em nossos próprios ombros e o jogo terá terminado.

Na realidade da Terra, nós temos criado os seres de Arcturos, Sírio, Lira Órion, Retículi, as Plêiades, etc, para que eles sejam os seres que nos toquem o ombro.

Eles, verdadeiramente, são parte da mesma coisa, eles são nós.

Os parágrafos anteriores falam de uma mudança a que, por força da inderrogável evolução, todos os seres, por todo o cosmo, está destinado. Todavia, essa evolução não acontece por acaso ou só por intervenção de terceiros sem que sejamos conscientes dela.

“Da mesma maneira que nossa consciência criou o reino de polaridade também podemos transforma-lo.” Pois é, exatamente, isso, ou seja, por nossa vontade própria – vontade consciente – teremos de efetuar a transformação. Transformação que subentende não estar fixado na polaridade positiva e nem na polaridade negativa de conceitos existenciais. Mas, esforçar-se para fusionar – juntar – estas duas extremidades opostas de tal maneira que elas se integrem sem se anular.

Faço uma analogia: Um homem e uma mulher resolvem se casar. Um é a polaridade oposta do outro – o masculino e o feminino na condição natural da vida. Casam-se. O homem continua em sua polaridade masculina, e a mulher em sua polaridade feminina. O ato de se unirem em matrimônio pode ser visto como uma fusão, ou integração.

No entanto, ao se integrarem, não se anulam, nem o homem e nem a mulher. Ambos continuam no mesmo estado polar que se encontravam antes do casamento.

Portanto, esta é a lição que a humanidade da Terra terá que aprender. Integrar todos os opostos que fazem parte da existência material e social neste planeta – aceitação dos contrários – pois só assim existirá o respeito ao semelhante e, por conseguinte, a Paz.

Por decorrência dessa compreensão e aplicação do feito, nossa humanidade conseguirá ampliar sua coexistência também com as raças extraterrestres. Afinal, todos, terráqueos e extraterráqueos, habitamos a mesma Grande Morada. Eles são nós.

O que estamos fazendo, aqui na Terra, para que essa integração possa acontecer ?

Antes de tudo, devemos saber que terá lugar, com ou sem nossa atuação consciente. A diferença consiste em que uma atuação consciente permitirá que a viajem seja mais prazenteira. Sentiremos que temos mais controle sobre nossos destinos.

A atuação consciente que acelerará nosso processo de integração é muito simples: basta darmos permissão. Se aceitarmos isso em todos os níveis nos quais tem lugar a integração, veremos com alegria como nossos caminhos se estenderão diante de nós.

A integração se dará em quatro níveis principais: mental, emocional, espiritual e físico.

Mental
Integrar nossa mente significa que permitamos que se combinem, não só nossos processos mentais, mas, também, os intuitivos e os emocionais. O tipo de pensamento que se aprecia hoje em dia está, praticamente, centrado na cabeça. Fórmulas e cálculos determinam a realidade do século XX da Terra.

Se nos permitirmos entender que os processos intuitivos e emocionais são igualmente válidos e que são utilizados em combinação com o mental, estaremos em bom caminho para a integração de nossa mentalidade.

Emocional
Quando falamos de integração emocional, falamos de começar a aprender a abraçar nossa sombra. Podemos abrir armários interiores e cavar fundo no subconsciente e erradicar crenças que nos mantém amarrados.

Na maioria dos casos, estes aspectos negados a nós mesmos só querem que prestemos atenção a eles.

Como os pleiadianos descobriram, e antes deles os liranos, a negação só prolonga a dor da existência. Deveríamos aprender com estes seres de mundos distantes. Não repitamos as mesmas lições uma e outra vez !

Espiritual
Integrar o espiritual, talvez seja o mais fácil de tudo. Todos possuímos uma espiritualidade interior não ligada a nenhuma doutrina. Se liberarmos a doutrina e tocamos a espiritualidade inata, o processo de integração começará. Quando honramos a verdade de cada pessoa como manifestação da Verdade Única, irradiamos para fora e abraçamos o planeta. Isto nos permite coexistir com nossas crenças sem necessidade de mudar as do outro.

O fato de que Deus/Tudo o Que E´, exista não se pode mudar, mesmo com nossos argumentos a respeito da questão de que cor é o manto que ele veste. Temos tanto medo de estar sozinhos que criamos mais separação em razão de nosso desejo de uma doutrina única. Se tivermos a coragem de começar a tocar essa espiritualidade interior, começará nossa transformação. “Todos possuímos uma espiritualidade interior não ligada a nenhuma doutrina.” Esta é uma questão que, acredito, poucos pensem nela. Sem querer desmerecer a ninguém, ou a qualquer forma de culto, reflitam: A criança nasce. Nela não há qualquer sinal – um carimbo, por exemplo – que ela é católica, ou evangélica, ou espírita, ou umbandista, ou muçulmana, etc, etc, etc.

Nela está o que podemos chamar de inocência espiritual. Ou seja, é uma terra virgem e fértil em que plantando tudo se dá. Todavia, seus pais a direcionarão para o rumo religioso que eles consideram adequados à eles, na crença de que aquela é a melhor, que melhor “deus” possui.

Pois a realidade é a que os autores do livro escreveram: Nossa espiritualidade interior não está ligada a nenhuma doutrina, significando que somos livres para viver esta espiritualidade.

O que de verdade acontece com a humanidade da Terra é que ela não vive a espiritualidade, mas as doutrinas criadas pelos homens. Cultos exteriores.

Em minha experiência no trato com a mediunidade verifiquei, e fui informado por mentores, que eles, em suas assistências benemerentes, não distinguem o católico do protestante.

Que não dão preferência a assistir médiuns espíritas em detrimento de médiuns umbandistas, etc.

Que, muitas das vezes, ao terminar a atuação num grupo Espírita em que eram nominados por Mentor, se dirigem a um terreiro de Umbanda e são reconhecidos como Pai de Santo.

O que importa é servir, dizem eles. E não só nesses núcleos acima mencionados, mas em hospitais, casas de detenção, escolas, universidades, gabinetes governamentais e até nas ruas de nossas cidades.

Alçando-se à quarta densidade extinguem-se as nacionalidades, anulam-se os credos religiosos, desfazem-se as facções políticas. A consciência é Universalista. Portanto, consciencialmente falando, não estamos ligados a nenhum sistema doutrinário em particular.

Saber disso é valioso para se perder o medo de compreender DEUS, o Todo o Que É, de maneira menos preferencial e particularizada. A ELE pertencemos, e não ELE a nós.

Físico A integração física é ligeiramente diferente. Implica um reconhecimento de nosso passado e de nossa história como parte de um cenário maior, em escala cósmica. Fragmentamos-nos da Fonte e dos Fundadores.

Estendemos nossa individualidade até limites insuspeitos. Voltar a nos unir será necessário voltar a nos reconhecer e aceitar como parte da Família Galáctica. Ao superar nossos medos raciais e deixar de crer que a cor da pele, ou as diferenças culturais são uma barreira entre nós, também superaremos nossos medos a celebrar a comunhão que nos oferecem os Zeta Retículi. Podemos permitir a integração em todos os níveis de nossa vida física aqui na Terra. Nem um só de nós procede de outro lugar. Procedemos da Fonte e a Fonte é infinita.

Dizer que procedemos das Plêiades é uma negação de tudo o mais que somos. Nosso ser terrestre se confunde, continuamente, ao negarmos que nossa existência é parte do corpo do planeta. Procedemos de Tudo O Que E´ ! Se sentirmos uma conexão com uma raça de fora do planeta, pode ser que estamos nos identificando com o que representam ou com várias vidas que tenhamos passado nesse planeta.

Se os indivíduos contatados insistirem em dizer que “procedem” de alguma parte, então, oferece-se a eles a sugestão para que afirmem sua aliança com a Terra. Eles escolheram uma vida aqui.

Num sentido muito real, pode-se dizer que as pessoas da Terra são um modelo de integração. Somos divinos e terrestres; procedemos de deuses e de homens. Somos a prova positiva de que a vida humana pode adaptar-se a circunstâncias, aparentemente, inverossímeis. Celebremos a humanidade !
Não existem irmãos do espaço que realmente nos venham salvar, pois estão demasiadamente ocupados salvando-se a si mesmos!

Embora estejamos fazendo um pouco o jogo de esconder a cabeça na areia, outras civilizações nos estão olhando com se fôssemos um enigma.

Somos a civilização que se nega a morrer ! Nossa resistência e nossa fé em nossas habilidades têm demonstrado, continuamente, nosso valor. Negamos-nos a ser dominados pelo grupo de liranos no Jardim do Éden. Diversas «pragas» espalhadas pelos deuses não conseguiram nos eliminar. Graças a Noé e ao soberano sírio que o avisou, hoje somos uma civilização radiante. Muitos se perguntam por que tantos grupos extraterrestres têm observado a Terra. Talvez sejamos uma demonstração previsível de integração em ação. Pode ser que seja dolorosa, mas em nossa crença no consciente coletivo, a dor pode produzir resultados milagrosos.

A Terra do presente, e a Terra do futuro são, precisamente, esse milagre. Celebremos este milagre ao integrarmos, e aceitar a responsabilidade de nossa realidade planetária.

Formamos parte de uma Associação de Mundos, e nossa qualidade de membro deve ser renovada ! Mas para poder continuar sendo membro dessa Associação, necessário que despertemos e nos demos conta do drama cósmico do qual concordamos em fazer parte. Nosso despertar nos conduzirá ao lugar... a nós mesmos.

(Texto: Luiz Antonio Brasil - CONTINUA )

22 de novembro de 2013

O LIVRO MÁGICO DO ANTIGO EGITO II



Os textos mágicos, que formam uma parte considerável da ”literatura”egípcia, estão inscritos em suportes materiais variados: papiros (desde o Império Médio), óstracos (placas de calcário), esteias, estátuas, múltiplos pequenos objetos.

Os eruditos contemporâneos, habituados a fazer dissecações racionalistas, ganharam o hábito de classificar os textos egípcios em ”literários”, ”históricos”, ”religiosos”, ”mágicos”, etc.

Essas distinções formais não correspondem à realidade. O Conto do Náufrago, reconhecido como ”literário”, é uma história de magia admirável.

Os ”Textos dos Sarcófagos”, ditos ”funerários”, apelam constantemente para a magia. Na medida em que um texto está escrito em hieróglifos, é por inerência eficaz; poder-se-ia até dizer que todo o escrito egípcio é por essência mágico, ainda que se tenha de reconhecer diversos graus na aplicação desse princípio.

No entanto, alguns textos destacam-se do conjunto pela sua importância ou pela sua originalidade. Entre eles, o Livro dos Dois Caminhos, inscrito em sarcófagos do Império Médio, confere ao morto o conhecimento dos caminhos do Além. Dois caminhos, um de terra, outro de água, são separados por um rio de fogo. Outras tantas vias de acesso simbólico a um país povoado de gênios temíveis. É lá que se encontra uma espécie de Graal que o justo descobre depois de ter vencido numerosas provas cujas chaves só um conhecimento “mágico” poderá fornecer-lhe.

Os Livros de Horas são conjuntos de fórmulas que o mágico recita durante as horas do dia e da noite para obter os favores das divindades.

O Papiro Bremner-Rhind, onde se conta a luta das potências solares contra a monstruosa serpente Apopi, gênio das trevas, registra também um tratado esotérico sobre a natureza divina.

É revelado que o Mestre do Universo criou o conjunto dos seres quando o céu e a terra ainda não existiam. O plano da criação foi concebido no próprio coração dele. De Um, o arquiteto dos mundos tornou-se Três. Provocou mutação e transmutações, instalou-se no cabeço primordial, primeira terra emergida.

Quanto aos homens, esses nasceram das lágrimas (remetj) do deus, quando chorou sobre o mundo.

A Estela de Metternich é a mais célebre das esteias mágicas. É uma verdadeira ”banda desenhada” mágica a que se narra na Esteia de Metternich, documento importante que só por si mereceria um extenso estudo.

No cimo do monumento veem-se oito babuínos a adorar o Sol nascente, enquanto Tot dirige o ritual. Trata-se da criação mágica da Luz e da luta contra as forças das trevas, expressa simbolicamente nos registros inferiores da esteia.

Data do século IV a. C. e registra um texto notável que trata da cura mágica de Hórus criança, picado por um animal venenoso nos pântanos do Delta onde vivia escondido em companhia de Ísis, a mãe. Na parte superior do rosto da esteia vê-se Hórus de pé em cima de crocodilos a agarrar criaturas maléficas. O jovem deus é protegido por Tot, o Mágico, e por Hathor, deusa da Harmonia.

Se o jovem deus, portador da cintura da infância, não teme qualquer perigo e domina as forças do mal, é porque é protegido por numerosas divindades, nomeadamente por Bés, cuja enorme cabeça sorridente é garantia de segurança.

Por baixo, uma ”banda desenhada” simbólica inclui sete registros onde figuram deuses e gênios, desenvolvendo a sua atividade em múltiplas cenas de conjura. No cimo da esteia, oito babuínos celebram com os seus gritos o nascimento da Luz.

A Estela de Metternich evoca igualmente o papel da grande mágica, Ísis. Quando encontra Hórus, o filho agonizante, apela aos habitantes dos pântanos, mas nenhum deles conhecia remédio apropriado. Ninguém podia pronunciar palavras de cura eficazes. Iria o Criador, Atum, permitir que a vida se esfumasse?

Ísis retira Hórus do ataúde onde repousava e lança um longo lamento que atinge o céu. A sua ameaça é aterradora: enquanto o seu filho não for curado, a Luz não brilhará. As potências celestes, assim forçadas, intervêm a favor do jovem deus:

”Desperta, Hórus!” - é dito.

O veneno perde a sua capacidade nociva, depois torna-se ineficaz. Hórus cura-se. A ordem do mundo é restabelecida. A barca divina percorre novamente os espaços celestes.

Outro documento surpreendente: ”a estátua curadora” de alguém chamado Djedher, guardião das portas do templo de Athribis. Descoberta em 1918 e conservada no Museu do Cairo, oferece informações acerca das práticas religiosas do século IV d.C. Assente num pedestal e medindo 65 centímetros de altura, esse monumento de granito negro representa uma personagem acocorada, braços cruzados, as costas contra um pilar. O corpo está coberto de inscrições, com a exceção do rosto, dos pés e das mãos.

A superfície do pedestal está cavada de modo que duas bacias ligadas por um rego recolham a água que se impregnou de magia depois de ter sido derramada sobre a estátua. Bebendo essa água, o doente curar-se-á.

Sobre qualquer estátua curadora, a menção do nome próprio do defunto é importante. Àqueles que queriam utilizar magicamente a sua estátua, o morto pedia que lessem em seu favor os textos rituais. Aparecia assim como um salvador produzindo milagres.

”Oh, qualquer sacerdote”, diz um texto da estátua, ”qualquer escriba, qualquer sábio, que veja este Salvador! Recitai os seus escritos, aprendei as suas fórmulas mágicas! Conservai os seus escritos, protegei as suas fórmulas mágicas! Dizei a oferenda funerária que o rei dá em mil coisas boas e puras para o ka (a potência vital) deste Salvador que fez o seu nome em Hórus-o-Salvador”.

Na mesma categoria de documentos se classifica uma base de estátua de granito negro (32,2 centímetros de comprimento, 12 centímetros de altura) adquirida em 1950 pelo Museu de Leiden.

Coberta de textos mágicos, é aproximadamente da época ptolomaica. Os textos revelam que Ísis, vinda de uma moradia secreta onde tinha colocado Set, utilizou todas as capacidades da magia para curar uma criança picada por desgraça por um dos sete escorpiões que a precediam nas suas deslocações.

Entre as estátuas ”mágicas”, deve ser dado um lugar à parte à do faraó Ramsés III. A sua função era a de proteger os viajantes contra os animais malfazejos, nomeadamente as serpentes. Os que se aventuravam nas paragens do istmo do Suez beneficiavam assim dos favores de Ramsés III divinizado, cuja efígie, colocada num pequeno oratório, emitia uma influência benéfica.

Na estátua (ou, mais exatamente, no grupo esculpido, porque o rei era acompanhado por uma deusa) estavam gravadas fórmulas mágicas que, assegurando a salvaguarda de Hórus criança, garantiam também a do viajante.

Uma corporação de magos, os sau, quer dizer, ”os protetores”, estava encarregada de velar pela segurança daqueles que percorriam as pistas do deserto.

Ramsés III teve relações especialmente estreitas com o universo da magia. Quando do sombrio processo criminal batizado ”conspiração do harém”, conspiração fomentada por dignitários, estes utilizaram a magia mais negativa para tentar suprimir o chefe do Estado.

Um dos conjurados tinha conseguido retirar dos arquivos reais um texto mágico ultrassecreto. Fez uso dele contra o seu soberano.

Os membros da maquinação fabricaram figuras de cera que representavam os guardas do faraó e conseguiram assim paralisá-los. Esperavam, sem dúvida, poder ir mais longe e atingir a própria pessoa do faraó, mas foram identificados e capturados. A utilização da magia como arma criminosa foi considerada delito muito grave, castigado com a condenação à morte, sendo a sentença executada sob a forma de suicídio.

Vários museus guardam papiros mágicos, de interesse desigual. Citamos acima o Papiro Bremner-Rhind e poderíamos estabelecer uma longa lista de documentos (entre os quais alguns inéditos ou não traduzidos, ou ainda inacessíveis por razões obscuras).

Um deles, o Papiro demotico de Londres e de Leiden, goza de um renome algo injustificado. Esse documento de época tardia mistura práticas divinatórias, receitas de baixa feitiçaria e antigos elementos mitológicos. É o reflexo de uma mentalidade mágica, dando um lugar não negligenciável a sortilégios dos quais um bom número visa conquistar a mulher amada.

Esse papiro não foi, de resto, redigido para uso apenas dos Egípcios, mas também dos Gregos e dos Cristãos. Em egípcio, os arquivos sagrados são chamados baú Ré, potências do deus do Sol”.

”Os livros”, explica um papiro 13, ”são a potência do rei da Luz no meio do qual vive Osíris”. É pois por intermédio desses arquivos sagrados que comunicam as duas grandes potências divinas, Ré, deus da Luz, e Osíris, senhor das regiões tenebrosas.

Os autores dos livros mágicos não são homens, mas sim Tot, o mestre das palavras sagradas, Sia, o deus da Sabedoria, Geb, o senhor da Terra. Escrevendo esses livros, legaram à humanidade mensagens que ela pode utilizar com conhecimento de causa.

O mágico deve portanto possuir um conhecimento perfeito do mundo divino. No cume da sua arte, é mesmo considerado como o Mestre da Enéade, corporação de nove deuses que tem um papel principal na origem de toda a Criação. Portador da grande coroa, o mágico torna-se redator de textos sagrados. É o escrito que registra o conhecimento. ”Ama os livros como amas a tua mãe”, é recomendado àquele que procura a sabedoria.

O mágico não se contenta em ler: engole os textos, coloca pedaços de papiro numa tigela, bebe o Verbo mágico, ingere as palavras portadoras de significado. Esse rito extraordinário foi transmitido aos construtores de catedrais.

Perto da múmia era depositado um papiro encarregado de repelir as forças hostis e de permitir ao morto entrar em completa segurança nas regiões desconhecidas do Além. Esses escritos mágicos eram colocados ora perto da cabeça, ora perto dos pés, ora entre as pernas do corpo mumificado. O morto dispunha assim de fórmulas eficazes, de itinerários, de indicações que deviam ser seguidas para que a sua viagem póstuma fosse bem sucedida. Também vários amuletos eram distribuídos sobre o corpo mumificado, para assegurar proteção.

Cada templo possuía uma biblioteca mágica onde se conservavam as obras necessárias às práticas rituais e ao ensino esotérico dos praticantes. Em Edfu, por exemplo, dispunham de obras para combater os gênios malignos, repelir o crocodilo, apaziguar Sekhemet, caçador de leões, proteger o faraó no seu palácio.

O mágico rege a sua vida quotidiana pelas leis cósmicas; por exemplo, ”o dia vinte do primeiro mês da inundação é o dia de receber e de enviar cartas. A vida e a morte saem nesse dia. Faz-se nesse dia o livro fim da obra. É um livro secreto, que faz malograr os encantamentos, que detém e trava as conjuras e intimida todo o universo. Contém a vida, contém a morte”.

O escrito mágico goza de uma vida autônoma dado se encontrar escrito em hieróglifos, signos portadores de potência. Os ”Textos das Pirâmides”, que incluem numerosas fórmulas mágicas, oferecem a este respeito um exemplo muito significativo. Esses textos, inscritos nas paredes internas das pirâmides do Império Antigo (V e VI dinastias), apresentam-se sob a forma de colunas de hieróglifos.

Cada um destes é considerado como um ser vivo, a tal ponto que os animais perigosos ou impuros (por exemplo, os leões, as serpentes) são cortados em dois ou mutilados para não fazerem mal ao faraó morto e ressuscitado.

Na própria composição dos textos mágicos, notam-se usos característicos, como o processo enumerativo que consiste em dar longaslistas de inimigos vencidos ou partes do corpo do homem identificadas às dos deuses. Também se empregam palavras incompreensíveis, formadas de conjuntos de sons julgados eficazes: há uma mistura de egípcio, de babilônio, e de cretense.
Nota: Papiro Salt 139.

Exemplo de texto mágico: uma página do Papiro Salt 825 onde se revela o ritual da Casa de Vida.

À esquerda, escrito dito ”hierático”, forma cursiva do precedente outras línguas estrangeiras, desembocando em fórmulas do estilo ”abracadabra”. Esses desvios bizarros da magia sacra não devem fazer com que se esqueça o valor da palavra. Ler em voz alta as fórmulas mágicas, é conferir-lhes eficácia e realidade.

A língua hieroglífica é baseada, em grande parte, num ”alfabeto” sagrado que inclui letras-mãe (consoantes e semiconsoantes). As vogais não são notadas, são elementos perecíveis, passageiros, dependendo de uma época e um lugar. Em troca, ”o esqueleto de consoantes” é o elemento imortal da língua. Esta ideia de um valor mágico da linguagem foi conservada durante muito tempo. Na época copta, um amuleto preservava vinte e quatro nomes mágicos, cada um deles iniciado por uma das letras do alfabeto grego.

”Eu sou a Grande Palavra”, declara o faraó, indicando desse modo que é capaz de dar vida a todas as coisas. Há uma palavra secreta nas trevas. Qualquer espírito que a conheça, escapará à destruição e viverá entre os vivos. O viajante do Além descobre-a e reveste a magia que irá permitir-lhe manejar a varinha de um deus verdadeiro. Quem possuir a fórmula será capaz de fazer a sua própria magia.

Quando os deuses falaram, rasgaram o nada e abriram a via às forças da vida. Eis a razão por que o mágico repete as palavras dos deuses, como as de Hórus que afastam a morte, extinguem o fogo dos venenos, reentregam o sopro da vida e arrancam o homem a um destino maléfico.

Palavras e fórmulas pronunciadas não são ditas por acaso; inspiram-se em lendas sagradas, em ações acontecidas nos tempos divinos e que se repetem no mundo dos homens. Uma fórmula mágica só é eficaz na medida em que remonta a uma alta antiguidade ou, mais exatamente, à origem da vida. A fórmula de oferenda, por exemplo - peret-kheru -, significa: ”o que aparece na voz”, sendo apenas o Verbo capaz de animar a matéria.

O título geral para a fórmula mágica é ”fórmula para...” se tornar, ser, ter poder sobre. Deve ser lida, recitada, decorada, compreendida, gravada, utilizada como um verdadeiro utensílio espiritual e material. Repetir quatro vezes um texto mágico torna-o plenamente eficaz, mas é igualmente necessário prestar atenção ao som, ao ritmo, à salmodia.

A matéria-prima do mágico é essa palavra que, acrescentando-se ao gesto, produz o ato mágico. Pelas fórmulas tornadas vivas, o mágico encanta o céu, a terra, as potências noturnas, as montanhas, as águas, compreende a linguagem dos pássaros e dos répteis.

O alvo é considerável: a recitação correta das fórmulas torna-o capaz de aceder ao cortejo de Osíris e de fazer parte da confraria dos reis do Alto e do Baixo Egito, a sociedade iniciática mais fechada que é possível conceber.

As próprias divindades veem-se obrigadas a obedecer às palavras de poder do mágico: ”Ó vós, todos os deuses e todas as deusas, voltai para mim o vosso rosto! Sou o vosso mestre, filho do vosso mestre! Vinde a mim e acompanhai-me... sou o vosso pai! Sou um companheiro de Osíris, percorri o céu em todos os sentidos, explorei a terra, atravessei o mundo intermediário seguindo os passos dos Iluminados veneráveis, porque detenho inúmeras fórmulas mágicas. Tendo cavado o horizonte e percorrido o Cosmos em todas as direções, recolheu o ensinamento dos bem-aventurados. Aquele para o qual são recitadas as fórmulas beneficia de privilégios importantes: bebe a água do rio, sai para o dia como o deus Hórus, vive como um deus, é adorado pelos vivos como um sol. Quem recita as palavras justas irá por toda a parte e o seu coração ficará estável qualquer que seja a forma que adotar. Ejaculará o seu sêmen sobre a terra, terá herdeiros que prosseguirão a sua obra. Nem o seu poder nem a sua sombra serão presa dos demônios. E isso, acrescentam os redatores dos livros de magia, foi ”um milhão de vezes verídico”.

O mágico proclama-se eficaz pela sua boca, glorioso pela sua forma.

Existe até uma fórmula para proteção contra qualquer morte, quer seja provocada por doença, por animais nocivos, por afogamento, uma espinha de peixe, um osso de pássaro, a fome, a sede, a agressão de humanos ou pelas divindades. É preciso, com efeito, lutar incessantemente contra as agressões do invisível que se manifesta de mil e uma maneiras. Por isso, o mágico recita com frequência fórmulas complexas para afastar o desenlace fatal daquele que está asfixiado. A falta de ar era uma das obsessões dos Egípcios, pois a respiração era uma das mais deslumbrantes manifestações da vida, através do ar nutriam-se do fluido vital.

A magia evita também que o homem justo seja comido pelas serpentes. Para o proteger com eficácia, a melhor solução consiste em lhe dar a aparência de uma serpente, que será ele próprio, capaz de engolir as suas perigosas congêneres. Voltaremos a falar destes temas característicos da magia egípcia.

Magia de Estado, magia privada: os dois termos não são contraditórios, mas têm como alvo objetivos sensivelmente diferentes. A primeira atinge uma dimensão cósmica; a segunda, por vezes iniciática, arrisca-se a cair, em qualquer momento, no mau caminho que conduz aos poderes mais temíveis. Não acontece hoje o mesmo com as disciplinas científicas de que tanto nos orgulhamos?

A magia egípcia é uma visão do mundo que ilumina zonas ao mesmo tempo luminosas e obscuras da alma humana. Ela foi, muito antes da Psicanálise, uma via de pesquisa fecunda para o conhecimento da última realidade que há em nós. Serviu igualmente para manipular, não sem perigo, uma energia psíquica que a ciência mais racional começa a descobrir, tateante e com um certo espanto.

O Antigo Egito tem ainda muito para nos ensinar, tanto no domínio da magia como em muitos outros. Ouçamos pois os mágicos formular as suas certezas, as suas angústias, celebrar os seus sucessos e interrogarem-se sobre os riscos de insucesso. É também a nossa aventura que eles contam.

CAPÍTULO I

O MÁGICO, HOMEM DO CONHECIMENTO

Um pai de família egípcio, mágico por acréscimo, vive um ritual quotidiano no seio da sua própria família. Quando esta está toda reunida, por ocasião de uma festa ou de uma circunstância considerada excepcional, o pai torna-se em verdade o símbolo de uma força sobrenatural. Não se dirigem a ele de qualquer maneira e ninguém se permite tomar a palavra em qualquer momento.

No Ocidente, temos frequentemente perdido esse sentido do sagrado nas nossas ações mais simples.

Ora, como escrevia Hermes Trismegisto, ”o que está em baixo é como o que está no alto”. Ainda que este julgamento possa chocar, creio que um banquete como aquele que foi celebrado na noite de Natal em Lucsor é uma cerimônia sagrada.

”O mágico”, diz o meu anfitrião, ”é um homem que conhece as coisas”. Os filhos dele aprovaram com um aceno de cabeça.

Não dissimulei a minha surpresa. ”Conhecer as coisas”.., esta expressão, na aparência banal, é frequente nos textos hieroglíficos. Significa, magicamente os deuses na Terra.

”Conhecimento”, prosseguiu o mágico de Lucsor, ”eis a palavra-chave da arte mágica”. Quem ignora as fórmulas mágicas não poderá circular à sua vontade neste mundo ou no outro. A ignorância prende o homem.

Nota: O capítulo 572 dos ”Textos dos Sarcófagos” foi redigido para conferir o poder mágico àquele que viaja no reino dos mortos. É necessário apelar à corporação dos Seguidores de Hórus, sabedores entre os sabedores, que conhecem os segredos da origem.

Fornecem ao mágico uma proteção onde quer que se encontre, com a condição de que seja apto ao conhecimento e não ceda ao esquecimento à terra, reduzi-lo à escravatura. O mágico está ”informado” pelo deus Sia, detentor da intuição das causas, e Hu, o Verbo criador. Tomam-no pela mão e conduzem-no até a um cofre misterioso. Abrem-no diante dele. O mágico vê então o que está no interior: o próprio segredo da magia.

Intuição e Verbo: não é verdade que se trata, hoje como ontem, dos dois utensílios indispensáveis àquele que procura?

Do encantador de serpentes dos campos de Lucsor ao físico atômico mais ”evoluído”, não se manteve idêntica a via seguida: perceber pela intuição, formular pelo Verbo?

O mágico não é um necromante nem um ocultista. Para o Egito, ele é um sábio e um sacerdote. Lê e escreve hieróglifos, conhece os livros antigos e as fórmulas de poder. É mágico porque é conhecedor. A sua função oficial é concretizada pelo porte de um rolo de papiros, símbolo da abstração e do conhecimento esotérico.

(CONTINUA - Autor: CHRISTIAN JACQ)