6 de agosto de 2009

TARÔ

O Taro é considerado um Oráculo antigo, composto por 22 Arcanos Maiores e 56 Arcanos Menores.

Arcanos Maiores:
As 22 cartas ou lâminas são hoje denominadas Arcanos Maiores nos manuais de Tarô. Essas 22 cartas não estão numeradas.Para a perfeita leitura deste oráculo,quanto mais ampla for a compreensão do símbolo, mais rica e profunda será sua aplicação prática.


Na verdade, é importante reconhecer que existem diferentes ângulos de abordagem num mesmo plano, além dos diferentes níveis ou planos de realidade (físico, astral e espiritual) de que um sistema pode dar conta. E a isso tudo acrescenta-se a questão do nível de compreensão real de um autor. Mesmo no caso de autores sérios, o que eles dizem sobre os símbolos não deve ser tomado como dogmas, mas tão somente como aberturas e apoios ao exercício do pensar analógico.


Arcanos Maiores e suas correspondências com planetas e signos astrológicos, segundo Papus/Mebes:

1. O Mago —
2. A Papisa - Lua
3. A Imperatriz- Vênus
4. O Imperador- Júpiter
5. O Papa- Áries
6. O Namorado- Touro
7. O Carro- Gêmeos
8. A Justiça- Câncer
9. O Eremita- Leão
10. A Roda da Fortuna- Virgem
11. A Força- Marte
12. O Pendurado- Libra
13. Sem Nome ou A Morte- -
14. A Temperança - Escorpião
15. O Diabo- Sagitário
16. A Casa de Deus (Torre) - Capricórnio
17. A Estrela- Mercúrio
18. A Lua - Aquário
19. O Sol- Peixes
20. O Julgamento- Saturno
21. O Mundo ——
Sem número: O Louco (0 ou 22)- Sol

Arcanos Menores:
O conjunto de 56 cartas — modernamente denominadas “Arcanos Menores” — é constituído por quatro grupos de 14 cartas, cada um deles com a mesma seqüência de 10 cartas numeradas de 1 a 10 e mais quatro figuras:

Valete (ou Pajem), Cavaleiro, Rainha (ou Dama) e Rei, também conhecidas como figuras da corte.

Cada grupo destas 14 cartas possui um diferencial simbólico: bastão, moeda, espada e taça. Esses grupos são popularmente reconhecidos como naipes de paus, ouros, espadas e copas, os mesmos do baralho comum que utilizamos nos jogos e passatempos.

Os naipes, ou séries, têm inúmeras correspondências, por exemplo, aos quatro elementos da Astrologia e da Cabala:
fogo (paus), terra (ouros), ar (espadas) e água (copas). Há quem veja, inclusive, analogia com as quatro classes sociais da Idade Média: clero (copas), nobreza (espadas), comerciantes (ouros) e camponeses (paus).

Do mesmo modo que os quatro elementos, os naipes podem ser vistos como representações das forças ou energias constitutivas do universo: são quatro atributos em pé de igualdade, tal como os quatro pilares do Trono de Deus; não se pode dizer que um seja menos importante que os demais. No entanto, os naipes, tal como os elementos, também podem ser entendidos como um referêncial simbólico para a ordenação evolutiva: degraus sucessivos no desenvolvimento do homem e do cosmo.


As 16 figuras dos arcanos menores:
Reis, Rainhas (ou Damas), Cavaleiros e Valetes (ou Pajens), repetidos em quatro naipes — constituem personagens intermediários entre a abstração dos números — cartas de 1 a 10 — e os arcanos maiores com suas representações humanas e animais claramente diferenciadas entre si. As figuras ocupam, desse modo, um posto duplo no baralho: estão encadeadas à ordenação dos naipes e, ao mesmo tempo, fazem ponte com os modelos dos arcanos maiores. Embora repetidas em cada naipe, são muitas vezes consideradas como um terceiro grupo de cartas.

Parece coerente que as figuras dos arcanos menores do Tarô obedeçam à ordem do quaternário (quatro séries de quatro figuras). É assim que estão desenhados os mais antigos tarôs dos quais se tem registros históricos, a partir do final do século XIV.

Esta estrutura simbólica do quatro foi quebrada nos herdeiros modernos dos arcanos menores do Tarô. Os mais famosos — o baralho francês e o espanhol — suprimem arbitrariamente o Cavaleiro.

No entanto, uma curiosa constatação pode ser feita. Com apenas três figuras, colocaria cada uma delas em relação com a ordem do ternário (três forças: positiva, negativa e neutra) que, combinadas com os 4 naipes (ou os quatro elementos), resultaria no rico sentido do número 12, do dodecadenário.

"Os doze signos do zodíaco, — como lembra Patrick Paul — os doze meses, os doze apóstolos, os doze trabalhos de Hércules, os doze meridianos da acupuntura, os doze semitons da oitava, as doze horas do dia nas civilizações tradicionais, são exemplos das doze energias do homem em evolução no transcorrer do tempo pela diferenciação e manifestação do princípio ativo, o espírito, no princípio passivo, a substância".

Doze simboliza os doze lugares nos quais o Tempo circula, ou seja, a interpenetração do Espaço e do Tempo, que determina o limite do nosso mundo cósmico.

Os significados simbólicos dos quatro elementos constitui a primeira grande chave para compreensão dos quatro naipes e de suas respectivas figuras. Há, entre os que estudam o Tarô, uma concordância com relação à correspondência entre os elementos e os naipes:


Fogo: naipe de Paus, figura do Rei
Água: naipe de Copas, figura da Dama
Ar: naipe de Espadas, figura do Cavaleiro
Terra: naipe de Ouros, figura do Valete

As 16 figuras também podem ser compreendidas como combinações dos quatro elementos, ou seja: 4 x 4 = 16.
(Continua)

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