Os relatos mais remotos de doutrinas que utilizavam os preceitos alquímicos, remontam de uma lenda que menciona o seu uso pelos chineses em 4.500 a.C.). Porém os textos alquímicos começaram a surgir na dinastia T'ang, por volta de 600 a.C. Na China, o mais famoso alquimista foi Ko Hung, que acreditava que com a alquimia poderia superar a mortalidade. Atribui-se a ele a autoria de mais de cem livros sobre o assunto, dos quais o mais famoso é "O Mestre que Preserva sua Simplicidade Primitiva".
O tratado de Ko Hung, além da alquimia trata também da ciência da alma e das ciências naturais. Sua obra trata tanto do elixir da longa vida bem como da transmutação dos metais.
Na China a alquimia também ficou vinculada à preparação artificial do cinábrio (minério do qual se extraía o mercúrio - sulfeto de mercúrio), que era considerado uma substância talismânica associada a manutenção da saúde e a imortalidade. A transformação espiritual era simbolizada pelo "novo nascimento", associada a obtenção do metal a partir do minério (cinábrio e mercúrio). No século X, a alquimia chinesa renunciou a preparação de ouro e se concentrou mais na parte espiritual.
Hermes Trimegistro foi um grande Mestre das ciências Herméticas, instrutor dos segredos da alquimia aos discípulos herméticos.
A filosofia hindu de 1000 a.C. apresentava algumas semelhanças com a alquimia chinesa, como por exemplo, o soma cujo conceito assemelhava-se ao do elixir da longa vida.
O alquimista grego mais famoso foi Zózimo (século IV), que nasceu em Panópolis e viveu em Alexandria, escreveu uma grande quantidade de obras. Nesta época, várias mulheres dedicavam-se à alquimia, como por exemplo, Maria, a judia, que inventou o um banho térmico com água muito utilizado nos laboratórios atualmente.
No Egito a Alquimia já era ensinada nas Escolas Secretas e influenciaram o povo persa. Os persas conheciam a medicina, magia e alquimia. Alexandre "o Grande" foi quem teria disseminado a alquimia durante suas conquistas aos povos Bizantinos e posteriormente aos Árabes. Os árabes, sob a influência dos egípcios e chineses, trouxeram a alquimia para o ocidente ao redor do ano de 950.
A alquimia deixou muitas contribuições para a química, como subproduto de seus estudos, dentre eles podemos citar: a pólvora, a porcelana, vários ácidos (ácido sulfúrico), gases (cloro), metais (antimônio), técnicas físico-químicas (destilação, precipitação e sublimação), além de vários equipamentos de laboratório.
A alquimia é de difícil compreensão porque seus ensinamentos referem-se, ao mesmo tempo, às operações de laboratório e ao caminho de uma evolução psíquica e espiritual. A observação mais acurada da natureza de todos os seus fenômenos e manifestações deve fazer parte do dia-a-dia do estudante da alquimia, ou seja, ele deve sempre estar atento as transformações, aos ciclos astrológicos (do sol, da lua, dos planetas) e terrestres ( da água e dos nutrientes) e aos pequenos detalhes (dos animais, vegetais e minerais), pois todo o conhecimento alquímico, inclusive sua linguagem, provém destas observações e sabendo interpretá-las fica mais fácil compreender a alquimia.
Quando o estudioso de alquimia estiver preparado, ou seja, quando esgotarem suas possibilidades de estudos teóricos e práticos e os conhecimentos estiverem presentes em seu consciente e inconsciente, ele encontrará a figura de um mestre que o conduzirá ao caminho da sabedoria e iluminação, tornando-o um iniciado na arte sagrada podendo assim concluir a Grande Obra.
(Continuaremos mais a frente)
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