30 de setembro de 2009

O CICLO LUNAR E A RESPIRAÇÃO


Muitas das práticas e exercícios que estamos dando neste curso podem se efetuar seguindo o ciclo quaternário lunar. Devemos remarcar que o que interessa é a observação e a experimentação dos ritmos lunares, sejam ascendentes ou descendentes. No entanto, é muito interessante começar determinados labores no período ascendente, ou seja, o que nasce com a lua nova e culmina com o plenilúnio.

A Lua é nova quando se encontra em conjunção com o Sol. Ambos os astros se acham na mesma casa zodiacal e a luz solar impede a visibilidade do satélite. A partir deste ponto, a lua sai, cada dia que passa, 52 minutos mais tarde, refletindo os raios solares cada vez com maior intensidade, até que na metade de seu período se encontra cheia, no signo oposto ao Sol. Logo irá descendo, aproximando-se-lhe, e ao cabo de 29 dias voltará novamente a se unir com ele, completando seu ciclo, que se costuma “arredondar” em 28 dias, determinando a divisão do tempo em semanas de 7 dias, que se repetem 4 vezes ao longo do mês lunar (7 x 4 = 28).

A respiração é a forma que tem o homem de se conectar com o universo. Respiração é vida e bem se diz assim quando se fala do hálito vital. É também a maneira com a qual o universo se comunica conosco, da qual colhemos a energia necessária para a existência. A respiração é rítmica, e isto é o primeiro que percebe aquele que quer tomar consciência dela.

Estes ritmos respiratórios, divididos em duas grandes categorias, conhecem-se como a aspiração e a expiração. Pela primeira, sabe-se, o homem recebe o alento cósmico. Pela segunda o devolve, uma vez que obteve por seu meio o sustento imprescindível. Desde o ponto de vista do macrocosmo ou do universo, seu expirar corresponde à aspiração do homem e sua aspiração à expiração deste.

Homem e mundo, microcosmo e macrocosmo, participam da só e única realidade do Verbo. A respiração é, pois, algo transcendente, da qual é importante tomar consciência, já que, como se vê, é um meio poderoso e singelo ao alcance de qualquer um para poder entender em nosso pequeno espaço, em nosso laboratório alquímico, e com nossas imagens, as realidades cosmológicas que se refletem no homem, pois este foi gerado com o próprio modelo do Cosmo. Esta alternância dos ritmos conforma um ciclo binário igualmente válido para toda criação.


Como se pode observar, estes opostos se complementam, e um não poderia ser sem o outro. Por outra parte, é sabido que os ciclos respiratórios estão em correspondência direta com outros do corpo humano: a circulação do sangue (diástole e sístole), e também com a assimilação alimentícia (ingestão e excreção).

Todos estes movimentos naturais, assinalados pelo binário, manifestam-se também no quaternário, que os fixa, equilibra e harmoniza, refletindo-o dois a dois. Esta figura do círculo, está sendo a figura central com a qual trabalhamos e sobre ela meditamos e praticamos nossas concentrações.

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