26 de setembro de 2016

CORPO HUMANO: UMA PROJEÇÃO DA CONSCIÊNCIA


Um dos princípios fundamentais da física quântica é que nossos pensamentos determinam a realidade. No início de 1900 isto foi provado sem sombra de dúvida com uma experiência chamada de dupla fenda. Eles descobriram que o fator determinante do comportamento da energia (“partículas”) no nível quântico é a consciência do observador.

Por exemplo: os elétrons nas mesmas condições, às vezes agem como partículas e em outras vezes agem como ondas (energia sem forma), porque são completamente dependentes do que o observador espera que aconteça. Seja o que for que o observador acredita que ocorrerá é que o campo quântico fará.

O mundo quântico está esperando por nós para tomar uma decisão para que ele saiba como se comportar. É por isso que os físicos quânticos têm dificuldades em lidar com os experimentos para explicar e definir o mundo quântico. Somos verdadeiramente em todos os sentidos da palavra, mestres criadores, porque nós decidimos o que vai se manifestar no campo dentre todas as possibilidades e formas.

O detalhe é que o nível quântico da realidade não é um aspecto local e insignificante de criação. Ele é tudo o que nos rodeia e é o nível mais fundamental da criação, além do próprio campo unificado.

O campo de energia humana está interagindo e influenciando o campo quântico em torno de nós em todos os momentos e a energia de nossas crenças e intenções são infundidas no nosso campo de energia, porque elas estão definidas pela energia dos nossos pensamentos e emoções.

Assim, a fusão de nossos pensamentos, emoções, crenças e intenções, que vou chamar de “campo de energia humana” para simplificar, está perpetuamente informando a realidade quântica dentro de nós e ao nosso redor, a cada momento de nossa existência.

E porque a realidade está piscando dentro e fora da existência (hipoteticamente em tempo de Planck, 1044 vezes por segundo como explicado pelo biofísico William Brown do Projeto Ressonância), cada vez que a nossa realidade oscila entre a forma e o estado de pura energia no campo, a nossa consciência que é constante e não pisca dentro e fora da existência informa o campo que então reaparece, semelhante à quando o átomo assume a forma física como esperado pelo observador na experiência da dupla fenda.

Por isso, cada vez que oscilamos na ausência da forma, nós temos o controle completo e total responsabilidade sobre o que nós escolhemos com a nossa atenção para manifestar fora do campo no momento seguinte e o nosso poder e capacidade de fazer isso depende inteiramente do que nós acreditamos e como estamos nos sentindo.

Um exemplo extremo disto é o caso de Vittorio Micheli. Em 1962 ele foi admitido no hospital militar de Verona, Itália, com um grande tumor em seu quadril esquerdo. Os médicos sabiam que não poderiam ajudá-lo, o seu caso foi considerado impossível e ele foi enviado para casa sem tratamento, após cerca de 10 meses o osso do seu quadril esquerdo ficou completamente desintegrado. Como último recurso ele viajou para Lourdes, França e banhou-se lá na primavera (que é um local cristão sagrado famoso por produzir milagres).

Imediatamente ele começou a se sentir melhor, recuperou o apetite e banhou-se mais algumas vezes antes de sair. Depois de alguns meses em casa ele sentiu uma forte sensação de bem-estar de tal forma que pediu aos médicos para fazer um novo raios-X, eles ficaram surpresos ao descobrir que seu tumor tinha encolhido. Ao longo dos próximos meses eles mantiveram uma estreita vigilância sobre ele e seus raios-X mostraram que seu tumor continuou encolhendo, até que sumiu. Quando o tumor desapareceu, seu quadril começou a se regenerar.

Depois de dois meses ele estava andando novamente e alguns anos mais tarde o osso do seu quadril tinha se regenerado completamente. A comissão médica do vaticano em seu relatório oficial descreveu:

“Aconteceu uma extraordinária reconstrução do osso ilíaco e da cavidade. Os raios-X feitos em 1964, 1965, 1968 e 1969 confirmam categoricamente sem dúvida que uma reconstituição óssea imprevista e até mesmo inexplicável aconteceu, de um tipo desconhecido nos anais da medicina mundial. “(O Universo Holográfico, p.107 )”

Normalmente isto seria considerado milagroso e na verdade realmente é. Mas eu entendo este milagre no sentido do verdadeiro poder da intenção humana e da crença demonstrada. Além disso, esta é uma poderosa evidência que sugere a existência de uma estrutura energética que alinha nossos “corpos materiais”, porque esta é a única explicação lógica de como o osso do quadril de Vittorio Michelli sabia exatamente de que forma deveria crescer seguindo algum tipo de modelo energético que estava instruindo o seu crescimento e foi claramente o que a comissão médica do vaticano disse: “desconhecido nos anais da medicina mundial.”

Na medicina talvez isto fosse desconhecido, mas o mesmo não pode ser dito sobre a física. No nível atômico os átomos se ligam uns aos outros para formar moléculas que têm estruturas geométricas específicas demonstrando a existência de um modelo energético o qual eles estão aderindo e que dita as formas como eles se organizarem.

Se o nosso corpo é uma projeção da consciência, então a nossa consciência cria um modelo energético o qual nossos átomos e moléculas se alinham para criar o nosso corpo. Existem evidências altamente sugestivas da existência deste modelo energético ou o “campo de energia humana”, recentes pesquisas sobre o DNA provam que ele transmite, recebe, e, portanto, lê energia diretamente do campo.

O caso de Michelli é um exemplo perfeito da capacidade humana de reorganizar esta estrutura através da nossa energia e intenções, manifestando assim o que desejamos diretamente fora do campo com resultados verdadeiramente milagrosos. O fato de que ele passou a se sentir melhor e acreditou profundamente que estava se curando foi a sugestão chave para a sua cura.

Alguns podem querer ficar com a crença de que Deus curou este homem, e eu concordo. Mas provavelmente podemos discordar sobre a natureza deste Deus. Eu afirmo que você é deus, assim como todos nós somos, porque a força que chamamos de Deus é a energia e consciência infinita por trás da criação e, portanto, toca em nós como uma consciência pura, ou seja, na ausência de pensamentos através da meditação, então nos abrimos para a infinitude da nossa própria consciência porque inseparavelmente fazemos parte da infinita consciência criativa. Nós somos Ele e Ele é nós.

E quando nos abrimos para esta energia, nós nos permitimos ser inundados por uma “poderosa sensação de bem-estar”, sabendo que temos o poder surpreendente de criar a realidade e afetar diretamente a nossa biologia.

É realmente importante você internalizar a compreensão de que a realidade está piscando dentro e fora da forma. Isto é absolutamente crucial para a compreensão da nossa capacidade de curar, porque se metade do tempo estamos sem forma, então quem somos nós realmente ? Porque obviamente o nosso corpo e o mundo material é ilusório em um certo grau e qual é o projeto que está guiando o rearranjo do nosso corpo cada vez que literalmente nos rematerializamos ?

A resposta a ambas as perguntas é a consciência. Nosso corpo é uma projeção holográfica da nossa consciência, e ele é a soma total de nossas crenças sobre nós mesmos. Se nós podemos mudar nossas crenças sobre nós mesmos, podemos mudar a energia que define o nosso “campo de energia humana”, então podemos mudar o modelo energético com o qual o nosso corpo se alinha quando nos materializando de volta a forma 1044 vezes por segundo.

A estrutura exata e a dinâmica da nossa consciência é que nos torna uma expressão fractal e holográfica desta infinita consciência de Deus, fazendo o que pode ser encontrado na teoria do “Universo Holofractográfico” de Nassim Haramein e de seu trabalho “Cruzando a Linha do Horizonte de Eventos“.

Deepak Chopra contou uma história que ilustra isto perfeitamente em seu livro: “Como Conhecer Deus p.221”. Um amigo dele machucou o pé enquanto trabalhava em uma academia porque estava acostumado a usar repetidamente uma das máquinas de tensionar. A dor em seu pé aumentou ao longo dos próximos dias e ele teve cada vez mais dificuldades para andar, no exame médico constatou-se que ele tinha uma doença comum conhecida como “fascite planar”, em que o tecido de ligação entre o calcanhar e a frente do pé tinha sido esticado ou rasgado.

Seu amigo decidiu não fazer a cirurgia preferindo suportar a dor, mas com o tempo ficou mais doloroso e difícil de andar forçando ele em desespero a procurar um curandeiro chinês. Este chinês era de aparência comum e não transpareceu “nenhuma evidência de ser místico ou espiritual, ou ser dotado de qualquer outra forma de cura.”

“Depois de tocar suavemente meu pé, ele se levantou e fez alguns movimentos no ar por trás da minha espinha. Ele nunca realmente me tocou, quando eu perguntei o que ele estava fazendo, ele simplesmente disse que estava virando alguns interruptores no meu campo de energia. Ele fez isso por um minuto mais ou menos e pediu-me para ficar em pé. Eu obedeci e não senti nenhuma sensação de dor, por menor que fosse. Não se esqueça que eu estava mancando, mal conseguia andar.”
Ele continua:

“Com espanto completo perguntei o que ele tinha feito. Ele me disse que o corpo é uma imagem projetada pela mente e no estado de saúde da mente esta imagem é mantida intacta e equilibrada. No entanto, lesões e dores podem fazer-nos retirar a nossa atenção do local afetado. Nesse caso, a imagem do corpo começa a deteriorar-se, os padrões de energia tornam-se prejudicados, insalubres. Assim, o curandeiro restaurou o padrão correto, isto é feito imediatamente, no local. Após o qual a própria mente do paciente assume a responsabilidade de mantê-lo dessa maneira.” (Como Conhecer Deus, p.222)

Esta história é fascinante e me inspirou desde que a conheci. Como vimos, a realidade está piscando dentro e fora da existência inúmeras vezes a cada segundo, oscilando entre a forma e a ausência de forma, a física quântica sabe que nossos pensamentos e crenças influenciam a realidade quântica que é a fonte do mundo material. Por isso, é natural supor que existe uma fonte energética e sem forma em toda a criação, incluindo nós fisicamente.

Está absolutamente claro que devemos começar a nos considerar como mais do que um corpo físico. Na verdade, é muito mais coerente pensarmos em nós mesmos como um campo de energia luminosa organizada em um corpo, ou como a consciência pura experimentando temporariamente esse nível de realidade através do nosso corpo. Novas evidências estão ilustrando claramente que nossa mente é não local e é independente do cérebro, o que significa que não precisamos do cérebro, ou do corpo para a matéria existir.

Nós somos muito mais do que nós pensamos que somos e infinitamente mais do que temos sido levados a acreditar. O próximo passo que temos de tomar na nossa evolução humana envolve aprender a usar e aprimorar este poder que temos de influenciar a realidade e literalmente manifestar tudo o que queremos diretamente fora do campo, de um novo ângulo, talvez uma melhor visão ou um ajuste, criando um corpo saudável para seguirmos um novo caminho na vida.

Mas como isto é feito?

Para curar, tudo o que precisamos fazer é purificar a nossa energia de modo que a projeção energética do nosso corpo fique desobstruída. Em seguida, nossos átomos e moléculas podem se alinhar perfeitamente a esta estrutura, porque então deixa de existir interferência energética que distorce a imagem do nosso corpo quando projetada pela nossa consciência.

Fazemos isso ficando no silêncio entre nossos pensamentos, onde as nossas crenças não afetam a nossa realidade, pois quando não estamos pensando estamos livres de crenças e expectativas. Assim estamos nos alinhando com os princípios universais, combinando nossa energia com as energias vindo diretamente do campo de todas as possibilidades, aquelas energias de alta frequência de amor, bondade, inspiração, paixão, alegria, e assim por diante.

O primeiro passo é considerar a possibilidade de que somos apenas energia, e que existe uma energia infinita em torno de nós a qual podemos conscientemente utilizar para promover a cura do nosso corpo e mente, para nos tornar mais feliz, saudável, vibrante e criativo. Assim que você começar a se conectar com a energia infinita da criação e da sua verdadeira natureza como energia sem forma, então você começa a se tornar consciente destas energias em seu corpo, retornando a projeção do seu corpo ao seu estado natural.

A projeção do seu corpo só pode ser interrompida por um distúrbio no seu campo de energia na sua consciência, causado por pensamentos e emoções desequilibradas e crenças limitantes. O nosso campo de energia luminosa é naturalmente vibrante, a nossa energia flui naturalmente sem impedimentos como um poderoso fluxo de consciência, mas os níveis mais baixos de consciência em que fomos condicionados a viver como parte de nossa doutrinação social interrompem este fluxo, que se deixado sem obstáculos expressaria sua perfeição em todos os lugares.

Outro conceito chave para entender é que seu corpo está sempre se regenerando. Em uma palestra de Deepak Chopra que eu escutei ele apontou que os átomos não envelhecem. Eles não morrem, os mesmos átomos que existiam no big bang em torno de 14 bilhões de anos atrás existem até hoje, alguns dos quais ainda estão dentro de você.

Todos os anos, 98% dos átomos do seu corpo são trocados por átomos “novos”. Você está constantemente morrendo e renascendo, literalmente se transformando a nível atômico e molecular. A cada três dias você tem um novo revestimento no estômago, a cada mês você tem uma pele nova, de três em três meses você tem um novo esqueleto. E todos os anos você tem quase um corpo totalmente novo (Deepak Chopra de “Vivendo Além Dos Milagres” com Wayne Dyer).

Deepak Chopra descreveu muito bem, dizendo que os nossos átomos “são como aves migratórias”. Eles não são permanentes, eles são completamente independentes e estão à deriva no espaço e no tempo e estão apenas sendo organizados em estruturas como nosso corpo por ninguém menos do que o nosso “campo de energia” que os organiza como um campo magnético organiza as limalhas de metal, apenas é um pouco mais complexo.

Que mais provas nós precisamos a fim de começar a olhar para o nosso corpo de forma diferente e em geral, olhar para o mecanismo da própria saúde sob uma nova perspectiva ?

Nenhuma das matérias-primas formam a idade do seu corpo físico, além disso, elas estão mudando constantemente. Por isso, pergunte a você mesmo. Sou eu que estou mudando ? Qual é a força que organiza estes átomos e moléculas onde eles deveriam estar e certifica-se de que estão perfeitamente e harmoniosamente continuando a fazer o seu trabalho, mesmo quando as suas células e átomos estão migrando aos bilhões ?

Seu corpo não é o verdadeiro você. Seu corpo é apenas uma projeção do que você acredita ser. Se você entender que é pura consciência e que você realmente é uma consciência criativa infinita que está manifestando uma realidade e cocriando a realidade com outros aspectos de si mesmo (porque cada ser é uma expressão da consciência universal infinita que rotulamos como Deus/Fonte/Criador), então você pode começar a tomar o controle completo sobre seu corpo, sua saúde e sua vida.

A dor crônica, doença, ou as velhas lesões que você tem em seu corpo não estão realmente em seu corpo, elas estão em sua mente. Mais especificamente, elas são uma função da sua percepção. Seus átomos estão sempre mudando e suas moléculas também, mas conforme novos átomos vêm e novas moléculas são formadas e como você pisca dentro e fora da existência, o seu campo energético está dizendo a elas para onde ir, o que fazer e como se alinhar uma com a outra. Portanto, é você que está segurando a doença, mal-estar, dor e lesões dentro de sua consciência e permitindo que elas sejam impressas em seu campo energético, só então elas passam a se manifestar em sua fisiologia.

Sendo isto uma verdade, então não só a nossa saúde está completamente sob nosso controle intencional, mas a taxa com que nós envelhecemos também está sob nosso controle. Agora, eu não estou sugerindo que você pode ser imortal, porque já somos seres infinitos de consciência. O que estou sugerindo é que em um tempo esquecido e no futuro próximo, os seres humanos vão dominar mais uma vez a capacidade de viver a partir deste campo, vivendo conscientemente a partir de sua natureza como seres luminosos de pura energia.

Neste tempo os seres humanos vão perceber que o corpo é uma manifestação do nosso mais elevado Eu e nós podemos não só manifestar conscientemente qualquer coisa na vida, como também qualquer coisa em nossos corpos. Um dia vamos chegar em um ponto no qual podemos continuamente regenerar nossos corpos à vontade porque estaremos vivendo a partir do campo de energia infinita, e assim nossos corpos simplesmente vão funcionar em uma frequência superior, para que possamos viver neles até que nosso trabalho esteja concluído quando escolhermos seguir em frente.

Fantástico ? Sim. Mas essas mudanças já são perceptíveis dentro do corpo humano e da mente depois de um pouco de prática e treinamento, assim que você decidir sentir e experimentar por si mesmo, aprendendo e praticando a meditação. Isto é o que a evidência está claramente sugerindo e minha própria experiência também indica ser verdade. O único obstáculo para a exploração dessa natureza do Universo é a sua própria consciência, o seu nível de atenção e suas crenças.

A nossa capacidade de curar está diretamente relacionada com o nosso nível de atenção e nosso nível de crença. Por exemplo, é possível nos curarmos de qualquer aflição, doença ou ferimento, desde que nós tenhamos certeza, uma convicção de que seremos curados. Isso é diretamente alcançado através do acesso ao nível mais fundamental da realidade na meditação profunda.

Isso ocorre porque no nível fundamental da realidade tudo é possível e a reestruturação da realidade é ditada exclusivamente por nossas crenças e expectativas. Nós somos pura energia e existe um potencial infinito de energia que está inteiramente a nossa disposição até que escolhemos manifestar fora do campo em nossa vida e em nosso corpo.

Você não tem limitações, nada é impossível. São apenas as suas crenças que ditam o que você pode ou não pode fazer.

“Milagres acontecem, não em oposição à natureza, mas em oposição ao que conhecemos da natureza.” (Santo Agostinho)


(Texto: Brandon West)


22 de setembro de 2016

FLOR DA VIDA E A GEOMETRIA SAGRADA


Toda consciência, incluindo a humana, é unicamente baseada na geometria Sagrada. Cada consciência no Universo está integrada por uma única imagem da geometria Sagrada. É a chave para o tempo, o espaço e a dimensão. Cada nível de consciência interpreta sua realidade a partir da geometria a qual está ligada.

Ao longo da história espiritual da humanidade, números e formas geométricas sempre foram considerados entidades especiais dotadas de um poder de criação e sustentação da vida. Enquanto os números são mais abstratos e conceituais, as figuras geométricas carregam maior apelo emocional, já que podem ser vistas e usadas para a construção de objetos no mundo físico.

Em todo o mundo há inúmeras construções de caráter religioso que foram elaboradas segundo os princípios da geometria sagrada. São igrejas, templos, monumentos, altares e jardins destinados a transmitir de maneira visual ensinamentos de natureza superior, já que tiveram sua constituição determinada por formas e proporções geométricas dotadas de especial significado místico.

Uma das formas geométricas mais interessantes, mais antigas e que atualmente é muito usada em práticas místicas e para facilitar a transmissão de ensinamentos de certos movimentos espiritualistas é a chamada Flor da Vida.

Este é o nome moderno dado à uma figura geométrica composta de vários círculos de igual diâmetro, sobrepostos de maneira padronizada, formando uma estrutura semelhante à uma flor composta, em seu núcleo, por seis pétalas simétricas. Numa cadeia infinita de círculos que formam uma teia harmoniosa dentro da qual emergem figuras geométricas sagradas para muitas tradições espirituais antigas, o centro de cada círculo está posicionado exatamente sobre a circunferência dos seis círculos que o cercam.

Muitos consideram a Flor da Vida como um dos mais importantes símbolos da geometria sagrada, pois dentro dela estariam codificadas as formas fundamentais que constituem aquilo que conhecemos como tempo e espaço. Estas formas seriam as estruturas conhecidas como a Semente da Vida, o Ovo da Vida, o Fruto da Vida e a Árvore da Vida.

A Flor da Vida é o padrão geométrico da criação e da vida, em todo lugar. Na verdade, não há nenhum conhecimento, absolutamente nenhum conhecimento no Universo que não esteja contido neste padrão da Flor da Vida. Todos os harmônicos da luz, do som e da música se encontram nessa estrutura geométrica, que existe como um padrão holográfico, definindo a forma tanto dos átomos como das galáxias. Diz-se que grandes mestres concordaram em mais uma vez revelar esta antiga sabedoria, conhecida como a Flor da Vida. Ela é um código secreto usado por muitas raças avançadas e por navegantes espaciais. O código da Flor da Vida contém toda a sabedoria similar ao código genético contido em nosso DNA.

Portanto, ela contém em si mesma as diversas etapas do desenvolvimento da vida, desde o surgimento com a Semente, sua expansão através do Ovo, sua proteção através do Fruto, a manifestação de sua beleza através da Flor e sua expressão final na Árvore, de onde nascerão as novas sementes, retomando assim o ciclo natural de expansão da natureza.

A Flor da Vida é reverenciada desde tempos imemoriais, tendo servido como elemento de construção simbólica para muitas culturas antigas e alguns dos mais ilustres sábios da humanidade. Com muito pouca pesquisa é possível encontrar a Flor da Vida em muitos templos, obras de arte e manuscritos de culturas antigas espalhados por diversas partes do mundo.

Por muito tempo se pensou que a representação mais antiga da Flor da Vida havia sido gravada nas paredes do Templo de Abidos, no Egito, um lugar sagrado dedicado à Osíris, divindade crística que representa os ciclos de vida, morte e ressurreição, tem o exemplar mais antigo até hoje, está talhada em granito e poderia representar o "Olho de Rá", um símbolo de autoridade do faraó. Contudo, o exemplar mais antigo estava num dos palácios do rei assírio Assurbanípal, e hoje pode ser encontrado no Museu do Louvre, em Paris. Está espalhada por Israel, no interior das antigas sinagogas da Galileia e de Massada, e na região do Monte Sinai. Foram encontradas em mesquitas no Oriente Médio, em antigos sítios arqueológicos romanos localizados na Turquia, bem como no Marrocos e em obras de arte italianas datadas do século XIII. Muitos templos japoneses e chineses, além da própria Cidade Proibida, ostentam diversos exemplares da Flor da Vida.

Na Índia, ela pode ser vista no Harimandir Sahib, o Templo Dourado, e nos templos localizados nas Grutas de Ajanta. Ela também foi encontrada na Bulgária, na Hungria e na Áustria, assim como no México e no Peru. Outros exemplos se podem encontrar na arte fenícia, assíria, hindu, no médio oriente e medieval. Em regiões como a Polônia e outras culturas influenciadas pelos eslavos era costume esculpir a Flor da Vida em diversos tipos de arte feita com cerâmica. Além disso, foram encontradas muitas representações esculpidas nos caibros de madeira que serviam de sustentação para os telhados das casas destes povos, como uma forma de proteção contra relâmpagos.



Um dos maiores gênios da humanidade, o renascentista italiano Leonardo da Vinci realizou estudos a respeito da Flor da Vida e de suas propriedades matemáticas. Através da Flor da Vida, Leonardo desenhou de próprio punho diversos de seus componentes geométricos, como é o caso dos cinco sólidos platônicos e da Semente da Vida.

Leonardo daVinci resumiu todo o simbolismo do Cubo de Metraton em seu famoso desenho "Homem Vitruviano". Este desenho famoso acompanhava as notas que Leonardo da Vinci fez ao redor do ano 1490 num dos seus diários. Descreve uma figura masculina simultaneamente em duas posições sobrepostas com os braços inscritos num círculo e num quadrado.

O Homem Vitruviano é baseado numa famosa passagem do arquiteto romano Marcus Vitruvius Pollio (donde o nome "vitruviano") na sua série de dez livros intitulados de "De Architectura", onde são descritas as proporções do corpo humano. O redescobrimento das proporções matemáticas do corpo humano no século XV por Leonardo e os outros é considerado uma das grandes realizações que conduzem ao Renascimento italiano. Das relações matemáticas encontradas na Proporção Áurea, que também podem ser observadas no mesmo desenho de daVinci, emerge mais uma vez a Flor da Vida

Assim como toda flor, a Flor da Vida nasce de uma semente, que neste caso é a Semente da Vida, uma figura geométrica formada por sete círculos dispostos segundo uma simetria hexagonal, formando um padrão composto por círculos e lentes, e que serve como componente básico estrutural da Flor da Vida.

Segundo algumas tradições judaicas e cristãs, os estágios de construção da Semente da Vida correspondem aos seis dias da Criação descritos no livro do Gênesis. E logo nas primeiras etapas desta construção podem ser encontrados outros dois símbolos religiosos antigos, que são a Vesica Piscis, símbolo do eterno feminino, e os Anéis Borromeanos, correspondentes à trindade divina.


Acrescentando seis círculos à estrutura básica da Semente da Vida, temos a forma mais elementar da Flor da Vida. Esta, por sua vez, pode ser convertida no Ovo da Vida, um símbolo composto por sete círculos tomados do desenho da Flor. O formato do Ovo da Vida é semelhante ao formato do embrião nas primeiras horas de sua criação.

Por sua vez, o Ovo da Vida é o fundamento para a formação de diversas outras figuras geométricas. Uma delas é o Cubo, um dos cinco sólidos platônicos, e outra é o Tetraedro, outro sólido platônico, um pouco mais complexo que o Cubo. De extrema importância para a mística judaica é a Estrela de Davi, outro símbolo que pode ser extraído do Ovo da Vida.

Ampliando um pouco mais o Ovo da Vida podemos extrair o Fruto da Vida, que é formado por treze círculos tomados da Flor da Vida. Muitos consideram o Fruto da Vida como a própria planta arquitetônica do universo, pois conteria os fundamentos para a estrutura de todo átomo, de toda molécula e de toda forma de vida existente.

O Fruto da Vida contém a base geométrica do Cubo de Metatron, desde o qual é possível extrair os cinco sólidos platônicos. Se o centro de cada círculo for considerado um nó, e cada nó for conectado ao outro por uma linha, haverá um total de 78 linhas formando uma espécie de cubo, que é o próprio Cubo de Metatron.

Esta figura contém em a si a projeção bidimensional de todos os corpos platônicos. Estes sólidos são, por sua vez, poliedros regulares convexos, ou seja: figuras geométricas tridimensionais simétricas, cujos ângulos e arestas mantém um valor constante e cujos lados são polígonos regulares iguais. Uma esfera inscrita, tangente a todas suas faces em seu centro; uma segunda esfera tangente a todas as aristas em seu centro e uma esfera circunscrita, que passe por todos os vértices do poliedro. Existem apenas 5 corpos platônicos: o tetraedro, o hexaedro (ou cubo), o octaedro, o dodecaedro e o icosaedro.

Platão concebia o mundo como sendo constituído por quatro elementos básicos: a Terra, o Fogo, o Ar e a Água,e estabelecia uma associação mística entre estes e os sólidos. Assim, o cubo corresponde à Terra; o tetraedro,associa-se ao Fogo; o octaedro foi associado ao Ar e o icosaedro à Água. O quinto sólido, o dodecaedro, foi considerado por Platão como o símbolo do Universo, relacionando-se ao chamo Éter.

Pode-se notar facilmente que a imagem da "Árvore da Vida" da Kabbalah está contida neste conjunto de esferas. Igualmente se vê a "Estrela de David" (as diagonais do hexágono) e a "Estrela de Kepler" (ou "Merkabah",forma estelar do icosaedro, versão tridimensionalda "Estrela de David").

O Cubo de Metraton se constrói tomando como base o chamado "Fruto da Vida", ou seja: 13 circunferências tangentes e congruentes, construídas a partir de um hexágono regular. Unindo-se os centros de cada uma destas circunferências com os centros de todas as demais, obtém-se esta interessante figura formada por 78 linhas.

Seguindo o desenvolvimento natural da Semente, da Flor e do Fruto da Vida, encontramos a Árvore da Vida, um conceito presente em várias teologias e filosofias herméticas, e uma metáfora muito importante para o conjunto de ensinamentos místicos de origem judaica, conhecido como Cabala.


A ideia cabalista da Árvore da Vida é usada para compreender a natureza de Deus e a forma como ele emana seus atributos de forma a constituir todo o universo. Ela pode ser entendida como um mapa da Criação e das energias presentes nos seres humanos, e corresponde tanto biblicamente como esotericamente à Árvore da Vida mencionada no livro do Gênesis.

Na busca pela compreensão de natureza mística da origem da vida, todos estes elementos geométricos derivados da Flor da Vida podem servir como instrumento fundamental e completo. Ela pode servir como amparo didático para o entendimento do esoterismo dos números, do fluxo de desenvolvimento da energia divina através do macrocosmo e do microcosmo, bem como uma mandala através da qual certos estados míticos elevados podem ser alcançados.

No judaísmo místico, especialmente na Kabbalah, Metraton (por vezes conhecido como "Metatron") é o anjo supremo, mais poderoso até mesmo do que Miguel. Seu nome significa "Mais Próximo do Trono", conhecido como o "Príncipe do Rosto Divino", o "Anjo do Pacto", o "Rei dos Anjos" e o "Anjo da Morte", devido a sua a pesada responsabilidade de ser encarregado da "sustentação da existência do mundo".

A etimologia da palavra "Metraton" é muito incerta. Dentre as várias hipóteses que têm sido propostas a esse respeito, uma das mais interessantes é a que a faz derivar do Caldaico "mitra", que significa "chuva". Pela raiz da palavra "mitra", mantém também certa relação com a "luz". A propósito, assinalemos que a doutrina hebraica fala de um "orvalho de luz" emanado da "Árvore da Vida" pelo qual se deve operar a ressurreição dos mortos, bem como de uma "efusão de orvalho" que representa a influência celeste a comunicar-se a todos os mundos.

Tudo isso lembra singularmente o simbolismo alquímico e o Rosacruciano. Sendo assim, é possível que se creia que a semelhança com o deus "Mitra" citado no Hinduismo e no Zoroastrismo constitua uma um empréstimo do Judaísmo a doutrinas estrangeiras. É possível também ressaltar o papel atribuído à chuva em quase todas as tradições, enquanto símbolo da descida das "influências espirituais" do Céu sobre a Terra.

Círculos nas plantações (ou "crop circles" em inglês) são conjuntos de figuras geométricas desenhadas amassando campos de trigo, cevada, centeio, milho ou canola. Estas figuras são melhor observadas de um ponto mais alto, fazendo pouco sentido quando são observadas no nível do chão. A aparência geométrica e influenciada por fractais. O fenômeno já foi observado em vários países em todo o mundo, começando pela Inglaterra na década de 1970. No Brasil, tal fenômeno vem acontecendo principalmente no interior dos estados de São Paulo e Santa Catarina. A maioria destes círculos acaba repetindo padrões que nos remetem mais uma vez ao Cubo de Metraton.


Uma simplificação da Flor da Vida é um símbolo muito antigo, encontrado nos Vedas e também na civilização celta. Os celtas o utilizaram muito como elemento decorativo, presente nos frisos e demais obras de arte. O círculo simboliza o universo imanente. Símbolos como o que encontra-se no centro são chamados de "triquetras", que em Latim quer dizer "3 esquinas".


Alguns referem-se a este símbolo como sendo um símbolo de Jesus: o peixe formado por duas linhas curvas também era um símbolo dos cristão. A triquetra é formada por 3 destes "peixes", portanto. Outro aspecto interessante é que a triquetra é um símbolo unicursal ou seja, traçado continuamente, representado assim a eternidade.

Os Vedas falam de três mundos: o mundo material, o espiritual e o átmico. Na principal oração (mantra) das doutrinas védicas são cantados no início do "Gayatri" significando respectivamente os três mundos (Bhur, Bhuvah e Svahah). A Filosofia Celta referencia 3 níveis distintos de existência, mas interconectados e interpenetrados: o físico, o mental e o espiritual. Quando o Cristianismo "chegou aos Celtas", este símbolo foi utilizado para simbolizar a Trindade Cristã: Pai, Filho e Espírito Santo.

No Cubo de Metraton ainda é possível que se veja a projeção bidimensional de um tesseract (ou hipercubo). Um tesseract é uma figura tetradimensional regular composta por 8 cubos montados em 4 dimensões.

A Flor da Vida é a estrutura morfogênica da vida, Toda Vida, bem como o projeto de toda a antiga ciência, religião e arte, sendo igualmente válida hoje. De dentro da Flor da Vida surgirão os três tipos de consciência humana. O que estamos experimentando agora, o conhecido por nossos antigos parentes, e o que iremos de experimentar.

Cabe a cada um de nós buscar o conhecimento, acalmar e dominar a mente, desejos, ações, em busca de harmonização interior e expansão da consciência.


23 de junho de 2016

ARTE RUPESTRES


Arte rupestre é o termo que denomina as representações artísticas pré-históricas realizadas em paredes, tetos e outras superfícies de cavernas e abrigos rochosos, ou mesmo sobre superfícies rochosas ao ar livre. A arte rupestre divide-se em dois tipos: a pintura rupestre, composições realizadas com pigmentos, e a gravura rupestre (petróglifos), imagens gravadas em incisões na própria rocha.

Petróglifos (do prefixo latino petra, ae, "rochedo, pedra", este do grego pétra, as, "rochedo, rocha", com o sufixo grego glúphó, "esculpir, gravar") são imagens geometrizadas e representações simbólicas, geralmente associadas, que registram fatos e mitos, gravadas nas rochas das paredes internas e externas de cavernas ou pedras externas, por populações neolíticas ou calcolíticas. São encontrados em todo o mundo.

Pinturas rupestres no Parque Nacional da Serra da Capivara, Brasil

Pinturas na Cueva de las Manos, Argentina.

Animais pintados na Gruta de Lascaux, um dos sítios de arte rupestre mais famosos do mundo.

A maioria das pinturas eram feitas com restos de carvão, pigmentos de plantas e terra colorida, combinadas ao sangue de animais, representavam animais selvagens, pessoas, geralmente em situação de caça, plantas e símbolos abstratos. Para tanto usavam pinceis feitos com pelos de animais e as próprias mãos.

Petróglifos conhecido como Pedra do Ingá localizado na cidade de Ingá (Paraíba, Brasil). Até hoje permanece o mistério do propósito e do significado desses petróglifos que já atraiu diversos pesquisadores.

Petróglifos no Canyon Lands National Park, Utah, EUA.

Petróglifos conhecidos como "Meercatze" (assim chamados pelo arqueólogo Leo Frobenius), no Wadi Methkandoush, na região líbia de Mesak Settafet.

Petróglifo em Mesquite Springs (Death Valley, Arizona)

Pintura encontrada na região de Bastar, na Índia, com aproximadamente 10 mil anos.

Petróglifo em Oukaimeden (Marrocos).

Petróglifo em Cheung Chau, (Hong Kong)

Pinturas encontradas em Tassili Plateau, no Sul da Argélia, que retratam seres misteriosos com roupas, luvas e capacetes que indicam a possibilidade de seres muito mais antigos que imaginamos.

Petróglifo em Petróglifos em Cholpon-Até, (Quirguistão)

Petróglifo em Gobustan, no Azerbaijão.

Os petróglifos mais antigos datam do Paleolítico Superior ou do Neolítico, aproximadamente de 15.000 anos. Mais adiante, faz ao redor 9.000 anos começaram a aparecer outros sistemas de escrita como a pictografia e os ideogramas. Os petróglifos seguiram sendo muito comuns e algumas sociedades menos avançadas continuaram utilizando-os durante milênios, até o momento de entrar em contato com a cultura ocidental no século XX. Foram encontrados em todos os continentes, excetuando a Antártida, embora se concentrem especialmente em partes da África, Escandinávia, Sibéria, o Sudoeste de América do Norte, Austrália e recentemente encontrados em alguns locais na América do Sul.

Petróglifo em Piracuruca, Estado do Piauí, Brasil, registra simbolismo evidente.

Petróglifos na Pedra do Ingá, Paraíba, Brasil.

Repleto de misteriosos caracteres alfabéticos, além da figura de um estranho e muito antigo personagem, encontra-se um petróglifo na chamada "Pedra de Diamantina" - descoberta na região do mesmo nome, situada no Estado de Minas Gerais.

Petróglifo encontrado na Inglaterra, com 12.800 anos, segundo especialistas.

Estas imagens talhadas na rocha provavelmente tinham um sentido cultural e religioso muito profundo para as sociedades que as criaram. Acredita-se que muitos petróglifos representavam algum tipo de linguagem ritual ou simbólica ainda não desvelada. Os glifos mais tardios da Idade do Bronze Nórdica em Escandinávia parece fazerem referência a algum tipo de fronteira territorial entre tribos, além dos significados religiosos que tiverem.

Apesar da semelhança entre os desenhos nas várias regiões do planeta, alguns pesquisadores têm notado estilos diferentes de gravuras em diferentes continentes, enquanto espera-se que todas as pessoas seriam inspiradas por seus arredores, é mais difícil de explicar os estilos comuns. Isso pode ser mera coincidência, uma indicação de que certos grupos de pessoas migraram muito de alguma área comum inicial, ou a indicação de uma origem comum.

São muitos os petróglifos de origem indígenas. Existem teorias que sustêm que os petróglifos foram realizados pelos xamãs num estado alterado de consciência, talvez induzido pelo uso de alucinogênios naturais. Demonstrou-se que muitos dos modelos geométricos (conhecidos como constantes de forma) que aparecem nos petróglifos e pinturas rupestres, aparecem com muita frequência quando há problemas de visão e alucinações produzidas pelas drogas, a enxaqueca e outros estímulos.

Petroglifos de Fremont, em Sego Canyon, onde há 2500 anos viveu o povo Ute.

Petróglifo registrando os Yeis, seres sobrenaturais que se comunicam entre os navajos e os seus deuses. Eles geralmente são mostrados carregando ramos de pinheiro, tiras de mandioca e chocalhos nas cerimônias de cura. Cada petroglyph é mão crafted refletindo imagens e mensagens inspiradas pelos Antigos. Pedras nativas são cuidadosamente selecionados para cada petroglyph com não há dois iguais.

Símbolos da parede de pedra em Aldeia do Kivas Grande no Novo México.

Na mitologia dos aborígenes australianos, como demonstrado nas pinturas rupestres acima, wondjina ou Wandjina são deuses criadores da vida na Terra, "espíritos de chuva e nuvens" que trouxeram a civilização e prosperidade para os povos da região. Em seus mitos dizem Wandjina são aqueles que pintaram seus próprios quadros nas paredes das cavernas Kimberley Austrália, quando desceu à Terra em tempos antigos. Seu símbolo era a serpente emplumada, como Quetzalcoatl, Kukulcan e muitos outros " deuses "da antiguidade.

As tribos aborígenes australianas têm muitas lendas sobre esses seres, e como tal, as nuvens Wandjina aparecem e somem quando eles se vão para as estrelas. Lendas falam de um tempo em que Wandjina moldou a Terra, quando o mundo ainda era novo e ensinou as tribos a caçar e coletar. Os Wandjinas eram capazes de tempestades que causam queda de raio e fazem chover se quisessem, e, portanto, eram muito respeitados pelos homens.

As lendas também falam de guerra entre os "homens das cobras venenosas" e "homens de cobras não venenosas", favorecendo os seres humanos que derrotaram o "veneno" e prendendo-o sob a Uluru ou Ayers Rock, a rocha icônica da Austrália. Assim também aparecem lendas que falam dos deuses do Sol e da Terra, suas guerras e sobre o deus sol em um navio para a Terra. Essas lendas foram agrupadas pelos índios no "Dreamtime".

Os vínculos atuais entre o xamanismo e a arte rupestre, entre o povo San do deserto do Kalahari, foram objeto de estudo pelo Rock Art Research Institute (RARI) da Universidade de Witwatersrand. Embora a arte do povo San esteja centrada na pintura, os motivos que se escondem atrás desta podem lançar um pouco de luz e serem a base para a compreensão de outros tipos de arte, incluindo os petróglifos. Como aparece no sítio web do RARI:


Ao utilizarem o conhecimento das crenças do povo San, os investigadores demonstraram que a arte realiza um papel fundamental nas vidas religiosas dos seus pintores. A arte captou coisas que o mundo San viu depois dos rostos de pedra: o outro mundo habitado por criaturas e espíritos, até o que os dançarinos poderiam viajar sob formas animais e onde as pessoas em êxtase poderiam tomar poder e levá-lo ao seu mundo para curar, fazer chover, etc.

Petróglifos na Columbia.

Este petróglifo à esquerda, representa o Sacerdote de dois chifres. Deve-se notar que o aparelho em forma de haltere na mão, pode representar uma archtimeter. A referência a este podem ser encontrada nos escritos de Alice Bailey, bem como nos hieróglifos do Egito. Essas ferramentas representava para os povos antigos o poder da vida e da morte. Este ser é muito semelhante em aparência a Quetzalcoatl , que é a divindade na lendária cidade de Chichen Itza no México.

Tassili é uma cadeia de montanhas localizada no sudeste da Argélia, e "Tassili-n-Azyer" significa planalto entre dois rios em linguagem Tuareg, já que naquele lugar o vale do rio do rio Ighargar (que dá seu nome à região foi Ighargarem ), o qual é , em seguida, secou-se por volta do ano 6000 aC. Na área do deserto do Saara, localizado a cerca de 1800 metros acima do nível do mar no planalto argelino Jabbaren (que significa "O Giants" em a língua berbere) , desenvolveu-se mais de 10.000 anos atrás um povo dedicados a pintar as cavernas com cerca de 15 mil desenhos (5.000 catalogadas), tornando este conjunto no que para alguns é "a Capela Sistina do Paleolítico".

Na região de Val Camonica na Itália, coleção de pinturas rupestres que datam de 12.000 anos atrás . São um conjunto de mais de 140.000 petróglifos no arenito que constituem a maior coleção de arte rupestre na Europa.

Pinturas rupestres cerca de 7.500 anos atrás, o que representam seres antropomórficos, de imensos olhos, peles escuras, alguns com antenas semelhantes às formigas e cobras brancas e cobras negras.

As pinturas acima foram datadas de cerca de 10 mil anos e ficam numa caverna na região de Kanker, na Índia.

A arte rupestre de Sego Canyon pode ser caracterizada de acordo com uma série de estilos distintos, e períodos de tempo. A arte abaixo pertence ao período arcaico, entre 6.000 aC e 2.000 aC:
Outro conjunto peculiar de imagens são os 'Buckhorn Wash Angels' ou 'anjos de chuva ", que retratam uma série de figuras que parecem ter asas ou raios de energia que irradia a partir deles.

Pinturas rupestres de Tassili n'Ajjer. no sul da Argélia.

Nesta foto, pinturas rupestres encontradas em Utah, EUA. Esta imagem fala por si mesma.

Estas pinturas de Kimberley, na Austrália tem sua idade estimada de 5.000 anos de idade.

No Brasil são encontradas manifestações de arte rupestre em todo o território nacional. Com base em suas características e localização, o acervo foi dividido em "tradições": Agreste, Planalto, Nordeste, São Francisco, Litorânea, Geométrica, Meridional e Amazônica, mas verificam-se muitas interpenetrações entre esses grupos. O principal sítio é o Parque Nacional da Serra da Capivara no Piauí, Patrimônio Mundial da Unesco, com o maior acervo do continente americano, e um dos mais estudados.



No estado de Pernambuco encontram-se pinturas no Parque Nacional do Catimbau (acima), o segundo maior parque arqueológico do Brasil.


Outros sítios importantes são os Lajedos de Corumbá, no Mato Grosso do Sul (acima); a Pedra do Ingá, na Paraíba; a Lapa do Boquete, a Lapa do Caboclo, e as regiões de Varzelândia e Lagoa Santa, em Minas Gerais.

Em Santa Catarina se destacam registros em várias ilhas litorâneas, como Campeche e Corais.

No Rio Grande do Norte são encontrados principalmente nas regiões do Seridó e na chapada do Apodi, com destaque para o Lajedo de Soledade. Muitos registros estão em condições precárias, outros têm sofrido vandalismo, ou são destruídos em obras de infaestrutura como barragens e estradas.

Gary Vey, editor da revista do Gênero Realismo Fantástico VIEWZONE MAGAZINE - Um notável explorador e desbravador moderno, que na sua incansável luta em busca tem dispendido todo o seu tempo em percorrer os mais diversos países do mundo, na procura, e principalmente na corajosa divulgação, dos vestígios dessas perdidas e muito antigas culturas, as quais muitos setores comodamente se recusam a admitir, teve oportunidade de fotografar esses inegáveis vestígios, estranhos petróglifos repletos de simbolismos.

Pinturas rupestre encontradas na região de Serranópolis, sudoeste de Goiás.

Segundo informação da FUMDHAM (Fundação Museu do Homem Americano), de São Raimundo Nonato, há 260 sítios arqueológicos com pinturas rupestres na área do Parque Nacional da Serra da Capivara, que foi criado em 1979.

Pintura na Serra da Capivara, Brasil, datada de 9000 a.C.

O estudo da arte rupestre é um campo em rápida expansão e constante transformação. Apesar das dificuldades encontradas pelos especialistas, podemos afirmar que a arte rupestre é um importante registro deixado pelos antigos, com o propósito de um dia serem desvendados.