25 de fevereiro de 2014

AS DUAS VERTENTES III



Ficou bastante claro nos textos precedentes que tudo o que vemos e tocamos não surgiu pela expressão de algo tão inexistente como seja o ACASO.

Contrariamente a essa crença ficou visto que indescritíveis planejadores e seus planejamentos, indescritíveis em seu todo, transformaram a energia primordial nesta incontável derivação que se resulta aos nossos extasiados olhos, do corpo e da alma, quando miramos a abóbada celeste ou quando, isolando-nos do ruído do mundo, penetramos nas dimensões além da física.

E se assim concluímos que foi com os sistemas galácticos e os planetários, por que não poderia, também, ter sido, como o é, com a existências das humanidades ? Das humanidades todas que se enfeixam por todo o Cosmo.

Por que não poderia ter sido ? Só porque os acadêmicos da Terra teimam em aceitar a falida teoria da evolução de Charles Darwin ? Ou porque a bíblia narra a criação do gênero humano utilizando-se de um argumento improvável ?

Bem, preferências não se discutem, contudo, já se faz tempo em que a mente humana não mais aceita ficar encerrada em dogmas, sejam estes filosóficos, religiosos ou científicos. Até os “inexpugnáveis” muros do Vaticano vão caindo...

E nessa direção vamos ver, a partir deste pps, a eclosão da vida senciente nos cenários globulares que infestam todo o TODO.

Como os sistemas planetários passam por sucessivas etapas desenvolvimentistas – formação e dissolução – também assim se dá com as humanidades. Por decorrência estas, as humanidades, também passam por sucessivas etapas desenvolvimentistas – formação e dissolução. E se, para os sistemas galácticos, e planetários, o pano de fundo é, respectivamente, o Cosmo e as galáxias, para o gênero das humanidades o pano de fundo são os sistemas planetários.

1 – Cada planeta passa por fases evolutivas, como já comentado;

2 – Essas fases se compõem de sete etapas, ou sete globos - (Campos “A” e “B” da figura) – globos 1, 2, 3, 4, 5, 6, e 7; ou G1, G2, G3, G4, G5, G6 e G7.

3 – Cada globo, por sua vez, também passa por sete fases que são chamadas de Ronda – (Campo “C” da figura) – globo 1 rondas R1 à R7 – globo 2 rondas R1 à R7 – globo 3 rondas R1 à R7 – globo 4 rondas R1 à R7 – globo 5 rondas R1 à R7 – globo 6 rondas R1 à R7 e globo 7 rondas R1 à R7;

4 – Cada Ronda abriga sete raças, ou humanidades – (Campo “D” da figura) – ronda 1 raças 1 à 7 – ronda 2 raças 1 à 7 – ronda 3 raças 1 à 7 – ronda 4 raças 1 à 7 – ronda 5 raças 1 à 7 – ronda 6 raças 1 à 7 e ronda 7 raças 1 à 7;

5 – Segundo os apontamentos esotéricos constantes nos livros mencionados na apostila 03 o tempo médio de duração de cada Ronda é de 4.320.000.000 dos anos terrestres. (Quatro bilhões e trezentos milhões).

6 – Dos mesmos apontamentos, o tempo médio de duração de cada Raça é de 617.140.000 anos terrestres. (Seiscentos e dezessete milhões, cento e quarenta mil anos terrestres).

7 – Se dividirmos por 7 o valor do tempo médio de duração de cada Raça teremos, em números arredondados, o valor de 88.000.000 (oitenta e oito) milhões de anos terrestres;

8 – Todavia, e segurem-se na cadeira, cada raça passa por sete (7) sub-raças o que nos dará uma duração média, também em números redondos, de 12.000.000 (doze milhões) de anos terrestres;

9 – É bem verdade que os desconhecedores das ciências do oculto jamais imaginariam, não só o processual cósmico – planos e execução – e, particularmente, o relacionado ao sistema solar, quanto também essas cifras de tempo desse desenrolar dos acontecimentos; 10 – E enquanto tudo isso desenvolve-se no enredo da Criação, cá estamos nós, humanidade da Terra, combatendo-nos em guerras hediondas pelo domínio de pedaços territoriais que, paradoxo das coisas, ao fim só nos servirá de túmulo, enquanto nossa arrogância só servirá para alimentar os vermes; 11 – E como mencionamos humanidade da Terra, pode-se perguntar: “- Em toda essa escala indicada na figura 05A onde se situa nossa humanidade ?”
12 – Como indicado na figura 05B, a humanidade da Terra, a atual, se encontra na 5ª raça da 4ª Ronda;

13 – Mas em qual sub-raça ?

14 – Podemos, simplesmente, responder a esta pergunta informando que a humanidade da Terra, atualmente, se encontra na quinta sub-raça por nome Teutônica que compreende a junção dos povos Anglo-Teuto-Saxônicos.

Entretanto, para que essa viagem evolutiva fique melhor compreendida devemos descrever a trajetória partindo de seu início, resumida nas etapas representada na figura abaixo.

Entretanto, para não alongarmos em muito, abordaremos a trajetória a partir do início das humanidades relacionadas ao sistema Solar, pois são destas que mais claramente encontram-se informações nas antiquíssimas escrituras dos povos já extintos, e nas traduções que nos foi possível coligir.

Mesmo porque, seria muita pretensão de nossa parte imaginar-nos com capacidade de fazermos uma análise que se enveredasse pelas profundezas das vastidões cósmicas.

Vemos na representação o Sistema Solar em sua, supomos, maior idade. Planetas consolidados em suas feições físicas o que significa que nas outras dimensões todos eles também se encontram em completa atividade.

Opa! Planetas em outras dimensões? É isso mesmo que está escrito ? E´, é isso mesmo !

Cada planeta, além de seu globo físico, este, ou estes, que vemos nesta terceira dimensão, também têm seus globos correlatos situados nas demais dimensões existenciais. E isso não deve gerar estranheza.

Recordem que dois postulados esotéricos devem prevalecer quanto aos estudos da ciência oculta. Uma ressalva: esta ciência que há bem pouco tempo era tida como oculta, já não o é mais. Os verdadeiros Senhores do Sistema determinaram que a partir de 1980, de nossa era, tudo o que se desconhecia, publicamente, fosse sendo revelado. Na década de 1990 esse decreto mais se incrementou e, na data de 28 de Setembro de 2005 determinou-se abertura total.

Se os caros leitores recordarem, verão que, principalmente após 2005, não só nos assuntos filosóficos, mas quanto a tudo que se relacione com a humanidade terrestre, vem sendo desnudado. E os noticiários diários estampam escândalos e mais escândalos. Por que ?

Porque vivemos a era da desmontagem dos artificiosos cenários que foram criados para enganar e dominar os povos. Portanto, a ciência do oculto vem se tornando a Ciência das Revelações.

E os dois postulados são:

1 – Não existe o Acaso, tudo é a Lei sempiterna do Indescritível;

2 – Tudo o que há no microcosmo é igual ao que está no macrocosmo.
“Assim como é em cima também é embaixo.”

Sendo assim, cada planeta físico tem suas contrapartes etéricas, igualmente o Homem físico as possui.

Nesta figura 05E vemos, à esquerda, o Homem e seus corpos. (Ver pps A Criatura) À direita a representação do globo terrestre e seus globos, dispostos nos diferentes planos existenciais correspondentes aos mesmos planos em que o Homem tem seus corpos, e vice-versa.


Planos, globos e corpos etéreos. Mas entendam que são etéreos tomando por ponto de observação o plano da terceira dimensão.

Nas respectivas realidades dimensionais são tão sólidos, para os respectivos habitantes, quanto sentimos sólido nosso globo.

Portanto, a solidez dimensional cósmica está na proporção direta dos órgãos sensórios de que os indivíduos sejam possuidores. Globos e corpos correlatos fornecem ao Espírito, ao Eu Maior, a sensação de que enxergam, pisam e tocam toda uma ambiência sólida – física, por assim dizer.

Para exemplificar: Tanto quanto nós aqui no globo terrestre, os habitantes do plano Astral sentem como sólido o chão que pisam, bem como todas as demais coisas ali existentes. E assim, sucessivamente, nos demais planos. Obviamente, dentro da sensorialidade que possuam.

E para finalizar, olhando a figura 05E, ao nível do indivíduo onde se situa seu Eu Maior vemos a representação indicada como o Logos Planetário.

Opa !, outra surpresa. Logos Planetário...
Sim, animando – dando vida – aos diversos corpos está a Mônada encarnada no sistema Solar – revestindo-se deles para as manifestações dimensionais.

Pois, animando – dando vida – aos diversos globos está o Logos Planetário. Nele temos nosso Ser. O verdadeiro Senhor deste mundo.
Todavia, que fique bem claro, o Logos Planetário, conquanto seja um Ser de Grandiosa Estirpe, ainda não se iguala ao que estamos vindo chamando de o Primeiro Logos.

Este, o Primeiro Logos é o Ser Vivificador de todo o sistema Solar, portanto, é o Logos Solar. O Superior do sistema, ao qual nosso Logos Planetário está subordinado.
(Texto: Luiz Antonio Brasil - CONTINUA)

18 de fevereiro de 2014

AS DUAS VERTENTES II



Evidenciou-se, portanto, que tudo que vemos e tocamos não se materializou, e se materializa, por força de um acaso.

É bem verdade que no conceito humano aceita-se que a existência do Universo se deu por geração espontânea, algo como um big bang por conta própria. Todavia, inexiste uma coisa tal. Não existe o acaso, seja em que instância for. Por detrás de qualquer efeito há uma causa inteligente ‘inteligenciando’ a ação.

E se acreditam em efeito sem causa, imaginem, por exemplo, um automóvel simplesmente sendo plasmado pela jazida de minério de ferro do qual será feito. Sem que ninguém lhe ponha a mão. Minério se autotransformando em automóvel.

Todos dirão: Impossível que um automóvel seja autogerado pelo próprio minério de que é feito.

Pois é, para que ocorra a existência do automóvel um longo processo de planificação e execução se torna necessário.

Primeiro, os geólogos para localizar a jazida de minério de ferro; Segundo, a preparação da jazida; terceiro, a extração do minério; quarto; transporta-lo até às usinas de beneficiamento; quinto, transporta-lo, das usinas de beneficiamento até uma siderúrgica; sexto, na siderúrgica será fundido formando lingotes e laminados; sétimo, lingotes e laminados serão transportados até à industria de moldagem; oitavo, da indústria de moldagem as peças serão levadas à indústria montadora; nono, na indústria montadora as peças serão juntadas, pintadas e só, então, tem-se o carro pronto. E aqui não citamos os engenheiros e estilistas que fazem os projetos.

Conclui-se, então, que uma multidão de pessoas, das mais variadas categorias profissionais, se associam para que o bem durável mais cobiçado se torne realidade no mundo físico.

Ora, se um simples automóvel convoca tanta gente para cria-lo, o que não dizer, então, sobre a criação dos Universos ?!

Por que continuar pensando que a existência cósmica se deu... assim, sem mais nem menos, ou na historinha bíblica dos sete dias da criação ?

Pois é, mas tudo tem um sentido e até a historinha bíblica contida no Gênesis, que relata que a criação do mundo transcorreu em sete dias, encerra um sentido oculto.

Sete dias, mas não sete dias terrestres. Sete dias de Brahmâ, palavra esta do idioma sânscrito que designa: “o impessoal, supremo e incognoscível Princípio do Universo, de cuja essência tudo emana e ao qual tudo retorna, e que é incorpóreo, imaterial, inato, eterno, sem princípio e nem fim.”

Mas tem número, ou quantidade, um dia de Brahmâ ? E é conhecido ? Tem, e é conhecido. Um dia de Brahmâ equivale a 4.320.000.000 anos terrestres. Isso mesmo, quatro bilhões e trezentos e vinte milhões das voltinhas que a Terra faz em volta do Sol. (A Doutrina Secreta vol. 1 página 101). (A Doutrina Secreta vol. 2 Seção VII, página 76) – (Tratado Sobre Fogo Cósmico, Alice Bailey, pág.29).

E por que sete dias ? Estes sete dias não se referem a período de tempo, mas à ação, ou ações, empreendidas pelos sete Arquétipos, os seres Sementes. “Neles se acham “armazenadas todas as formas originais que hão de manifestar-se e aperfeiçoar-se nas classes inferiores da matéria durante a evolução do universo.”

Acrescentamos, ainda, que o livro do Gênesis bíblico é uma compilação de textos muito mais antigos, existentes no extremo oriente. Portanto, uma adaptação aos interesses religiosos da época e que foram se propagando e chegaram até nosso tempo.

Todavia, não vamos nos deter nessa questão das interpretações do texto bíblico, nosso objetivo principal é conhecer as duas vertentes que a este sistema solar deram existência, que o mantém, e com ele interagem nas suas diversas formas e pelos mais diferentes interesses, principalmente, o da criação de seres inteligentes.

A primeira vertente já está vista, parcialmente, como já vimos. Ela é a composição dos Logos 1º, 2º e 3º, seguidos pelos seres Arquetípicos, vindo a seguir os Cristos, assessorados estes pelos Devas e na extremidade “inferior” os Espíritos Operadores, estes que bem de “perto” atual com a humanidade terrestre.

Na figura a seguir, temos a representação das três mais significativas etapas que vieram de efetuar a materialização de nosso sistema planetário.

A etapa de planejamento; a de consolidação do sistema planetário, o berço da nova experiência; e a ação do que se possa chamar de a germinação das sementes arquetípicas no que resultaria nos multifacetados reinos e dimensões existenciais.

E foi assim que perpassados os milhões de milhões de anos terrestres esboçou-se a primeira raça humana na Terra. O uso do termo “esboçou-se” se faz porque essa primeira raça nada tinha do que conhecemos, e somos, hoje, em corpo físico.

Nas mais remotas escrituras de que se tem conhecimento, livros como o Kiu-te que, posteriormente se tornou mais popular através do que é chamado de O Livro de Dzyan, encontram-se as descrições sobre a criação de nosso sistema planetário bem como a eclosão de vida nos reinos vegetal, animal e do homem.
Antes, porém, um breve histórico sobre os livros acima citados. Kiu-te – É a coleção de livros composta por quatorze volumes dados como sagrados e secretos. Estão sob a guarda dos monges gelugpas do Tibet e, para permanecerem inacessíveis, são, periodicamente, transferidos de um monastério a outro.

O conteúdo dessa valiosíssima e antiquíssima preciosidade descreve a criação do sistema planetário onde a Terra se situa, bem como a criação da vida, nos vários reinos, não só na Terra mas também nos outros planetas deste mesmo sistema.

Apesar de ser um conjunto de livros inacessível às pessoas comuns, Helena Petrovna Blavatsky obteve permissão para vê-los e traduzi-los à linguagem ocidental. (A Doutrina Secreta, vol. VI página 41) O Livro de Dzyan – Este é um conjunto de estâncias que traz comentários sobre o conteúdo do livro Kiu-te.

Portanto, nestes dois livros, e alguns outros como Rig Veda, Popol-Vuh etc, encontram-se as descrições das ações daqueles que neste trabalho são denominados de Engenheiros Siderais.

Com esta introdução constante nesses três primeiros pps, queremos dizer que prosseguir nestes estudos requer, primeiramente, o abandono, completo dos conceitos históricos, religiosos e filosóficos que até aqui foram disseminados para a humanidade da Terra.

É necessário, também, puxar um tanto mais para a abstração mental e acreditar que – cosmicamente falando – há muito mais do que “possa supor nossa vã filosofia”.

Naturalmente que não se pede um crédito cego a estes apontamentos, mas que, mesmo que só por um instante, deixem o “ovo da matriz em que se encerra nossa sociedade”, e direcionem os olhos à grandiosidade Cósmica, questionando: Só mesmo na Terra há vida inteligente ?, a criação do Ser inteligente foi tão simplória quando a descrita no Gênesis bíblico ?, e a criação do Universo, foi só um soprinho de sete dias, de segunda-feira a sábado descansando no domingo ?

Cadeia Planetária é o nome que se dá ao processo evolutivo de um orbe.

Falar de evolução de um planeta pode parecer estranho e até mesmo inverossímil, contudo quando se trata de buscar e analisar os anais cósmicos deve-se ter em conta, como premissa básica, que tudo o que até esta era atual da humanidade se ensinou e se ensina academicamente está, completamente, equivocado, para não dizer errado.

Com essa advertência não estamos querendo dizer que somos detentores do conhecimento completo sobre a Criação, e que tudo o mais que à humanidade vem sendo ensinado quase nenhum proveito tem para o que se possa denominar de evolução do Ser Espiritual que todos somos.

Todavia, é inegável que nestes últimos vinte anos o conhecimento acadêmico vem sendo sacudido por inesperadas e surpreendentes descobertas, tanto na área científica, quando na filosófica, derribando mitos até então tidos por intocáveis que vão, em suas quedas, arrastando, também, o dogmatismo religioso.

Isso já era esperado porque a arrogância de nossos “senhores do mundo”, que assim se acham, vinha chegando a níveis de insuportável idolatria personalística, em ignorância total quanto aos Senhores do Mundo, estes que, verdadeiramente, nos governam.

Portanto, alargando nossa visão para além das fronteiras meramente humanas da Terra vamos nos deparar com ensinamentos que nos dizem que da mesma forma que ocorre a escala evolutiva/transformativa desde o átomo até ao arcanjo – nesta nossa Ronda Planetária – (falaremos disso mais à frente) – também este bólido que chamamos planeta – e todos os demais que permeiam o Cosmo – passam por etapas de transformação.

Às etapas iniciais de formação e transformação podemos chamar de embriogênese galáctica, ou planetária, segundo o que estiver acontecendo. Estas etapas estão representadas, na figura, pelas fases: A-1 e C-2. Na fase A-1 o globo, ou a galáxia, não tem nenhuma conformação física. É tão somente um aglomerado de energias confinadas em determinado espaço. Mas isso não está acontecendo aleatoriamente, por vontade, ou decisão, das próprias energias ali encerradas. A ocorrência se dá por vontade e decisão dos Logos que, depois de planejarem, vão à execução.

Na fase C-2 a conformação é plasmática, como algo encerrado numa membrana maleável e moldável.

Na fase seguinte, E-3, já se visualiza o que possa ser chamado de consistência média, esta entre a fase plasmática e a física, propriamente dita.

Finalmente, temos a fase F-5 onde o todo do planejamento se exibe soberano.

Este ponto F-5 é o ponto médio do ciclo da cadeia planetária. Daí em diante veem as fases que podemos chamar de dissolução, processo que também não é aleatório mas planejado e direcionado por Aqueles mesmos Logos.

E em sua magistral obra, A Doutrina Secreta, volume 2, página 219, profetiza Helena Petrovna Blavatsky:

“Se na Terra existe algo parecido com o progresso, dia virá em que a Ciência terá que renunciar, molens volens, a ideias tão monstruosas como as de suas leis físicas que se governam a si mesmas, vazias de Alma e de Espírito; e haverá então de voltar-se para as Doutrinas Ocultas.”

“vazias de Alma e de Espírito...” disse a sábia fundadora da Teosofia. Pois bem, planetas, satélites, sois, galáxias não são corpos inertes, ou que tenham sido criados por forças aleatórias e, de um estalo, na forma como hoje são conhecidos.

Não são inertes: São entes vivos e possuem consciência; possuem Alma e possuem Espírito.

Não foram criados de um estalo: Todos tiveram suas fases de planejamento, formação molecular desde a mais rarefeita forma de energia e passando por sucessivas transformações e estados de solidificação, chegaram ao estado atual.

Estado atual: Apenas estado atual, temporário, significando que passarão por novas transformações. E como todos os demais corpos, numa era qualquer virão a se dissolver. Essa dissolução é gradativa como o foi a fase de formação.

Portanto, tanto quanto acontece no ritmo de formação também ocorre no de dissolução, que entre uma fase e outra transcorrem eras imensas. Nem numa fase ou noutra os acontecimentos se sucedem instantaneamente.

E de igual forma acontece na formação do que se chama Vida, seja ela no reino vegetal, no reino animal e no reino do homem. Eras imensas são consumidas para esse magnífico fim. E muito vagarosamente chega-se, ou chegou-se, ao que hoje somos, vemos, e temos neste cenário do planeta Terra.

Ah !!!, sete dias bíblicos da criação... quanto lhe falta em verdade!

(Texto: Luiz Antonio Brasil - CONTINUA)

12 de fevereiro de 2014

O PLANO ASTRAL III


B - Os Mortos
Em primeiro lugar, deve-se entender que a designação "mortos" é absolutamente errônea, visto que as entidades nela englobadas estão tão vivas como nós — a maior parte das vezes têm mesmo uma vitalidade muito maior. Quando dizemos mortos, queremos apenas referir-nos àqueles indivíduos que momentaneamente se libertaram do corpo físico.

Distinguimos nove espécies principais:
1.° — Os Nirmânakáyas. (4) — Referindo-nos a esta classe tão somente para não deixar a enumeração incompleta, porque é muito raro que Seres tão elevados se manifestem nos planos, inferiores. No entanto, quando por qualquer forte necessidade, derivada da missão sublime que lhes foi confiada, uma destas Entidades julgue necessário descer ao plano astral, trata de se rodear de um corpo dessa matéria, precisamente, como vimos, o faz um Adepto que, revestido do corpo mental, não poderia ser percebido à luz astral. Para poder manifestar-se imediatamente em qualquer dos planos, retém sempre dentro de si alguns átomos de cada um deles, em volta dos quais, como núcleo, pode instantaneamente agregar outra matéria e assim ter sempre à sua disposição o veículo que deseja.

Acerca dos Nirmânakáyas pode consultar-se, para mais ampla informação, o livro de Madame Blavatsky, A Voz do Silêncio, e o meu pequeno volume Auxiliares Invisíveis.

2.º — Os Discípulos à espera da reencarnação. — Na literatura teosófica está escrito em várias obras que quando o discípulo chega a um certo grau de desenvolvimento, está em condições de, com o auxílio do Mestre, libertar-se da lei da natureza que faz passar todos os seres humanos, depois da morte, para o mundo-céu, para aí gozar os resultados espirituais das aspirações elevadas que teve durante a vida terrestre.

Como, na hipótese considerada, o discípulo deve ser uma criatura de grande pureza de vida e de grande nobreza de pensamentos, é natural que estas forças espirituais tenham uma intensidade anormal. Portanto, se ele, servindo-me de uma expressão técnica, "tomar o seu Devachân", é provável que este seja de longa duração; mas se, em vez de se conservar no Devachân, preferir o "Caminho da Renúncia" (começando assim, embora em grau muito inferior e pelos caminhos, mais humildes, a seguir as - pegadas do Grande Mestre da Renúncia, que foi o próprio Gautama Buda), pode despender essa reserva de força numa direção oposta; empregá-la em benefício da humanidade, e, por a mais infinitesimal que seja a sua contribuição, tomar a sua minúscula parte na grande obra dos Nirmânakáyas. Seguindo este caminho de abnegação, sacrifica, é certo, séculos da mais intensa bem-aventurança, mas, em compensação, fica com a enorme vantagem de poder continuar a sua vida de trabalho e de progresso sem interrupção.

Quando o discípulo, que escolheu este caminho, morre, esta morte é apenas mais uma saída do corpo, além das muhas que já praticou, e uma espera no plano astral até que o Mestre lhe destine uma reencarnação conveniente e merecida. Isto só pode ser feito com permissão de uma autoridade de categoria muito elevada, porque, constituindo uma exceção à lei geral, ninguém deve tentá-lo sem obter essa autorização. E mesmo depois de conseguida esta, a força da lei natural é tão grande, que se o discípulo não se confinar estritamente no plano astral, e por um momento tocar o plano mental, será de novo arrastado por uma corrente irresistível para o curso normal da evolução.

Em alguns casos, embora muito raros, pode-se lhe evitar um novo renascimento, dando-se-lhe imediatamente um corpo de adulto cujo antigo habitante já não precise dele. É, porém, difícil encontrar disponível um corpo apropriado, de modo que a maior parte das vezes tem de esperar no plano astral, até que se lhe apresente a oportunidade de um renascimento apropriado.

Entretanto, enquanto espera, não perde o seu tempo, porque não deixa de ser quem era e está em melhores condições para continuar a obra que lhe foi atribuída pelo Mestre. Digo em melhores condições porque, despojado do corpo físico, não tem a entravá-lo a possibilidade da fadiga. Com a consciência alerta e absolutamente plena, pode vaguear à vontade e facilmente por todas as divisões do plano.

O discípulo à espera da reencarnação não é, evidentemente, um dos habitantes mais comuns do plano astral, mas pode lá encontrar-se ocasionalmente. Forma, por isso, uma das nossas classes, que se hoje é reduzida, há de aumentar em número à medida que a evolução da humanidade vá avançando no seu caminho progressivo.

3.° — Dos mortos vulgares. — Escusado é dizer que esta classe é milhões de vezes maior do que as já estudadas, e que o caráter e condições de seus membros oscilam entre larguíssimos limites. E é também dentro de larguíssimos limites que varia a duração da sua estada no plano astral, pois, enquanto uns aí passam apenas algumas horas, outros podem lá permanecer durante anos e até séculos.

O homem que levou na terra uma vida de pureza, cujos sentimentos e aspirações predominantes foram sempre altruístas e espirituais, pouca atração sente pelo plano astral, e, não havendo nada que lá o prenda, a sua atividade não chega a ser despertada durante o pequeno período da sua vida astral. A razão disto reside no fato de que depois da morte o homem verdadeiro recolhe-se em si mesmo. Logo ao primeiro passo deste processo, arroja de si o corpo físico, e quase logo a seguir o duplo etérico, para que possa libertar-se tão cedo quanto possível do corpo astral ou de desejos, e ingressar no mundo-céu, que é a única região onde as suas aspirações espirituais podem frutificar de uma forma consentânea com os sentimentos elevados que teve na terra.

O homem nobre, de espírito elevado, pode fazer isto, porque soube dominar todas as paixões terrenas durante a vida física. Sua força de vontade foi dirigida para canais elevados e pouca energia de desejos inferiores tem disponível para ser utilizada no plano astral. Portanto, a sua permanência aí será de breve duração, e segundo todas as probabilidades, passará a sua curta vida astral num estado letárgico de semi-consciência até mergulhar no sono profundo, durante o qual os seus princípios elevados se libertam do invólucro astral e ingressam na vida bem aventurada do mundo-céu.

Para aqueles que ainda não entraram no caminho do desenvolvimento oculto, como no caso que estamos considerando, o que acabamos de descrever representa o mais que se pode conseguir, e na melhor das hipóteses. Mas, geralmente, poucos o atingem, porque o homem mediano raras vezes consegue libertar-se na terra de todos os desejos inferiores, de modo que é sempre necessário uma demora mais ou menos longa nas várias subdivisões do plano astral, para que as forças geradas na terra possam consumir-se mutuamente e pôr em liberdade o Ego superior.

Todos, sem exceção, têm de passar por todas as subdivisões do plano astral no seu caminho para o mundo-céu, mas alguns há que os percorrem inconscientemente. Precisamente como é necessário que o corpo físico contenha dentro da sua constituição matéria física em todos os estados — sólido, líquido, gasoso e etérico — é indispensável também que o veículo astral contenha partículas pertencentes a subdivisões similares da matéria astral, embora em proporções variáveis segundo o caso.

Ora, não devemos esquecer que, justamente na matéria do seu corpo astral, o homem colhe a essência elemental correspondente, e que durante a vida esta essência é segregada do oceano de matéria semelhante, e transforma-se no que se pode chamar uma espécie de elemental artificial.

Durante algum tempo, este elemental tem uma vida sua, separada, e segue independentemente o curso de sua evolução própria, descendente para a matéria, sem preocupações — e mesmo sem conhecimento — da conveniência ou interesse do Ego a que está ligado. É isto que dá lugar à perpétua luta entre a vontade da carne e a vontade do espírito, de que tanto falam os escritores religiosos.

Contudo, se é certo existir "uma lei dos membros cm guerra com a lei do espírito",e se é certo que se o homem ceder em vez de tentar dominar-se, o progresso da sua evolução se ressentirá extraordinariamente, nada nos autoriza, porém, a considerar isso um mal, porque é apenas e sempre a Lei — o eterno fluir do poder Divino no seu curso regular, embora neste caso esse curso seja descendente para a matéria em vez de ascender em sentido contrário, para longe dela, como é o nosso.

Quando o homem, ao morrer, abandona o plano físico, as forças desintegrantes da natureza começam a exercer a sua ação sobre o corpo astral; este elemental se vê ameaçado da perda da independência da sua existência, e naturalmente reage, procurando defender por mais tempo possível a integridade do corpo astral. Para isso trata de lhe modificar a estrutura, tentando dispor-lhe a matéria em camadas concêntricas, das quais a externa pertence ao sub-plano mais inferior e é, portanto, a mais espessa, a mais grosseira e a mais resistente à destruição.

Mas o homem não pode abandonar o sétimo sub-plano senão depois de ter libertado o mais possível o seu eu real da matéria deste sub-plano. Feito isto, a sua consciência vai focar-se na camada concêntrica imediatamente a seguir (que é formada pela matéria da sexta subdivisão) ou, exprimindo a mesma ideia por outras palavras, o homem passa para o próximo sub-plano.

Em suma, quando o corpo astral esgotou todos os atrativos oferecidos por uma certa divisão, quase toda a matéria desta se solta dele e entra num mais elevado estado de existência. A sua gravidade específica, por assim dizer, vai diminuindo constantemente, e ele vai-se elevando gradualmente dos estratos mais densos aos mais sutis, demorando-se apenas onde se sinta sob a ação de um perfeito equilíbrio.

É evidentemente esta a explicação para o fato de os mortos que aparecem nas sessões espiritistas dizerem que estão para ingressar numa esfera superior, da qual lhes será impossível, ou pelo menos mais fácil, a comunicação com a terra por meio de médium. E é realmente um fato positivo que quando um morto chega à subdivisão superior deste plano, é lhe absolutamente impossível comunicar-se com qualquer médium vulgar.

Assim, vemos que a duração da permanência de um indivíduo em qualquer das subdivisões do plano astral, é rigorosamente em função da quantidade de matéria dessa subdivisão, subsistente no seu corpo astral, e por sua vez, depende do gênero de vida que levou na terra, dos desejos que acalentou e da espécie de matéria que, com o seu procedimento, atraiu para si. É, pois, possível reduzir ao mínimo a quantidade de matéria das subdivisões astrais inferiores, por meio de uma vida cheia de pureza e de pensamentos nobres e, em todos os casos, elevá-la ao que se pode chamar o ponto crítico, no qual basta o mais leve toque de força desintegrante para lhe romper a coesão, reduzindo-a ao seu estado original e deixando ao homem a passagem livre para o próximo sub-plano.

Esta passagem é, como já se disse, extremamente rápida para as pessoas de espírito elevado, pois atingem facilmente esse ponto crítico, de forma que se pode dizer que tais pessoas só recuperam a plenitude da consciência no plano mental. É claro que, sempre é bom insistir, esses sub-planos não ocupam espaços diferentes; interpenetram-se mutuamente, de modo que dizer-se que uma pessoa passa de um sub-plano para outro, não quer dizer que realize qualquer deslocamento no espaço, mas tão só que o foco da sua consciência transita da camada externa para a que internamente lhe fica mais próxima.

(C. W. Leadbeater - Continua)

AS DUAS VERTENTES




Através de duas vertentes, constituíram-se as formas de vida que habitam este planeta: a vegetal, a animal e a humana. Para tanto existem os planejadores e os executores.

“Existem: o verbo está no tempo presente porque VIDA é algo, se assim a podemos chamar, que se constrói, e reconstrói, a cada instante, ao mesmo ritmo em que o Cosmo se renova.”

Se dessa renovação o senso comum não se apercebe é porque a visão do Ser humano, para com a Vida, se limita à gaiola materialista que para si construiu.

E apesar dos milênios sem conta desde o surgimento do que se convencionou chamar de Ser humano – o espírito encarnado na Terra – até aos dias atuais, se mostra notório que a humanidade está, mais do que nunca, encerrada nesta “gaiola de ouro”.

Mais do que nunca ludibriada pelos sentidos físicos que lhe cerceiam perceber as outras realidades de que também é vivente, simultaneamente, num mesmo e todo instante, dada a multiplicidade de corpos de que é formada.

E à medida que seus sentidos se embotam, sufocados pelo crescente materialismo, o Ser se apequena e obscurece-se, ainda mais, seu horizonte existencial.

É relevante observar, também, que essa forma obtusa de ver a vida se dá por ação de uma força oculta. A chamada manipulação consciencial que é feita de forma psicológica. Algo assim como a dizer a todos: “- Vocês são livres, façam o que quiserem.” Todavia, por detrás, está o engendramento psicológico direcionando as pessoas sem que elas disso se apercebam. E não percebem que estão sendo conduzidas porque são planos muito bem estruturados. Planos estes postos em prática através dos bem elaborados programas exibidos pela mídia televisada e dos noticiários tendenciosos, todos eles visando o mesmo resultado: O domínio social da humanidade.

Não há, portanto, a propalada liberdade e sim o aprisionamento psicológico. E´ preciso acordar e deixar o “ovo da matriz de controle social.

Todavia, não estamos sós neste mundico, nem a Terra está perdida na vastidão cósmica, e nem estamos esquecidos por aqueles que esta humanidade criou. Os integrantes das Duas Vertentes.

Todos, de uma maneira ainda incompreensível para o grosso da sociedade terrestre, continuam ativos, atentos, acompanhando no que suas crias se enredaram, para que quando se esgotar o tempo de esperar que por si a humanidade refaça sua trajetória evolutiva, entre em ação o corretivo da Lei Suprema.

Nesta apostila, porém, o comentário se referirá aos Engenheiros Siderais.
Engenheiros Siderais, podemos chama-los de os Deuses Criadores. É a estirpe de elevados Seres que há milhões de milhões de anos de nossa contagem de tempo deram início à formulação e à planificação das dimensões existenciais para este recanto da galáxia.

No estudo contido nos pps “A Criatura” viu-se que o conhecimento oculto os denomina de Logos.

Para esta palavra – Logos – que assim grafada diz muito pouco deve ser entendida como:

“LOGOS - Saindo das profundidades da Existência Una, do inconcebível e inefável Uno, um Logos, impondo-se a si mesmo um limite, circunscrevendo, voluntariamente, a extensão de seu próprio Ser, se faz o Deus manifestado e, ao traçar os limites de sua esfera de atividade, determina, também, a área de seu Universo. Dentro de dita esfera nasce, evoluciona e morre este universo que no Logos vive, se move e tem seu ser.” (Glossário Teosófico preparado por Helena Petrovna Blavatsky)

“O Logos se desdobra de si mesmo manifestando-se em uma tríplice forma: O Primeiro Logos, que é a raiz ou origem do Ser; dele procede o Segundo Logos, manifestando os dois aspectos de vida e forma, a primitiva dualidade, que constitui os dois polos da Natureza entre os quais se há de tecer a malha do Universo: Vida-forma, Espírito-matéria, positivo-negativo... e por último, o Terceiro Logos, a Mente universal, na qual existe o arquétipo de todas as coisas, que é a fonte dos seres, o manancial das energias formadoras, arca onde se acham armazenadas todas as formas originais que hão de manifestar-se e aperfeiçoar-se nas classes inferiores da matéria durante a evolução do universo.” (ibid – Glossário Teosófico)

Os ensinamentos de Helena Petrovna Blavatsky são, indubitavelmente, valiosíssimos, entretanto, de pouco acesso à compreensão comum. Sendo assim, tomamos a liberdade, como já feito em ‘A Criatura’, de popularizar a linguagem, acrescentando a figura anterior, repetida abaixo. E desta forma interpretemos o texto dela acompanhando pela figura acima.

“Saindo das profundidades da Existência Una” – A Eternidade. O infinito cósmico. Todavia, o texto de Blavatsky sobre cosmogênese se circunscreve ao sistema solar em que a Terra está inserida. Desta forma, quando ela menciona “profundidades da Existência Una”, tenham em mente o que na figura nominamos por Fase Subjetiva – Colegiado da Galáxia. Era em que os Seres de elevada estirpe idealizavam – ainda em fase de discussão – o novo sistema. Por isso chamamos de fase subjetiva porque neste recanto da Via Láctea, onde passou a existir nosso sistema solar, era o vazio.

Obviamente, o vazio não vazio cósmico. Mas para nossos sentidos de percepção como ainda são atualmente, era o vazio;
“do inconcebível e inefável Uno” – o Criador Incriado. Também como acima, referindo-se apenas à cosmogênese do sistema solar, o mencionado como “inconcebível e inefável Uno” – refere-se ao Ser Maior do Colegiado da Galáxia, e não a estritamente o TODO, o Iniciador do que É e que sempre Será;

“se faz o Deus manifestado e, ao traçar os limites de sua esfera de atividade, determina, também, a área de seu Universo.” – Isto acontece quando, ainda no Colegiado da Galáxia, os esboços dos planos do novo sistema já estão concluídos e Ele vai para a região escolhida. Esse feito, na figura, é representado pela seta de cor verde. Considerem que entre a chamada Fase Subjetiva e a Fase Objetiva transcorrem bilhões de bilhões dos anos de nossa contagem do tempo.

Transcorrido todo esse inimaginável intervalo de tempo vamos encontra-Lo, então, em seu “território” de criação. A região da Via Láctea onde se implantará o novo sistema planetário.

E nesta região cósmica, escolhida para ser o berço do novo Sistema, acontece o que cita Blavatsky:

“O Logos se desdobra de si mesmo manifestando-se em uma tríplice forma...”
– inicia-se ali o que se possa denominar de o início da criação do novo sistema. Todavia Ele precisará de dois auxiliares capazes para a gigantesca tarefa.

Então: “dele procede o Segundo Logos...” – Seu primeiro auxiliar. A função deste, do Segundo Logos, é a de fazer manifestar “os dois aspectos de vida e forma, a primitiva dualidade, que constitui os dois polos da Natureza entre os quais se há de tecer a malha do Universo: Vida-forma, Espírito-matéria, positivo-negativo...” – Como já mencionado acima, a palavra Universo utilizada por Blavatsky se refere ao sistema planetário a que pertence o nosso sol. Mas falta o outro auxiliar, “o Terceiro Logos”, e a este está destinado conduzir o que se possa chamar o aglomerado da “Mente universal, na qual existe o arquétipo de todas as coisas...”.

Compreendam que esta Mente Universal não é um cérebro gigantesco, mas a associação das mentes arquetípicas que se tornaram as criadoras de Universos. Portanto, estes seres são os “arquétipos de todas as coisas” que podem ser entendidos como os Seres Sementes. Neles se acham “armazenadas todas as formas originais que hão de manifestar-se e aperfeiçoar-se nas classes inferiores da matéria durante a evolução do universo.” – Todas as formas dos reinos: mineral, vegetal, animal e a do homem, que preenchem o cenário terrestre.

Entretanto, os Arquétipos têm seus auxiliares, os Cristos, os Devas e os Espíritos Operadores. Voltamos a representa-los na figura, posicionados, hierarquicamente, entre os Arquétipos e os reinos existenciais nas várias dimensões. São os executores dos planos traçados pelos Logos, execução esta através, e nas dimensões extras físicas.

Estes Auxiliares dos Arquétipos são os que mais de perto “põem a mão na massa”.
Isto é, lidam quase com o nível mais denso das energias, que é o desta terceira dimensão. Estão muito perto disso, digamos, no plano Astral.

Como não existe efeito sem causa, a realidade da existência de humanidades, de globos planetários, de estrelas gigantescas esparramando luz e calor, dos conglomerados destas que chamamos galáxias, dos ajuntamentos galácticos e, sabe-se lá quanto mais nos aguarda conhecer, tudo isso, mas tudo mesmo, é a exteriorização das planificações semeadas pelas Mentes que, por serem tão elevadas, o vocabulário humano não possui palavras adequadas para qualifica-Las.

São Elas o que, respeitosamente, as chamamos de os Engenheiros Siderais.

Parece-nos que o acima exposto, acompanhado de nossas singelas ilustrações, esclarece, suficientemente, as anotações de Blavatsky concernentes aos parágrafos sobre Logos contidos no Glossário Teosófico, bem como o que ela cita nas páginas 83 e 84 do primeiro volume da série A Doutrina Secreta, e página 282 do volume dois.

Continuaremos no próximo texto.

(Texto: Luiz Antonio Brasil - CONTINUA)

3 de fevereiro de 2014

O PLANO ASTRAL II



OS HABITANTES

Esboçado assim, embora ligeiramente, o fundo do nosso quadro, devemos agora colocar-lhe as figuras, descrever os habitantes do plano astral. Não é fácil tarefa classificá-los e ordená-los, tão complexa é a sua variedade. Parece-nos melhor começar por dividí-los em três grandes categorias: os humanos, os não-humanos e os artificiais.

I - HUMANOS

Os cidadãos humanos do mundo astral separam-se naturalmente em dois grupos: os vivos e os mortos, ou, falando com mais precisão, aqueles que ainda têm corpo físico e aqueles que já o abandonaram.

A - Os Vivos

Podem contar-se quatro categorias de homens que se manifestam no plano astral, durante a vida física:
1.° O Adepto e os seus discípulos. — Os membros desta categoria empregam geralmente, como veículo, não o corpo astral, mas o corpo mental, composto da matéria que forma os quatro níveis inferiores, ou rupa, do plano imediatamente superior ao astral. Este veículo tem a vantagem de permitir a passagem instantânea do plano mental para o astral, e vice-versa, e o emprego, em qualquer momento, do poder maior e agudeza de sentidos do plano mental.

Por natureza, o corpo mental não é visível à luz astral; por isso, o discípulo que opera nesse veículo tem de aprender a rodear-se de um véu temporário de matéria astral, quando se torne necessário, para maior eficácia da sua obra de auxílio aos habitantes do plano inferior, e estes o possam ver. Este corpo temporário é a princípio formado geralmente pelo Mestre para o discípulo, ate que este aprenda a formá-lo por si só, fácil e rapidamente.

Embora seja uma reprodução exata da figura de quem o usa,esse veículo não contém a menor partícula da matéria do seu corpo astral; pode dizer-se que está para este como uma materialização está para o corpo físico.

Encontram-se também discípulos menos desenvolvidos, revestidos do corpo astral; mas o indivíduo que é preparado neste plano por um guia competente, pode operar sempre com a maior facilidade em todos os subplanos e em plena consciência, seja qual for o veículo empregado. É, de fato, ele mesmo, exatamente como os seus conhecidos o viram na terra, menos os quatro princípios inferiores (1) no primeiro caso, ou os três princípios inferiores no segundo, mais os poderes e as faculdades inerentes à sua nova condição, o que lhe permite o prosseguimento, em sonhos, com mais facilidade e eficácia, dos trabalhos teosóficos que lhe ocupam as suas horas de vigília.

A maior ou menor exatidão da reprodução no plano físico das suas impressões no astral depende, é claro, da maior ou menor facilidade com que ininterruptamente possa transferir a consciência de um plano para outro.

É comum o investigador encontrar no plano astral ocultistas de todas as partes do mundo (pertencentes a Lojas sem ligação com os Mestres mais conhecidos dos teósofos), que geralmente buscam a verdade com uma convicção e um espírito de abnegação surpreendentes. É conveniente, porém, notar que todas essas Lojas conhecem pelo menos a existência da grande confraria do Himalaia e reconhecem que esta conta no seu grêmio os mais elevados Adeptos hoje conhecidos na terra.

2.° — Indivíduos psiquicamente adiantados que não estão sob a direção de um Mestre. Estes podem estar ou não desenvolvidos
espiritualmente, pois adiantamento psíquico e adiantamento espiritual não andam necessariamente juntos. Os poderes psíquicos que alguém traga ao nascer, são os resultados de esforços levados a cabo em encarnação precedente. Tais esforços podem ter sido nobres e altruístas, mas também podem ter sido cegos, mal dirigidos e até de caráter extremamente condenável.

Os indivíduos psiquicamente desenvolvidos são em geral perfeitamente conscientes fora do corpo físico, mas, por falta do necessário treino, estão sujeitos a enganos na apreciação do que vêem. Por vezes poderão percorrer todas as subdivisões do plano astral, como os da classe precedente, mas muitos deles haverá que, sentindo-se atraídos por uma delas, raras vezes vão a qualquer outra onde a influência da primeira não se faça sentir. As recordações do que viram podem, portanto, variar segundo o
grau de desenvolvimento que adquiram, desde a mais perfeita nitidez até a mais completa deformação da verdade ou mesmo esquecimento completo. O seu veículo será sempre o corpo astral, visto não saberem funcionar no veículo mental.

3.° — A pessoa vulgar — isto é, sem nenhum desenvolvimento psíquico — que flutua no seu corpo astral durante o sono, num estado mais ou menos inconsciente. No sono profundo do corpo físico, os princípios superiores que se encontram no veículo astral desligam-se invariavelmente dele e acolhem-se nas proximidades, apesar de, nas pessoas sem o mais pequeno desenvolvimento, se encontrarem num estado de sono tão profundo como o do corpo.

Contudo, em alguns casos o veículo astral está num letargo menor e então flutua daqui para ali, semi-adormecido, nas várias corrente astrais,reconhecendo por vezes outras pessoas que se acham no mesmo estado, passando por toda espécie de aventuras, umas agradáveis, outras desagradáveis, cuja lembrança, necessariamente confusa e por vezes transformada numa grotesca caricatura do que realmente aconteceu, as fazem pensar, ao despertar, nos disparates do sonho que tiveram.

Todas as pessoas cultas, pertencentes às raças mais elevadas do globo, têm já hoje os sentidos astrais bastante desenvolvidos, de modo que,se estivessem suficientemente atentas para poder examinar as realidades que as cercam durante o sono, estariam em condições de as observare de tirar delas proveitosas lições. Mas, na maior parte dos casos, tal não sucede,porque quase toda gente, em vez de fixar a sua atenção no sonho, passa as noites numa meditação profunda, deixando-se ir atrás de qualquer pensamento que mais absorvente se lhe tornou antes de adormecer. Estes indivíduos têm as faculdades astrais, mas quase não se servem delas; estão evidentemente acordados no plano astral, mas não estão acordados para o que nele sucede c, portanto, a consciência que tem do meio onde se encontram é extremamente vaga, se é que têm alguma.

Quando um indivíduo nestas condições se coloca sob a direção de um dos Mestres da Sabedoria, começa geralmente por se sentir sacudido desse estado de sonolência e acorda então completamente para as realidades que o cercam no plano. Ocupado em aprender o muito que delas há para aprender, começa a operar no meio delas, de forma que as horas de sono deixam de ser horas vazias; antes, pelo contrário, estão repletas de trabalho ativoe útil, sem que essa atividade roube ao corpo físico, cansado da labuta do dia, o necessário e higiênico repouso.

No caso de um indivíduo das raças inferiores, ou, em geral, de qualquer indivíduo muito atrasado, estes corpos astrais são muito vagos de formae mal definidos nos seus contornos, mas à medida que vai havendo maior desenvolvimento de intelecto e de espiritualidade, o corpo astral vai se definindo e adquirindo maior semelhança com o corpo físico.

Tem-se perguntado frequentemente como se compreende que se possa reconhecer o homem vulgar, quando revestido do corpo astral, visto este ser tão vago de forma, e a grande maioria da humanidade estar tão pouco desenvolvida. Tentando responder a esta pergunta, devemos não esquecer que aos olhos do clarividente o corpo físico humano aparece cercado pela aura — espécie
de névoa, luminosa e colorida, aproximadamente ovóide, — que se estende a partir do contorno do corpo físico, proximamente meio metro em todas as direções. Todos os investigadores sabem que esta aura é extraordinariamente complexa e contém matéria de todos os diversos planos que presentemente podem fornecer ao homem veículos; mas, por enquanto, limitemo-nos a considerá-la tal qual ela apareceria a um observador possuidor apenas da vista astral.

Para um observador nestas condições, a aura não passaria de um corpo de matéria astral, e portanto, seria um objeto de estudo relativamente mais simples. Essa matéria astral, porém, não só rodeia o corpo físico, mas interpenetra-o, podendo verificar-se que está muito mais condensada dentro da periferia daquele do que na parte da aura que o circunda. É possível que este fato seja devido à atração da grande massa de matéria astral que aí se acumula como duplicado das células do corpo físico; mas, seja qual for a razão, é indubitável que a densidade da matéria que está dentro dos limites da física é muito maior do que a da que está fora deles.

Durante o sono, quando o corpo astral se desliga do físico, dá-se precisamente o mesmo, e qualquer indivíduo dotado de clarividência poderá verificar, também neste caso, a existência de uma forma semelhante ao corpo físico, circundada pela aura. Esta forma, porém, é constituída apenas por matéria astral; mas a diferença de densidade entre ela e a névoa que a envolve é suficientemente acentuada para que a possamos distinguir claramente, apesar de não passar de uma forma de nevoeiro mais denso.

Vejamos agora a aparência da aura no homem desenvolvido e no homem psicologicamente atrasado. Mesmo neste, as características e a
configuração da forma interna são sempre reconhecíveis, apesar de confusas e mal definidas; mas o Ovo áurico envolvente, se é que merece tal nome, é apenas mera grinalda informe de névoa, sem a menor regularidade ou constância de linhas.

No indivíduo mais desenvolvido, o caso é outro. A forma envolvida pela aura é muitíssimo mais diferenciada e definida — constituindo uma reprodução mais aproximada do homem físico. Em vez da tal indecisa grinalda de névoa, vê-se uma forma ovóide perfeitamente definida, que se conserva no meio do tumulto das correntes que continuamente percorrem o mundo astral.

Visto as faculdades psíquicas do homem se acharem no decurso da sua evolução, e haver em cada grau desta um certo número de indivíduos que vão seguindo regularmente as diferentes etapas de desenvolvimento, conclui-se que as duas classes se fundem uma na outra por uma gradação insensível.

4.° — O mago negro e os seus discípulos. — Esta classe é semelhante à primeira, com a diferença de que o seu desenvolvimento se
deu para o mal e não para o bem, donde resulta que os poderes e faculdades adquiridas são utilizados para fins egoístas, em vez de sê-lo em benefício da humanidade. Entre as suas ordens mais inferiores, contam-se os membros da raça negra, que se entregam às práticas feiticeiras das escolas de Obeahe Voodoo, e os curandeiros de muitas tribos selvagens.

Mais inteligentes e conseqüentemente mais recrimináveis, são os magos negros do Tibete, também desta classe, chamados erradamente Dügpas europeus — designação que pertence propriamente, segundo a absolutamente certa explicação do Cirurgião-Mor Waddell, no seu livro O Budismo na Tibete, à subdivisão bhotanesa da grande seita dos Kargyus, que forma uma parte do que se pode chamar a Escola semi-reformista do budismo tibetano.

Os Dügpas praticam sem dúvida a magia tântrica, mas a verdadeira seita não reformada dos barretes vermelhos é a dos Nin-Mâpa,
sectários da religião aborígine, que não quiseram nunca aceitar qualquer forma do budismo. Não se suponha, porém, que todas as seitas do Tibete,exceto os Gelugpas, são necessariamente dedicadas ao mal. Seria mais justo dizer-se que as normas de outras seitas permitem um afrouxamento muito maior na prática, e por isso a proporção de interesseiros entre eles é provavelmente muito maior que entre os reformadores, mais rigorosos.

(C. W. Leadbeater - CONTINUA)