22 de novembro de 2013

O LIVRO MÁGICO DO ANTIGO EGITO II



Os textos mágicos, que formam uma parte considerável da ”literatura”egípcia, estão inscritos em suportes materiais variados: papiros (desde o Império Médio), óstracos (placas de calcário), esteias, estátuas, múltiplos pequenos objetos.

Os eruditos contemporâneos, habituados a fazer dissecações racionalistas, ganharam o hábito de classificar os textos egípcios em ”literários”, ”históricos”, ”religiosos”, ”mágicos”, etc.

Essas distinções formais não correspondem à realidade. O Conto do Náufrago, reconhecido como ”literário”, é uma história de magia admirável.

Os ”Textos dos Sarcófagos”, ditos ”funerários”, apelam constantemente para a magia. Na medida em que um texto está escrito em hieróglifos, é por inerência eficaz; poder-se-ia até dizer que todo o escrito egípcio é por essência mágico, ainda que se tenha de reconhecer diversos graus na aplicação desse princípio.

No entanto, alguns textos destacam-se do conjunto pela sua importância ou pela sua originalidade. Entre eles, o Livro dos Dois Caminhos, inscrito em sarcófagos do Império Médio, confere ao morto o conhecimento dos caminhos do Além. Dois caminhos, um de terra, outro de água, são separados por um rio de fogo. Outras tantas vias de acesso simbólico a um país povoado de gênios temíveis. É lá que se encontra uma espécie de Graal que o justo descobre depois de ter vencido numerosas provas cujas chaves só um conhecimento “mágico” poderá fornecer-lhe.

Os Livros de Horas são conjuntos de fórmulas que o mágico recita durante as horas do dia e da noite para obter os favores das divindades.

O Papiro Bremner-Rhind, onde se conta a luta das potências solares contra a monstruosa serpente Apopi, gênio das trevas, registra também um tratado esotérico sobre a natureza divina.

É revelado que o Mestre do Universo criou o conjunto dos seres quando o céu e a terra ainda não existiam. O plano da criação foi concebido no próprio coração dele. De Um, o arquiteto dos mundos tornou-se Três. Provocou mutação e transmutações, instalou-se no cabeço primordial, primeira terra emergida.

Quanto aos homens, esses nasceram das lágrimas (remetj) do deus, quando chorou sobre o mundo.

A Estela de Metternich é a mais célebre das esteias mágicas. É uma verdadeira ”banda desenhada” mágica a que se narra na Esteia de Metternich, documento importante que só por si mereceria um extenso estudo.

No cimo do monumento veem-se oito babuínos a adorar o Sol nascente, enquanto Tot dirige o ritual. Trata-se da criação mágica da Luz e da luta contra as forças das trevas, expressa simbolicamente nos registros inferiores da esteia.

Data do século IV a. C. e registra um texto notável que trata da cura mágica de Hórus criança, picado por um animal venenoso nos pântanos do Delta onde vivia escondido em companhia de Ísis, a mãe. Na parte superior do rosto da esteia vê-se Hórus de pé em cima de crocodilos a agarrar criaturas maléficas. O jovem deus é protegido por Tot, o Mágico, e por Hathor, deusa da Harmonia.

Se o jovem deus, portador da cintura da infância, não teme qualquer perigo e domina as forças do mal, é porque é protegido por numerosas divindades, nomeadamente por Bés, cuja enorme cabeça sorridente é garantia de segurança.

Por baixo, uma ”banda desenhada” simbólica inclui sete registros onde figuram deuses e gênios, desenvolvendo a sua atividade em múltiplas cenas de conjura. No cimo da esteia, oito babuínos celebram com os seus gritos o nascimento da Luz.

A Estela de Metternich evoca igualmente o papel da grande mágica, Ísis. Quando encontra Hórus, o filho agonizante, apela aos habitantes dos pântanos, mas nenhum deles conhecia remédio apropriado. Ninguém podia pronunciar palavras de cura eficazes. Iria o Criador, Atum, permitir que a vida se esfumasse?

Ísis retira Hórus do ataúde onde repousava e lança um longo lamento que atinge o céu. A sua ameaça é aterradora: enquanto o seu filho não for curado, a Luz não brilhará. As potências celestes, assim forçadas, intervêm a favor do jovem deus:

”Desperta, Hórus!” - é dito.

O veneno perde a sua capacidade nociva, depois torna-se ineficaz. Hórus cura-se. A ordem do mundo é restabelecida. A barca divina percorre novamente os espaços celestes.

Outro documento surpreendente: ”a estátua curadora” de alguém chamado Djedher, guardião das portas do templo de Athribis. Descoberta em 1918 e conservada no Museu do Cairo, oferece informações acerca das práticas religiosas do século IV d.C. Assente num pedestal e medindo 65 centímetros de altura, esse monumento de granito negro representa uma personagem acocorada, braços cruzados, as costas contra um pilar. O corpo está coberto de inscrições, com a exceção do rosto, dos pés e das mãos.

A superfície do pedestal está cavada de modo que duas bacias ligadas por um rego recolham a água que se impregnou de magia depois de ter sido derramada sobre a estátua. Bebendo essa água, o doente curar-se-á.

Sobre qualquer estátua curadora, a menção do nome próprio do defunto é importante. Àqueles que queriam utilizar magicamente a sua estátua, o morto pedia que lessem em seu favor os textos rituais. Aparecia assim como um salvador produzindo milagres.

”Oh, qualquer sacerdote”, diz um texto da estátua, ”qualquer escriba, qualquer sábio, que veja este Salvador! Recitai os seus escritos, aprendei as suas fórmulas mágicas! Conservai os seus escritos, protegei as suas fórmulas mágicas! Dizei a oferenda funerária que o rei dá em mil coisas boas e puras para o ka (a potência vital) deste Salvador que fez o seu nome em Hórus-o-Salvador”.

Na mesma categoria de documentos se classifica uma base de estátua de granito negro (32,2 centímetros de comprimento, 12 centímetros de altura) adquirida em 1950 pelo Museu de Leiden.

Coberta de textos mágicos, é aproximadamente da época ptolomaica. Os textos revelam que Ísis, vinda de uma moradia secreta onde tinha colocado Set, utilizou todas as capacidades da magia para curar uma criança picada por desgraça por um dos sete escorpiões que a precediam nas suas deslocações.

Entre as estátuas ”mágicas”, deve ser dado um lugar à parte à do faraó Ramsés III. A sua função era a de proteger os viajantes contra os animais malfazejos, nomeadamente as serpentes. Os que se aventuravam nas paragens do istmo do Suez beneficiavam assim dos favores de Ramsés III divinizado, cuja efígie, colocada num pequeno oratório, emitia uma influência benéfica.

Na estátua (ou, mais exatamente, no grupo esculpido, porque o rei era acompanhado por uma deusa) estavam gravadas fórmulas mágicas que, assegurando a salvaguarda de Hórus criança, garantiam também a do viajante.

Uma corporação de magos, os sau, quer dizer, ”os protetores”, estava encarregada de velar pela segurança daqueles que percorriam as pistas do deserto.

Ramsés III teve relações especialmente estreitas com o universo da magia. Quando do sombrio processo criminal batizado ”conspiração do harém”, conspiração fomentada por dignitários, estes utilizaram a magia mais negativa para tentar suprimir o chefe do Estado.

Um dos conjurados tinha conseguido retirar dos arquivos reais um texto mágico ultrassecreto. Fez uso dele contra o seu soberano.

Os membros da maquinação fabricaram figuras de cera que representavam os guardas do faraó e conseguiram assim paralisá-los. Esperavam, sem dúvida, poder ir mais longe e atingir a própria pessoa do faraó, mas foram identificados e capturados. A utilização da magia como arma criminosa foi considerada delito muito grave, castigado com a condenação à morte, sendo a sentença executada sob a forma de suicídio.

Vários museus guardam papiros mágicos, de interesse desigual. Citamos acima o Papiro Bremner-Rhind e poderíamos estabelecer uma longa lista de documentos (entre os quais alguns inéditos ou não traduzidos, ou ainda inacessíveis por razões obscuras).

Um deles, o Papiro demotico de Londres e de Leiden, goza de um renome algo injustificado. Esse documento de época tardia mistura práticas divinatórias, receitas de baixa feitiçaria e antigos elementos mitológicos. É o reflexo de uma mentalidade mágica, dando um lugar não negligenciável a sortilégios dos quais um bom número visa conquistar a mulher amada.

Esse papiro não foi, de resto, redigido para uso apenas dos Egípcios, mas também dos Gregos e dos Cristãos. Em egípcio, os arquivos sagrados são chamados baú Ré, potências do deus do Sol”.

”Os livros”, explica um papiro 13, ”são a potência do rei da Luz no meio do qual vive Osíris”. É pois por intermédio desses arquivos sagrados que comunicam as duas grandes potências divinas, Ré, deus da Luz, e Osíris, senhor das regiões tenebrosas.

Os autores dos livros mágicos não são homens, mas sim Tot, o mestre das palavras sagradas, Sia, o deus da Sabedoria, Geb, o senhor da Terra. Escrevendo esses livros, legaram à humanidade mensagens que ela pode utilizar com conhecimento de causa.

O mágico deve portanto possuir um conhecimento perfeito do mundo divino. No cume da sua arte, é mesmo considerado como o Mestre da Enéade, corporação de nove deuses que tem um papel principal na origem de toda a Criação. Portador da grande coroa, o mágico torna-se redator de textos sagrados. É o escrito que registra o conhecimento. ”Ama os livros como amas a tua mãe”, é recomendado àquele que procura a sabedoria.

O mágico não se contenta em ler: engole os textos, coloca pedaços de papiro numa tigela, bebe o Verbo mágico, ingere as palavras portadoras de significado. Esse rito extraordinário foi transmitido aos construtores de catedrais.

Perto da múmia era depositado um papiro encarregado de repelir as forças hostis e de permitir ao morto entrar em completa segurança nas regiões desconhecidas do Além. Esses escritos mágicos eram colocados ora perto da cabeça, ora perto dos pés, ora entre as pernas do corpo mumificado. O morto dispunha assim de fórmulas eficazes, de itinerários, de indicações que deviam ser seguidas para que a sua viagem póstuma fosse bem sucedida. Também vários amuletos eram distribuídos sobre o corpo mumificado, para assegurar proteção.

Cada templo possuía uma biblioteca mágica onde se conservavam as obras necessárias às práticas rituais e ao ensino esotérico dos praticantes. Em Edfu, por exemplo, dispunham de obras para combater os gênios malignos, repelir o crocodilo, apaziguar Sekhemet, caçador de leões, proteger o faraó no seu palácio.

O mágico rege a sua vida quotidiana pelas leis cósmicas; por exemplo, ”o dia vinte do primeiro mês da inundação é o dia de receber e de enviar cartas. A vida e a morte saem nesse dia. Faz-se nesse dia o livro fim da obra. É um livro secreto, que faz malograr os encantamentos, que detém e trava as conjuras e intimida todo o universo. Contém a vida, contém a morte”.

O escrito mágico goza de uma vida autônoma dado se encontrar escrito em hieróglifos, signos portadores de potência. Os ”Textos das Pirâmides”, que incluem numerosas fórmulas mágicas, oferecem a este respeito um exemplo muito significativo. Esses textos, inscritos nas paredes internas das pirâmides do Império Antigo (V e VI dinastias), apresentam-se sob a forma de colunas de hieróglifos.

Cada um destes é considerado como um ser vivo, a tal ponto que os animais perigosos ou impuros (por exemplo, os leões, as serpentes) são cortados em dois ou mutilados para não fazerem mal ao faraó morto e ressuscitado.

Na própria composição dos textos mágicos, notam-se usos característicos, como o processo enumerativo que consiste em dar longaslistas de inimigos vencidos ou partes do corpo do homem identificadas às dos deuses. Também se empregam palavras incompreensíveis, formadas de conjuntos de sons julgados eficazes: há uma mistura de egípcio, de babilônio, e de cretense.
Nota: Papiro Salt 139.

Exemplo de texto mágico: uma página do Papiro Salt 825 onde se revela o ritual da Casa de Vida.

À esquerda, escrito dito ”hierático”, forma cursiva do precedente outras línguas estrangeiras, desembocando em fórmulas do estilo ”abracadabra”. Esses desvios bizarros da magia sacra não devem fazer com que se esqueça o valor da palavra. Ler em voz alta as fórmulas mágicas, é conferir-lhes eficácia e realidade.

A língua hieroglífica é baseada, em grande parte, num ”alfabeto” sagrado que inclui letras-mãe (consoantes e semiconsoantes). As vogais não são notadas, são elementos perecíveis, passageiros, dependendo de uma época e um lugar. Em troca, ”o esqueleto de consoantes” é o elemento imortal da língua. Esta ideia de um valor mágico da linguagem foi conservada durante muito tempo. Na época copta, um amuleto preservava vinte e quatro nomes mágicos, cada um deles iniciado por uma das letras do alfabeto grego.

”Eu sou a Grande Palavra”, declara o faraó, indicando desse modo que é capaz de dar vida a todas as coisas. Há uma palavra secreta nas trevas. Qualquer espírito que a conheça, escapará à destruição e viverá entre os vivos. O viajante do Além descobre-a e reveste a magia que irá permitir-lhe manejar a varinha de um deus verdadeiro. Quem possuir a fórmula será capaz de fazer a sua própria magia.

Quando os deuses falaram, rasgaram o nada e abriram a via às forças da vida. Eis a razão por que o mágico repete as palavras dos deuses, como as de Hórus que afastam a morte, extinguem o fogo dos venenos, reentregam o sopro da vida e arrancam o homem a um destino maléfico.

Palavras e fórmulas pronunciadas não são ditas por acaso; inspiram-se em lendas sagradas, em ações acontecidas nos tempos divinos e que se repetem no mundo dos homens. Uma fórmula mágica só é eficaz na medida em que remonta a uma alta antiguidade ou, mais exatamente, à origem da vida. A fórmula de oferenda, por exemplo - peret-kheru -, significa: ”o que aparece na voz”, sendo apenas o Verbo capaz de animar a matéria.

O título geral para a fórmula mágica é ”fórmula para...” se tornar, ser, ter poder sobre. Deve ser lida, recitada, decorada, compreendida, gravada, utilizada como um verdadeiro utensílio espiritual e material. Repetir quatro vezes um texto mágico torna-o plenamente eficaz, mas é igualmente necessário prestar atenção ao som, ao ritmo, à salmodia.

A matéria-prima do mágico é essa palavra que, acrescentando-se ao gesto, produz o ato mágico. Pelas fórmulas tornadas vivas, o mágico encanta o céu, a terra, as potências noturnas, as montanhas, as águas, compreende a linguagem dos pássaros e dos répteis.

O alvo é considerável: a recitação correta das fórmulas torna-o capaz de aceder ao cortejo de Osíris e de fazer parte da confraria dos reis do Alto e do Baixo Egito, a sociedade iniciática mais fechada que é possível conceber.

As próprias divindades veem-se obrigadas a obedecer às palavras de poder do mágico: ”Ó vós, todos os deuses e todas as deusas, voltai para mim o vosso rosto! Sou o vosso mestre, filho do vosso mestre! Vinde a mim e acompanhai-me... sou o vosso pai! Sou um companheiro de Osíris, percorri o céu em todos os sentidos, explorei a terra, atravessei o mundo intermediário seguindo os passos dos Iluminados veneráveis, porque detenho inúmeras fórmulas mágicas. Tendo cavado o horizonte e percorrido o Cosmos em todas as direções, recolheu o ensinamento dos bem-aventurados. Aquele para o qual são recitadas as fórmulas beneficia de privilégios importantes: bebe a água do rio, sai para o dia como o deus Hórus, vive como um deus, é adorado pelos vivos como um sol. Quem recita as palavras justas irá por toda a parte e o seu coração ficará estável qualquer que seja a forma que adotar. Ejaculará o seu sêmen sobre a terra, terá herdeiros que prosseguirão a sua obra. Nem o seu poder nem a sua sombra serão presa dos demônios. E isso, acrescentam os redatores dos livros de magia, foi ”um milhão de vezes verídico”.

O mágico proclama-se eficaz pela sua boca, glorioso pela sua forma.

Existe até uma fórmula para proteção contra qualquer morte, quer seja provocada por doença, por animais nocivos, por afogamento, uma espinha de peixe, um osso de pássaro, a fome, a sede, a agressão de humanos ou pelas divindades. É preciso, com efeito, lutar incessantemente contra as agressões do invisível que se manifesta de mil e uma maneiras. Por isso, o mágico recita com frequência fórmulas complexas para afastar o desenlace fatal daquele que está asfixiado. A falta de ar era uma das obsessões dos Egípcios, pois a respiração era uma das mais deslumbrantes manifestações da vida, através do ar nutriam-se do fluido vital.

A magia evita também que o homem justo seja comido pelas serpentes. Para o proteger com eficácia, a melhor solução consiste em lhe dar a aparência de uma serpente, que será ele próprio, capaz de engolir as suas perigosas congêneres. Voltaremos a falar destes temas característicos da magia egípcia.

Magia de Estado, magia privada: os dois termos não são contraditórios, mas têm como alvo objetivos sensivelmente diferentes. A primeira atinge uma dimensão cósmica; a segunda, por vezes iniciática, arrisca-se a cair, em qualquer momento, no mau caminho que conduz aos poderes mais temíveis. Não acontece hoje o mesmo com as disciplinas científicas de que tanto nos orgulhamos?

A magia egípcia é uma visão do mundo que ilumina zonas ao mesmo tempo luminosas e obscuras da alma humana. Ela foi, muito antes da Psicanálise, uma via de pesquisa fecunda para o conhecimento da última realidade que há em nós. Serviu igualmente para manipular, não sem perigo, uma energia psíquica que a ciência mais racional começa a descobrir, tateante e com um certo espanto.

O Antigo Egito tem ainda muito para nos ensinar, tanto no domínio da magia como em muitos outros. Ouçamos pois os mágicos formular as suas certezas, as suas angústias, celebrar os seus sucessos e interrogarem-se sobre os riscos de insucesso. É também a nossa aventura que eles contam.

CAPÍTULO I

O MÁGICO, HOMEM DO CONHECIMENTO

Um pai de família egípcio, mágico por acréscimo, vive um ritual quotidiano no seio da sua própria família. Quando esta está toda reunida, por ocasião de uma festa ou de uma circunstância considerada excepcional, o pai torna-se em verdade o símbolo de uma força sobrenatural. Não se dirigem a ele de qualquer maneira e ninguém se permite tomar a palavra em qualquer momento.

No Ocidente, temos frequentemente perdido esse sentido do sagrado nas nossas ações mais simples.

Ora, como escrevia Hermes Trismegisto, ”o que está em baixo é como o que está no alto”. Ainda que este julgamento possa chocar, creio que um banquete como aquele que foi celebrado na noite de Natal em Lucsor é uma cerimônia sagrada.

”O mágico”, diz o meu anfitrião, ”é um homem que conhece as coisas”. Os filhos dele aprovaram com um aceno de cabeça.

Não dissimulei a minha surpresa. ”Conhecer as coisas”.., esta expressão, na aparência banal, é frequente nos textos hieroglíficos. Significa, magicamente os deuses na Terra.

”Conhecimento”, prosseguiu o mágico de Lucsor, ”eis a palavra-chave da arte mágica”. Quem ignora as fórmulas mágicas não poderá circular à sua vontade neste mundo ou no outro. A ignorância prende o homem.

Nota: O capítulo 572 dos ”Textos dos Sarcófagos” foi redigido para conferir o poder mágico àquele que viaja no reino dos mortos. É necessário apelar à corporação dos Seguidores de Hórus, sabedores entre os sabedores, que conhecem os segredos da origem.

Fornecem ao mágico uma proteção onde quer que se encontre, com a condição de que seja apto ao conhecimento e não ceda ao esquecimento à terra, reduzi-lo à escravatura. O mágico está ”informado” pelo deus Sia, detentor da intuição das causas, e Hu, o Verbo criador. Tomam-no pela mão e conduzem-no até a um cofre misterioso. Abrem-no diante dele. O mágico vê então o que está no interior: o próprio segredo da magia.

Intuição e Verbo: não é verdade que se trata, hoje como ontem, dos dois utensílios indispensáveis àquele que procura?

Do encantador de serpentes dos campos de Lucsor ao físico atômico mais ”evoluído”, não se manteve idêntica a via seguida: perceber pela intuição, formular pelo Verbo?

O mágico não é um necromante nem um ocultista. Para o Egito, ele é um sábio e um sacerdote. Lê e escreve hieróglifos, conhece os livros antigos e as fórmulas de poder. É mágico porque é conhecedor. A sua função oficial é concretizada pelo porte de um rolo de papiros, símbolo da abstração e do conhecimento esotérico.

(CONTINUA - Autor: CHRISTIAN JACQ)

18 de novembro de 2013

A GRANDE MORADA XII


9 - Zeta Retículi: transformação e despertar

“Eles buscam a profundeza da alma. Eles buscam a comunhão.” Whitley Strieber

Os primórdios da civilização Zeta Retículi datam, aproximadamente, dos tempos em que os Fundadores impulsionaram o começo do planeta Apex no sistema de Lira. Seu desenvolvimento é único e brilhante, e tem uma significante relevância na história da evolução do planeta Terra.

O planeta Apex permitiu que a polaridade, de forma extremadamente individualizada os destroçasse. Sua evolução tecnológica foi, espetacularmente, rápida, sobrepassando seu crescimento espiritual. Por isso nunca chegaram a conseguir uma coexistência pacífica em seu mundo.

Este desequilíbrio energético foi, provavelmente, a causa da eventual destruição do planeta Apex. Vendo pelos olhos de um observador posicionado no espaço, o mundo de Apex foi totalmente apagado do mapa.

Entretanto, do ponto de vista dos habitantes de Apex, o que ocorreu foi uma história bem diferente. O planeta se tornou, extremamente, tóxico. A poluição e os altos níveis de radiação fizeram com que a superfície do planeta deixasse, definitivamente, de ser habitável.

Os habitantes que sobreviveram a esta catástrofe se ocultaram em abrigos subterrâneos. Era imprescindível que houvesse uma integração dentro desta nova sociedade que se formara sob a terra se quisessem evitar que o ciclo de destruição se repetisse. Reconhecendo a importância que isso teria, decidiram forçar a integração (a fusão) mediante uma completa reestruturação de sua realidade.

Esta reclusão sob a terra dividiu os seres de Apex em várias facções. Os que são investigados no presente capítulo pertencem a uma raça mais benigna. Outros que eram mais negativos (e ajudaram a criar o caos no planeta Apex) abandonaram o planeta depois de milhares de anos, e se assentaram nas áreas de Sírio e Órion e, sobretudo, em Betelgeuse.

Os seres negativos que mantém, atualmente, relações com a Terra têm sido denominados “Sírios Negativos” ou “Greys”; eles têm seus próprios motivos para interagir com a Terra.

Era imprescindível que houvesse uma integração dentro desta nova sociedade que se formara sob a terra se quisessem evitar que o ciclo de destruição se repetisse. Reconhecendo a importância que isso teria, decidiram forçar a integração (a fusão) mediante uma completa reestruturação de sua realidade.

Quando o planeta Apex se aproximava de sua destruição, a mente e o intelecto de seus habitantes estavam tão desenvolvidos que se fez palpável essa evolução, inclusive em sua forma física. Os crânios aumentavam, consideravelmente, de tamanho ao passar de poucas gerações. O parto natural era cada vez mais difícil já que os crânios não podiam passar, facilmente, pelo canal de nascimento.

Os seres femininos, simplesmente, não se adaptaram com tanta rapidez a esse crescimento dos crânios. Antecipando o que podia converter-se em uma crise de espécie, os engenheiros genéticos começaram a aprender técnicas de clonação que, ao seu momento, poderiam substituir o processo de nascimento. Esta manobra dos habitantes de Apex salvou a espécie, já que depois que a superfície do planeta se converteu num lugar inabitável eles se tornaram estéreis.

Quando se deram conta de que estavam estéreis, decidiram usar essas técnicas em seu benefício. Não desejam perpetuar o modelo de sociedade que tiveram anteriormente; queriam começar tudo de novo. Por isso decidiram controlar, rigidamente, a genética de sua futura sociedade. Os engenheiros genéticos começaram a trabalhar no desenvolvimento de uma nova raça. Esta raça seria um aspecto integrado de seu passado (ao menos assim eles acreditavam).

A prioridade básica consistia em alterar, geneticamente, a estrutura do cérebro modificando sua expressão emocional. Reprovaram sua expressão passada de paixão e caos; agora queriam a ordem. Assim, pois, seus cérebros foram modificados de tal forma que havia uma constante resposta química ante qualquer estímulo externo.

Desse modo conseguiram desapegar-se da estrutura do ego. Ao longo de gerações de manipulações neuroquímicas, estes seres obtiveram uma mente grupal. As expressões individuais, que antes lhes produziam orgulho extremado, haviam desaparecido.

A combinação da radiação planetária e os efeitos de sua clonagem começou a produzir uma raça com poucas variantes físicas, de um ser a outro.

Para poder utilizar lugares subterrâneos do planeta de forma mais eficaz, criaram corpos de menor estatura. Adaptando-se à ausência de luz ultravioleta e de luz solar natural, seus olhos começaram a responder a diferentes frequências de seu espectro visual. Suas pupilas mudaram e cobriram todo o olho, e os olhos, em si, aumentaram, para abarcar uma maior superfície à hora de captar luz.

Em resposta à falta de produtos alimentares frescos, seus corpos se adaptaram em absorver certas frequências de luz, para nutrir-se. Sua pele se tornou fotodérmica e fotovoltaica (capacidade celular de converter a luz – seja a solar ou a do ambiente – em energia elétrica), sensível a fontes de luz das cavernas. Plantas recuperadas e minerais luminosos procedentes das entranhas da terra enriqueceram sua alimentação. Muitos órgãos como, por exemplo, os necessários para a digestão, ou reprodução, se atrofiaram. A transformação que padeceram influiu em cada aspecto de seu ser. Uma nova civilização estava emergindo.

O forte impacto e as correspondentes vibrações que as explosões atômicas anteriores haviam produzido, provocaram a dobra* do espaço ao redor do planeta Apex, e seus habitantes saíram “ao outro lado” de um portal dimensional. Durante a reclusão nos abrigos subterrâneos, que durou milhares de anos, os habitantes de Apex não estiveram conscientes de que seu planeta havia mudado de posição no espaço e no tempo.

Na figura estão representadas múltiplas dimensões e o inconveniente das imensas distâncias. Percorrer essas imensidões se torna inviável considerando a atual tecnologia espacial da Terra. Todavia estudos teóricos admitem o que se supõe já fazerem os visitantes extraterrestres. Ou seja, não se percorre o espaço, simplesmente ele é “dobrado”, ou alterado em sua conformação. Por ser uma complexa teoria aqui não será tratada.

Somente muito mais tarde, gerações depois, quando emergiram à superfície do planeta é que se deram conta de que seu campo estelar havia mudado dramaticamente. Foi, então, quando se aperceberam das consequências de seus atos. O planeta Apex havia mudado de posição em relação ao tempo e ao espaço no cosmos.

Agora estava “ligeiramente desviado”, dimensionalmente, comparado com os outros mundos que lhes eram familiares. Para entender o que havia ocorrido e para aproveitar este conhecimento em seu benefício, começaram a investigar as possibilidades de dobrar o tempo e o espaço.

No dia em que, finalmente, voltaram à superfície do planeta, se havia convertido em uma nova espécie. Como a Fênix que renasce de suas cinzas, eles conseguiram realizar transformação em vez de destruição. Já não eram seres de Apex. Agora assumiam uma nova identidade, a de “Seres refletindo o Todo”.

Considerando tudo isso na expressão de nosso entendimento terráqueo, esses seres, agora, podem ser denominados Zeta Retículi.

Como se comentou em nota anterior, houve muitas facções de “apexianos” que se esconderam em subterrâneos. Enquanto permaneceram sob a terra várias delas se converteram em raças benignas de Zeta Retículi. Destas entidades benignas se fala neste capítulo . As facções indicadas anteriomente podem ser consideradas Zeta Retículi negativas, que depois de mudarem para o sistema estelar Reticulum, abandonaram o planeta original Apex e colonizaram outros planetas do sistema Zeta Retículi.

Suas aparências são muito similares e só podem ser diferençados por suas vibrações ou comportamento, que é de natureza, basicamente, negativa. Talvez, quando se vêm versões contraditórias de Zeta Retículi, os humanos estejam interagindo com Zeta Retículi de diferentes níveis de evolução dentro de sua linha de tempo histórico, embora todos procedam do futuro da Terra.

As manifestações mais negativas talvez sejam seu passado, enquanto que algumas das interações mais ingênuas ocorram de um estado futuro de evolução. Quando, atualmente, se aproximam dos humanos compreende-se que partem de um ponto singular no tempo. Se for certo que vêm à Terra partindo de vários pontos de sua evolução, poderíamos estar ante uma explicação das experiências tão diferentes de abduções relatadas e realizadas por estes mesmos seres. Seu planeta, devido a essa mudança de dimensão, se encontrava, então, na vizinhança de Zeta Retículi 1 e Zeta Reticuli 2, no grupo estelar Reticulum Rhomboidalis. (O dicionário Webster define “reticular” como ‘uma rede; complicado”. Alguns, seguramente, estão dispostos a afirmar que a psique dos seres de Zeta Retículi é, verdadeiramente, complicada).

Um dos primeiros casos famosos de abdução que fala da origem destes seres é o caso de Betty y Barney Hill. Barney e Betty são protagonistas do primeiro caso de abdução estudado e divulgado nos Estados Unidos, e o primeiro a ser divulgado a nível mundial. Em 1961, durante uma abdução, foi mostrado a Betty Hill um mapa de um grupo de estrelas. Anos mais tarde ela desenhou este mesmo mapa sob hipnose. Naquele tempo não existia nenhuma referência a esse grupo de estrelas nos mapas celestiais conhecidos.

Desde, então, se tem descoberto, recentemente, um novo grupo de estrelas que se pode ver no hemisfério sul da Terra, e que é igual ao que Betty desenhou. O grupo de estrelas, Reticulum Rhomboidalis (a rede em forma romboide) alberga o grupo estelar que agora se denomina Zeta Retículi 1 e 2.

Partindo desta base começaram a restabelecer sua conexão com os Fundadores da vida. Até o momento presente continuam cumprindo os desejos dos Fundadores para a evolução galáctica. O que estão descobrindo agora é que, ao mesmo tempo, estão levando a cabo sua própria evolução.

Dr. David Jacobs é PhD em história americana e da universidade de Temple, na Filadélfia,EUA. Autor de vários livros, deu recentemente uma entrevista para a revista Ufo onde fala sobre as abduções. Ele diz que uma das mais importantes evidências é a convergência das memórias que os abduzidos tem sobre o momento, o processo e a estrutura dos sequestros por extraterrestres. E todos apresentam os mesmo sintomas em diferentes partes do planeta. Também há evidências físicas nos corpos das vítimas de abduções alienígenas, tais como: cicatrizes, manchas e picadas em seus corpos ou roupas.

David Michael Jacobs, Ph.D.em "Secret Life", o título original, diz que o fenômeno é demasiadamente importante para ser tratado como conversa de "malucos" ou de pessoas "mentalmente perturbadas"... Para o autor, os alienígenas têm um poder e uma tecnologia consideravelmente mais avançada do que a nossa, e isso nos coloca em tremenda desvantagem para afetar o fenômeno ou conseguir algum controle sobre ele. "Não sabemos o que vai acontecer no futuro, do mesmo modo como não sabemos quais são os objetivos finais dos extraterrestres".

“O contato entre as raças não está ocorrendo no cenário que foi imaginado por cientistas e escritores de ficção científica: dois mundos independentes fazendo aberturas cuidadosas visando a benefícios iguais e recíprocos. Ao contrário - diz o dr. Jacobs - o que acontece é completamente unilateral. Em vez de benefícios iguais, vemos um programa perturbador, de aparente exploração de uma espécie pela outra... Mas, nós temos que encarar de frente o fenômeno da abdução e começar a pensar racionalmente no que devemos fazer a respeito..."

Atualmente, os Zeta Retículi necessitam encontrar uma maneira de fortalecer sua linha genética para poder criar um futuro para sua raça. Depois de gerações de clonagens, utilizando o mesmo material genético, existe um severo incesto e um estancamento em seu crescimento evolutivo. Sua raça está se extinguindo, mas sua alma superior deseja encarnar-se no físico. Eles estão evitando, deliberadamente, a transição à quinta densidade para poder deixar atrás de si uma semente deles mesmos que continue reproduzindo-se geneticamente. Isto ajudará a evolução do todo galáctico. Reconhecendo sua situação, chamaram os Fundadores. Estes introduziram os Retículi em outro planeta que, geneticamente, possuía um fundo de genes de muitas espécies do tipo humano que se remontavam, inclusive, à época do início da raça lirana.

Em lugar dos Retículi fossem de civilização em civilização recolhendo material genético, agora poderiam obter num só lugar. Este lugar é o planeta Terra.

Os Retículi foram atraídos à Terra, pela primeira vez, nos anos quarenta quando nosso planeta começava com a tecnologia suficiente para autodestruir-se. Eles são bastante conscientes de que seu passado represente um possível futuro para a Terra. Devido sua habilidade para viajar através do tempo, poderiam obter material genético de qualquer momento passado da Terra. Entretanto, necessitavam material genético de uma época histórica da Terra na qual sua civilização estivera à beira da autodestruição e transformação. Isto lhes ajudaria em seu próprio processo de integração.

Em certo sentido, é uma maneira de mudar seu passado. Ao interagir com a Terra atual, curam seu passado e mudam seu futuro.

Hoje em dia estão executando esse programa genético aqui na Terra. Como este planeta ainda não entendeu, ou não abraçou, a ideia da escolha da alma, a maioria dos indivíduos que participam desse programa genético se consideram, a si mesmos, vítimas. Existem milhares de histórias de abduzidos aterrorizados que são martirizados com experiência recorrentes nas quais os extraterrestres lhes retiram de suas aquecidas camas.

Embora a maioria das abduções sejam executadas pelos Zeta Retículi, também existem incidentes isolados em que outros grupos utilizam o cenário de abdução para seus próprios propósitos.

Por exemplo: os sírios, os de Órion e aqueles que se denominam “Greys”, todos de tendências negativas utilizam, com frequência, métodos de terror. E´ importante que os humanos aprendam a diferençar os contatos com Zeta Retículi benignos das interações mais malévolas. Essas experiências de terror ocorrem porque a humanidade não está disposta e enfrentar sua própria sombra a qual se reflete nos espelhos que os Zeta Retículi representam.

Os Retículi estão buscando, antes de tudo, características humanas específicas que eles eliminaram, a éons, de sua raça. Uma destas características é a variedade de reações ante um estímulo externo. Para reaprender eles têm que retirar amostras e fazer estudos das reações neuroquímicas humanas ante uma imensa quantidade de estímulos externos.

A raça humana da Terra é, por excelência, emotiva. Rimos, choramos, nos compadecemos da dor alheia, estendemos nossas mãos em ajuda ao próximo, e nos comovemos até o mais fundo da alma ao ver o sorriso de uma criança, ou as saltitantes brincadeiras de um cachorro. E´ essa variação humoral que os Retículi não possuem mais.

Pode-se dizer, segundo os relatos dos autores do livro, que eles são “frios”. Nos anos da segunda guerra mundial – 1939 a 1945 – a civilização da Terra experimentou isso no genocídio praticado pelos nazistas. Mas não só estes, também a implantação do regime comunista na Rússia, na China, no Vietnã do Norte, praticaram extermínios em massa. Obviamente os mandantes, e boa parte dos executantes, estariam incursos em condicionamentos conscienciais semelhantes aos dos Retículi da classe negativa.

Seu método mais comum para estudar estas secreções neuroquímicas consiste na introdução de um implante orgânico. Estes implantes são introduzidos na cabeça do abduzido através do nariz, do olho, ou do conduto auditivo. Os implantes absorvem e catalogam dados neuroquímicos e, periodicamente, são retirados para seu estudo e posterior reinserção. No caso do indivíduo vir a morrer, o corpo absorve o implante orgânico de forma natural. Mas não somente buscam informações biológicas dos humanos, também buscam uma aprendizagem emocional.

Já se passaram éons desde que eles exerciam a função de pais para as crianças. A capacidade de nutrição dos humanos lhes fascina. Quando começarem a alterar sua estrutura neuroquímica, voltarão a ser capazes de responder, maternalmente, ante seus filhos. Esta é uma das razões, principais, pela qual abduzem mulheres e lhes pedem que acolham seus filhos híbridos. As mulheres humanas estão ajudando os Zeta Retículi para que neles volte a despertar o instinto de procriação.

Não é só a humanidade que lhes está ajudando, também eles proporcionam um papel vital para a Terra.

Os Fundadores estão muito conscientes de que a humanidade que vive na Terra tem que integrar-se a si mesma, em diversos níveis, pois, de outro modo, o cenário de conflito continuará existindo. Os Retículi infundem à raça humana uma das ideias mais fundamentais que esta mesmo está rejeitando: a unidade.

Os humanos, por sua vez, demonstram aos Zeta Retículi a própria individualidade, o que lhes atemoriza. Se conseguir construir uma ponte que una as duas bordas dessa fenda criada pelo medo humano, haverá uma transformação a níveis muito profundos.

Os Retículi estão obtendo, atualmente, o material genético de voluntários que concordaram, a nível da alma, tomar parte do despertar da Terra e do nascimento de uma nova civilização. Entretanto, na atual fase em que se encontra o jogo, ainda é necessário o medo por parte dos abduzidos. Na Terra, o medo é um dos principais obstáculos para o crescimento.

Se a humanidade pudesse superar o medo, conseguiria muitas metas que, atualmente, parecem estar fora de seu alcance. Conseguir-se-ia chegar a essas metas mediante a tomada de consciência, e não por meio da validação do vitimismo.

Os Retículi, por sua vez, têm de enfrentar seus medos (que, entretanto, negam) e supera-lo. Mantendo esse medo o crescimento será mínimo. Às vezes, as barreiras mais altas produzem as recompensas maiores.

Uma destas recompensas é a criação da nova raça híbrida que tem as qualidades integradas dos Zeta Retículi e dos humanos da Terra. Eles serão um e, também, vários. Serão ricos em bom humor e fluidos emocionalmente. Mas, acima de tudo, serão os arautos do amor incondicional que nos guiará de volta à Fonte do Todo.

(Texto: Luiz Antonio Brasil - CONTINUA )

12 de novembro de 2013

A GRANDE MORADA XI



8 - O princípio da Terra

“Então Deus disse: “Vamos criar um homem segundo nossa imagem e semelhança.” GÉNESIS 1:26

À imagem de quem foram criados os humanos da Terra ?

Grifei a frase acima porque a considero de relevante importância. Exatamente isso: somos a imagem de quem ? Vejamos o que os autores nos respondem.

Muitas das escrituras mais antigas insinuam que o desenvolvimento humano foi guiado pelos deuses que desceram do céu. Inclusive os antropólogos são conscientes do desenvolvimento inusualmente rápido do Homo Sapiens.

Alguns antropólogos estimam que a espécie Homo Sapiens parece estar milhões de anos à frente de sua era.

Enquanto o desenvolvimento evolutivo entre o Australopitecus avançado e os Neandertais durou mais de dois milhões de anos, foram encontradas evidências completas de que o Homo sapiens (Cro-magnon) apareceu, aproximadamente há 35.000 anos. Mas o que é mais intrigante ainda, é que enquanto se segue encontrando restos humanos, os arqueólogos têm descoberto restos de um Homo sapiens anterior na zona oeste da Ásia e no norte da África. Estes restos datam de 250.000 anos antes do Cro-magnon. Deve-se ter em conta que o Homo Sapiens não tem nenhum precursor evolutivo.Nada se converteu em Homo sapiens, a espécie simplesmente apareceu.

(Australopithecus = Latin: australis que significa “do sul” – grego: pitekos “macaco”. Gênero de hominídeo extinto, bastante próximo ao gênero Homo. Um fóssil encontrado na África foi datado de 2,5 a 2,9 milhões de anos atrás. - - - Homo neanderthalensis = habitou a Europa e Ásia de 300 mil anos atrás até 29 mil anos atrás.)

E´ possível que os extraterrestres tenham tido interesse em intervir na evolução da Terra? No caso de que assim tenha sido, que poderiam obter dos humanos da Terra ? Talvez fosse uma maneira deles de acelerar sua própria evolução. Parece evidente que houve três grupos principais que orquestraram o Princípio da Terra.

Os identificamos como:

• Os Fundadores
• Um grupo de Lira
• Um grupo de Sírio

Os Fundadores facilitaram o Início a partir de um ponto não físico, e foram supervisores de todo o projeto. Sem saber dessas influências não físicas, os liranos orquestraram, fisicamente, o início e empregaram um grupo de Sírios para ajuda-los.

Cada grupo teve seus próprios motivos para estar aqui presente naquele momento. Mas, embora os motivos fossem diferentes, a meta era a mesma, a criação de uma raça humanoide na Terra.

Como já referimos anteriormente, os pleiadianos se envolveram com a evolução da Terra buscando seu próprio benefício. Pensaram que se interagissem com os humanos, não só iriam ser capazes de formar parte do desenvolvimento de seu anterior lugar, mas, também iriam poder aprender tudo a respeito da negatividade e integração, sem ter que encarnar-se diretamente num mundo que estava, precisamente, nessa fase. Os que pensaram assim foram persuadidos por um grupo de liranos que era, perfeitamente, consciente da compatibilidade genética dos pleiadianos com os novos humanos que se desenvolviam na Terra.

O grupo lirano, (uma combinação de várias raças liranas) sempre estava fazendo seus experimentos. Como os humanos, os liranos têm certos impulsos instintivos (como, por exemplo, a procriação).

Esses extraterrestres tinham suas próprias planificações porque queriam rivalizar com seus “criadores”, os Fundadores, e prosseguiam com os experimentos genéticos. Os Fundadores sabiam, perfeitamente, que o incesto iria causar o extermínio da raça e, por isso, sempre estavam buscando novos remanescentes para manter o fundo genético misturado. Houve outra motivação importante por parte dos liranos para envolver-se com a Terra.

Depois de éons de conflito entre as raças procedentes de Lira (Vega, Sírio, Órion, etc), estavam cansados de criar civilizações que se polarizavam e não conseguiam uma existência pacífica. Eles estavam determinados que a Terra tivesse que ser o planeta baseado na integração, em lugar da polaridade.

Apenas para rememorar, estar polarizado significa ter predominante uma das duas tendências: a positiva ou a negativa. A pacificação só acontece quando ambas estejam integradas como foi visto nos textos V e VI.

O grupo lirano pensou que, talvez, o que faltou ao longo de todo aquele tempo foi um planeta cujo início já estivesse integrado, ao invés de um que seguisse espalhando as sementes da polaridade de outros sistemas estelares. Com isso em mente, começaram a formular um plano muito rígido para o Início da Terra. Os Fundadores, entretanto, tinham outros planos. Eles sabiam que a Terra ia ser, possivelmente, o lugar ideal para curar o drama de Órion, e, por isso, teria que ficar num estado polarizado para poder resolver o conflito. Os Fundadores sabiam que a Família Galáctica aprenderia, finalmente, o que era a integração graças à experiência de resolução da polaridade na Terra. Assim eles permitiram que o grupo de Lira desse continuidade ao seu plano porque, de certa forma, finalmente, iria impulsionar o plano cósmico.

Aqui vemos que mentes superiores, de fato, comandavam o início da civilização na Terra.

Os liranos queriam o planeta, desde seu início, na condição, digamos, de inocência perene. Os de Lira (Vega, Sírio, Órion, etc) optavam pela polarização porque através desta tentariam, mais uma vez, curar seus dramas, ou o drama de Órion.

Supervisionando tudo isso estavam os Fundadores, comandantes reais, que, por sua vez, decidiram que a polarização da civilização do planeta Terra seria mais benéfica.

E assim estamos nós, até hoje, vivendo essa tentativa de curarmos esse drama de muitos milhões de anos que é o de compreender e praticar o Amor Incondicional.

No que respeita ao grupo sírio, suas motivações estavam mais próximas de casa. Eles consideravam que a Terra formava parte do sistema estelar ternário de Sírio; acreditavam, por isso, ter o direito a manipular a genética da Terra.

Seu interesse consistia em estabelecer raças primitivas humanoides para que estes seres lhes servissem nos trabalhos manuais, enquanto eles prosseguiriam expandindo suas colônias, incluída a Terra. Assim, pois, apoiaram o projeto lirano sem esquecer-se de suas próprias metas. Começou, portanto, o projeto Iniciação da Terra.

Ao longo de muitos milhares de anos, e durante a primeira fase do projeto de Iniciação da Terra, os liranos* observaram, com olhos atentos, a raça de primatas que estava se desenvolvendo na Terra.

*Estes liranos, como outros, são conhecidos pelo termo hebraico נְפִלנ ְפִיל ‘nefilins’ significa desertores, caídos, derrubados. Em aramaico ‘Nephila’ designa a constelação de Orion, que entre os hebreus era o anjo Shemhazai (Semyaza, Samyaza, Semyaze), conforme relatado no Livro de Enoque. Nefilim significa, literalmente, “aqueles que vieram do céu”. O Gênesis 6:4 diz:

“Naqueles dias – um pouco mais à frente diz – quando os filhos de Deus se juntaram com as filhas dos homens para procriar, os Nefilim estavam na Terra. Eles foram os heróis antigos, homens de fama”.

O termo hebreu original traduzido como “de fama” é shem que significa, literalmente “veículo do ar”, provavelmente foguete. De modo que o texto bíblico diria: “Ele eram os heróis antigos, gente procedente de foguetes”. Por muitas ocasiões tomaram amostras e introduziram ligeiras alterações nas estruturas do DNA. Em pontos críticos do desenvolvimento inseriram material genético dos pleiadianos** (e de outros grupos) nesses primatas. **Como já se comentou anteriormente, os pleiadianos levavam genética da Terra que se integrou com êxito nos quadros de Lira. Por isso eles se converteram na melhor opção para semear os terranos na Terra.

Ao longo de dilatados períodos se fez cada vez mais evidente que a evolução avançava a um ritmo muito acelerado. Quando isto se tornou inquestionável, iniciaram os experimentos cruciais com o protótipo.

A história de Adão e Eva é um dos poucos legados que ficou para recordar, sutilmente, à humanidade o seu começo. Este conto contem referências simbólicas da saga que ocorreu concernente ao tipo de espécies que herdariam a Terra. E como já foi mencionado, o grupo lirano quis conseguir uma espécie baseada na integração. Por isso pensaram que essa espécie não devia conhecer a polaridade, isto é, “o bem” e “o mal”. Eles controlaram, estritamente, o ambiente destes novos humanos para que ficassem centrados no desenvolvimento de um veículo [Corpo] perfeito para a integração.

Não queriam que os novos humanos se convertessem neles – se polarizassem. O que o grupo lirano não percebeu foi que ao mesmo tempo estava restringindo os novos humanos das possibilidades de escolha. Depois de gerações de trabalhar com genética de primatas e extraterrestres, o grupo lirano desenvolveu um protótipo humano cujo significado “terrestre” foi traduzido como “Adão”. O protótipo Adão foi incorporado à Terra em diversas regiões para testar sua capacidade de adaptação. (Houve muitos Adãos). Quando o protótipo se tornou, satisfatoriamente, adaptado, os adãos foram retirados.

“Então o senhor Deus fez cair um profundo sono sobre o homem, e este dormiu. Então Ele tirou uma de suas costelas (ou parte do lado), e fechou a carne neste lugar.” Genesis 2:21

Mediante clonação e engenharia genética, se criou um protótipo feminino que recebeu o nome “Eva”. Ambos foram devolvidos ao seu ambiente e observado de perto. Partindo do desejo de criar uma espécie que não conhecia nada de polaridade, os liranos ensinaram aos assistentes que atendiam aos protótipos que estava proibido dar a eles o conhecimento desse conceito; de fato negou-se [aos protótipos] esse direito de escolha, algo que era garantido a todos os seres divinos.

Graças a isso pode-se entender o significado da expressão bíblica atribuída a Deus:

“Podeis comer, livremente, dos frutos de cada uma das árvores deste jardim; mas da árvore do Conhecimento do Bem e do Mal (polaridade) não deveis comer, pois no dia que o fizerdes morrereis”. 22 - Genesis 2:16

Os sírios que trabalhavam com o grupo de liranos não estiveram de acordo com essa filosofia. Eles notaram que o desejo pessoal dos liranos de criar essa espécie não estava alinhado com os direitos das formas humanoides. Estes sírios, embora desejassem desenvolver uma raça humana para seus próprios propósitos, descobriram que sentiam verdadeiro afeto pelos novos humanos.

Apesar dessa dualidade, decidiram intervir dando, inesperadamente, aos humanos a oportunidade de escolher. O grupo de sírio advertiu aos humanos:

“E a serpente*** disse à mulher: “Vocês não morrerão, pois que Deus sabe que no dia que comerem dessa árvore seus olhos se abrirão e se tornarão iguais a Deus, conhecendo o Bem e o Mal” 24 - Génesis 3:4

*** A serpente é um símbolo arquetípico que se encontra em muitos mitos antigos como símbolo da inteligência, sabedoria. Em textos sumérios, Enki o deus (sírio) que protege a humanidade, também é caracterizado como uma serpente.

Ao se verem frente com o direito de escolha e a necessidade de decidir sobre sua existência, os humanos adquiriam a consciência da terceira densidade. Quando se deram conta de que haviam sido enganados por “Deus” optaram pelo conhecimento. Uma vez feita a escolha de receber o conhecimento com respeito à polaridade, foram totalmente ancorados no físico.

Conhecimento é o oposto da ignorância. Observem que a principal arma de governos despóticos é o de manter seus povos na mais completa ignorância. Nega-se estudos de qualidade, nega-se projetos de pesquisas avançadas, nega-se meios de comunicação livres. Tudo isso para se perpetuarem no poder, pois um povo ignorante é muito mais fácil de ser governado. E foi isso o que “Deus” – os liranos – propunha manter na Terra. E parece que até nossos dias essas tentativas ainda continuam.

Agora possuíam um ego, ou o conhecimento do “Eu sou”, e também tomaram consciência de si mesmos.“Então o senhor Deus disse:

“Eis que o homem se tornou como um de nós, conhecendo o Bem e o Mal [polaridade]. Mas que não se permita que ele estenda a mão, tome, e come, também, da árvore da vida e viva para sempre.”” 25 - Gênesis 3:22

Não faz falta dizer que o grupo de liranos não estava muito satisfeito. Em sua insatisfação negaram aos humanos o conhecimento da Árvore da Vida (Herança divina). Na Bíblia, relata o Livro do Gênesis 6:4:

“Havia naqueles dias gigantes na terra; e também depois, quando os filhos de [Elohim] אלהים adentraram às filhas dos homens e delas geraram filhos; estes eram os valentes que houve na antiguidade, os homens de fama.”

Podemos conhecer um pouco das características físicas dos Nefelins no Livro de Deuteronômio 9:2:

“Um povo grande e alto, filhos dos anaquins (descendentes dos nefilins ), que tu conhecestes, e dos quais tens ouvido dizer: Quem poderá resistir aos filhos de Anaque?”

Flávio Josefo faz uma distinção entre os gigantes e o fruto das relações entre os "Filhos de Deus" e as "filhas dos homens", quando afirma em sua obra:

"... e os grandes da terra, que se haviam casado com as filhas dos descendentes de Caim, produziram uma raça indolente que, pela confiança que depositavam na própria força, se vangloriava de calcar aos pés a justiça e imitava os gigantes de que falam os gregos." (Antiguidades Judaicas).

Desse cruzamento nasceram os híbridos gigantes, os chamados nefilins, anakins, refains ou titãs.

Sitchin afirma que, segundo os sumérios, a estatura média dos Anunnaki é de 3,5 a 4m atingindo até 7m e que seus descendentes titãs mantiveram esse nível.

Deste modo a raça humana foi obrigada a desenvolver-se sem o conhecimento de sua conexão com a Família Galáctica e com o Todo.
Isso foi um verdadeiro desafio. Para assegurarem que os humanos não iriam buscar esse conhecimento, o grupo lirano decretou algumas precauções:

“...a leste do jardim Ele posicionou o querubim e a espada de fogo que podia rodar em qualquer direção para salvaguardar o caminho para a Árvore da Vida.”

Deixaram à humanidade sua herança – o legado de Órion (retratado, simbolicamente, como uma espada) sem demonstrar nada a respeito de sua resolução.

O legado de Órion – Este é a polaridade negativa de que estavam possuídos e que se propaga até os tempos atuais.

Existem sugestões nos antigos textos sumérios que o querubim é, realmente, um aparelho mecânico, ou robótico, que, neste caso, protegeria a Árvore da Vida.

Qual é a tradução literal de “Árvore da Vida” ? Em sumério a palavra para Árvore da Vida era GISH.TIL.

GISH significa “um aparelho feito por homens”; TIL significa (e também significa em hebreu contemporâneo) “míssil”.

Em lugar de falar de uma verdadeira árvore, pode ser que signifique “o veículo para a vida” ou nave espacial. Nos legados sumérios existem claras descrições de foguetes e também de homens que saúdam a estes foguetes.

Parece claro que o fato de que os deuses posicionaram os querubins para evitar que os humanos se aproximassem da Árvore da Vida foi, em realidade, uma negação aos humanos do conhecimento de sua herança.

Nunca mais se permitiria aos humanos da Terra mesclar-se, abertamente, com os deuses, ou abandonar o planeta com eles.
Os seres humanos foram expulsos dos céus.

O que aconteceu com o grupo sírio que interferiu com os planos dos liranos ? A causa dessa interferência esteve ligada, energeticamente, ao desenvolvimento da Terra. Sempre tiveram muitos trunfos escondidos nas mangas, e neste caso foram os que riram por último.

Quando trabalharam com o grupo lirano no programa genérico inseriram um código latente de DNA dentro das células humanas. Este código se dispara quando de uma vibração acelerada que acontece quando uma civilização começa a desenvolver-se espiritualmente.

À medida que a Terra avança, aceleradamente, para a consciência de si mesma e para a quarta densidade, (circunstância que está ocorrendo agora mesmo), o código se ativa. Uma vez ativado, a humanidade desenrola sua ilimitada visão, similar a uma corda antes enroscada, até que a manifestação de Tudo O Que É se torna visível. Era a maneira dos sírios permitirem que a humanidade “comesse”, depois de tudo, da Árvore da Vida.

Desde estes primeiros impulsos no planeta Terra a humanidade tem aguardado um desafio. Da mesma forma que foi dito, os “filhos” semeados contém, por regra geral, códigos genéticos e atitudes profundamente arraigadas dos “pais”.

Se, realmente, a Terra foi semeada a partir do ponto de desigualdade e de ausência do livre arbítrio, é possível que isto possa explicar por que os humanos de muitas raças atuais carregam uma crença subjacente na superioridade da raça caucasiana (o grupo lirano) ?

É possível que o fanatismo racial alongue suas raízes até aquele momento em que se semeou este planeta ? Os primeiros textos disponíveis a qualquer pesquisador sugerem, precisamente, isso.

Os registro sumérios fazem referência aos “cabeças negras” que trabalhavam para os deuses nas minas da África.

Se isso for certo – que a humanidade carrega padrões de seus antepassados – então este desafio não tem feito mais que começar a romper-se desta maldição divina lançada sobre a humanidade, o que faz supor ser a chave para libertar a raça humana.

Durante o passado da Terra, a raça humana tem recebido sinais contraditórios por parte dos deuses. Houve épocas (algumas das quais estão registradas nos textos sumérios, por exemplo, o grande dilúvio) nos quais os humanos foram abandonados e deixados para morrer no planeta, enquanto os deuses, em quem eles confiavam, embarcavam em suas naves espaciais e desapareciam.

Durante essas épocas alguns deuses resgataram (“ilegalmente”) humanos escolhidos. Isto criou um código emocional na espécie humana que se mobiliza em tempos de crises.

O código relembra ambos os padrões e ativa uma luta entre o medo do abandono e a alegria de ser salvo. É imperativo que a raça humana resolva esta dependência dos deuses e se torne autossuficiente.

Na atual Terra, há grupos de extraterrestres cujo código está muito enraizado no passado que prometia a salvação. Aproximam-se dos humanos como seres físicos do espaço e falam, telepaticamente, com aqueles que possam escutar sua frequência.

Muitas vezes denominam diversos humanos da Terra “comandantes” ou “os eleitos”, quer dizer, continuam tentando o ego humano para perpetuar seus próprios sentimentos de superioridade.

Embora estes grupos que não pertencem a este planeta tenham boas intenções, continuamente, recordam o fosso entre o medo ao abandono e a alegria da salvação, fomentando, com isso, uma crença elitista. Conforme os humanos assumam seu próprio poder e entrem no amadurecimento planetário, estes grupos residuais também se transformarão.

A maioria de outros grupos extraterrestres tem aprendido de suas ações passadas e deseja a resolução deste conflito de uma vez por todas.

Do ponto de vista dos Fundadores, o Plano se desenvolveu perfeitamente.

O grupo lirano necessitava repetir o cenário para seu próprio crescimento. Estes “deuses” extraterrestres deixaram na Terra pistas que finalmente ajudarão este planeta se despertar e reconhecer sua herança.

Quando a humanidade despertar e rememorar este conhecimento, aparecerão os recursos necessários para resolver o drama de Órion. A solução virá, graças, à permissão. Se a raça humana, verdadeiramente, for capaz de permitir a diversidade dentro da unidade, e não julgar, se criará o Céu na Terra.

“Diversidade dentro da unidade”: Exatamente isso o que temos, mas ainda não reconhecemos. Isto é, observem a imensa diversidade de seres e raças existentes na Terra. Contudo, ainda não se conseguiu uma coexistência pacífica e humanitária entre toda essa diversificação.

Parece que o sistema comercial é que, independente da vontade humana, impulsiona, não só a miscigenação das nações e seus povos, mas, também, de famílias que se transferem de uma região a outra do globo. Apesar disso, porém, o sistema comercial ainda carrega em seu bojo o estigma da arrogância em que nações mais desenvolvidas tentam sufocar as menos equipadas.

Acredito que os Fundadores continuem no ápice desse processo. Seres de elevada capacidade mental que, nos costumes humanos, são chamados de anjos, protetores, guias, etc, e, por que não dizer, Deuses. Afinal, se olharmos sem paixão e vaidade, ainda somos uma raça bem primitiva porque:

1. Exterminamos nossos semelhantes;
2. Permitimos que nossos semelhantes pereçam de fome, quando há tanto alimento no planeta;
3. Fazemos experimentos de drogas farmacêuticas nas pessoas de culturas indefesas, como em algumas nações da África. Será que estão fazendo isso só na África ?
4. Permitimos que esmagadora maioria da população da Terra não tenha moradia decente;
5. Negamos escolas de qualidade;
6. Negamos pesquisas avançadas no campo do bem estar social;
7. Consumimos trilhões de dólares em pesquisas para assassinatos em massa;
8. Consumimos trilhões de dólares em pesquisas espaciais quando, na Terra, não possuímos meios de combate a pandemias;
9. Consumimos bilhões de dólares construindo estádios esportivos enquanto maciça parcela da humanidade se amontoa em promíscuas favelas;
10. Finalmente, permitimos que as drogas alucinógenas destruam nossa juventude, os homens de amanhã.

Como será o amanhã da humanidade da Terra ? A quem tudo isso interessa ? Já se perguntaram ?

Será que continuam nos negando “comer” da árvore do bem e do mal ? E, também, da árvore da vida ?

Ao que parece, poucos entenderam a mensagem proclamada nos evangelhos:

“Vós sois deuses”.

Essa mensagem não significa herança de um deus teológico, seja o Deus cristão, ou o muçulmano, ou o hindu, mas sim que, se somos herança genética de extraterrestres e eles, nos primórdios da Terra, foram chamados de deuses, pelas façanhas de que eram capazes de fazer, então, como “seus filhos”, também somos deuses.

É a isso que a mensagem se referia. Então, convenhamos, somos, ou não, uma raça primitiva que, comodamente sentada frente à televisão alienadora, permanece esperando que “deus” venha trazer-lhe a solução numa bandeja?

(Texto: Luiz Antonio Brasil - CONTINUA )




11 de novembro de 2013

O LIVRO PERDIDO DE ENKI XVI



A SÉTIMA TABULETA

Ao Abzu, longe do Edin, sejam expulsos! Assim o ordenou Enlil; Adamu e Ti-Amat foram expulsos do Edin ao Abzu.

Enki os pôs em um recinto entre as árvores; deixou-os para que se conhecessem. Enki viu com alegria o que Ningishzidda tinha provocado:

Ti-Amat estava pulando com um menino.Ninmah veio para observar o parto: um filho e uma filha, gêmeos, hãolhes nascido aos Seres Terrestres!

Ninmah e Enki viam os recém-nascidos com assombro, era uma maravilha como cresciam e se desenvolviam; os dias eram como
meses, os meses acumulavam anos para a Terra. Para quando Adamu e Ti-Amat tiveram outros filhos e filhas, os primeiros já estavam procriando por si mesmos! Antes que tivesse passado um Shar de Nibiru, os Terrestres estavam proliferando.

Aos Trabalhadores Primitivos lhes tinha dotado de entendimento, entendiam os mandatos; estavam desejando estar com os Anunnaki, trabalhavam duro e bem com suas rações de comida, não se queixavam do calor nem do pó, não resmungavam dizendo estar desancados; os Anunnaki do Abzu se viram liberados das penúrias do trabalho.

O ouro vital ia chegando ao Nibiru, a atmosfera de Nibiru ia sarando lentamente. A Missão-Terra prosseguia para satisfação de todos. Entre os Anunnaki, Aqueles Que do Céu à Terra Vieram, também havia esponsais e procriação.

Os filhos de Enlil e Enki, de entre irmãs e meio-irmãs, de entre heroínas curadoras tomaram forma. A eles, nasceram-lhes filhos e filhas na Terra.

Embora estivessem dotados com os ciclos vitais de Nibiru, viram-se acelerados pelos ciclos da Terra. O que ainda estaria em fraldas no Nibiru, na Terra se converteu em menino; que havia começado a engatinhar estando no Nibiru, nascendo na Terra já estava correndo por aí.

Muita alegria houve quando lhes nasceram gêmeos a Nannar e Ningal, uma filha e um filho tiveram; Ningal os chamou Inanna e Utu. Com eles, se fazia presente a terceira geração dos Anunnaki na Terra! Se os atribuíram trabalhos aos descendentes dos líderes; repartiram-se algumas tarefas de antigamente, entre os descendentes se faziam mais fáceis.

Às tarefas de antigamente, lhes acrescentavam novas tarefas. Sobre a Terra o calor era crescente, a vegetação florescia, criaturas selvagens percorriam a terra; as chuvas eram mais fortes, os rios emanavam, terei que reparar as moradas. Sobre a Terra cada vez fazia mais calor, as zonas de branca neve se fundiam em água, os oceanos não continham as barreiras dos mares.

Das profundidades da Terra, os vulcões arrojavam fogo e enxofre. No Mundo Inferior, o lugar de cor branca de neve, a Terra grunhia; na ponta do Abzu, Enki estabeleceu um lugar de observação, confiou o mando a seu filho Nergal e a sua esposa Ereshkigal. Algo desconhecido, algo insólito, está se forjando ali abaixo!, disse Nergal a seu pai, Enki.

No Nibru-ki, o lugar do Enlace Céu-Terra, Enlil observava as voltas celestes, comparava os movimentos celestes com os ME das Tabuletas dos Destinos; Há alvoroço nos céus!, disse-lhe Enlil a seu irmão Enki. Do planeta Lahmu, o lugar da estação de passagem, Marduk se queixava a Enki, seu pai.

Fortes ventos estão perturbando, estão levantando irritantes tormentas de pó! Estas palavras lhe transmitiu Marduk a seu pai, Enki: No Bracelete Esculpido está havendo transtornos!

Sobre a Terra, caía enxofre do céu. Demônios desumanos que causavam estragos, aproximavam-se violentamente à Terra, inflamavam-se com fogos chamejantes no céu.

Traziam a escuridão a um dia claro, faziam estragos com tormentas e Ventos Malignos. Estavam atacando a Terra como projéteis pétreos, Kingu, a Lua da Terra, e Lahmu também, viam-se afligidos por estes estragos.

Enlil e Enki transmitiram a Anu, o rei, palavras urgentes, alertaram aos sábios do Nibiru:

A Terra, a Lua e Lahmu se enfrentam a uma calamidade desconhecida! Desde o Nibiru, os sábios responderam; suas palavras não acalmaram os corações dos líderes: nos céus, a família do Sol estava tomando posições, os celestiais, dos quais a Terra é o sétimo, estavam escolhendo lugares.

Nos céus, Nibiru se aproximava, aproximava-se da morada do Sol. Nibiru se via perturbado pelos sete, em uma fileira dispostos, o atalho através do Bracelete Esculpido tinha desaparecido, tinha estado deslocando partes e peças do Bracelete!

Despojado da barreira celestial, Lahamu com o Mummu se escondiam perto do Sol, nos céus, Lahamu tinha abandonado sua gloriosa morada, via-se atraída para o Nibiru, o rei celestial, uma rainha do céu desejava ser! Para contê-la, Nibiru fez aparecer um monstruoso demônio da profundidade celestial.

Um monstro que pertenceu uma vez ao exército do Tiamat, forjado na Batalha Celestial, da profundidade celestial se abriu caminho, despertado de seu sonho pelo Nibiru. Como um dragão ondulante, estendia-se do horizonte até a metade do céu, uma légua tinha sua cabeça, cinquenta léguas de comprimento tinha, sua cauda era impressionante. Pelo dia, obscurecia os céus da Terra.

De noite, arrojava um feitiço de escuridão sobre o rosto da Lua. A seus irmãos, os celestiais, Lahamu pediu ajuda: Quem se enfrentará ao dragão, quem o deterá e o matará?, perguntava. Só o valente Kingu, em outro tempo protetor do Tiamat, adiantou-se para responder.

Kingu se apressou para interceptar ao dragão em seu atalho: Feroz foi o encontro, uma tempestade de nuvens levantou-se sobre o Kingu; Kingu se sacudiu até seus alicerces, a Lua se estremeceu e tremeu pelo impacto.

Depois, o transtorno celeste se acalmou, Nibiru voltava para sua distante morada no Profundo, Lahamu não abandonou seu lugar de morada, os projéteis pétreos cessaram em sua chuva sobre a Terra e Lahmu. Enki e Enlil se reuniram com Marduk e Ninurta, empreenderam a inspeção dos estragos.

Enki inspecionou os alicerces da Terra, examinou o que tinha acontecido com suas plataformas. Mediu as profundidades dos
oceanos, explorou as montanhas de ouro e cobre dos longínquos rincões da Terra. Não haverá escassez do ouro vital. Assim disse Enki.

No Edin, Ninurta foi o inspetor, onde as montanhas tremeram e os vales se estremeceram, em sua nave celeste, elevou-se e viajou. A Plataforma de Aterrissagem estava intacta; nos vales do norte, a Terra derramava líquidos ígneos! Assim lhe contava Ninurta a seu pai, Enlil; descobriu brumas sulfúricas e betumes. No Lahmu, a atmosfera estava danificada, as tormentas de pó interferiam com a vida e com o trabalho, Assim dizia Marduk a Enki.

Desejo voltar para a Terra!, revelou a seu pai. Enlil voltou de novo sobre seus antigos planos, reconsiderou as cidades que tinha planejado e suas funções. Terá que estabelecer no Edin um Lugar do Carro!, disse a outros. Mostrou-lhes os antigos desenhos do esboçado sobre a tabuleta de cristal.

O transporte do Lugar de Aterrissagem até a estação de passagem em Lahmu já não é seguro, temos que ser capazes de subir até Nibiru da Terra! Assim lhes falou Enlil.

Da primeira amerissagem, contavam-se já oitenta Shars. Vem agora o relato da viagem à Lua de Enki e Marduk, e de como Enki determinou os três Caminhos do Céu e as constelações.

Que se estabeleça o Lugar dos Carros, perto do Bad-Tibira, a Cidade do Metal, dali, leve o ouro diretamente da Terra ao Nibiru nos carros! Estas palavras lhes disse Ninurta, o comandante do Bad-Tibira.

Enlil teve em conta as palavras da Ninurta, seu filho; estava orgulhoso da sabedoria de seu filho. Enlil transmitiu rapidamente o plano a Anu, o rei, lhe dizendo estas palavras: Que se estabeleça um Lugar de Carros Celestiais no Edin, que se construa perto do lugar onde se funde e se refina o mineral de ouro. Leve o ouro puro nos carros diretamente da Terra até o Nibiru, que heróis e fornecimentos sejam gastos diretamente à Terra desde o Nibiru!

De grande mérito é o plano de meu irmão!, disse Enki a seu pai Anu.Mas uma grande desvantagem alberga em seu núcleo: a atração da rede da Terra é muito maior que a do Lahmu; para superá-la, nossas energias ficarão exaustas!

Antes que haja pressa por decidir, examinemos uma alternativa: perto da Terra há um acompanhante, trata-se da Lua! A atração de sua rede é menor, daí que se precise pouco esforço para ascender e descender.Consideremo-la como estação de passagem, que se nos permita ao Marduk e a mim viajar até ali!

Anu, o rei, apresentou à consideração de conselheiros e sábios os dois planos. Examine-se primeiro a Lua!, aconselharam ao rei.
Examine-se primeiro a Lua!, transmitiu Anu a decisão à Enki e à Enlil. Enki se alegrou enormemente; a Lua sempre lhe tinha resultado atrativa, sempre se tinha perguntado se haveria águas ocultas em algum lugar, e o que atmosfera possuía.

Nas noites de insônia, tinha observado encantado seu frio disco prateado, seus crescentes e decrescentes jogavam com o Sol, e lhe desejavam muito uma maravilha entre as maravilhas. Enki desejava descobrir que segredos a Lua conservava do Princípio.

Em uma espaçonave, fizeram Enki e Marduk sua viagem até a Lua; três vezes circundaram à companheira da Terra, observaram a profunda ferida que lhe tinha causado o dragão, a cara da Lua estava marcada com muitas depressões, obra dos destrutivos demônios.

Em um lugar de ondulantes colinas fizeram descender a espaçonave, em sua metade aterrissaram; desde aquele lugar puderam observar a Terra e a amplitude dos céus. Tiveram que ficar com os capacetes de águias; a atmosfera era insuficiente para respirar. Deram um passeio com facilidade, foram nesta e naquela direção; a obra do maligno dragão foi de secura e desolação. Não se parece com o Lahmu, não é adequado para uma estação de passagem!, disse Marduk a seu pai.

Vamos embora daqui, voltemos para a Terra! Não te precipite, meu filho! Assim disse Enki ao Marduk. Acaso não está enfeitiçado com a dança celestial da Terra, a Lua e o Sol? Daqui, a visão está limpa, a região do Sol está à mão, a Terra não pendura de nada, como um globo no vazio. Com nossos instrumentos, podemos explorar os céus distantes, nesta solidão podemos admirar a obra do Criador de Tudo!

Fiquemos, observemos as voltas, como circunda a Lua à Terra, como faz suas voltas a Terra ao redor do Sol! Assim lhe falava Enki a seu filho Marduk, excitado pelo que via.

Marduk se persuadiu com as palavras de seu pai; fizeram sua morada na espaçonave. Durante uma volta da Terra, durante três voltas, permaneceram na Lua; mediram seus movimentos com respeito à Terra, calcularam a duração de um mês.

Durante seis voltas da Terra, durante doze voltas ao redor do Sol,mediram o ano da Terra.Tomaram nota de como se emparelhavam ambos, fazendo desaparecer às luminárias. Depois, prestaram atenção à região do Sol, estudaram os atalhos do Mummu e do Lahamu.

Junto com a Terra e a Lua, Lahmu constituía a segunda região do Sol, Seis eram os celestiais das Águas Inferiores. Assim explicou Enki a Marduk. Seis eram os celestiais das Águas Superiores, estavam além da barreira, do Bracelete Esculpido: Anshar e Kishar, Anu e Nudimmud, Gaga e Nibiru; estes eram os outros seis, eram doze em total, doze era a conta do Sol e sua família. Dos transtornos mais recentes, Marduk inquiriu a seu pai: por que tomaram lugares em uma fileira sete celestiais? Assim perguntou a seu pai.

Enki considerou então suas voltas ao redor do Sol. Enki observou com atenção a grande volta destes ao redor do Sol, seu progenitor, as posições da Terra e a Lua marcou Enki em um mapa, Pelos movimentos do Nibiru, não descendente do Sol, esboçou a largura da grande volta.

O Caminho de Anu, o rei, decidiu Enki nomeá-la. Na amplitude dos céus profundos, pai e filho observaram as estrelas; Enki estava fascinado com suas proximidades e grupamentos.

Desenhou imagens de doze constelações, de horizonte a horizonte, em toda a volta dos céus. Na Grande Volta, o Caminho de Anu, emparelhou a cada uma com os doze da família do Sol, a cada uma designou uma estação, por nomes seriam chamadas.

Logo, nos céus por debaixo do Caminho do Anu, por onde Nibiru se aproxima do Sol, desenhou um caminho parecido a uma volta, designou-o o Caminho do Enki; também atribuiu a ele doze constelações por suas formas.

Aos céus por cima do Caminho do Anu, à Fileira Superior, chamou-a o Caminho do Enlil, também agrupou ali as estrelas em doze constelações. Trinta e seis foram as constelações de estrelas, nos três Caminhos estavam localizadas.

No sucessivo, quando Nibiru se aproxime e se vá, de sua Terra curso será conhecido pelas estações de estrelas, Assim se designará a posição da Terra enquanto viaja ao redor do Sol! Enki indicou ao Marduk o início do ciclo, a medida do Tempo Celestial: Quando cheguei à Terra, a estação a que dava final, a Estação de Peixes foi nomeada. Nomeei-a com meu próprio nome! «o das águas».

Assim disse Enki, com satisfação e orgulho, a seu filho Marduk. Sua sabedoria abrange os céus, seus ensinos ultrapassam minha
própria compreensão, mas na Terra e no Nibiru, o conhecimento e o governo andam separados! Assim lhe disse Marduk a seu pai.

Meu filho! meu filho! O que é o que não sabe, o que é o que joga em falta?, disse-lhe Enki. Os segredos dos céus, os segredos da Terra compartilhei contigo!

Ai, meu pai!, disse Marduk. Havia angústia em sua voz. Quando os Anunnaki no Abzu deixaram de trabalhar e te pôs a forjar ao Trabalhador Primitivo, não minha mãe, a não ser Ninmah, a mãe da Ninurta, para ajudar foi convocada, não eu, a não ser Ningishzidda, de mim o mais jovem, para ajudar foi convidado, com eles, não comigo, seus conhecimentos da vida e a morte compartilhou!

Meu filho!, respondeu Enki a Marduk. A seu mandato foi dado dos Igigi e Lahmu ser supremo!

Ai, meu pai!, disse-lhe Marduk. Da supremacia, pelo fado fomos privados! Você, meu pai, é o Primogênito do Anu; entretanto, Enlil, e não você, é o Herdeiro Legal; você, meu pai, foi o primeiro em amerissar e em fundar Eridú, entretanto, Eridú está nos domínios de Enlil, os teus estão no distante Abzu. Eu sou seu Primogênito, de sua esposa legítima no Nibiru nasci, entretanto, o ouro se reúne na cidade de Ninurta, para dali enviá-lo ou retê-lo, a sobrevivência do Nibiru está em suas mãos, não em minhas mãos. Agora voltamos para a Terra; qual será meu trabalho, o fado me destina à fama e a realeza, ou a ser humilhado de novo?

Em silêncio, Enki abraçou a seu filho, na desolada Lua lhe fez uma promessa:Isso do qual me privou , seu destino futuro será!
Seu tempo celestial chegará, minha estação junto à tua haverá!

Vem agora o relato do Sippar, o Lugar dos Carros no Edin, e de como os Trabalhadores Primitivos voltaram para o Edin.

Durante muitas voltas da Terra, pai e filho estiveram ausentes da Terra; na Terra, não se levava a cabo nenhum plano; no Lahmu, os Igigi estavam alvoroçados.

Enlil transmitiu ao Anu palavras secretas, suas preocupações transmitiu ao Anu desde o Nibru-ki: Enki e Marduk foram à Lua, durante incontáveis voltas se ficaram ali.

(Livro de Zecharia Sitchin - Continua)