6 de julho de 2009

O Grande Computador Celeste


Para entender o conceito de computador celeste, são necessários alguns pré-requisitos:

1- Conhecer a teoria da Reencarnação: Doutrina que é conhecida desde o Antigo Egito pelos Rosacruzes e divulgada desde os tempos imemoriais pelos hindus, budistas, xamãs, celtas, druidas, pitagóricos, essênios, teósofos, wiccans, gnósticos, espíritas e espiritualistas em todo o planeta. Consiste na imortalidade da alma, que reencarna sucessivas vezes no planeta Terra até atingir um estágio de evolução cada vez maior, aprendendo com os erros e aproveitando os acertos para fazer outros irmãos evoluírem.

2 – Acreditar em Karma.Karma é uma palavra que vem do Sânscrito e significa “conseqüência”. Ele diz que tudo o que você fizer ao universo gerará uma força de igual intensidade que repercutirá… nesta vida ou nas próximas… Como diria Earl Hickey, “do good things and good things will happen to you!”Embora Allan Kardec (que era maçom, mas isso fica pra outro dia) não tenha usado em momento algum a palavra karma ou qualquer de suas variações, esta veio a ser mais tarde incorporada pelos espíritas para designar o nível de evolução espiritual de cada indivíduo, ao qual se devem as circunstâncias favoráveis ou desfavoráveis que venham a encontrar durante sua encarnação. Sempre é bom lembrar que Karma é algo que existe independente de você acreditar nele ou não. É como a Lei da gravidade.

Se existe Karma e Reencarnação, devem existir entidades ou seres responsáveis por “recolocar” as pessoas nos planetas de acordo com o que elas fizeram, para que elas estejam na hora certa no local certo para que possam aprender e evoluir, correto?

3 – Acreditar em mundo espiritualSaber que existem diversas faixas de vibrações, cuja imensa maioria o ser humano físico não é capaz de captar. Da mesma maneira que nossos olhos não enxergam o infravermelho ou ultravioleta, que nossos ouvidos não escutam o infrassom e o ultrassom e que nossos narizes não cheiram diversos odores, assim nossos sentidos não são capazes de detectar uma gama imensa de campos vibracionais que estão lá, cujo imaginário popular chama de “fantasmas” ou “espíritos”.

4 – acreditar que a matemática é precisa.Se a matemática e a astrofísica existem e funcionam, é possível prever com PERFEITA EXATIDÃO a posição correta de cada corpo celeste dentro do sistema solar (e de todos os sistemas de todas as galáxias) bastando para isso apenas os valores de translação dos planetas e outros números que se até seres humanos são capazes de calcular.

Desta maneira, tirando uma “foto” do céu em qualquer local e horário de qualquer planeta do Sistema Solar (considere as luas de um planeta como fazendo parte dos “planetas” daquele céu), consegue-se uma imagem relativa e única daquele tempo-espaço, correto?

Vou precisar falar sobre energias antes começar a explicação do que seria um computador celeste.Nossa realidade é baseada em um conceito dual de energias que se complementam, que os orientais chamam de Yang e Yin, positiva e negativa, masculina e feminina, penetrante e penetrada, luz e sombra, calor e frio, etéreo e denso e por ai vai.

Se imaginarmos que no início dos tempos a energia primordial dividiu-se em duas (Yin e Yang). Mais tarde, estas duas energias dividiram-se novamente, originando 4 energias:

Fogo (espírito, yang-yang), Água (emoção, yang-yin), Ar (razão, Yin-Yang) e Terra (físico, Yin-Yin). Como as combinações yin-yang e yang-yin estão em um mesmo nível de energia (que chamamos de mente, um meio termo entre corpo e espírito, formada pela razão e emoção), os ocultistas dividiam o nosso corpo em três partes (corpo, mente e alma).

Com uma terceira divisão, considerando apenas 3 “patamares” energéticos (que os astrólogos chamam de Fixo (terra), Cardinal (Fogo) e Mutável (ar, água), chegamos a 12 energias diferentes que agem sobre o ser humano (observe a imagem que eu fiz para uma melhor compreensão). Deste pequeno gráfico chegamos à divisão dos signos em 4 grupos:
Fogo (Áries, Leão e Sagitário), Água (Câncer, Escorpião e Peixes), Ar (Aquário, Gêmeos e Libra) e Terra (Capricórnio, Virgem e Touro). Outras pessoas preferem agrupar estas energias em 3 categorias: Cardinal (Áries, Câncer, Libra e Capricórnio), Mutável (Gêmeos, Virgem, Sagitário e Peixes) e Fixo (Touro, Leão, Escorpião e Aquário) mas na verdade, tanto faz.

Cada um deste tipo de energia rege certas qualidades que precisam ser trabalhadas pelo ser humano no caminho para a ascensão: a iniciativa, o acumular, a comunicação, a emoção, a liderança, a autocrítica, a diplomacia, o poder, o alto astral, as restrições, o romper barreiras e o contato com o cósmico. Cada signo trabalha especificamente com um determinado tipo de energia.

E, finalizando, cada tipo de energia (signo) possui ainda níveis de evolução, que chamamos de OITAVAS. Então, assim sendo, duas pessoas com um mapa astral idêntico (irmãos gêmeos, por exemplo) podem ter características totalmente diferentes. Vou dar um exemplo de oitavas para não nos alongarmos no assunto:

Áries. Em sua oitava mais baixa (energias menos desenvolvidas), temos pessoas irritadas, pavio-curto, nervosas, estressadas, impulsivas… Em uma oitava média, temos pessoas de ação, que gostam de ter iniciativa, que saem na frente, que não são molengas, que gostam de exercícios físicos, de “explosões”… Em oitavas mais altas temos líderes, pessoas que tomam a iniciativa para defender os fracos, que não recuam diante dos problemas, que enfrentam a tirania e assim por diante…

Agora juntemos os planetas e as energias. Imagine que cada Planeta esteja associado a algumas características do ser humano:
Sol (como você se expõe para os outros), Lua (como você é realmente), Mercúrio (como você pensa), Vênus (como você sente), Marte (como você briga), Júpiter (o que te facilita), Saturno (o que te atrapalha)… e assim por diante. Nenhuma destas associações é aleatória e todos estes planetas, energias e características estão intimamente associados às sephiras da Kabbalah, mas eu falo sobre isso outro dia. Hoje é apenas astrologia.

Desta forma, quando causamos uma interferência negativa no livre-arbítrio de outro ser (por exemplo, dano físico, representado por Marte, dano intelectual representado por Mercúrio, dano afetivo representado por Vênus, entre milhares de combinações), acumulamos “Karma negativo” e quando fazemos ações que colaboram com a evolução do planeta (ensinando, amando, auxiliando, construindo), acumulamos “Karma positivo” (note que isso não tem absolutamente NADA a ver com “Bem” e “Mau”, que são coisas totalmente humanas, mundanas e relativas).

Ao final de sua vida, tudo o que você fez de positivo e negativo fica arquivado (sim, os gregos já sabiam disso 2.500 anos atrás, e os Egípcios 6.000 anos atrás, com suas lendas sobre Anúbis e “pesar a balança”).

Além disto, entra em cena o Livre Arbítrio. Antes de nascer, cada pessoa se propõe a fazer alguma coisa nesta vida (“vou ajudar aquele irmão que prejudiquei na outra vida”, “vou cuidar de um orfanato”, “vou aprender a ser mais tolerante”, “vou ser mais organizado”, “vou me dedicar à música”, “vou aprender a ser mãe” e assim por diante). Tudo isso fica registrado e os orientais chamam isso de Dharma.

Com estes dados em mãos, os Engenheiros de Karma podem coordenar exatamente onde, quando e como uma alma deve retornar ao planeta, levando em conta outras almas que precisam passar por experiências semelhantes (ex. juntar um filho que precisa nascer cego com uma mãe que precisa aprender a tomar conta de alguém cego), seguindo o que chamamos de Lei de Afinidade.

Não apenas a Terra, mas TODOS os planetas do sistema solar são habitados (mesmo que nossos corpos físicos e equipamentos não possam detectá-los) e seguem o mesmo modelo de sincronicidade (Como diria um cara bem inteligente na Bíblia, “Há várias moradas na casa do meu Pai”), formando um único e gigantesco computador celestial, que funciona com mais precisão que o melhor dos relógios suíços.
(Texto: Marcelo Del Debbio)

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