O ser humano, os demais seres e tudo quanto existe são constituídos de uma infinidade de combinações de matéria-energia, de todos os graus de densidade e complexidade. Cada uma dessas combinações ou graus de matéria-energia representa um nível particular da “Consciência-Energia” em escala cósmica, presente em toda manifestação universal.
A tradição oriental fornece uma visão ordenada e simplificada deste fato, apresentando os diversos níveis de consciência estratificados em camadas. Dessa forma, situa-se o plano mais denso (o físico-material-sólido) em um extremo da escala, caracterizado pela máxima diferenciação de formas, densidade e Ignorância (imersão da Consciência na Matéria) e, no outro extremo, o plano divino, o plano da unidade, caracterizado pela máxima sutilização da matéria-energia, indistinção de formas e máxima plenitude de Ser (emersão da Consciência na Matéria).
Do nível mais denso, diferenciado, para o mais sutil, temos:
- plano físico (sólido, líquido, gasoso, 1o. a 4o. etérico) - este é o plano mais palpável, onde vive a “ciência ortodoxa”.
- plano astral (vital ou emocional, das energias nervosas e emocionais)
- plano mental ou Manásico (das energias de pensamento ou mentais)
- plano intuicional ou Búdico (das energias psíquicas ou de alma)
- plano espiritual ou Átmico (onde se manifestam as essências espirituais)
- plano monádico ou Anupadaka (onde se manifestam as mônadas, redutos últimos das individualidades espirituais)
- plano divino ou Adi
Embora todos os fenômenos envolvam processos simultâneos nos diversos planos ou níveis de matéria-energia, cada plano pode ser visto como possuidor de um determinado conjunto de leis ou princípios de operação envolvendo em “seu espaço” todas as realidades energéticas desse plano.
Tentando em uma linguagem mais simples, é a mesma coisa que dizer que existem 7 planos físicos dimensionais sobrepostos, como “layers” em uma imagem de photoshop, cada um mais sutil que o anterior. E quando se mexe em uma delas acaba afetando a imagem nas outras camadas. E o homem está imerso nestas sete dimensões. Diz-se, portanto, que o homem possui 7 corpos correspondentes aos respectivos planos de consciência/energia.
A Personalidade do homem (”eu inferior” ou EGO) é constituída pelas energias dos planos físico, duplo-etérico (onde ficam os chakras, que fazem a ligação entre o físico e o astral), o vital (ou astral) e mental inferior.
Em contrapartida, os planos mental superior, intuicional (ou búdico) e espiritual (ou átmico) fornecem as energias e materiais constitutivos da Tríade Espiritual (que chamaremos “eu superior” ).
As bonecas russas chamadas Matrioska possuíam tradicionalmente 7 “corpos” e eram originalmente utilizadas para explicar este conceito nas Escolas de ocultismo, antes de se tornar um brinquedo popular na Rússia.
Esta parte é mais complicada, porque cada tradição dá nomes diferentes e divide estes corpos agrupando-os de maneira ligeiramente diferente. Para facilitar a compreensão pelos espíritas que acompanham o texto, o “corpo físico” engloba o físico e o mental inferior (o mental objetivo); entre o físico e o astral temos os chakras fazendo a conexão entre eles e em seguida o “perispírito” (que inclui o astral, conectado ao físico pelo “cordão de prata”) e finalmente o “espírito” (que inclui o mental superior, intuicional e átmico).
Para não me alongar demais, deixo este LINK da teosofia que é bem completo (e complexo) para quem quiser se aprofundar mais no conceito dos sete corpos.
Quando alguém decide realizar algum movimento, o seu EU (Atmã) toma uma decisão, esta decisão é passada para seus sentidos subjetivos, depois para seus sentidos objetivos e em seguida para o corpo físico que você está pilotando. E, pelas medidas, a passagem da consciência objetiva (detectada pelos instrumentos) para o corpo físico demora entre 200 a 350 ms.
É o caso de uma experiência científica comprovando algo ocultista que ainda não pode ser detectado pelos instrumentos atuais. Claro, isso não prova o que estou dizendo, mas demonstra que existe algo que causa este atraso. E como eu disse anteriormente, é uma questão de tempo até os cientistas ortodoxos descobrirem o que os ocultistas conhecem há séculos.
Da mesma maneira que podemos interagir com o mundo físico através dos nossos sentidos objetivos, todos nós somos capazes de interagir e realizar ações nos outros planos (astral, mental, etc… ).
Vamos fazer um exercício simples de visualização: Imagine uma maçã repousando ao lado do teclado. Mas não “pense” na maçã… “visualize” uma maçã… relaxe, e respire calmamente, concentre sua mente e veja todos os detalhes da textura dela, a cor, o brilho, se ela está lustrosa, vívida, imagine o cheiro dela e afaste todos os outros pensamentos e concentre-se apenas nessa maçã. Dê uma mordida imaginária nela e sinta o gosto dela na sua boca, a textura esfarelando enquanto o suco preenche sua boca e o cheiro invade suas narinas. Se você realizou direitinho, pode até mesmo estar com água na boca neste momento. E, durante um curto espaço de tempo, você acaba de criar uma forma-pensamento.
Esta maçã que você acaba de criar é tão sólida quanto qualquer objeto real, apenas existe em outra dimensão e, portanto, a princípio, não interage com o plano físico.
Da mesma forma que se você soltar uma caneta ela cai no chão, se você parar de pensar nesta maçã, ela deixa de receber seus estímulos e, com o tempo, esta forma-pensamento se dissolverá sozinha no plano mental. Se você colocar emoção neste exercício, a maçã permanecerá por mais tempo e com maior intensidade.
Fazendo uma junção do mental com o emocional, conseguiremos trazer esta projeção do plano mental para o plano astral sem grandes dificuldades. Basta colocar “sentimento” na sua visualização.
O exemplo da maçã é simples, mas entender a relação entre emoção e visualização será necessário quando explicarmos qual a razão dos famosos “sacrifícios” na magia negra ou do “ectoplasma” que faz com que entidades do astral possam ser vistas no físico, poltergeists, de “círculos de proteção”, da THELEMA (vontade) e todas as coisas que envolvem passagens de matéria-energia de um plano vibratório para o outro.
(Marcelo Del Debbio)
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