18 de janeiro de 2013

ARQUIVOS DE OUTROS MUNDOS X

Capítulo VIII
NAS FRONTEIRAS DO INCRÍVEL

A ciência, tal como está concebida e é ensinada de modo oficial, está fundada sobre princípios duvidosos que é necessário revisar.
Isso é o que admitem e declaram os físicos mais abertos às realidades da experiência controlada.

Desde 1976, aqueles que, generosamente, são chamados os sábios, estão invadidos por uma grande perplexidade: Já não sabem onde se encontram em seus conhecimentos e, por pouco, fariam acender uma vela a são Antônio pra que lhes fizesse voltar a encontrar suas certezas de antanho.
Uma coisa insignificante, um grão de areia, derruba sua magnífica arrogância. O que é?

Exatamente: A ciência dos bruxos, dos espiritualistas, dos esoteristas, daqueles de que se tem burlado tanto os chamando empíricos!
E, por uma inversão das coisas, se assiste esse curioso fenômeno: Os físicos ficando mais empíricos que os empíricos, mais radiestesistas, mais curandeiros que os curandeiros e mais crentes que os beatos de São-Nicolau-du-Chardonnet.


OS CIRURGIÕES FILIPINOS: PSIQUISMO
O mais assombroso, o mais saboroso, o mais edificante do assunto é que a mudança súbita de opinião científica mundial foi determinada, principalmente, por charlatães da medicina: Os cirurgiões filipinos, e por um taumaturgo fantasista mas autêntico: Uri Geller.

A dizer verdade, nada sabemos de concreto sobre o psicofísico Uri Geller, que misturaria, segundo se diz, prestidigitação com autênticos fenômenos paranormais.

No que concerne aos cirurgiões filipinos que havíamos apresentado desde 1973, o problema foi esclarecido. Há 100% de trucagem. As curas eventuais e escassas, como em Lurdes e como no caso da maioria dos curandeiros.

É certo que os cirurgiões das ilhas Filipinas curam certas dolências, principalmente de caráter nervoso ou histérico.
Quiçá, inclusive, obtêm remissões ou melhoras em casos de câncer benigno, embora nada o demonstre, mas sua ação é puramente psíquica e é o próprio enfermo quem, inconscientemente, se cura.

Esse fenômeno não é novo! Muito ao contrário. É antigo como o mundo e somente acabará com ele.

Uri Geller, ao negar a se deixar controlar pelos ilusionistas profissionais, põe dúvida sobre a qualidade dos poderes psíquicos que realmente possui, na opinião dos melhores especialistas.

Seja o que for, há de se reconhecer um mérito inegável: É ele quem, com suas chaves torcidas por simples contato, reatualizou o problema dos poderes do pensamento.

O PODER PSÍQUICO DOS CARIBA
É provável que o improvável se produza de vez em quando, dizia Aristóteles. Entre os povos antigos ou chamados atrasados, o milagre, sem ser cotidiano, não estranhava demasiado e, inclusive, em nossos dias se assegura que, no Tibete, iogues treinados no lung-gom (técnica dos brincos) podem, em estado de transe, recorrer sem fadiga 500km seguidos a uma velocidade média de 17km/h!

Em seu livro Indaba my children (Meus filhos Indaba) o ex bruxo sul-africano Vuzumazulu Mutwa fala da tribo santa dos Holy ones of Kariba (Os santos de Cariba) cujos membros viviam completamente nus como os dujobores da Ucrânia e do Canadá, no desfiladeiro de Cariba (sem dúvida, até Livingstone, na Zâmbia).

Donde procediam? De que raça eram? Ninguém saberia dizer mas se sabe que cultivavam até o extraordinário o poder de suas forças mentais.

Por a intercessão de sua faculdade cerebral — escreveu Mutwa — se aventuravam nas mais perigosas operações cirúrgicas, chegando até a pôr a nu os cérebros cujo tumor operavam.
Foram os primeiros em amputar membro sem empregar instrumento material, unicamente por um fantástico desenvolvimento de vontade.

»E, um dia, os santos de Cariba desapareceram da África e da superfície da Terra, sem deixar rastro e sem abandonar o desfiladeiro!»

O que parece querer dizer que seu próprio país se volatilizou na mudança de configuração.

MODERAÇÃO NA PRETENSÃO DOS FÍSICOS
É o poder psi que some dos físicos num abismo de perplexidade.
O psi, do qual se ignora a essência e a natureza, seria, segundo se pensa, ondas desconhecidas detentoras de poderes físicos, emitidas pelo pensamento ou pelo desejo.
Talvez poderíamos dizer: Pela fé absoluta.
Há decênios a maioria dos sábios materialistas debochava dos empíricos, ensalmadores, curandeiros, espiritualistas e outros taumaturgos cujas ações milagrosas pertenciam, diziam eles, ao arsenal dos charlatães.

Os cirurgiões das ilhas Filipinas são hábeis charlatães que simulam extrair do corpo dos enfermos os tumores o as infecções que o envenenam, afundando suas mãos nas carnes como si fossem tão fluidas como a água. E sem deixar cicatriz.

Na realidade esses ilusionistas utilizam vísceras e sangue animal pra fazer crer numa verdadeira e milagrosa intervenção cirúrgica e o paciente, sugestionado, crédulo, cura, em certos casos, ou fica persuadido que está. Ler O livro do passado misterioso, capítulo IX, Agpaoa, o passa-parede.

Já em 1974 os investigadores Burton Richter, do laboratório de Stanford (Califórnia), e Samuel Ting, prêmio Nobel de física em 1976, davam um passo no conjetural ao pôr em evidência partículas que batizaram psi e, logo confundidas com o nome de gipsy.

Gipsy, ou também quarque encantado, seria a essência da matéria com poderes muito pouco conhecidos, posto que essa partícula se inscreve ao lado dum quarque (subpartícula) chamado alto, doutro sob e dum terceiro denominado estranho. Denominações efetivamente estranhas num vocabulário científico!

E, depois, Jean-Pierre Girard. Os pontífices pontificantes, perdendo sua soberbia, se imobilizaram numa reserva prudente.
Porque com Jean-Pierre Girard a ciência oficial recebeu um rude golpe e tremeu sobre suas bases que se acreditavam de bronze!

O EFEITO GIRARD
Um dos grandes artífices dessa revolução foi A União Racionalista, grupo de materialistas ferozmente dedicados a negar a evidência, Deus e o Misterioso Ignoto.
Tenazes, imprudentes, mediocremente informados acerca de tudo, esses sectários, desaprovados pelos sábios, fizeram, finalmente, triunfar o paranormal devido a sua má-fé e a suas torpes reações.

É bem verdade que o campeão, Jean-Pierre Girard, ascendia no firmamento da nova ciência, aureolado como um jovem deus, resplandecente de luz e de cândida probidade.

Jean-Pierre Girard faz milagre, realiza o impossível, desmantela as leis sacrossantas da ciência clássica: Ao olhar uma barra de aço a entorta, muda a natureza dum metal, faz flutuar no espaço objetos relativamente pesados, descompõe um computador eletrônico, torce as ponteiros dum relógio, mata caldos de cultivo...
Tudo exatamente pelo poder do pensamento e sem tocar!

Ao contrário de Uri Geller, Jean-Pierre Girard faz essas demonstrações em laboratórios científicos, ante jurados compostos por eminentes físicos, biólogos renomados e ilusionistas incrédulos!E sem tocar metal, objeto nem aparato.

Em resumo, os milagres se realizam em otimizada condição de segurança, de regularidade e de controle. De maneira que elimina, perfeitamente, toda possibilidade de fraude.

Então, os físicos já não creem nem em seus olhos nem em seus livros nem em suas leis nem em sua ciência. E a maioria dos empíricos, técnicos do supranormal e, às vezes, da impostura, não se atrevem a proclamar seu triunfo de tão estupefatos que estão ao comprovar que suas alegações gratuitas foram superadas por feitos indiscutíveis!

Somente, quiçá, os esoteristas sabem a que se ater: Conhecem o psi desde sempre e pensam que o Apocalipse, como seu nome o indica, é a hora de verdade e de revelação.
Nesse sentido J.-P. Girard poderia, muito bem, ser o anjo anunciador do fim do mundo.

Jovem, trinta e quatro anos, moreno, magro, de estatura média, casado, sem filho, o taumaturgo é chefe da promoção médica dum laboratório de produto farmacêutico.

Reconhece que possui um dom excepcional mas declara rotundamente que não quer obter de dito dom algum benefício pecuniário e que nunca se exibirá em espetáculo público.

No entanto não oculta que frequentou ambientes da manipulação como ilusionista aficionado. Declarou:

Quero somente ajudar ao desenvolvimento da ciência e estou a disposição dos físicos que efetuem suas atividades nos laboratórios de investigação.

«Atuar em público é muito perigoso. Por dinheiro, quase todo mundo tem a tentação de cometer fraude. Por conseguinte, prefiro me pôr a salvo de tentação».

E quando lhe perguntaram a explicação dos fenômenos que produz, respondeu com grande humildade:

«Não compreendo o que ocorre mas o que faço todo mundo poderá fazer algum dia. Estou persuadido de que assim será. O essencial é captar as causas desconhecidas..».

Jean-Pierre Girard, ex-pupilo da beneficência pública, teve infância bem mais difícil, tanto mais por seus dons precoces de vidência e de percepção supranormal lhe causavam muitas incômodos.

— Eis aqui uma multiplicação: 17 x 363... Igual a 6.171.
— Quem disse isso? — Perguntava o mestre — Outra vez Girard... sempre Girard, claro. Como sabes que o resultado é 6.171 se ainda não fizeste a multiplicação?
— Não sei, senhor. Mas deve dar 6.171.
Outra vez, o mestre iniciava uma frase:
— Vejamos, hoje, estudaremos... á, sim... será...
— A batalha de Rocroy!

Era de novo o aluno Girard quem perturbava as funções mentais do bom pedagogo, incapaz de assimilar como seu aluno podia adivinhar o futuro ou ler seu pensamento.
Então, como um verdadeiro herói de liga racionalista, sucumbia ao argumentum baculinum e aplicava uma surra ao jovem vidente, arguindo:

— És uma criatura do Diabo. Dês uma olhada na página de tua lição e imediatamente a poderás recitar de memória!

Um cura de povo e um racionalista dos pés à cabeça não podem aceitar tais prodígios sem atribuir ao Diabo ou a uma armadilha!

A consequência de declarações públicas nas quais ressalta demasiado visivelmente sua má-fé, os racionalistas, compreendendo que estavam perdendo a pouca estima que ainda se lhes concedia, julgaram oportuno mudar subitamente de opinião. Numa emissão sobre a parapsicologia, de 1 de julho de 1977, pela Antena 2, doutor Alfredo Krantz, neuropsiquiatra, membro da União Racionalista mas erudito honrado, reconhecia a autenticidade do fenômeno psi e dos experimentos de Jean-Pierre Girard.

A PROVA ANTE VINTE MILHÕES DE TESTEMUNHAS
Eis aqui o que milhões de telespectadores puderam ver na emissão da FR3 sobre o supranormal em primeiro de abril de 1977, às 20:30h.

Previamente registrado, submetido a prova, apalpado, auscultado. J.-P. Girard se instalou ante uma mesa, vigiado por eminentes personalidades da ciência e do ilusionismo, entre eles M. Philibert, diretor de investigação do CNRS, professor na universidade Paris Sul e pelo cético prestidigitador Ranky.

Um meirinho tomava nota das diferentes fases da ceia.
Se apresentaram, se nossa memória é boa, seis barrotes de metal denominados performantes procedentes dos oficinas onde se fabrica o Concorde. Essas barras de ferro, de dimensão aproximada de corrimão redondo duma escada metálica, haviam sido eleitas sem Jean-Pierre saber, que ignorava sua natureza, dimensão e origem.

Haviam sido comprovadas sob uma força de 45 niutones,o qual supera notavelmente a que pode desenvolver um atleta profissional de peso e halter.

Pois bem, J.-P. Girard, sob o controle rigoroso dos câmaras, do meirinho, do ilusionista, do físico e de 20 milhões de telespectadores não podia exercer pressão sobre o material, senão somente o olhar e o roçar com a ponta dos dedos.
Elegeu uma barra, seja por azar ou porque lhe pareceu mais simpática que as outras, e a colocou ante ele.
Houve um intervalo de espera bem longo.

As testemunhas espiavam, vigiavam, espreitavam: O taumaturgo, muito sereno, parecia esperar algo... Um sinal, uma advertência.

E logo se pôs a acariciar a barra, muito suavemente, com a ponta dos dedos, como se acaricia uma mulher com, parecia, o mesmo fervor, o mesmo amor concentrado.
Cremos recordar que, segundo seu costume, falou mas sem resultar volúvel, e as testemunhas mais sensíveis notaram claramente, mas sem o poder analisar, que algo estava acontecendo ou ia acontecer.

O experimento se prolongou durante breves minutos e J.-P. Girard disse:
— Creio que está torcida!

Retrocedeu a seu cadeirão e aguardou o resultado do controle.
A barra foi examinada cuidadosamente pelos senhores Philibert e Ranky, e apresentada em primeiro plano, de perfil, ante as câmaras.

Efetivamente, se entortou, muito claramente.
As testemunhas eram formais e fidedignas: Não houve trucagem possível e o milagre se produziu sem poder ser explicado.

Ranky, o ilusionista, se bem que muito cético a princípio, confirmou categoricamente a autenticidade do experimento.

— Não houve trucagem. Estou seguro!

É de ressaltar que Monsieur Ranky, criador do comitê de ilusionismo, é um especialista em fraude dessa índole: Torce barrote de aço e vara de ferro encerradas em ampolas de cristal. Se trata de ilusionismo, por suposto, o que dá a seu testemunho todo seu maravilhoso valor.

TRANSMITE SEU PODER
J. P. Girard, por seu poder psi, fez levitar objetos, mudou a natureza dum metal, freou o desenvolvimento dum caldo de cultivo, entortou barras indeformáveis por esforço muscular (em metalurgia essas barras são chamadas proveta) mas pôde, também, transmitir sua faculdade.

É o que fez em 23 de março de 1977, das 14 às 15h, na rádio Montecarlo, onde foi apresentado pelo professor Robert Tocquet, eminente experto em parapsicologia.

Vários assistentes e o próprio Robert Tocquet puderam, como ele, entortar várias varetas de metal.

O professor explicou os fatos nos seguintes termos, frisando que a transmissão foi involuntária e não forçada por J.-P Girard:

«Eu estava diretamente a sua direita. Entortei uma vareta metálica a tocando levemente, efetuando a flexão progressivamente e bem visível. A inflexão definitiva era, aproximadamente, de 3cm. No transcurso da emissão alguns rádio-ouvintes teriam, igualmente, produzido fenômenos análogos mas é evidente que, dadas a circunstância, toda comprovação seria impossível».

DEFORMA UMA VARETA DENTRO DE UM TUBO SELADO
Robert Tocquet prosseguiu se fazendo fiador da autenticidade dum experimento ainda mais fantástico:

Em presença do jornalista Albert Ducrocq, Jean-Pierre entortou varas metálicas cerradas em tubos de cristal selados.

Eis o testemunho:

— Se pode analisar o fenômeno?
— Me inclino a pensar, mas não é mais que uma explicação temerária e provisória, que, no efeito Girard, tudo sucede como se o cérebro fosse capaz de enfocar sua energia sobre o objeto, como o laiser mas, provavelmente, não por meio de radiação eletromagnética.

Dito de outro modo, não se trataria da ação duma força mecânica ou fisiológica clássica e inventariada, senão, melhor, duma intrusão indireta do pensamento ou da mente a nível de partícula atômica ou subatômica.

»Nesse sentido se pode pensar que a interação é própria de indivíduos privilegiados que são, quiçá, mutantes arautos duma nova etapa na evolução da humanidade».

Eis aqui sobre o efeito Girard a opinião dum homem honesto que, por acréscimo, é um eminente especialista do supranormal e autor de numerosas obras que lhe conferem autoridade na matéria.

Como a maioria dos médiuns, J.-P. Girard pode produzir efeitos negativos, mas muito raramente positivos, como se o efeito psi pudesse destruir mas não criar.

Desse modo Jean-Pierre Girard realizou milagre de maneira reiterativa, burlou as leis físicas estabelecidas, desconcertou os físicos e demonstrou, mediante o experimento, que os fundamentos de nossa ciência não são mais que relativos e, em todo caso, devem ser revisados.

O biólogo Gunther S. Stent, da universidade da Califórnia, não teme manifestar que a ciência é empírica e retorna, quando não pode dar explicação, à noção de alma de Descartes (Science et vie, #703, pág. 26).

— Existe erro nalguma parte! — Clamam os irredutíveis racionalistas que se negam a crer no razoável pra opor a obstinação estúpida.

No entanto, tudo entra na linha científica, posto que J.-P. Girard fez seus experimentos ante os comitês mais temíveis da ciência oficial da França, Inglaterra, Dinamarca, Alemanha, Bélgica, Suíça, Estados Unidos e no prestigioso instituto Estanforde, da Califórnia.

OUTRO MUNDO NO QUAL TUDO É POSSÍVEL
O pensamento e o espírito não estão submetidos às contingências do universo tridimensional: Comprimento, largura e altura. Ao ser o supranormal do domínio do pensamento ou do espírito os físicos acabaram compreendendo que sua explicação devia recorrer a universos particulares.

A hipótese dos universos múltiplos ou paralelos é tão rica em possibilidade pra explicar o paranormal que físicos, tais como John Barret Hasted, professor no Birbeck College, de Londres, se aventuram de bom grau nessa via.

Essas teses revolucionárias são, agora, apoiadas por eminentes cientistas.

Hasted efetuou em laboratório, com a ajuda de meninos ingleses tão dotados como o é J.-P. Girard, experimentos que lhe permitiram medir a tensão exercida sobre a matéria, sem contato físico.

Se deveria concluir: Sem contato perceptível em nosso universo.
Os meninos tinham, respectivamente, doze e nove anos. O diagrama obtido demonstrou que ondas físicas provocavam amplitudes como se a matéria tivesse sido golpeada.
Os transes produzidos pelos médiuns têm grande analogia com este fenômeno.

Outra comprovação: Parece que o poder psi é uma força de torção e não de translação.

Com esses meninos-médiuns foi muito difícil conseguir curvaturas de varas metálicas colocadas em tubos de cristal perfeitamente selados (coisa que obtém J. P. Girard) e, ao contrário, a dobragem se fazia fácil quando o tubo apresentava uma abertura, mesmo diminuta. Por quê? Mistério!

Um scrunch (entrelaçado de clipes metálicos) foi obtido num vaso de cristal perfurado com um buraco, o qual dá a essa proeza fantástica um matiz inesperado de humor.

O scrunch de J.-B. Hasted foi realizado pelo menino Andrew G., de onze anos de idade.

Geralmente, enquanto se efetuam esses fenomenais experimentos, se produzem outras manifestações paranormais: Deslocamento de objetos pequenos (psicocinesia), telepatia, transe, etc.

Com Uri Geller, autêntico médium quando quer, professor Hasted obteve uma desaparição: Sem contato Geller teria feito desaparecer (no nada, noutro universo?) a metade dum pedaço de vanádio encerrado numa cápsula hermeticamente fechada.

UNIVERSOS PARALELOS E UNIVERSOS ABERRANTES
Durante o simpósio de Reims, J.-B. Hasted emitiu, entre outras hipótese, pra explicar a dobragem dum metal, a dum deslizamento de planos entre os monocristais que o constituem. A deformação paranormal poderia, também, diz, se produzir por um transporte de átomos no túnel quântico.

Nos encontramos aqui nas zonas duma física que é domínio dos especialistas, embora nos pareça indispensável evocar sobriamente teorias que incidem com os universos paralelos caros aos esoteristas.

Hasted respalda sua investigação sobre a teoria, mais ou menos admitida, dos quanta, mas a hipótese mais fascinante recorre aos universos simultâneos representados por um «conjunto de equações dinâmicas e de relação comutativa entre os atuantes deste espaço singular»!

No espaço chamado de Hilbert, uma infinidade de dimensão faz supor a existência teórica e simultânea de mundos que, praticamente, não devem se comunicar entre si.

Não obstante, perturbações permitiriam interferência. Por exemplo, nas faixas desses universos diferentes.

Para o físico de Witt, informou Hasted, a divisão do universo provoca a de nosso próprio mundo e lhe dá mais que um dom de ubiquidade: A natureza fantástica de existir simultaneamente um número infinito de exemplares idênticos.

Neste sentido há milhares de milhões de Terras, de Franças, de Brigitte Bardot e também de Giscard d'Estaing, de Mitterrand, e de Marcháis (101000, calculou Hasted!).

Esses exemplares são independentes uns dos outros mas poderiam se comunicar e, quem sabe, inclusive, se ajudar dum universo a outro.

Mas essa tese faz abstração dum sério obstáculo: Um deslocamento de objeto e de energia entre dois mundos!

O que importa?! Nada é impossível aos físicos, e Davi Bohm imagina um tempo característico durante o qual transições quânticas atômicas não radiativas poderiam se produzir, pra explicar o milagre da transferência.

J. B. Hasted, no limite, imagina o universo como «uma função de ondas únicas que englobaria miríades de estados estacionários» e este universo seria uma «combinação linear de todos esses estados» com possibilidade de aparecer, desaparecer, passar através do opaco, condensar energia e fazer passar dum mundo a outro.

O físico inglês chegou, inclusive, a admitir a existência dos espíritos, tão estimados pelos espiritistas, e dum além habitado por numerosas versões de nós mesmos, assim como também pelos fantasmas de pessoas falecidas há muito tempo.Eis aqui algo que trará água ao moinho dos espiritistas.

Não o deploramos, senão ao contrário, mas observemos o caráter revolucionário do supranormal voltado a entrar na moda graças a Uri Geller, a J.-P. Girard... e aos curandeiros psíquicos.

Nota: Os fenômenos são conseguidos dificilmente quando o buraco não tem mais que um milímetro de diâmetro, e muito facilmente com uma abertura de 5mm.
Pro professor Hans Bender, do instituto de parapsicologia de Friburgo de Brisgóvia, a energia necessária pra dobrar uma vara metálica procederia, não do médium, senão do próprio objeto. O efeito túnel concerne franquear uma barreira potencial por um elétron.

Cabe notar quantas vezes a palavra imaginar é usada, não somente por Hasted, mas também pelos físicos em sua peleja com o Misterioso Ignoto. O que frisa até que ponto a imaginação é necessária pra fazer avançar o labirinto.

(Robert Charroux - CONTINUA)











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