6 de fevereiro de 2013

A CRIATURA III

Até aqui os comentários, com razoável extensão, foram sobre os três principais Diretores de nosso sistema planetário. Os Logos 1º, 2º e 3º. Cabe agora falar da equipe que assessora, desde aqueles primevos dias, esses diretores principais, no trabalho deste gigantesco transformismo que levou à criação de nosso campo de vida.Comentaremos a seguir sobre aqueles outros que Ramatis chamou de Engenheiros Siderais.

Os três maiores, como se deduz, não operaram, e não operam, sozinhos nessa interminável tarefa de criar e transformar mundos e ocupantes. Interminável porque toda a criação é dinâmica em sua marcha ascensional. O transformismo é contínuo e ininterrupto. A tarefa nunca cessa.

A figura ilustra a seqüência hierárquica dos elementos chave de nosso sistema. Nela, além dos três principais, representamos também os sete outros gigantes, subordinados, porém aos primeiros.

Esses sete elementos recebem nomes variados, conforme a escola filosófica-religiosa que os estuda. Os hindus os chamam de os Sete Prajâpatis, que significa Senhores da Criação; os zoroastrinos de os Sete Amesha Spentas, significando os Santos Seres Imortais; nas religiões egípcias os chamaram de os Sete Deuses do Mistério; o judaísmo os titula de os Sete Sephiroth; no novo testamento bíblico, mais especialmente no livro do Apocalipse, (1:4 e 4:5), são chamados de os Sete Espíritos de Deus. Para nosso mais simples entendimento podemos chamá-los de os Arquétipos.

Vamos definir o que entendemos por arquétipo. Segundo o dicionário Aurélio, arquétipo é o "Modelo de Seres Criados", ou "padrão, protótipo".

Helena Petrovna Blavatsky, fundadora da Sociedade Teosófica, interpreta arquétipos ou protótipos da seguinte forma: "são os poderes Conscientes e Inteligentes da Natureza. A essa hierarquia correspondem os tipos atuais em que a Humanidade pode ser dividida: porque a Humanidade, como um todo, é a expressão materializada, embora imperfeita, daquela hierarquia." (A Doutrina Secreta - volume I - página 146 - Autoria de Helena Petrovna Blavatsky - Editado pela Editora Pensamento)

Ainda sobre eles, e continuando a definição, dentro da teologia da Igreja Católica Romana, são os Sete Arcanjos, dos quais Gabriel, Rafael e Miguel, são comuns a todas as teologias. Os demais quatro nomes são diferentes em cada culto. Todavia, nominá-los, nenhuma importância tem, pois suas identidades verdadeiras não são as citadas. Todas, como as conhecemos, são apenas pontos de referência.

Portanto, para entender o papel dos arquétipos da Criação de nosso sistema, basta agora dizer que os três primeiros Logos, conforme se disse de início, cuidaram da planificação geral, das providências de âmbito global. Os arquétipos, auxiliando-os, cuidaram do detalhamento, isto é, das sub-divisões específicas, relacionadas cada uma com um aspecto respectivo de cada um dos mundos.

Trocando em miúdos: cada um deles implementou sua característica particularizada numa divisão da Criação. Ainda é pouco para entender ? Então vamos a um exemplo:

Numa grande construção onde atuam vários engenheiros, embora todos sejam igualmente engenheiros, dada a diversidade de materiais a serem empregados, as funções ali se diferenciam. Um cuida do projeto arquitetônico, outro dos cálculos estruturais, aquele outro das instalações elétricas, e assim por diante. E ao final, apesar de toda essa diferenciação de atribuições entre os engenheiros, o edifício se conclui belo e funcional.

Assim são os arquétipos. Deles vem o "sopro" influenciador e direcionador para cada ciclo e para cada reino na Criação.

Tomando nosso planeta como exemplificação, podemos citar: reino aquático, reino do ar, reino da terra, ou mineral, reino vegetal, reino animal, reino elemental e reino humano. Por isso, na Teosofia também são chamados de os Sete Logos das Cadeias Planetárias.

Com esse aspecto divisório entre as características dos diversos reinos, e dependendo da tendência predominante que cada pessoa manifesta, dá para perceber sob qual influência arquetípica maior ela se encontra.

Quando, evolutivamente, o SER vai superando as tendências que o fixa em determinada categoria, significa que ele está igualando as proporções das influências. Não é mais dominado por uma ou por outra. Viveu-as todas, aprendeu-lhes as lições, superou a fixidez ilusória que o prendia na matéria, podendo, agora, assomar níveis maiores. ("Conhecereis a Verdade e ela vos Libertará" - Jesus - João 8:32)

Concluindo, os arquétipos são os determinantes de cada especificidade que vemos, sentimos e que nos influencia. Mas a sublime hierarquia administrativa e operacional do sistema não termina nos arquétipos.

Na figura vamos encontrar as Grandes Criaturas que, cada uma por Sua vez, administra, respectivamente, um dos planetas do sistema. Estes são denominados de Cristos Planetários.

Sobre eles podemos referir que no livro "Universo e Vida", transmitido por Áureo, espírito, pela psicografia de Hernani T. Santana, editado pela Federação Espírita Brasileira, à página 110, há uma importante descrição.

O autor deixa bem claro que no âmago do TODO existem os que Lhe vêm abaixo, sequenciando o devir dos mundos e dos seres.

O texto de Áureo, e todos os leitores que se derem a atenção de o consultar verão, é, por si só, muito expressivo e, principalmente, demonstra o que já vínhamos dizendo desde apostilas precedentes, de que há uma hierarquia criando, desenvolvendo e administrando a vida, em todas as suas nuances, por todo o cosmo. Hierarquia essa que em seus cimos, para a Via Láctea, denominamos de Colegiado da Galáxia e, em sua seqüência, considerando apenas o nosso sistema planetário, iniciamos com os 1º, 2º e 3º Logos.

Voltemos aos Cristos. Embora em nossa ilustração eles apareçam abaixo dos Arquétipos, isso não os desmerece. Apenas, na ordem da formação do sistema exercem atribuições diferentes daqueles. Contudo, são importantíssimos e, na escala evolutiva dos Seres, ocupam posições inegavelmente importantes.

São eles que vivificam cada planeta que Lhes é correspondente, sob, naturalmente, a vivificação geral exercida pelo 1º Logos. Ou, especificando melhor, Eles são a vida de cada planeta que presidem. Essa atribuição é semelhante àquela exercida pelo 2º Logos, em relação às Mônadas. Literalmente, Eles dão vida aos planetas.

Mas os planetas são entes vivos ? Não são apenas esferas cósmicas ? Materialmente inertes ? São, os planetas, e tudo o demais que exista no cosmo são entes Vivos. Não espantem. O que impede de atingir essa compreensão é o arraigado conceito de vida que é adotado pela ciência terrestre. O conceito de vida dos terráqueos, é somente o que está restrito aos reinos humano, animal irracional e vegetal. Entretanto, como já vimos em textos vários citados nessas apostilas, por exemplo, o de Pietro Ubaldi, apostila 05 página 3, vida tem abrangência total, atingindo, ou seja originando-se, desde a estrutura interatômica.
Mas este é um assunto para outra categoria de estudo, e não da presente que vamos fazendo. Por isso, retomemos nosso passo, continuando a falar dos Cristos.

Cada Cristo vivifica um respectivo planeta, concluindo-se, por conseqüência, que existem o Cristo Planetário da Terra, o Cristo Planetário de Vênus, etc, etc. E, se não fosse alongar demais, poderíamos dizer que as chamadas influências astrológicas estão diretamente relacionadas não ao aspecto físico de um planeta, mas sim ao aspecto do Cristo Planetário daquele planeta específico, e no todo, à influência geral correspondente ao encadeamento das posições que os planetas ocupam no zodíaco à hora do nascimento de uma pessoa.

Mas essa, também, é outra história que dela falar agora só dificultaria entender o objetivo principal destas apostilas.

O que acrescentamos, ainda sobre os Cristos, é que eles são os Seres Maiores para cada planeta. Tudo que existe em cada colônia espacial, na Terra por exemplo, está sob a tutela, vivificação e influenciação Dele. Incluindo-se nisso todos os planos existenciais de cada planeta. Plano Físico, Plano Astral, e os demais, todos estão regidos por Sua vontade.

O gigantesco trabalho organizativo e operacional do sistema ainda requer a ação de outras superinteligências, e estas as vemos na figura abaixo.

São os Devas que os representamos aos grupos. Na teologia Católica tomam o nome de Anjos. São eles os auxiliares diretos de cada Cristo Planetário. São muitos. Incontáveis para a atual compreensão humana. Sabemos, apenas, que se subdividem em grupos, e que no âmbito do planeta dirigem cada reino. Cuidado, eles não são a característica de cada reino, que a isso compete aos Arquétipos. Eles DIRIGEM, regionalizando-se por todo o planeta, em seus diversos planos, os diferentes reinos da natureza.

Isto significa que os cuidados mais diretos sobre tudo o que acontece na evolução das formas, e da vida, em cada região do globo, estão sob as suas ordens. Dirigem, administram, decidem e impulsionam a vida como um todo, na direção que no atual ciclo tem o rumo ascendente, conforme ficou representado na figura 05B, apostila 05.

E´ dentro da categoria da escala dos Devas, ou Anjos, que nosso Mestre Jesus está incluído. Essa informação nada tem de desrespeitosa. O que ela possa abalar as pessoas vem de seus alicerces ilusórios de religião. Isto é, por dois milênios conheceram da vida espiritual apenas os enfeites que a teologia Católica apresentou. Enfeites sem realismo algum. Contudo, ante os fatos da evolução, a razão nos mostra que a administração Sideral não é algo simples, como a mesma teologia impingiu goela abaixo na humanidade. E o tendencioso simplismo teológico se transformou em dogma - verdade indiscutível - fazendo com que as pessoas passassem a confundir Jesus com o Cristo.

Assim, pois, esse fato que não é novo, pois novo é apenas a informação para alguns, ele pode até causar estranheza. Estranheza que vem de ser apenas o reflexo do impacto que a informação possa provocar no milenar, mas frágil, alicerce teológico daqueles aferradamente preconceituosos.

Porém, é preciso aqui ressaltar: essa informação não vem causar nenhum desmerecimento ao excelso SER que na Terra recebeu o nome de Jesus. Muito ao contrário, dignifica-O ante uma realidade mais coerente com a Ordem Cósmica da Criação, cujos ensinos descompromissados de homens livres, como os citados em nossa bibliografia, fazem-nos conhecedores.

Jesus, como ensina Emmanuel em seu livro A CAMINHO DA LUZ, psicografado por Francisco Cândido Xavier, editado pela Federação espírita Brasileira, página 17, é "um dos membros divinos da Comunidade de seres angélicos" que dirige nosso orbe.

E muito além podemos falar Dele, pois como Ele esteve tão perto de nós, fisicamente, fica mais fácil e compreensível à imaginação humana.

Na descrição da hierarquia criadora e diretora de nosso sistema planetário, já falamos dos Logos, dos Arquétipos, dos Cristos Planetários e iniciamos a descrição sobre os Devas, também chamados de os auxiliares dos Cristos Planetários.

Contudo, na apostila precedente, para que ela não extrapolasse as dimensões costumeiras, interrompemos aquela descrição quando, ao falar dos Devas, identificamos o Mestre Jesus como sendo um Deles.

Sendo esse comentário um tema bastante polêmico, pois fere a sensibilidade teológica estabelecida durante muitos séculos, deixamos para dar seqüência nesta apostila às informações concernentes a Ele, Jesus. Aos Devas, como um todo, comentaremos na apostila 08.

Assim, pois, recorreremos às informações de alguns trechos de livros de autores renomados e de inteira credibilidade, para que as dúvidas que por ventura tenham surgido possam ir sendo dissipadas.

Começamos com Ramatis. Esse mentor espiritual, através da psicografia de Hercílio Mães, no seu livro O Evangelho à Luz do Cosmo, editado pela Livraria Freitas Bastos, à página 84, comenta que Jesus é, na atualidade, "o nosso Irmão Maior".

Que, como todos os seres, em sua evolução passou pelas situações de acertos e desacertos. E esse desenvolvimento, explica Ramatis, se deu numa era e num sistema planetário que na atualidade de nosso tempo não mais existe.

Também argumenta que se Jesus, por designação Divina, tivesse trilhado sua evolução por caminhos diferentes daqueles que todos os seres trilham, então demonstraria que há parcialidade no Criador Incriado, privilegiando uns enquanto que outros seguem "a sorte por contra própria".

Compreendemos que nosso comentário acima traz uma informação um tanto quanto impactante para aqueles que ainda não conseguem assimilar as verdades cósmicas, porém, dêm tempo a si mesmo para uma reflexão, preparando-se para outra informação a seguir. Esta é até um pouco mais forte para os corações sensíveis, mas que não podemos nos furtar de reproduzi-la. Novamente é Ramatis, pela psicografia de Hercílio Mães, no livro O Sublime Peregrino, editado pela Livraria Freitas Bastos, e está á página 17.

Ele ratifica a informação anterior contando do período da imaturidade espiritual deste que denominamos por Jesus, naquele seu princípio nas eras que se perderam nas lembranças do tempo. Mas que, obviamente, ascendeu aos cimos, por esforço próprio, e se tornou um dos venturosos que nos assiste.

Retornando ao O Evangelho à Luz do Cosmo, páginas 84 e 85, e para que tudo isso fique ainda mais coerente, Ramatis demonstra que a evolução espiritual daquele que na Terra tomou o nome de Jesus, se processou nos moldes comuns a todas as criaturas. Se não tivesse sido assim, se não tivesse experimentado das mesmas alegrias e dores que atingem todos os seres em sua escalada evolutiva, não seria Ele, digno da tarefa que lhe foi delegada. A de conduzir, espiritualmente, uma humanidade.

Todos nós bem sabemos que aquilo que não vivenciamos, ou aprendemos, não somos capazes de ensinar. Ora, tendo sido Jesus, um Mestre encarnado entre a humanidade da Terra, isto é um atestado de que Ele, em algum tempo, e em algum lugar, passou pela escola que aquelas lições aprendeu.

Ou, então, nossa inteligência se esgrimará no consenso de que o Criador Incriado privilegia alguns de Seus filhos.

Entretanto, a razão nos esclarece que só foi possível a Jesus tomar sobre Si a angustiante tarefa de conduzir a Humanidade, justamente, porque Ele trilhou os mesmos caminhos de acertos e desacertos que todos percorrem, aprendendo, com isso, como se portar como Mestre que, verdadeiramente, o foi para nós.

Reconhecemos que a descrição acima, embora impactante, nos remete à noção sobre a evolução de Jesus, contando-nos que ela ocorreu antes mesmo da existência de nosso sistema planetário. Todavia, há um ponto nevrálgico a ser esclarecido. E este se refere à questão das teologias Católica e protestante que identificam Jesus como sendo o Cristo. Torna-se, então, necessário falarmos a respeito, pois na apostila 06 comentamos sobre os Cristos Planetários sem, contudo, incluirmos Jesus nessa categoria.

Novamente recorrendo a Ramatis em O Evangelho à Luz do Cosmo, à página 149, vamos encontrar a informação de que Jesus, na sua grandiosidade de feito, esteve, porém, na condição de médium, intermediando a vontade daquele que de mais Alto direciona a humanidade.

Enquanto encarnado, nas terras da Galiléia, teve seu período de esmero psíquico no qual preparou-se para a consecução da missão de que era portador.

Foi o período dos trinta anos iniciais de sua vida, e que precederam o período de pregação evangélica. Período de preparação que, embora em escala menor, podemos comparar com o que acontece aos médiuns de uma forma geral, que em seus desenvolvimentos vão se ajustando psiquicamente para afinar a sintonia e, com isso, efetivar a associação com Mentores mais elevados em hierarquia e saber.

E para tornar todas essas informações ainda mais claras, Ramatis informa: "Em verdade, o Cristo, o Divino Logos ou o Espírito Planetário da Terra, é anterior à existência de Jesus." (Página 150 de O Evangelho à Luz do Cosmo).

Apesar de todas as informações fixadas acima, compreendemos bem que ainda possam existir incertezas ao que divulgamos, pois que a questão da identidade de Jesus é muito controversa, e as pessoas menos desprendidas se sentirão feridas em suas crenças, o que é natural e deve ser respeitado.

Entretanto, a bem da justiça para com o autor Ramatis, para que não o tomem por contrário à qualidade espiritual de Jesus, temos que à página 155 de O Evangelho à Luz do Cosmo, ele notifica que, embora não sendo o Cristo, Jesus é "a consciência Angélica mais capacitada, hipersensível e credenciada para comunicar a vontade, o amor e a fulgência de Luz desse sublime Logos ou Arcanjo Planetário ", que, como informa Ramatis, é, o Logos, o verdadeiro interpretador da vontade soberana do Criador Incriado para com a humanidade da Terra e Jesus o Seu médium.

Os parágrafos acima, embora bem elucidativo, a nosso ver, naturalmente, não serão suficientes para alargar os horizontes do entendimento sobre a hierarquia de nosso sistema planetário, afinal, a ortodoxia religiosa humana não conhece limites. Por isso, necessário se faz outra referência que corrobora com a informação de que Jesus não é o Cristo, e muito menos Deus.

Baseamos nosso comentário nos trechos das páginas 12 e 15 do livro O Sublime Peregrino, onde Ramatis toca num ponto de excelsa clareza quando nos lembra que o próprio Jesus, do alto da cruz, num de seus últimos momentos de vida, dirigindo-se a Quem o enviou, pronunciou as célebres palavras: : ""- Pai ! Perdoai, pois eles não sabem o que fazem !""

Ora, como diz Ramatis, por que Jesus se dirigiria a um Ente Maior, se Ele fosse o próprio ? Logo, a polêmica em torno da personalidade de Jesus foi criada por interesses não confessados até hoje.

Mas isso não nos importa. Vale-nos mais o que a inteligência, a razão e a lógica demonstram. Contudo, como a temática é por demais polêmica, e se nos propusemos fazê-la deveremos, também, oferecer todos os esclarecimentos que nos forem possíveis, sem que, contudo, queiramos prevalecer sobre as opiniões pessoais de quem quer que seja. Nosso intuito, único, é entender a lógica da Criação, de que nela não há privilégios e nem privilegiados. Compreender, sem dogmas, que todos somos crias da mesma Origem e evoluímos guiados pela mesma e ÚNICA LEI CÓSMICA, no desiderato inequívoco de que todos estão fadados ao mesmo e igual DESTINO.

Porém, analisemos: em todos os trechos de Ramatis que fizemos nossa interpretação, verificamos que a missão de Jesus junto à humanidade terrestre foi a de guiá-la no rumo ascensional. Em sua vivência encarnada, mui apropriadamente foi chamado de Mestre, pois seus ensinamentos e exemplificações revelaram que além de sua sublime vontade, também incorporou, na face do planeta, a vontade do Cristo Planetário da Terra. E investiu-a com tanta autenticidade, própria mesmo de um Evoluidíssimo Médium que o foi, que, teologicamente, ficou sendo conhecido como Jesus Cristo. Pois nele, conquanto homem, não se distinguia o ser terrestre do ser celestial. Portanto, um cognome derivado de seu trabalho de fiel intérprete da soberana vontade do Criador, perpassada que lhe foi pelo Cristo Planetário. E aqui vivificada por Ele.

A singela figura procura expressar visualmente a ocupação hierárquica de Jesus. Nela vemos a figura maior do 1º Logos dominando todo o sistema planetário. À sua volta os planetas orbitando com o sol ao centro do sistema. Dentre esses planetas vemos a Terra. Em linhas projetadas da esfera terrestre temos a figura do Cristo Planetário, excelso governante nosso. Espárgisse, Dele, o foco de Sua energia, vivificando o planeta. Sobre este, sobre o planeta, vemos a figura que simboliza o ser Jesus, um dos guias espirituais de nossa humanidade. A figura, portanto, é um pálido resumo da Hierarquia de nosso sistema.

Todavia, apesar das evidências da lógica, não poderemos nos furtar de apresentar outros argumentos. Faremos isso para que não se levantem acusações contra as exposições feitas acima. Poderão alegar que utilizamos tendenciosa e unilateralmente só dos escritos de Ramatis, intentando, com isso, obscurecer a nobreza de Jesus. Essa não é nossa intenção e muito menos o foi a do nobre e citado Mentor Espiritual. Tirar o Mestre Jesus de sua excelsitude e rebaixando-LO, ora à condição de Anjo, ou Deva; ora à posição de homem comum como somos, Nele não reconhecendo Deus e nem o exclusivo filho de Deus, como assim a teologia impinge à sociedade. Prevenindo contra essa possibilidade de equívoco de interpretação sobre o nosso texto, reproduzimos abaixo alguns ensinamentos de outros respeitados pensadores.

Paulo, em sua carta aos Hebreus assim expressa: "Vemos, porém, (...) aquele Jesus que fora feito um pouco menor do que os anjos, (...)" (Aos Hebreus 2:9).

Helena P. Blavatsky: "Enquanto Deus encarnado, tudo o que se diz a seu respeito não resiste ao exame crítico da ciência; enquanto um dos maiores reformadores, inimigo inveterado de todo dogmatismo religioso, perseguidor do fanatismo, mestre de um dos mais sublimes códigos de ética, Jesus é uma das maiores e mais bem definidas figuras no panorama da história humana." (Isis sem Véu - volume III - página 135 - Editora Pensamento),

Pietro Ubaldi, emérito pensador, também se referindo às razões que ditaram a encarnação do mensageiro Crístico, derribando a fantasia teológica da divindade de Jesus, diz que, como o objetivo fundamental da missão encarnatória não era o "de redimir gratuitamente a humanidade, mas, sim, de ensiná-la com o seu exemplo, ou seja, como fazer para redimir-se através do próprio sacrifício, então, era necessário o aparecimento na Terra de um ser mais vizinho ao nível humano, e não o de um ser de dimensões fora destes limites." (Livro Cristo, página 46, editado pela Editora Monismo Ltda). (Grifo nosso)

E raciocinando nessa mesma linha de pensamento, continua Ubaldi: "Como pode ser imitado um modelo que (...) está fora do processo evolutivo [ se ele fosse Deus* ] sem poder com o próprio exemplo, ensinar-nos o caminho da salvação ?" (Cristo, página 47) - (*Observação nossa).

Pietro Ubaldi se expressa numa lógica que não podemos menosprezar, igualmente ao argumento de Helena P. Blavatsky acima. Para que houvesse validade nesse exemplo redentor, era preciso que o mensageiro encarnante fosse "como nós, que tivesse experimentado as dores da evolução, (...) e não um mártir improvisado, descido do céu (...)" (Livro Cristo, página 47). (Grifo nosso).

Mas falando numa ordem geral de seres que compõem a administração dos mundos, e da Vida, apresentamos abaixo outra citação de Helena Petrovna Blavatsky, desta feita no volume I de A Doutrina Secreta, páginas 257 e 258, editado pela Editora Pensamento, onde ela explicita:

"(...) Um Dhyân Chohan não surge ou nasce como tal, plenamente desenvolvido; mas veio a ser o que é. A Hierarquia Celeste do Manvantara atual ver-se-á transportada, no próximo ciclo de vida, a Mundos superiores, e dará lugar a uma nova Hierarquia composta dos eleitos de nossa humanidade". (Grifo nosso)

Helena P. Blavatsky está informando que os Seres que são classificados como superiores, também eles vieram dos mesmos princípios em que todos iniciam, e se encontram "plenamente desenvolvidos" porque assim se fizeram por esforços próprios.

Informa, ainda, que, "no próximo ciclo", esta mesma hierarquia que hoje nos dirige, irá para "Mundos superiores", cedendo seus lugares de direção aos seres de "nossa humanidade" que estiverem à altura de tais desempenhos. Isso demonstra, com total clareza, que a escala evolutiva é, de igual peso e medidas, para todos os seres.

Mas Helena P. Blavatsky vai mais longe em sua exposição. Prosseguindo do trecho acima:

"Deuses criados como tais, (Privilegiados*), não demonstrariam nenhum mérito pessoal em ser Deuses. Semelhante classe de Seres - (...) seria o símbolo de uma injustiça eterna de caráter inteiramente satânico, um crime para todo o sempre presente." (Grifos nossos) (* Observação nossa)

Embora contundente, e polêmica, a informação de Helena P. Blavatsky é de uma total racionalidade, já que as religiões cristãs e judaica pregam um Deus Absoluto e Justo. Ora, basta olharmos para nossa humanidade para vermos que, se Deus é como essas religiões ensinam, então Ele não é justo, pois além de em nosso meio consubstanciar-se a desigualdade social, ele, ainda, cria outros seres que desde seus princípios são perfeitos e superiores a nós. Uma discriminação.

Se de fato assim fosse, então, por direito, poderíamos dizer que Deus, ou a Suprema Inteligência, não é justo.

Entretanto, aí está a nossa inteligência e razão para dizer-nos que Ele é Justo sim. Equivocados são seus interpretes aqui na Terra, que o tomam como sua propriedade e o publicam ao sabor dos interesses de seus grupos.

O que de fato acontece é que para uma questão tão simples, os homens das religiões cristãs e judaica criaram emaranhada complicação na qual a mente humana até hoje se debate sob severas dificuldades para dela se livrar. Por que não usaram da mesma simplicidade adotada nas religiões orientais ? Nelas, os seus respectivos mestres foram reconhecidamente HUMANOS e nem por isso menores em seus ensinamentos, permanecendo por séculos ininterruptos venerados por seus seguidores, sem que, para isso, os tivessem deificados.

Entretanto, os interesses foram mais fortes e, como se expressa Sinésio, um dos raros bispos católicos, dos sinceramente humildes e leais à causa cristã, no ano 409 D.C., numa carta a seu irmão, contando de sua decepção ante o desinteresse do povo por verdades mais consistentes, assim se expressou: "A melhor coisa que a população deseja é ser enganada." (in Isis sem Véu - volume III - página 176).

E poderíamos seguir linhas e mais linhas com esse esclarecimento que pouco efeito produziria além do que produzirão, pois reina no mundo o desinteresse por pensar espiritualmente livre. A preferência geral da humanidade é a de crer na forma que, por séculos, lhe foi impingida, mesmo que no íntimo tais lições não satisfaçam a consciência.

Portanto, para dúvidas que porventura perdurem, remetemos o estudante sincero à própria pesquisa, pois nas questões de consciência nada melhor que a luta própria em prol da conquista da sólida convicção espiritualizante.

Assim, pois, sem ousar desmerecer o reconhecido e inominável sacrifício de Jesus para com toda a humanidade, demonstrando à mesma quão árdua se tornou a jornada evolutiva na Terra, e com todo o respeito a Ele devido, construímos as anotações acima com o fito exclusivo de deixar bem claro Sua posição na escala hierárquica que nos dirige.

DEVAS - Devas ou Anjos, são os agentes vivos empregados no trabalho relacionado com as Mônadas na longa peregrinação através dos mundos nos planos inferiores ao Monádico. Sem a assistência dos Devas as Mônadas não teriam possibilidade de levar avante sua evolução.

Na figura ao lado estão representados em grupos, encerrados em quadrados. São eles, descrevendo-os numa linguagem mais simples, os guias que mais de perto acompanham desde o despertar, indo até a angelitude, todas as centelhas de consciência existentes em um sistema planetário. Como as incontáveis centelhas conscienciais se espalham por todos os recantos de todos os reinos vivenciais de cada plano, também os Devas, igualmente se subdividem nas atividades afins.

Desta forma, vamos encontrá-los, por exemplo, em posições onde "presidem aos ventos, as marés, ao granizo, à geada, ao orvalho, aos relâmpagos e aos trovões." (Livro de Enoch - in A Doutrina Secreta - volume V - página 90 - Autora Helena Petrovna Blavatsky - Editado pela Editora Pensamento).

Aí temos um pequeno trecho desse multi-milenar livro, Livro de Enoch, descrevendo esses Seres que assistem, mais de perto, a toda a obra da criação.

Mas como que procurando uma confirmação a respeito da informação acima, Allan Kardec, emérito organizador de A Doutrina dos Espíritos, pergunta aos Espíritos Inspiradores se sobre os fenômenos da natureza existe a ação dos Devas. A confirmação vamos encontrar na questão 536-B de O Livro dos Espíritos, que assim explicita: "Mas é evidente; isso não pode ser de outra maneira. Deus não se entrega a uma ação direta sobre a Natureza, mas tem os seus agentes dedicados, em todos os graus da escala dos mundos." - Essa resposta não só confirma como é muito reveladora. Conta, praticamente, em resumo, a existência de uma hierarquia governando o Cosmo.

E temos mais. Saltando, agora, para a questão 539 a pergunta formulada por Kardec é:

" - Na produção de certos fenômenos, das tempestades, por exemplo, é somente um Espírito que age ou se reúnem em massa ?"
"- Em massas inumeráveis." Esta foi a resposta que Kardec recebeu. (Grifo nosso)

A questão 540 encerra de vez com todas as dúvidas. Vamos a ela:

" - Os Espíritos que agem sobre os fenômenos da Natureza agem com conhecimento de causa, em virtude de seu livre arbítrio, ou por um impulso instintivo e irrefletido ?"

" - Uns, sim; outros, não. Faço uma comparação: figurai essas miríades de animais que pouco a pouco fazem surgir no mar as ilhas e os arquipélagos; acreditais que não há nisso um objetivo providencial, e que essa transformação da face do globo não seja necessária para a harmonia geral ? São, entretanto, animais do último grau os que realizam essas coisas, enquanto vão provendo às suas necessidades e sem se perceberem que são instrumentos de Deus. Pois bem: da mesma maneira, os Espíritos mais atrasados são úteis ao conjunto: enquanto eles ensaiam para a vida, e antes de terem plena consciência de seus atos e de seu livre arbítrio, agem sobre certos fenômenos de que são agentes sem o saberem. Primeiro, executam; mais tarde, quando sua inteligência estiver mais desenvolvida, comandarão e dirigirão as coisas do mundo material; mais tarde ainda, poderão dirigir as coisas do mundo moral. E´ assim que tudo serve, tudo se encadeia na Natureza, desde o átomo primitivo até o arcanjo, pois ele mesmo começou pelo átomo. (...)" (Grifos nossos)

Como vemos, pela grandiosidade do conteúdo das respostas acima, a presença dessas formidáveis Criaturas no contexto existencial do sistema solar é inegável e de vital importância. Obviamente que as respostas abrangeram a existência dos espíritos dirigentes dos fenômenos, que os chamamos de Devas, como também de seus auxiliares, que chamaremos de Espíritos Operadores. São estes, os espíritos "menores", dos quais falaremos logo a seguir.

Uma ressalva: Utilizamos o termo "menores" em decorrência da insuficiência de nosso vocabulário, entretanto, tenham em conta que no cosmo não existem criaturas maiores ou menores. Uma tal distinção seria inapropriada com a sublime Lei Divina da criação, na qual todos os Seres são iguais e desfrutam de iguais oportunidades evolutivas.

O que de mais adequado encontramos em nosso vocabulário para descrever essas posições, é que existem Seres criados muito antes, uns dos outros, como também, por esforços próprios avançam e se encontram mais à frente na escala da evolução. Nunca, entretanto, maiores ou menores, pois, como a lógica indica, todos, indistintamente, são úteis ao que podemos chamar de o fenômeno da Vida.

Voltando aos Devas, como ficou esclarecido sobre Jesus, todos eles têm suas origens em sistemas planetários formados anteriormente ao nosso, onde passaram por experiências evolutivas similares às que hoje presidem. Isso significa que foram transferidos para este sistema com o fim de, num só ato, evoluírem ainda mais e auxiliarem a evolução nesta localizada obra da criação.

Nada mais são que Mônadas adiantadas, evolutivamente, em outros sistemas planetários anteriores ao nosso, e convertidos em auxiliares crísticos. Por enquanto são Devas, (anjos auxiliares), de futuro serão Cristos, serão Logos (criadores)... Também este o nosso grande destino: produzir de si mesmo um Universo !

Tais, portanto, são os Devas, anjos tutelares que bem de pertinho cuidam da humanidade, administrando todos os reinos em todos os seus fenômenos e transformismos. Por isso, vamos encontrá-los no reino mineral, no reino vegetal, no reino animal, no reino elemental e no reino hominal.

Muitas mãos se dando para que toda a vida na Terra esteja bem dirigida. Direção para que a harmonia do Criador, e Seus desígnios, sejam inteiramente vertidos sobre Suas crias. Nós mesmos.

Mas na descrição dessa escala administrativa, ainda não estamos com os pés sobre a Terra. A hierarquia que dirige o sistema não está completa. Falta descrever o grupo de Espíritos que muito de perto, onde nos encontramos, acionam os cordéis da vida.

São os espíritos que, como informamos acima, os nomeamos de Espíritos Operadores. Em algumas escolas da Ciência do Oculto a categoria dos Operadores é incluída no grupo dos Devas. Nós, todavia, preferimos estudá-la em separado. Nos parece mais coerente, pois:
a) - Os Cristos administram, vivificando o planeta como um todo;
b) - seus auxiliares diretos, os Devas, subdivididos pelas mais variadas regiões do globo, cuidam de cada setor, reino-a-reino.

Desta forma, particularizando cada providência a ser tomada bem junto ao ambiente que a requeira, vamos encontrar estes que denominamos de os Operadores.

Exemplo: uma ordem Crística, numa certa época, orientou a destinação da nação que se formaria no hemisfério sul das Américas. O emissário e coordenador dessa ordem foi Jesus. Sendo ele, porém, orientador espiritual para todo o Globo, e não só para aquela nação que se formaria, para dar seqüência ao cumprimento daquela ordem, convocou Seu auxiliar responsável por aquela região. Ismael. E´ assim que o denominam.

Mas não é dele que vamos falar. Prossigamos no que pretende essa descrição. Até aqui temos três categorias administrativas no mesmo feito: o Cristo Planetário, um Deva Maior que é Jesus, e um Deva Menor, Ismael.

Contudo, a seqüência de execução da ordem crística não parou nas mãos de Ismael. Afinal, segundo se informa, ele é o Anjo Tutelar para toda a nação brasileira. Logo, os particularismos que dariam origem e formação de nossa nação iriam ser, suas execuções, distribuídos por infinitas mãos auxiliares.

A partir dele, Ismael, delegando poderes e instruções, nosso Brasil se viu coberto por um enxame de devotados executores, ocupando as mais variadas posições diretivas para que a pátria nascente vingasse em seus destinos. Estes termos encontramos no livro: Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho - capítulo I - Editado pela Federação Espírita Brasileira - Autoria de Humberto de Campos, espírito, pela psicografia de Francisco Cândido Xavier.

Portanto, com a citação acima, creio que se justifica, plenamente, nossa preferência por especificar, além das demais, uma categoria de espíritos que vem de ser a dos auxiliares dos Devas.

Voltando ao tema podemos dizer que são os Espíritos Operadores que acionam, caso-a-caso, e inteiramente de perto, o transformismo geral que vemos, sentimos e inconscientemente participamos. (Releiam a questão 540 de O Livro dos Espíritos).

Nessa categoria, para nossa mais fácil compreensão, vamos lembrar os nomes de Emmanuel, André Luiz, Bezerra de Menezes, para só falar de alguns que ostensivamente interagem na linha espiritualizante dos encarnados, e que, com seus feitos através do médium Francisco Cândido Xavier, literalmente abriram as portas do espiritualismo no Brasil, usando da Doutrina Espírita. Naturalmente que por detrás deles estavam os Devas diretores dessa missão, como, também, outros de igual categoria que participaram do feito. Porém, a escala descritiva desses elementos é muito vasta, impossível até de descrevê-la no todo, tanto porque são muitos quanto porque não os sabemos na totalidade.

Sabemos, entretanto, que a categoria de Espíritos Operadores se subdivide pelos cinco reinos, sendo que nestes dividem-se, ainda, nos vários ramos de interesse de cada reino. Por exemplo: reino Hominal: artes, ciência, filosofia, moral, tecnologia, sociologia, etc.

E além disso, distribuídos pelas várias regiões do globo, cobrindo, também, os interesses particularizados, vão se subdividindo em grupos que administram uma determinada região. Em cada uma delas cobrem, por exemplo: a) - Administrador espiritual de um país; b) - administrador espiritual de uma cidade; c) - administrador espiritual de um setor, ou bairro, dessa cidade. E assim sucessivamente.

Dessa forma, pelo que dissemos acima, concluímos que cada milímetro quadrado da superfície da Terra está sob as vistas desses eficientes e competentes Operadores. Seja em terra sêca ou nos mares. Eles que são a extensão dos olhos e braços do Criador, em toda e qualquer parte ali se espalham zelosos.

E´ interessante ressaltar que os espíritos incluídos nessa categoria são todos crias deste sistema. Isto é, foram criados em nosso sistema, assim como nós. Não vieram de outras regiões siderais.

Na figura, apresentando o conjunto geral da Hierarquia que administra nosso sistema planetário, representamos os Espíritos Operadores na posição mais abaixo, no desenho.

Para encerrar a descrição sobre essa Hierarquia, citamos abaixo André Luiz, espírito, onde, pela psicografia de Francisco Cândido Xavier, em trecho contido no livro Obreiros da Vida Eterna, páginas 50 e 51, descreve sucintamente sobre a presença de um desses tutelares em sua posição nesse conjunto de Diretores que harmoniza o cosmo. Trata-se de Asclépios, pois assim o denomina André Luiz.

André Luiz reporta que Asclépios, entidade espiritual, em suas atividades nos planos do espírito, associa-se a mentores de elevada envergadura.

Apesar de ocupar essa posição, Asclépios não é, ainda, o que chamamos de espírito elevado. Está, ainda, participando da sociedade humana da Terra, o que se entende que é passível de reencarnar por aqui.

Mesmo assim, esclarece André Luiz, ele está muito à frente da generalidade dos espíritos, encarnados e desencarnados, pertencentes à humanidade terrestre, esclarecendo, a seguir, sobre a escala ascendente dos seres.

Conta, então, que Asclépios envida esforços por alçar-se aos níveis das humanidades viventes em planetas mais ditosos, como Júpiter e Saturno. E que os integrantes daquelas humanidades, por sua vez, aspiram as posições que lidam com a administração geral de nosso sistema planetário. Já nestas, em seus quadros, têm aqueles que buscam vivência em outras constelações. E cita a constelação de Hércules, à qual pertence nosso sistema solar.

Enfim, essa movimentação citada por André Luiz é a "Escada de Jacó", (Gênesis 28:12), a que nos referiremos depois. Escada que, com os pés na Terra e o cimo perdendo-se no céu, por ela subiam e desciam seres espirituais. Em resumo, é a escala evolutiva a que todos os seres estão destinados. Hoje na Terra, amanhã...

Esse trecho de André Luiz, que comentamos, descreve tamanha grandiosidade de acontecimentos que chegou-nos a comover:
"Nossa mente, como acompanhando um roteiro turístico, foi criando imagens que viajavam por essa escalada de planos e mundos e que, de alguma forma, subjetiva, e indescritível, nos provocou saudade. Saudade do quê ? Saudade de onde ? Nos perguntamos, pois não conseguimos defini-la. Será que já passamos por algumas daquelas estações ?, ou será porque, espiritualmente, aspiramos atingi-las ? Seja porque for, a verdade é que nos emociona constatar que a escalada evolutiva é infinita, e que, a imensidão cósmica que nos guarda também nos espera para a ela dirigirmos.

A VIDA, na acepção máxima da palavra, não se restringe ao que, encarnados, vivemos na Terra!"

(Texto: Luiz Antonio Brasil - Continua)




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