24 de maio de 2010

O QUADRADO DE SATOR


Desde 1750 se realizam escavações em Pompéia. Numa delas, feita há mais de 60 anos, foi encontrada uma estranha inscrição datada, com certeza, da época destruição da Cidade, no ano de 79 d.C., e que os arquitetos cristãos reproduziram profusamente mais tarde em diversos monumentos da Itália e da França — na Igreja de Pievi Iersagui, perto de Cremona, no castelo de Carnac, sobre a Baía de Quiberam (Morhiban, Bretanha (zona famosa por seus monumentos megalíticos, dolmens e menires estranhamente alinhados) e no templo de Saint-Laurent de Rochemaure.

Da mesma forma, e além de outros lugares, a inscrição foi descoberta em ruínas romanas situadas em Cirencester (Inglaterra), 55 quilômetros a noroeste de Bristol, e em Doura Europos, antiga cidade síria sobre a margem direita do Eufrates, onde atualmente se eleva a localidade de Qalat es Salihiya, uns 440 quilômetros a Nor–nordeste de Damasco. Apelidada o quadrado mágico – ou, com mais propriedade, de QUADRADO SATOR – a inscrição se apresenta na seguinte forma:



As vinte e cinco letras que o formam permitem escrever – sem repetições – duas vezes a palavra PATERNOSTER, e duas vezes também as letras A e O, o alfa e o ômega – o Princípio e o Fim –tal como se pode comprovar a seguir:


O vocábulo SATOR significa criador; AREPO carece de sentido em latim, porém devemos assinalar que é o inverso de OPERA; TENET, nas acepções que podem interessar, significa manter, ocupar, dirigir, governar; OPERA nos indica os sentidos de ato, trabalho, obra, ou processo; ROTAS pode ser roda, círculo, ciclo, ou também disco do Sol.

Eliminando transitoriamente AREPO – o palíndromo deve ser interpretado assim: O Criador governa os processos cíclicos, e o realiza com AREPO, ou seja, com trabalho, ato ou processo (OPERA) inverso do que executa com outro ou outros fins. Desta maneira, obtemos provisoriamente o seguinte resultado parcial:

O Criador governa os processos cíclicos com um trabalho inverso (SATOR – AREPO – TENET – OPERA – ROTAS).

Porém todo palíndromo se caracteriza por ser lido igual de cima para baixo e ao contrário, ou da esquerda para a direita e reciprocamente. Em conseqüência, se o palíndromo SATOR se lê de cima para baixo e, de imediato, de baixo para cima, sempre a partir da esquerda, tal como se escreve e se lê em latim, encontramos a chave na mensagem do palíndromo, já que se é certo que SATOR – AREPO – TENET – OPERA – ROTAS significa O Criador governa os processos cíclicos com um trabalho inverso, não é menos certo do que ROTAS – OPERA – TENET – AREPO – SATOR expressa sem a mais leve dúvida que o Sol se ocupa dos trabalhos inversos do Criador.

Ambas as leituras são absoluta e necessariamente complementares para decifrar a mensagem colocada no palíndromo. Porém, às vezes, confirmam o desconhecimento – ainda existente nos tempos imediatamente anteriores e posteriores ao início da Era Cristã – dos descobrimentos de Aristarco de Samos (de 310-230 a.C.), referentes à rotação da Terra sobre seu eixo polar e em torno ao Sol (heliocentrismo), e os de Hiparco de Rodas (cerca de 150 a.C.), relacionados com o fenômeno astronômico da precessão dos equinócios, que constitui uma das resultantes dos diversos movimentos simultâneos e combinados que, pelos efeitos gravitacionais conjuntos do Sol, da Lua, e de outros corpos celestes, nosso Planeta – e sua órbita – realizam em torno ao Sol.

De fato, para o Hemisfério Norte, o equinócio da primavera marca o ponto no qual a Terra, em seu movimento anual de translação ao redor do Sol, passa do semiplano eclíptico austral para seu homólogo boreal, ponto que é variável, pois anualmente se desloca em sentido retrógrado ao longo de sua órbita sobre a eclíptica.

Esta retrogradação ou precessão é de 50,27 segundos de arco por ano trópico (365,242 dias solares médios), o que implica, de forma quase que exata, em uma variação de 1º de arco em 72 anos, 30º em 2.160 anos, e 360º na quantidade de 25.920 anos, lapso este, último durante o qual uma hipotética projeção do ponto vernal (do latim, primavera) sobre a coroa de constelações zodiacais efetuaria uma volta completa, para regressar, aproximadamente, ao ponto de partida. Ademais, em tal ciclo precessional de 25.920 anos, as estrelas polares Norte e Sul se modificam várias vezes, sem que se repitam no lapso indicado.

O período cíclico–cósmico que com maior freqüência aparece em quase todas as grandes tradições, não é o da precessão dos equinócios, mas sua metade. É o período que corresponde, notoriamente, àquele denominado GRANDE ANO pelos povos hiperbóreos, caldeus, persas pré-islâmicos, gregos e atlantes, avaliado em 12.960 anos.

Fontes de origem hindu e caldéia – entre outras – assinalam em 5 (cinco), ou seja, o mesmo número dos elementos do mundo sensível (éter, ar, fogo, água, terra), a quantidade de grandes anos, incluindo nosso atual ciclo cósmico, o que dá um total de 64.800 anos a contar desde o seu já longínquo começo, até que culmine em um crepúsculo final, para reiniciar-se um novo ciclo da cadeia de mundos.

O QUADRADO SATOR DE CIRENCESTER (Descoberto na Grã-Bretanha em 1868), apresenta uma mudança na disposição das linhas. Há uma inversão de 4 palavras: de SATOR-AREPO para ROTAS-OPERA nas duas linhas iniciais; e de OPERA-ROTAS para AREPO-SATOR nas linhas finais. A palavra central (TENET) permanece inalterada. Foi a primeira descoberta daquela que passaria a ser conhecida como a segunda versão do Quadrado SATOR. Essa alternância de sentido também se verificou em outros quadrados descobertos depois.
     

Uma inscrição descuidada em um vaso (ânfora) descoberto em 1978 em um sítio arqueológico da cidade britânica de Manchester na versão iniciada com a palavra ROTAS, ficou conhecido como O QUADRADO SATOR DE MANCHESTER.


O QUADRADO SATOR DE VALVISCIOLO foi descoberto na região italiana de Sermoneta na Abadia de Valvisciolo, no lado ocidental do claustro.Ao lado, um esquema mais nítido do referido quadrado.


Há evidências suficientes que demonstram que o QUADRADO DE SATOR tem origem não-religiosa, ou melhor, não-teológica.

A letra N, que aparece, justamente, no centro do QUADRADO e no centro do PATERNOSTER, é N (NUN), a 14ª letra do alfabeto hebraico. Envolve ocultamente, portanto, dois setes.

Seus valores externo, pleno, oculto e athbash são, respectivamente, 50, 106, 56 e 9. A soma desses valores é 221, que, teosoficamente, equivale a 5, valor externo de HE, quinta letra do alfabeto hebraico e que aparece duas vezes no SANTO NOME.

Cinqüenta expressa a TOTALIDADE e está intimamente ligado à UNIDADE.

O nome do Primeiro Adão – HADM – corresponde à energia da QÜINQUAGÉSIMA PORTA, isto é: 5 + 1 + 4 + 40.

Os próprios nomes de NOÉ e JONAS estão estruturados em conformidade com a letra N (NUN).

Homólogo de zain e de AIN, o NUN FINAL tem valor aritmológico (externo) igual a 700 (setecentos).

No nível das centenas, HADM alcança o nível cósmico de sua realização. Mas, para isso, necessita descer ao fundo do seu inferno pessoal para poder conhecer seu aspecto divino.

NUN, por outro lado é equivalente a 5-6-5, isto é, EVE.

A soma das doze letras involutivas do Arqueômetro é 565, que representa a VIDA ABSOLUTA.

As sete letras evolutivas do mesmo Arqueômetro dão como soma 469 = 19 = 10, que representa o IOD (I). Esta letra, segundo Saint-Yves D’Alveydre, colocada na frente da involução – que não se deve somar – produz o NOME IEVE, e significa: EU, A VIDA ABSOLUTA. EU SOU A VIDA ABSOLUTA.

A letra central N é, em D’ US, a POTÊNCIA que preside todo Centro Luminoso e Solarizado.

Por último, não se pode esquecer de que a desinência NI = IEVE = EVEI, porque NI = NUN–I, que dependendo da operação teosófico-cabalística pode valer 17, 26, 60, 116 etc. Por isso, ALI, ALI, LMH shbhhth-NI! SIGNIFICA: D’US MEU, D’US MEU, COMO ME GLORIFICASTE!

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