17 de setembro de 2009
SONHO: FANTASIA OU REALIDADE?
Quando a pessoa adormece há um desligamento parcial entre o espirito e o corpo. Assim sendo o espírito como que viaja para lugares distantes. Na realidade ele não viaja, o que ocorre é uma projeção da consciência para além do lugar onde está o corpo físico.
O ponto focal da consciência pode se manifestar em qualquer nível Cósmico. Via de regra ele se manifesta onde está o corpo físico, mas isso numa pessoa encarnada. Já dissemos na série de palestras sobre os corpos intermediários que a consciência se manifesta no derradeiro dos corpos intermediários. Num pessoa encarnada ele se manifesta evidentemente ao nível do corpo físico dando até mesmo a impressão de que ela se situa no cérebro. Numa pessoa em que haja anulação do corpo físico (por desencarne, anestesia, traumatismos com perda das percepções ) ela pode se manifestar num outro nível, num outro corpo astral.
Mas, não é somente nas condições citadas que a pessoa toma ciência dos afloramentos da consciência em outros níveis. Muitas vezes uma projeção desse tipo ocorre espontaneamente.
Tornar-se ciente num ponto afastado é necessário que a pessoa altere a sua vibração. Existem alguns métodos que possibilitam isso e que são ensinadas por algumas doutrinas.
Carlos Castañeda menciona com freqüência aos ensinamentos de Dom Juan referentes às condições que o “feiticeiro” atinge através de deslocamentos daquilo que ele chama de Ponto de Aglutinação. Diz ele que é pelo deslocamento daquele ponto que os diversos níveis de consciência se manifestam. Isto é verdade e veremos alguns detalhes que julgamos importantes no desenvolvimento espiritual.
Primeiramente queremos lembrar que em nível orgânico, em nível corporal, existe no cérebro um ponto correspondente a qualquer função. Tudo tem o seu lugar representativo no cérebro. Se, por exemplo, for estimulado o ponto da visão a pessoa terá sensação de luz, de cor e assim por diante. Também a acupuntura e reflexologia afirmam que no nariz, nas orelhas e nas plantas dos pés estão representados todos os pontos do corpo e que se um daqueles pontos for estimulado haverá uma resposta correspondente à função inerente a ele.
No corpo bioplasmático há um ponto energético representativo de cada nível de consciência. Assim sendo, atuando-se sobre o ponto energético (ponto de convergência) obtém-se um determinado estado de consciência. Portanto, deslocando-se o ponto energético (ponto de aglutinação citado por Carlos Castañeda) o nível de consciência aflora num outro nível.
“Assim como é em cima é embaixo”, portanto todas as coisas que existem num nível existe em a sua representação nos demais níveis. Assim, existem pontos representativos de todo o universo em todos os planos.
Estimulando-se (o que equivale a fazer mudar de lugar) o ponto energético correspondente aos níveis de consciência é possível se projetar a consciência para N níveis. Na realidade o que varia são os métodos de como agir sobre ponto energético segundo o que se pretende obter.
Experiências fisiológicas mostram que estímulo exercido sobre pontos cerebrais obtém-se inúmeras respostas psíquicas e sensoriais. Por exemplo, se um determinado ponto do cérebro for estimulado mecanicamente a pessoa pode ter sensação tão real que é incapaz de perceber ser aquilo algo não real provocado por um estímulo mecânico. Por esse tipo de experiência é possível a pessoa sentir odores, perceber formas, cores, sensações auditivas e mesmo estados se cólera e de tranqüilidade, sensações eróticas, etc.
Se, por exemplo, for estimulado um ponto correspondente a um odor a pessoa sentirá aquele odor de forma não fácil de concluir ser ele provocado por algo real ou simplesmente ser resultante de um estímulo mecânico cerebral. Agora vale outro ensinamento. Se aquele ponto, em vez de ser levemente estimulado, o for com intensidade, está sujeito a ocorrer um dano com resultado definitivo, algo que passa a agir de forma perene e assim a pessoa jamais deixaria de sentir aquele odor. Isto é valido para qualquer outro tipo de sensação.
O que descrevemos sucintamente sobre estímulos presta-se bem para o entendimento do que ocorre com referência ao ponto energético. Ao ser estimulado o ponto de convergência (= ponto de aglutinação ) a pessoa vivencia uma outra realidade, quer em espaço, quer em tempo. Na realidade não é um deslocamento do ponto energético.
Uma pessoa que tenha a capacidade de perceber o corpo energético vê aquele ponto de confluência nas diferentes situações. Vê que ele como que muda de posição dentro do campo energético. Na realidade ele não muda de lugar, na realidade podemos dizer que isso é só aparente, há deslocamento real do ponto de convergência energética e sim níveis de vibrações que dão uma sensação, pois o que se percebe realmente é a alteração vibratória. Um nível vibratório corresponde a um estado de consciência, uma vibração diferente corresponde a outra realidade e assim sucessivamente. No nível em que o ponto energético estiver vibrando ali está a consciência da pessoa.
Não é raro ter-se percepções de outros níveis de consciência e de registros de memória. Isto em dado momento aflora parcialmente durante o sono e no estado de vigília é assinalado como um sonho.
Acontece que os sonhos não são claros exatamente porque as percepções ocorridas durante o sono são conscientizadas fragmentariamente, afloram segmentos de percepções de situações diferentes misturados. Esta é uma das razões pelas quais os sonhos são alheios aos princípios que regem o pensamento lógico. Via de regra, eles violentam a lógica, a começar pela relação espaço tempo. Estas duas condições têm conotação totalmente diversa daquelas que ocorrem no estado de vigília.
Mas não são apenas “viagens” que participam na elaboração dos sonhos. Quando uma pessoa adormece, ela praticamente está no mundo astral e todas as condições que já estudamos a respeito do astral se tornam presentes. Aquelas situações são rememoradas quando a pessoa volta ao estado de vigília e então tem a sensação de haver tido um sonho. Assim, uma pessoa através dos estados de sono ter acesso a diferentes níveis astrais que ela em ciência como se fosse um sonho.
Num estado de sonho a pessoa pode ter acesso a níveis com escala espaço/tempo totalmente diversa e assim em certas condições pode ter acesso aos registros do tempo e colher eventos ainda por acontecerem no mundo objetivo. Neste caso são os sonhos premonitórios.
Por meio dos sonhos premonitórios é que muitas profecias são feitas. O futuro já está registrado no tempo, ou como preferem chamar os orientais, nos registros akásicos. Aqueles registros podem ser consultados e assim sendo uma consulta aos registros do tempo pode aflorar parcialmente constituindo exatamente um sonho.
No estado de sonho a mente de uma pessoa adormecida comporta-se num nível abaixo do nível do estado de vigília, muito embora as experiências que ocorrem num sonho sejam muito mais elásticas desde que no estado de vigília há um enorme condicionamento físico da mente, enquanto que no estado onírico a barreia imposta pelo corpo físico é muito menor. Embora menor a clareza de consciência, é menor do que no estado de vigília. Como veremos mais a frente, o nível de consciência num sonho pode ser de qualquer nível superior porque o estar ou não sonhando não indica o nível de consciência e sim um estado fisiológico apenas.
(José Laercio do Egito-FRC)
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