A palavra de origem sânscrita “KARMA” significa em si mesma, lei de ação e conseqüência.
O KARMA (kar= agir, fazer ; ma= efeito, ação) tem como significado básico "Ação", que gera uma reação, o que mais tarde Newton traduziu como uma das leis básicas da física: "toda ação corresponde a uma reação igual e em sentido contrário".
Dessa forma, o karma pode ser considerado como o destino, a colheita, conseqüência do que nós mesmos criamos e semeamos. Expressa, portanto , o encadeamento das causas e efeitos, garantia da ordem do universo.
Mas como o karma é a própria formação do destino (do latim destinare= fixar previamente, determinar com antecipação), temos nosso destino nas mãos, não precisamos temer o novo, pois temos o livre-arbítrio para conquistá-lo.
O DHARMA, palavra que significa lei, dever, direito, justiça, designa a bagagem moral, intelectual e espiritual que o homem possui na vida presente, fruto do trabalho evolutivo de encarnações anteriores. É o resultado da aquisição individual em material pronto para se expandir. É o potencial para a vivência do karma.
Sendo assim, como o passado sempre encontra o futuro, o karma também pode ser entendido como a conseqüência futura da utilização do dharma, evidenciando que o que se planta hoje, colhe-se amanhã.
Por isso o dharma é a tarefa a ser executada nessa vida, e que foi legada à Alma por seu próprio arbítrio. É a retidão, conformidade à ordem cósmica, lei que rege nossa natureza essencial. Caracteriza então a possibilidade de evolução do homem no presente. Tanto revela o que foi aprendido e deve ser revisto como o que inexiste nele, as qualidades ainda não assimiladas. É, portanto a chave para a compreensão da missão do ser nessa vida.
E para julgar nossas ações existe nos mundos superiores o Tribunal da Justiça Divina, que também chamamos de Lei Divina, composto por seres superiores, mestres de consciência desperta cuja função é pesar nossas ações e aplicar de forma justa a sentença.
Segundo as Escrituras Sagradas, existem vários tipos de Carma:
Individual: quando é aplicado especificamente a uma pessoa (é importante ressaltar que nem todo sofrimento ou acontecimento desagradável é cármico, pois devido a nossa inconsciência podemos causar diretamente nosso sofrimento. Por exemplo, uma pessoa que é atropelada após atravessar uma rua sem a devida atenção).
Familiar: quando é aplicado de tal forma que afeta toda uma família.
Regional: quando é aplicado em determinada região.
Nacional: é uma ampliação do carma regional. Temos o exemplo de países que são assolados pela guerra, ditaduras, misérias, desastres naturais, etc.
Mundial: quando é aplicado a toda humanidade. Temos o exemplo das guerras mundiais, atualmente vemos os problemas econômicos mundiais, iminência de guerra nuclear, grandes desastres naturais, etc.
Katância: é o carma mais rigoroso, que é aplicado aos Mestres, que apesar de suas inúmeras perfeições, podem cometer erros e serem penalizados.
Kamaduro: que é o carma aplicado a erros graves, assassinatos, emboscadas, torturas, etc. Esse tipo de karma não é negociável e quando é aplicado vai inevitavelmente até as suas consequências finais.
Karmasaya: esse carma também não é negociável e é aplicado quando a pessoa comete adultério. Nas escrituras sagradas está escrito que “todo pecado será perdoado, menos o pecado do adultério.
O karma é o somatório das tendências da Alma, bagagem adquirida no trilhar da Evolução Espiritual durante as várias encarnações, portanto também são nossos maiores dons, potencialidades já trabalhadas, e que, estão prontas para serem doadas nessa vida, e por isso pode nos proporcionar grandes realizações.
O karma se torna negativo e difícil quando é um vício da Alma, um padrão cristalizado, um hábito, um caminho que a Alma não quer deixar de trilhar porque está apegada, seja por acomodação, ignorância ou pelo simples medo do novo.
Não podemos esquecer, que nesta fase de evolução planetária, é muito importante é o aprendizado do livre-arbítrio, o uso sábio da capacidade de fazermos nossas escolhas, para que possamos aperfeiçoar nosso Ser Crístico.
O termo Cristo é de origem grega (Krestòs), e significa Herói Solar, designando o Iniciado que, assim como o sol, que no centro do sistema centraliza os planetas nas suas órbitas, ao seu redor, tem a capacidade de centralizar seus corpos físico, emocional e mental, encaminhando assim suas atitudes com equilíbrio, portanto é um sábio diante do seu destino.
Essa é a possibilidade que se abre por estarmos nessa roda do karma, encadeando causas e consequências que podem nos levar à mestria do Cristo. Aceitar o dharma e se perdoar diante dos medos e das falhas, renova e floresce a Alma no seu processo de amadurecimento espiritual.
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