A FICÇÃO, A CIÊNCIA E A VERDADE
A insegurança e a inquietude que invadem o mundo lúcido têm causas detectáveis que acabamos de tirar de sua sombra criminosa: A ciência, a filosofia e a religião. A ciência e a filosofia, tais como foram compreendidas são, de fato, magia negra. As religiões são falsas na medida que nos afastam do são conceito de Deus.
Ainda temíveis, sobretudo as dos judeu-cristãos responsáveis, em pleno século XX, das guerras da Irlanda e da Palestina, estão, não obstante, perdendo ímpeto e não resistirão ao assalto do tempo. Em compensação, a ciência denominada oficial, capitalista no Ocidente, socialista na Urs, tem o mundo sob sua peçonha de macho cabrio e as filosofias subversivas, políticas, sociais, ideológicas, são absorvidas pelas massas passivas, e com elas se deleitam e se sustentam. A contestação, a televisão, o rádio, o cinema, a imprensa se converteu no ópio do povo.
MORTE AOS SÁBIOS
Uns sociólogos ao estilo Idi Amim Dada propuseram matar os sábios, ignorantes, crentes e políticos da extrema esquerda à extrema direita. Resultaria, efetivamente, radical e eficiente.
— Assim não ficariam mais que os simples de espírito. — Comentou o humorista Pierre Dac. De fato, é muito simples que os simples de espírito sejam as únicas pessoas honestas que subsistem com promessa de chegar ao reino celeste. Há, com freqüência, mais bom senso num rasgo de gênio que numa exposição acadêmica.
Em 1794 foi imolado Lavoisier sobre o altar da cólera pública.A República não necessita de sábio! — Teria dito um juiz de tribunal. Cabe, seriamente, fazer a pergunta: Será preciso que cada homem honesto se encarregue de seu sábio pra salvar a civilização?
É desgraçadamente evidente que, desde princípio do século, o sábio ficou incômodo, perigoso, maléfico e onipotente.
É a opinião claramente exposta pelo Comitê Pugwash que agrupa os mais eminentes investigadores de nosso tempo: Físicos, químicos, filósofos, matemáticos, biólogos, etc.
Alberto Einstein disse, em 1950: Com Hiroxima os sábios se internaram, deliberadamente, na via do crime, e se conhece seu célebre grito de alarma: Alerta à bomba atômica... Os povos da Terra estão em perigo de morte!
Muitos outros, entre aqueles que se qualificam de sábios, adotaram a mesma, posição: O físico Leo Szilard, o químico Linus Pauling (prêmio Nobel da Paz), o biólogo Gregory Pincus, o Papa João XXIII, o doutor Schweitzer, o ilustre psicólogo Conrado Lorenz, o biólogo João Rostand...
— O mundo terminará numa conflagração nuclear. — Profetizou Gregory Pincus.
Na Idade Média se levava à fogueira os bruxos, culpados, segundo se dizia, de ter feito um pacto com o Diabo. No século XXI cabe no possível que, pela mesma razão, se faça subir os sábios à fogueira. A massa se deixa violar por eles antes de tentar compreender e, do mesmo modo, se deixa seduzir e violentar pelos anticristos, os charlatães, os contistas-do-vigário, os proxenetas da sociedade do século XX, cujos lacaios e porta-vozes são os jornalistas.
Certo é que sentimos grande admiração e certo afeto por Lavoisier, por Niels Bohr, por Einstein, por João Rostand, mas também temos as mesma debilidade por tabaco, álcool, nata batida e escopeta de caça.
Mas o odioso e o insuportável é que os menos valiosos, os menos providos, os mais discutíveis do ensino sacrossanto oficial, cometem o pecado de orgulho, de estupidez e se consideram águias.
UM COMITÊ DE SALVAÇÃO PÚBLICA
O empírico, o esoterista, são malfeitores? Verdade é que há muito de engano entre os charlatães do fantástico e do milagroso, mas sua ação não provocam mais que um leve prejuízo à sociedade. Ao contrário, os iniciados do mundo antigo e os de nosso tempo, aportam luzes e possuirão figura de profeta no futuro conjuntural.
O herege mas clarividente Giordano Bruno, antes de ser queimado vivo em 1600, havia alçado a voz contra os tiranos sociopolíticos e seus mercenários da ciência.
Deus não quer seus inventos diabólicos e sua magia negra. — Disse em eco o pensador Filipe Lavastine.Por ele numerosos contemporâneos nossos julgam necessário criar um Comitê de Salvação Pública, uma espécie de Internacional de pessoas honradas e lúcidas, capaz de manter afastada a Internacional dos Bruxos, cujas sedes estão no que eles chamam Academia de Ciência.
OS BRUXOS DA GRANDE NOITE
O mundo de nosso século é preso da bruxaria. O curandeiro não é um bruxo, inclusive simpático. É, um Conhecedor, um sábo autêntico, muito mais que um biólogo, por excelente que seja a intenção desse último. Ninguém sabe no absoluto, mas, na relatividade cotidiana, se pode expor que o crente, aquele que tem a fé é, dalgum modo, um sábio.]
O Conhecedor é sempre um crente. Se não, seria um investigador. O curandeiro não investiga nem busca, sabe que tem um dom: O taumaturgo J.-P. Girard não consegue seus milagres mais que quando está seguro dele. O religioso crê em seu deus e o esoterista em sua tradição. O físico atômico, o genético, o químico, não são sábios, senão bruxos, porque não crêem em seu próprio valor moral nem no de sua descoberta. Há que lhes render essa justiça: O sabem, o dizem e o proclamam, principalmente no transcurso das deliberações do Comitê Pugwash.
O que nos atrevemos a lhes reprochar é que sendo, em sua maioria, inteligentes e lúcidos, persistam em sua baixa faena de bruxos ímpios. Ninguém os condenou à fogueira. Muito ao contrário, se lhes tem prodigado as honras mas, na Idade Média, teriam sido queimados na praça.
O triunfalismo dos bruxos de nosso tempo, sua visão tecnológica do universo são expressão de suas más idéias, de seu satanismo e de sua ambição de suplantar a Deus nos separando do cósmico. Querem inventar sem passar na escola da Natureza. Não querem ser criaturas, senão criadores (o que corresponde a uma religião panteísta perfeitamente defensável). Sua investigação vai sempre dirigida até uma coação do universal, da matéria e do espírito: É a diligência típica dos bruxos e dos magos negros.
Antanho o taumaturgo ambicionava voar no espaço, seja com o cabo de vassoura do aquelarre, por levitação, droga alucinógena ou ao estilo de Ícaro. Por uma ironia do azar e por uma predestinação magistral o cabo de vassoura das bruxas persistiu em nosso tempo pra se converter com a mesma denominação, na barra de comando dos aviões.
SÁBIO OFICIAL = INCAPAZ = DILAPIDADOR
Ao escutarmos o sábio, é um dom-quixote que atua pro bem-estar da humanidade que lhe deu o labirinto: O diâmetro do universo é de 20 mil milhões de anos-luz. Os quasares fogem a velocidades superlumínicas. Existem, quiçá, aminoácidos no espaço interestelar. O corpo humano está composto por milhares de milhões de células. Uma bomba H de 100 megatons poderia aniquilar a Bélgica e a Holanda. Seriam necessárias três pra pulverizar Inglaterra, 4 a França e 15 Estados Unidos...
Mas o sábio aporta também comodidade: As vivendas de renda limitada, a moto, o carro, o avião supersônico pra viajar, o frigorífico e a bolsa de provisão em material plástico. Inclusive têm uma moral muito sua.
Se dá aos homens a possibilidade de desfolhar os bosques, de incendiar as cidades com napalme, de atomizar milhões de seres fortes, válidos, produtivos na sociedade (não há mais remédio que utilizar seus pequenos inventos!), a mudança quer salvar o mongolóide, o drogado (cruzeiros pelos trópicos!), o alcoômano, o louco, o assassino (sempre traumatizado, o pobre) e se propõe lhes assegurar a vida, o conforto, senão a impunidade. A custa do contribuinte, desde logo, é dizer: Dos trabalhadores com boa saúde! Por que é necessário pagar tudo isso?
A humanidade ocidental sangra na ganância de seu trabalho pra manter, no sentido mais duvidoso da palavra, os insolentes ou proxenetas dos laboratórios e lhes oferecer viagens até os países dos simpósios e seminários que, coisa estranha, se celebram sempre em nações muito bem equipadas em hotéis de quatro estrelas.
É preciso que o camponês labore, que o pedreiro suba ao telhado e o mestre de obra ao andaime, que o trabalhador metalúrgico afronte a fogueira dos altos fornos, que o mineiro contraia silicose a 800m sob a terra, pra comprar ordenadores, pagar satélites e procurar bonitos brinquedos aos eternos buscadores que nada encontram, remunerados com honorário principesco e de cadeirões suntuosos que, não obstante, consentem em abandonar pra pontificar na televisão em sua gíria presunçosa.
Com a aquiescência das massas denominadas ilustradas!
DIPLOMADOS DE PERGAMINHO E DESCOBRIDORES AUTÊNTICOS
E o que dizer da arqueologia, dentro da qual se movem tantos impostores, fabricantes de fanfarronadas e descobridores de nada em absoluto?
Quem descobriu Tróia? Schliemann.
Quem descobriu Altamira? Marcelino de Sautuola.
Quem descobriu Glozel? Émile Fradin.
Quem descobriu as 30.000 vasilhas de olaria de Acambaro? Waldemar Julsrud.
Quem descobriu as pedras de Ica? Doutor Cabrera.
Poderíamos multiplicar a lista quase ao infinito.
Pois bem: Nenhum desses descobridores era arqueólogo diplomado!Nenhum possuía título, pergaminho que creditasse sua erudição em pré-história.Nenhum cobrava algo dum pressuposto nacional, nem foi ajudado por uma subvenção oficial, nem pertencia a um organismo distribuidor de maná. Todos eram arqueólogos silvestres. Todos foram insultados, injuriados, molestados pelos impostores, os prevaricadores, pelos ignorantes da pseudociência chamada oficial.
Certo é que o tempo fez justiça dessas difamações, mas a que preço! Esses descobridores difamados viram sua vida sombreada pela maldade, pela vileza de seus impudicos adversários. Todos viram suas descobertas postas em tela de juízo. Descobristes Tróia, Altamira, Glozel, Acambaro, Ica? Impossível. Não possuís diploma creditando vossa qualidade de arqueólogo!Assim vinde os ignorantes, os impotentes...
GLOZEL E OS LACAIOS DA MENTIRA
Numa sociedade que não estivesse corrompida até a medula, numerosos pré-historiadores seriam enforcados sem mais e a maioria dos jornalistas cientistas (sic!) enviados ao senhor Amim Dada como presente a seus crocodilos.
O museu de Glozel, com sua magnífica coleção de tabuletas escritas, de sílex, de ossos gravados, de olaria, etc., é autêntico.
Como tal foi reconhecido, depois de comprovação de datação com termoluminescência, pelo serviço de dosimetria do Comissariado de energia atômica e os serviços análogos dos laboratórios atômicos de Riso (Dinamarca) e de Edimburgo (Escócia).Mas não por isso se retratou a conjura da mentira.
A revista Archeologia (#54, pág. 85) não teme publicar a opinião dum leitor tão pouco informado como mal intencionado:
— Alguns levam muito a sério esse Glozel e juram, obstinadamente, que não se pode ser mais autêntico.O que é particularmente grave quando se sabe que Arqueologia é redigida pelos oficiais da pré-história. O que estigmatizava Giordano Bruno há quatro séculos.
Mais típica ainda é a postura da revista Sciences et avenir (Ciência e futuro) que se dá por missão informar às multidões ignorantes sobre a investigação e descoberta científica.
Henry de Saint-Blanquat depois de dizer que a Hadjar El Guble de Baalbeque «está, ainda, parcialmente presa sobre seu leito rochoso» (o que é falso) escreveu com arrogância no #270 de agosto de 1974:
— O suposto alfabeto de Glozel (sic) não é senão um conglomerado de sinais pescados ao azar nos livros. As supostas (re-sic) tabuletas não resistiriam alguns anos de permanência no solo.
E esse eminente especialista prossegue:
— Nunca se ouviu um arqueólogo digno deste nome tomar a defesa da escritura nem das tabuletas de Glozel. Monsieur Charroux escreveu, no entanto: Apesar das conjuras de contra-verdade tivemos a honra de reconhecer a perfeita autenticidade do sedimento de Glozel, etc.
Pois sim, Monsieur de Saint-Blanquat, temos tido a honra, e o senhor H. François, chefe do serviço de dosimetria física no Comissariado de energia atômica teve também a honra de escrever a Émile Fradin, em 7 de abril de 1975:
— Quero te felicitar e expressar minha alegria. Somente alguns retardados mal-informados poderão ainda pretender que és um falsário.
«As comprovações das medidas feitas independentemente em cada laboratório (mediante termoluminescência) são perfeitas e indiscutíveis. Toda precaução foi tomada».
E essas medidas dão 2.500 a 3.000 anos à escritura e às tabuletas!
Deixamos a nossos leitores apreciar essas curiosas declarações dum jornalista denominado cientista, publicadas numa revista que se jacta de fustigar os arqueólogos silvestres e a arqueologia fantástica!Como as tabuletas de Glozel, as pedras de Ica serão reconhecidas autênticas algum dia.
Enquanto toda uma máfia expele seu veneno, desacredita, difama impunemente.De qualquer maneira nos atrevemos a consignar os nomes daqueles a que um escrúpulo de consciência voltou a colocar sobre o caminho do dever e da honra.
QUADRO DE HONRA
Pré-historiadores que, depois de difamar e insultar Glozel e o descobridor Émile Fradin, tiveram a honestidade elementar de apresentar seus pretextos e desculpas ao pequeno camponês-arqueólogo quando, no fim, foi demonstrada a autenticidade dos objetos: NENHUM
Eis aqui algo que diz mais que um livro sobre a impostura em arqueologia.
A FICÇÃO CIENTÍFICA E O LABIRINTO DA VERDADE
Se pra nos defender contra aqueles que nos atacam e contra aqueles igualmente que rapinam nossas descobertas e roubam o título de nossos livros, brincamos de vingadores, não queríamos por isso nem muito menos, fazer papel de guru ou de dono da verdade.
Somos arqueólogos silvestres, é um fato, e com muita honra, mas se nossa arqueologia é fantástica é porque o fantástico pertence a sua natureza, a sua própria essência.
No entanto não podemos dizer que os traçados de Nasca do Peru, que as medicine wheels do Canadá, que as pedras de Ica, que os gigantes da ilha de Páscoa, que o transporte de pedras talhadas de 30t ao cimo da fortaleza de Ollantaytambo, Peru, que os foguetes de três andares enviados no céu de Sibiu (Romênia) em 1529, etcétera, são coisas que pertencem ao cotidiano, ao corrente!
Que façamos ficção científica é muito diferente!De fato, não existe a ficção científica, como tampouco, por outra parte, a ciência (de scire: saber), salvo àqueles que se tomam por Deus Pai e, desgraçadamente, formam legião.
Conviria melhor pensar em diligência, investigação até um inseguro labirinto mas, posto que a maia do verbo impôs a ficção científica, diremos que essa não se diferencia da pseudo-ciência dos pontífices e dos charlatães exceto por sua honestidade fundamental e humildade. Talvez também por maior possibilidade de investigação com vista a acessar meta concreta.
De fato, a imagem-desejo, ou ficção científica, precedeu à ciência, é sua geradora, o aguilhão e a vidência magistral, pela exata e luminosa razão que surgiu do poder da imaginação excitada pelas mensagens abstrusas dos cromossomos-memória.
E a imaginação entra numa porcentagem elevada na descoberta: 50% de trabalho, 10% de labirinto, 30% de imaginação e 10% de azar (segundo se diz!).
Mas há de imaginar o verdadeiro e isso não está ao alcance de todo mundo!A determinação do passado ou do futuro (da qual se pode afirmar a coincidência em filosofia e em matemáticas) é uma espécie de evidência que se imagina ao recorrer às zonas habitualmente não solicitadas de nosso complexo neurônico.É, dalgum modo, um sistema de deslocamento na continuidade espaço-tempo.
Se o autor não se acha em estado de graça, então sua visão é puramente quimérica, mas se tem cultura e dom, então pode prever, descobrir, prefigurar, a semelhança daqueles adivinhos, profetas ou bruxos da Antigüidade que anunciaram o rádio (conversação dum a outro extremo da Terra), a televisão (o espelho mágico), o avião (o tapete voador), a ubiqüidade (as ondas denominadas singulares), etc.
A esse nível o escritor (o poeta também) pode ser considerado cientista.O substantivo ficção científica não designa, pois, mais que a novela quimérica. As obras que se baseiam em descobertas ainda não efetuados deveriam, em todo estado de causa, ser denominadas novelas de antecipação.
A IMAGINAÇÃO ENTRE OS SÁBIOS
A verdadeira ficção científica pertence ao terreno do físico, do químico, do astrônomo, cujo saber está limitado no tempo, posto que a descoberta de 1950 fica, geralmente, superada em 1975. O sábio, como o novelista de antecipação, não é mais que um investigador submetido às leis da maia. Isso é o que captava o grande Niels Bohr quando dizia:
— Só o insensato tem possibilidade de ser verdadeiro.
Com um matiz similar Teilhard de Chardin escreveu:
— Só o fantástico tem possibilidade de ser verdadeiro.
O labirinto no menino é obtido com ajuda de experiências, mas antes de fazer a experiência o menino calcula, imagina o que poderia suceder e o que deseja ver suceder.A primeira fase até a identificação dos fenômenos é ciência imaginal e o sábio clássico não opera doutro modo.
Doutor Artur Kantorowitz, diretor dos laboratórios de investigação Avco-Everett, em Massachustes, fez, em 1976, um comunicado ao muito sério Congresso da Associação Ianque pro avanço da ciência que ilustra nossa tese.
Se tratava, nem mais nem menos, dum projeto de lançamento no espaço de caravanas de naves cósmicas sobre uma estrada de raio lêiser!Projeto científico ou ficção científica?
Os muito autênticos físicos que são Fred Hoyle, Léo Szilard (um dos pais da bomba atômica), o matemático Norberto Wiener, o geneticista J. B. S. Haldane, o astrônomo Artur C. Clarke, o bioquímico Isaque Asimov e muitos outros, escreveram livros que estão catalogados na ficção científica mas que, no espírito de seus autores, prefiguravam descobertas e acontecimentos prováveis.
A VERDADE NÃO EXISTE
Em verdade... a Verdade, no sentido absoluto, é uma ficção e foi sempre considerada como tal.O filósofo grego Pirro, há 2.300 anos, assegurava que não existe espécie de verdade e era também a opinião de Retório, heresiarca do século IV.
«A poesia é mais verdadeira que a história», dizia Aristóteles, e Pascal chegava ainda mais longe ao afirmar que: Nada é certo, inclusive que nada é certo.
Para Henrique Poincaré, «tal verdade é mais cômoda que outras» e pra Gastão Bachelard não há verdades, senão leis tendentes, conjeturas.
«Toda verdade é uma imaginação, um conto alucinatório, uma invenção», disse o professor Leão Poirier, do instituto.
De fato, tudo nos é incomunicável.
É claro que cada um de nós tem uma chave de decifragem pra tudo o que nos é proposto, já que cada um tem seu conceito, linguagem pra decifrar tal ou qual aspecto do real.Viste uma mulher muito bonita, um homem muito bom.Que sentido dar a tuas palavras? A mulher bonita é loura, morena, ruiva. O homem é bom porque vai à missa, porque é caritativo ou justo?
Viste um gerânio vermelho mas ninguém mais que tu pode dar a verdade de teu vermelho.Os 7 milhões de cones e os 130 bastonetes da retina (quantidades que são distintas segundo os indivíduos) não transformam exatamente os 750.000 matizes cromáticos que percebem, numa energia elétrica assimilável pra todos os cérebros.
Em resumo, sobre 4 mil milhões de homens não existem dois que possam perceber exatamente a mesmo cor.
Por isso mesmo ninguém pode dizer exatamente que idade tem, que hora é, já que nada é imóvel, nada é permanente no universo, inclusive o próprio universo.Tudo é maia, imaginação e, como o dizia um poeta espanhol: Toda a vida é sonho e os sonhos, sonhos são. O dia em que uma mulher nos ama está cheio de sol e de borboleta!
Capítulo XVIII
JESUS ESTÁ ENTERRADO NO JAPÃO
Os carpinteiros na antiga Palestina eram tão raros como em nossos dias os vendedores de gelo na Groenlândia e os construtores de iglu no Equador.Aqui radica, sem dúvida, um dos elementos insólitos que tem dado caráter à vida de Jesus, se dermos crédito aos evangelhos.
Devemos crer? Se é assim, então também temos de dar crédito a sua viagem ao Tibete, segundo Nicolau Notovich que relata as manifestações dos mercadores vindos de Israel no primeiro século de nossa era, e menciona um texto explosivo cujo original estaria em Lhasa.
JESUS NO TIBETE
No transcurso de seu décimo quarto ano, diz o manuscrito, o jovem Issa (Jesus) bendito por Deus, veio aquém do Sinde (província de Carache) e se estabeleceu entre os árias no país amado de Deus...
»Issa negou a origem divina dos Vedas e dos Puranas... a Trimurti e a encarnação Para-Brama em Visnu, Siva e outros deuses».
Definitivamente, Notovich, o mesmo que Alexandra David-Neel (se emite certa reserva sobre a autenticidade de sua viagem) foi ao Tibete, onde conheceu um lama tagarela que lhe mencionou manuscritos depositados em Lhasa.
Após uma verdadeira caça dos documentos, Notovich os encontrou em Himis, os copiou e sem dúvida, inclusive, tirou várias fotos.
— Desgraçadamente, — escreveu — quando de regresso à Índia, eis examinado os negativos, resultou que estavam todos estropiados.
Não nos assombra muito!
O bom Churchward nos havia acostumado a semelhantes desenganos quando se tratava de demonstrar afirmativas mediante o argumento decisivo da foto.Pois bem, os japoneses são menos evasivos e se estás de bom humor, podes chegar até o país das manhãs serenas, que o foi um pouco menos em 6 de agosto de 1945, e tirar fotos da tumba de Nosso Senhor Jesus Cristo.
AS TUMBAS DE JESUS
Se encontra num túmulo do povo de Herai, província de Aomori, na extremidade norte de Hondo, numa região de grande interesse arqueológico, posto que nela se pode ver a pirâmide de Kazuno Chi, cromeleches e menires.O túmulo, perfeitamente conservado, está entre árvores.Uma escada de madeira, recoberta de terra, foi acondicionada e imediatamente à esquerda da escada uma grande placa informa (em inglês) ao visitante :
TUMBA DE JESUS CRISTO
É crível que Cristo, à idade de 21 anos, veio ao Japão, onde estudou teologia.Na idade de 31 anos regressou à Judéia pra predicar a mensagem de Deus. Mas, em vez de aceitar seu ensino, o povo julgou que havia de o matar. Seu irmão mais jovem, Iskiri, foi crucificado e morreu na cruz em seu lugar.
Cristo, que conseguiu escapar da crucifixão, regressou ao Japão após um viagem acidentada. Morou no povoado de Herai e se diz que viveu ali até a idade de 101 anos. Neste santo lugar se comemora a tumba de Jesus Cristo à direita e a de Iskiri à esquerda.
»A lenda assegura que esses feitos estão resenhados no testamento de Jesus».
Os respectivos túmulos dos dois irmãos distam entre si 10m. Têm 13m de altura, aproximadamente 10m de diâmetro. No centro foi plantada uma cruz branca de madeira, de dois metros de altura.Para os nativos os túmulos são a casa de Kirisuto, que é o nome japonês de Jesus e no povo se podem ver aos descendentes desse Kirisuto e lhes falar de seu ilustre antepassado, do qual a família Sawaguchi é a representante.
O HOMEM DE ISOARA
A granja de Sanjiro Sawaguchi, setenta e quatro anos, está situada atrás da colina.Segundo a declaração do ancião, Jesus se instalou primeiramente em Herai sob o nome de Hachinohe Taró Tenkú (céu divino), se casou com a bonita Ymiko, que lhe deu três filhas.É uma delas a que se casou com um Sawaguchi cujos filhos se converteram em Miko-no-Ato, quer dizer: Descendente do mensageiro do deus.
A dizer verdade, as tumbas de Jesus e de Iskiri não foram reconhecidas como tais até 1936 quando veio, desde Isoara, Kiyomaro Takeuchi, grande sacerdote sintoísta, cujos antepassados estavam destinados à Casa Imperial desde tempo imemorial. Vinha acompanhado duma delegação de personagens muito importantes.
«O homem de Isoara — disse Sawaguchi — declarou que, segundo documentos probatórios, essas tumbas eram as de Jesus e de seu irmão, e que éramos os descendentes de Kirisuto. Depois, o estranho visitante, do qual nunca soubemos o nome, desapareceu e nunca mais ouvimos falar dele. O que é curioso é que, segundo a tradição ocidental, Jesus morreu há 1.947 anos. Pois bem, os cedros do país, deduzindo por seus anéis de crescimento, têm perto de 2.000 anos!»
Segundo um historiador local, Tomita Suwa, de Oyn Spa, a tradição crística de Herai remontaria a uma emigração de cristãos nestorianos, em tempo difícil de precisar. As tumbas poderiam ser as dos chefes da seita.Suwa disse que acompanhou a Herai o homem de Isoara, o qual, parece, obteve seu informe dum médium!
ROWLAND G. GOULD LEVA A INVESTIGAÇÃO
Segundo a novelista japonesa Kiku Yamané, que escreveu em 1939 um livro intitulado Hikari Wa Toho yori (A luz vem do leste), há de relacionar essa história com a resistência dos japoneses cristãos que, no século XVII, foram perseguidos. Em seu sistema de contestação havia práticas curiosas. Por exemplo: Introduzir temas cristãos nos quadros religiosos budistas, rezar a Buda tendo na boca um papel no qual estavam escritos versículos da Bíblia, e se fazer inumar num ataúde adornado com uma cruz.Os meninos, ainda em nossos dias, em certos povoados, são marcados com uma cruz branca na frente desde o nascimento.
Kiku Yamané pensa que hebreus vieram antanho a se instalar no norte do Japão e que deram origem aos ainos, esses habitantes de Ieso que, de fato, não têm rasgo japonês, senão que se parecem mais aos armênios.
— O nome Herai — diz ela — é uma alteração da palavra hebréia, do mesmo modo que Adda e Abba (homem e mulher) significam em japonês Adão e Eva. Em minha opinião, Kirisuto não está enterrado em Herai, senão no altiplano de Maiugatai, sob o tronco duma árvore muito velha.
Foi, então, que um correspondente de imprensa ianque, Rowland G. Gould, levou a cabo uma investigação muito meticulosa sobre essa estranha história.Deu por resultado que Kirisuto teria nascido em 624 depois de Jimmu, primeiro imperador do Japão.
Viajou na Índia e China, estudou o sintoísmo (a via dos deuses, religião nacional japonesa). É possível que tivesse vindo da Judéia já que o imperador Suinim (anos -29 a 70) lhe haveria concedido o selo do reino dos povos judeus.
Tudo isso é bastante nebuloso, já que está traduzido duma coleção de tabuletas ou de couros gravados que contêm, também, uma representação «de Maria e de José, feita com sua própria ossamenta e gravada por Jesus Cristo na idade de cento e cinco anos».
Na verdade não revelada, Jesus teria sido crucificado por ensinar na Judéia doutrinas sintoístas japonesas!
Segundo a informação recolhida por R. G. Gould, Kirisuto, na idade de 36 anos, teria partido de viagem na Europa do norte, África, Ásia, China, Sibéria, Alasca e, finalmente, Japão.
Seu ponto de residência, após quatro anos de peregrinação, teria sido Hachinoé e não Herai.Se conhece, inclusive, a data de seu desembarque no Japão: 26 de fevereiro do 33º ano de Suinim.Mas Kirisuto teria passado o final da vida em Herai, onde teria morrido na idade de 118 anos!
Esses relatos, detalhes, a miúdo contraditórios, documentos e relíquias, são propriedade dos descendentes de Kiyomaro Takeuchi, o grande sacerdote sintoísta.Estavam encerrados em cântaros com várias outras obras: O livro do Céu (Ten-no-maki), O livro da Terra (Chi-no-maki), O livro do homem (Jin-no-maki).
AS TÁBUAS DA LEI SE ENCONTRAM NOS ESTADOS UNIDOS
Somente O livro do Céu foi aberto e traduzido. Contém a genealogia dos imperadores do Japão e dos reis da Terra há cem mil milhões de anos.Há que admitir que é uma cifra respeitável!
Segundo eruditos japoneses, a Bíblia seria um livro completamente falso e a verdade expressada no livro da Terra nos revelará o que foi o Dilúvio e onde estão escondidos os arquivos mais valiosos do mundo.Durante a última guerra a coleção de Takeuchi estava depositada no arquivo do Ministério de Justiça quando o imóvel foi destruído por um bombardeio ianque.
Foi parcialmente salva, principalmente as tabuletas de madeira sobre as quais Jesus Cristo esculpira com sua mão (não era filho dum carpinteiro?) textos que não estão ainda traduzidos, e as pedras gravadas por Moisés pra imortalizar os mandamentos de Deus.
Esses documentos, segundo nosso colaborador Laurent J. Teisseire, foram recuperados pelos ianques como botim de guerra e estariam hoje na biblioteca de Uóchintão e no Pentágono.
Sukune Takeuchi, filho do homem de Isoara, Sasaki, alcaide de Shingo, e Kiku Yamané, que se ocuparam do assunto, faleceram todos, o que deixaria crer, que como sobre a tumba de Tutancamão, plana uma maldição sobre os túmulos de Herai!O único sobrevivente é Yashimiya Takeuchi, que é monge.
Capítulo XIX
REALIDADES, SONHOS E FANTASMAS
...Imagens não conseguimos reter no universo do sonho...
Quanto mais passa o tempo, tanto mais se acumulam os testemunhos e menos certeza temos sobre os ufos, os extraterrenos e as mensagens que devem ou que devemos enviar pra entrar em relação. Há três mil anos e ainda mais, os homens crêem que seus antepassados habitavam nalguma parte até Sírio, Vênus, os asteróides ou a Via Láctea...
As tradições são formais e indícios extremamente sérios militam a favor dessa tese, mas um escolho freia ou bloqueia a crença que poderíamos ter em nossa pátria extraterrena e em visitas dos povos do espaço: Os astrônomos nada detetam de positivo nesse sentido na ponta de seus telescópios e os disquistas mais fanáticos não podem proporcionar a menor centelha de disco voador, a menor prova duma presença extra-humana sobre nosso globo em convulsão.
No entanto, apesar dessa carência, os homens continuam cada vez mais crendo nos extraterrenos.Pois bem, essa crença irracional, obstinada, cega, serve, em nossa opinião, como símbolo de prova aceitável.
Certo é que, durante milênios, pessoas acreditaram, e outras ainda crêem, nos fantasmas, nos elfos, nas dríadas, nos gigantes, em Jesus, na Santa Virgem de Lurdes, na bondade e na justiça... mas desde que Niels Bohr disse que somente o insensato tinha possibilidade de ser verdade, desde que os físicos crêem que uma barra de aço pode ser torcida pelo pensamento, tudo se volta possível.
Com maior exatidão deveríamos dizer que nada é impossível e que o sonho mais exaltado, mais inverossímil, deve existir realmente nalgum universo do qual não temos ideia.
CONTRADIÇÕES FASTIDIOSAS
O que pensar em definitivo? Por uma parte, a análise das civilizações antigas, o labirinto das tradições e a decifragem dos símbolos nos aportam a quase certeza que iniciadores vieram, antanho, do céu.Por outra parte, nenhuma prova tangível apóia essa crença e o estudo lógico do fenômeno nos obriga a tirar a conclusão de que jamais sairemos de nosso sistema solar, mas que igualmente jamais civilizações do espaço poderão chegar até nós.
Temos a possibilidade, mediante nossos milhares de correspondentes, leitores e amigos, de possuir o censo da quase totalidade das informações mundiais sobre os ufos. Ademais, seguimos de muito perto a corrente do pensamento dos cientistas alguns dos quais, como veremos, se voltam tão empíricos e cândidos que, inclusive, os mesmos crentes nos discos voadores não os querem seguir em seus extravagabundeios!
Então, pra tentar esclarecer, estudaremos o problema o dividindo em três expedientes:
— Tradições, indícios e elementos favoráveis extraídos na Antigüidade.
— Extravagâncias dos disquistas.
— O que opinam os cientistas.
Só faltará tirar uma conclusão ambígua, tida conta que nada pode ser demonstrado num sentido nem noutro e que a solução é um assunto de crença.
ANO 3000: OS DEUSES
Eis aqui, em resumo, o que as tradições e a História nos deixaram sobre os iniciadores ou os extraterrenos que antanho teriam vindo proporcionar sua civilização aos povos da Terra.
— Há 8.000 anos, sem transição marcada, a civilização egípcia passou do nível do neolítico ao da arquitetura de templos como os de Abidos e Mênfis.
— Ao mesmo tempo os egípcios adotaram um tipo de escritura: Os hieroglifos, que são inteligíveis às inteligências mais diversas já que estão formados por imagens. De fato, é uma escritura universal, válida pra todo o cosmo.
— Há 5.000 anos todos os povos do globo vêem no céu Vênus-cometa que, sobre a terra, provoca incêndio, inundação e deslocamento polar.
Depois, parece que Vênus-cometa se prendeu nas redes do sistema solar e se fixou como planeta já que, a partir daqueles cataclismos, figura nas tábuas astronômicas antigas. Antes, não figurava.
— Há 5.000 anos os deuses venusianos substituíram aos antigos deuses: Viracocha entre os incas, Quetzalcoatle entre os maias, Belisama entre os celtas, Hator no Egito, Baal e Astartéia na Fenícia, Bel e Istar na Assíria e Babilônia.
— Há 5.000 anos os deuses da América do Norte e do Sul, da Europa, da África do Norte e do Próximo Oriente estão representados por um símbolo cornudo (touro ou carneiro) que corresponde à impressão produzida sobre eles pela visão no céu: De Vênus cornuda, de Vênus com dois cornos e com crina de fogo.
Em toda parte no mundo se encontram desenhados, gravados ou esculpidos, deuses montados sobre engenhos voadores, sobre serpentes ou dragões voadores, principalmente na Pérsia, Egito, México, Peru. Realizações técnicas e segredos científicos que parecem fora do alcance dos povos antigos eram, no entanto, conhecidos por eles:
Os pára-raios do templo de Salomão.
Os mapas de Piri Reis.
A lâmpada elétrica de Jechiele, sob São Luís.
Os misteriosos desenhos da Porta-do-Sol em Tiauanaco.
Os relatos de guerras atômicas no Maabarata.
A pilha elétrica de Bagdá.
Os homens de crânio plano do lago Tacarígua.
A lousa de Palenque, que representa, parece, um foguete à reação, pilotado por um cosmonauta.
O enxerto do coração sem fenômeno de rejeição, gravado sobre as pedras de doutor Cabrera.
A deusa Nute dos egípcios que figura o céu por uma mulher em flexão até diante, leva sobre o corpo uraios (globo e serpentes) separados por estrelas. Sob seu ventre está gravado um uraios alado provido de estrelas e esse conjunto celeste está suspenso sobre uma representação de nosso mundo, o que evoca, irresistivelmente, a idéia de viagem cósmica.
A Bíblia (Gênese I, 2-4) diz que anjos sexuados vieram do céu pra desposar as filhas dos homens.O Livro de Enoque apóia essa menção em 105 capítulos.
Ezequiel, na Bíblia, descreveu uma máquina voadora que inspirou o modelo dos atuais discos.
O escritor fenício Sanchoniatão (-1000) assegura que a deusa Astartéia veio do planeta Vênus sobre uma serpente voando com hélices.
Os manuscritos mexicanos reproduzem engenhos voadores e o que se crê ser viagens Terra-Vênus.
Os textos sagrados hindus revelam que nossos antepassados ários vinham duma estrela no Caminho de Ariamã.
O Corão situa o paraíso terreno fora da Terra, etcétera. Esse insólito terreno e esses relatos de viagens interplanetárias que encontramos em nossos livros, e que seria demasiado longo reproduzir, constituem para toda mente honesta indícios que convém ter em conta.
OS ANJOS, J. WEBER E OS DRAGÕES DOS CHINESES
O físico do Aunis, J. Weber, persuadido de que tivemos contato com povos do espaço e se referindo à Bíblia, escreveu:
Os filhos do céu (os anjos) puderam fazer filhos aptos nas filhas dos homens porque os códigos genéticos e sanguíneos eram idênticos. Donde se deduz que a origem das espécies é a mesma. Noutra parte a Bíblia diz:
— Deus precipitou sobre a Terra os anjos maus e, se dirigindo a seu chefe, acrescentou: E aquele será teu reino.
«Somos, pois, os descendentes desses anjos extraterrenos».
Mas resulta muito evidente que essa tese somente tem o valor concedido ao livro sagrado dos judeu-cristãos.
No mesmo sentido poderíamos conjeturar que a linguagem falada pela serpente no paraíso terreno era o de nossos antepassados do cosmo.
Na China também tradições fazem pensar na intromissão dos Celestes:
Quando dragões pelejam entre si no ar, caem grandes chuvas. Sob o reinado do imperador Tsingue, da dinastia Cheu, houve no verão de 580, no Yung-Yang, ao norte da água do Pien, uma batalha de dragões. Em primeiro lugar se viu uma luz branca que veio no céu diretamente do Oriente e um dragão branco de mais de dez braças de largo, se dirigia até o noroeste, lambia as garras e gritava.
E do Noroeste veio um dragão negro, igualmente montado sobre nuvens. O vento e o trovão se atacaram e, segundo se aproximavam ou se separavam, caíam grandes torrentes de chuva violenta desde o meio-dia até a hora terceira.
«Então o dragão branco subiu ao céu, e o negro caiu sobre a Terra.»
A mitologia chinesa acrescenta, também, (Mythologie genérale (Mitologia geral), Larousse, página 364):Os outros justos admitidos à felicidade da vida eterna vão à Terra de extrema felicidade do Ocidente.
«Essa terra, que se encontra na extremidade ocidental do universo, está separada de nós por uma infinidade de mundos semelhantes ao nosso».
O MEDALHÃO VOADOR DE SAULGÉ
Louis Jacolliot, em Histoire des vierges (História das virgens) (1874, gênese dos hindus, livro Primeiro de Manu), escreveu:
«Um mês dos mortais é um dia e uma noite dos pitris, antepassados dos humanos deificados que habitam os outros planetas».
É, aproximadamente, o que dizia o bardo e herói galo Taliesin: «Meu país de origem é a região das estrelas de verão».
As tradições dos hebreus asseguram que Moisés, Elias e Enoque foram transportados vivos ao céu, e uma curiosa escultura da igreja de Saulgé, na Vienne, representa o mesmo milagre que teria sucedido a uma misteriosa personagem chamada Renulfo.
Eis aqui como o historiador do Poatu, Jacques Pineau, descreve o gravado:
Segundo o abade Liége, o primeiro senhor de Montmorillon, Ranulfo, está representado num medalhão levado por anjos. Se pode ainda ler a inscrição: Ranulfis ad ostra levatur nobile agnetis. PTL (Ranulfo foi nobremente elevado até as estrelas) Agnetis significa Onde Agnes (sua esposa). Ignoramos o sentido de PTL
»Os autores disquistas não deixarão de ver um disco voador no medalhão e extraterrenos nos anjos».
A propósito dos tempestares, esses demônios geradores de tempestade que levavam as colheitas a Magônia, Jan e Josiane de Aigure escreveram em Vues nouvelles (Novas notícias), #5, suplemento de Lumières dans a nuit (Luzes na noite):
«Magônia é uma comarca fabulosa mas não inacessível. É mencionada pelo arcebispo Agobardo no famoso Traité de Grandine... Uma das escassas certezas que podamos ter sobre essa comarca, é que os tempestários chegavam a ela pra roubar da terra o grão e as colheitas segadas pelas tormentas que eles mesmos haviam desencadeado..».
Segundo as tradições, esses seres do espaço vinham sobre nuvens sólidas e os camponeses disparavam bala sobre eles e seu aparato.
Às vezes um tempestário, mortalmente ferido, caía da nuvem e se espatifava contra o solo.
AMIM DADÁ SAUDADO PELOS EXTRATERRENOS
É certo que não se pode conceder um grande crédito a essas lendas e, no entanto, disquistas cândidos chegam muito mais longe em suas crenças e por isso mesmo, falseiam o problema.
O general-presidente de Uganda, o pitoresco e inquietante Amim Dadá, teve o privilégio de ver um disco voador mergulhar no lago Vitória e voltar a emergir alguns minutos mais tarde pra se perder no céu. Era, segundo manifestou, uma homenagem que os extraterrenos dedicavam a sua esclarecida administração!
Uma profusão de prospectos procedentes de UFO-ARMY: Esquadro do Raio Verde anunciou aos franceses que na sexta-feira, 5 de dezembro de 1975, às 19h GMT, sete discos voadores sobrevoariam Paris: O ministério da guerra, o Elíseo, o senado, Nossa-senhora e a sede da polícia. Depois pousariam sobre a Casa da ORTF!
Na mesma índole de notícia, inscrevemos as declarações de Claude Vorillon que, o mesmo que Amim Dada, recebe um trato de favor dos extraterrenos.
A prova: Sobre um planeta desconhecido ceou com Jesus Cristo, Maomé, Buda e Moisés.
A ceia era servida por robôs biológicos e jovens nuas!
O escritor Jacques Bergier menciona (Nostradamus, Ep108) que, segundo o sábio ianque Harold E. Malde, seriam os extraterrenos que descobriram a América!
O semanário mexicano Segunda-feira da excelsior publicou a foto dum extraterreno descoberto no México. Senhas particulares: Cotos de braços, cabeça de cão sem olho mas com uma trompa(?).
Segundo ianques os discos voadores seriam emanações de Satã e Jesus teria Vênus como pátria.Está dito, de fato, Apocalipse XXII, 16:
«Eu Jesus... Sou o rebento e o filho de Davi, a estrela brilhante da manhã».
UM MARCIANO ENTERRADO NOS ESTADOS UNIDOS
L'année scientifique (O ano científico), revista editada pela Livraria L. Hachette e Cia, 1865, deixa constância duma estranha descoberta anunciada pelo periódico Le pays (O país), de 17 de junho de 1864.Na província dos Arrapahys, nas proximidades do Pie James, Sir Paxton descobriu, enterrado a mais de 20m de profundidade, um aerolito caído há milhões de anos.Em seu interior, John Paxton e o geólogo Davis encontraram uma ânfora de metal branco crivada de buraquinhos e com desenhos estranhos.
Mais abaixo, sob uma tarima metálica, os dois cavaleiros descobriram uma tumba que continha um homem envolto numa mortalha de calcário.
Era uma múmia que media apenas 1,20m. A cabeça não tinha cabelo, de forma triangular e uma espécie de tromba brotava da frente.
Ao lado do corpo havia uma placa de prata com uma representação do Sol e dos planetas, mas Marte era muito maior que os outros, o que indicava claramente, segundo os descobridores, que o indivíduo era um habitante de Marte!
O DISCO VOADOR MIETHE
Mais perto de nosso tempo, em 1955, a sociedade canadense Avro-Canada, construiu uma aeronave VTOL em forma de disco «com jato periférico análogo ao duma máquina terrestre».
Dois protótipos dessa prova puderam decolar a 2m de altura e o programa acabou em pleno ridículo.
Porque o projeto era classificado de secreto...Foi a última tentativa disco que conhecemos», nos escreveu a Sociedade de quem possuímos esses informes.
Isso não impede que os disquistas acreditassem firmemente num engano destinado a camuflar uma arma secreta e psicológica, aperfeiçoamento do V7 dos engenheiros alemães Miethe, Habermohl e Shriever que teriam construído o aparato pro Terceiro Império de Adolfo Hitler!
A ORDEM DE MELQUIDESEQUE
A verdade é que os discos voadores partem da Terra. Assim o assegura «A Ordem do Imperador e de Melquideseque, Império do universo», cuja sede está em Paris, rua Júlio Vales.
A Ordem está dirigida pelo próprio príncipe de Melquisedeque, perfeito sósia de Steve MacQueen, e pela princesa Satya Chana de Melquisedeque «Cavaleiro do reino de França, República francesa».
Nossa ordem — nos escreveu a princesa — propagará a ensino da imortalidade do corpo físico, como ter filhos imortais, sem sofrimento e, por suposto, sem passar pelo sexo, já que existem mais de mil maneiras de parir entre os extraterrenos.
Igualmente, escrevemos a Verdade sobre o Cristo que jamais morreu sobre a cruz, senão que fez uma ascensão a outro planeta com 11 milhões de essênios e hebreus santos...
Sobre dito planeta os animais tocam harpa, órgão, violino, falam e fazem escultura...Cada qual é livre de crer ou de rechaçar essas revelações fantásticas!
Com tudo isso o destino do mundo não sofrerá mudança e o pitoresco serve pra alimentar a imaginação.
(Livro: Arquivos de Outros Mundos, de ROBERT CHARROUX - Continua)
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