DELÍRIO DOS LABORATÓRIOS
Os astrônomos, os físicos, os funcionários do labirinto estão divididos quanto ao problema dos mistérios do céu: Os que negam pura e simplesmente aos ufos, os discos voadores e os pequenos marcianos visitantes e, aqueles que, razoavelmente, estudam o fenômeno e, aqueles que, o mesmo que determinados disquistas, deliram e pisam já nos parques-jardins dos parques extraterrenos.
OS DISCOS VOADORES: PROJEÇÕES MENTAIS?
Para o professor Cahen o mistério dos ufos é também o de nosso comportamento mental. Escreveu:
O ser mental não é plano. No sucessivo o homem deve ser considerado um veleiro submetido a todos os ventos do espírito e do ambiente. Os percebo como uma mancha gris e amarela, mas pra saber quem sois, devo projetar, ao mesmo tempo, sobre vós a imagem do homem que levo em mim.
»Meu vínculo com o mundo é duplo: Percepção e projeção».
Para o professor Cahen a projeção, que é a metade da vida mental, a imagem resvala, algumas vezes, por sua própria conta e explica que o indivíduo interprete mal a coisa percebida.
«Há que abordar o problema dos discos voadores como se abordaria um sonho diurno, uma imagem de sonho diurno. Aqueles que o vêem são perfeitamente sensatos e, com freqüência, tão racionalizados que puseram seu potencial de inconsciente sob pressão».
E então, repentinamente, esse potencial se libera, estoura e perturba a percepção habitual do mundo. Do mesmo modo que um vulcão quando entra em erupção, projeta lavas mais ou menos individuais, o homem inibido, não socorrido, inquieto. Em resumo: O homem defeituoso de projeção, exterioriza os desejos e as imagens-desejos que estão em si desde sempre (as estruturas mentais ou os arquétipos de Jung).Nesse sentido o círculo de Deus se converteria no redondel dos discos voadores.
A essas reflexões extremamente interessantes acrescentamos a opinião do astrônomo Hubert Reeves:
Nosso universo está, ainda, cheio de coisas que não compreendemos. Coisas misteriosas que estranham e (sobre o problema dos discos voadores) não posso ser afirmativo num sentido nem noutro.
»Neste momento isso me parece quase impossível. No futuro creio que vale mais ser prudente e nada dizer».
O que se pode dizer sem risco é que, cada vez mais, certos sábios ficam inteligentes, sensíveis, e não temem, em absoluto, dar um passo em direção aos poetas e aos esoteristas.
NOSSO UNIVERSO: UM PULSAR EM FORMA DE DISCO VOADOR
A associação de ideias quiçá parecerá insólita mas as reflexões do professor Cahen nos fazem pensar nas pistas de Nasca cuja explicação nos escapa, talvez porque não possuímos suficientemente o sentido do fantástico e do impossível permanente.
Uma imagem, em particular, nos volta à memória: A magnífica flecha que, no pampa, indica uma direção. Sírio. Vênus?
E se o pampa de Nasca fosse uma tábua de orientação pra ir aos planetas habitados?
Esses planetas estão situados, obrigatoriamente, sobre a borda de nosso universo galático que é uma espécie de pulsar organizado como o átomo, com um núcleo vibrante, denso, energético, e uma delgada coroa de estrelas que parecem se afastar pra se diluir no infinito.
Nossa galáxia tem, exatamente, a forma atribuída aos discos voadores e... às pílulas de aspirina e conservará muito tempo essa forma, a menos que um desabamento galático atraia todas as estrelas dentro de seu núcleo pra o transformar em buraco negro ou supernova.
Os planetas de civilização análoga à da Terra estão, pois, situados sobre o perímetro de nossa galáxia (em nenhum caso poderiam estar no núcleo) ou sobre a coroa de galáxias vizinhas.
É razoável imaginar relações intersiderais através dos infinitos de tempo e de espaço?
Os disquistas franquearam a passagem há muito tempo e agora os físicos e os astrônomos vão ainda mais longe e expõem hipóteses extravagantes que arriscam perturbar o espírito do grande público a quem o selo oficial é uma garantia de autenticidade.
FRED HOYLE: NOSSOS ANTEPASSADOS EXTRATERRENOS
O astrônomo Fred Hoyle, professor de astronomia na universidade de Cambride e de astrofísica na universidade de tecnologia da Califórnia, não tem a intransigência dalguns de seus colegas e penetra de cheio na pluralidade dos mundos habitados.
Num livro que poderia ser a Bíblia dos disquistas,declara que devemos nos preparar à ideia de que existem no universo criaturas semelhantes a nós mas que podem utilizar uma ciência diferente. Escreveu:
«As formas de vida que existem no universo devem apresentar o aspecto dum zoo fantástico».
Desde sempre o homem, maravilhado, contempla o céu que sempre considerou morada de seus deuses (exceto os gregos).
Por instinto, tem, talvez, razão, observou muito justamente Fred Hoyle quem, ademais, pensa que o exílio ao homem em perigo pode vir do céu e que houve, antanho, sobre a Terra seres vindos das estrelas.
Nossos antepassados superiores, de certo maneira!
«É fantasticamente improvável que sejamos os primeiros»... acrescenta, mas, paradoxalmente, não crê na possibilidade dos contatos, já que se fosse doutro modo todos os planetas estariam habitados por criaturas do tipo que primeiro tivesse feito a viagem.
A SAGA DE CARL SAGAN
Carl Sagan, professor no instituto de tecnologia da Califórnia, professor de astronomia e de ciência espacial, primeiro em Rarvarde e em Estanforde, depois da universidade Cornel, laureado com uma distinção da NASA, é extremamente simpático e possui um extenso registro de conhecimento.
Considerado uma das mais brilhantes mentes do fim do século XX, sua autoridade se estende sobre todos os continentes e é o promotor da expedição da sonda Viquingue sobre o planeta Marte (julho de 1976).É também o autor dum livro que todos aqueles a que interessam os mistérios do céu devorarão e onde expõe seu ponto de vista de sábio.
O problema dos ufos não é verdadeiramente crível, escreveu, mas, teoricamente, devem existir civilizações adiantadas sobre planetas que não pertencem a nosso sistema solar.
Pôde aterrissar, antanho, uma nave espacial? Não possuímos prova.
Devido à distância, os terráqueos somente podem enfocar um monólogo com os povos do espaço: A pergunta feita tardaria milhares de anos a chegar a um destino e seriam necessários outros tantos milhares de anos pra obter uma resposta. Por conseguinte, é uma esperança insensata.
Com muita pertinência o sábio ianque faz constar que somos como os papuas da Nova Guiné que, em seus vales isolados, se comunicam entre si mediante o tantã sem imaginar que, na realidade, emissões radiofônicas passam, aos milhares, em torno a seus ouvidos.
Não podemos inspecionar os ufos nem, tampouco, as emissões que talvez nos são enviadas.
Nossa curiosidade nem nos impulsionou a decifrar o rumor que se ouve nas conchas em forma de caracol.
E se se tratasse duma mensagem?
O que importa... É infinitamente pouco provável que o terráqueo esteja em condição de decifrar uma mensagem cósmica enviado por seres cuja programação genética, estrutura mental e base biológica são, certamente, diferentes das nossas.
Nem sequer somos capazes de traduzir a escrita maia, nem os rongo-rongo da ilha de Páscoa!
Para os extraterrenos o homem da Terra seria, provavelmente, um caso anódino de grande estupidez.
Até aqui Carl Sagan é razoável, sensato, inclusive se crê em super civilizações do espaço, mas se torna extravagante quando considera uma homogeneização cultural em certas galáxias, com todas as super civilizações agrupadas em confederação!
Cabe crer que se inspirou nas novelas de Jimmy Guieux, especialista em ficção científica.
A ESFERA DE DYSON
O astrofísico soviético N. S. Kardashev, citado por Sagan, classifica as presumidas civilizações espaciais em três tipos caracterizados pela quantidade de energia que consomem.
Tipo 1: Civilização análoga à dos terráqueos.
Tipo 2: Civilização utilizando 1/1.000 da energia de sua galáxia.
Tipo3: Civilização utilizando uma fração notável da energia de sua galáxia (existência pouco provável, já que tal civilização constituiria um império cósmico em regiões infinitamente longínquas do universo).
A galáxia mais próxima da nossa (podendo ser habitada por seres super evoluídos) é a nebulosa de Andrômeda, a 2,2 milhões de anos-luz.
Eis aqui, pois, a um dos maiores astrofísicos do século embarcado nas super civilizações, em companhia de numerosos outros sábios, e, por que não?, numa grande transformação da ordem universal!
O bom Deus, a Inteligência Suprema, o Grande Arquiteto, o chamem como preferir, ao carecer de diploma das Universidades de Rarvarde ou de Princetão, não sendo membro do CNRS ou da UNESCO, cai por seu peso, que não soube organizar o universo como um sábio o faria com um computador!
Então, o sábio substitui o demiurgo, tal como o matemático ianque Freeman J. Dyson, com sua célebre esfera, cujo princípio é o seguinte: Uma super civilização, desejando tirar partido da luz solar irradiada e perdida, põe em órbita uma coroa de satélite pra captar essa energia.
O projeto foi minuciosamente elaborado por Dyson, desenhado, calculado, e só falta executar.
Nesse estudo o planeta Júpiter é «desmontado e transportado sobre uma órbita próxima à Terra e, reconstituído na forma duma concha esférica, enxame de fragmentos individuais que girem ao redor do Sol».
Excelente solução, disse Sagan, pra assegurar a sobrevivência duma população numerosa... Será, sem dúvida, possível construir uma esfera de Dyson dentro dalguns milhares de anos!
E se assim é, acrescentou, é provável que civilizações muito mais antigas que a nossa executaram esse programa num remoto passado.Parece um sonho!
Mas essas super civilizações mencionadas existem no universo?Se há não querem se comunicar conosco.
Porque, temos de ser sensatos: Uma civilização super inteligente e desejosa de estabelecer contato conosco adivinharia que temos aparatos de rádio e de televisão!Lhe seria fácil, graças a seus fantásticos conhecimentos, nos enviar emissões fônicas e, inclusive, imagética, não em preto e branco mas em cor e em relevo.
Imaginar que não sabemos decifrar suas mensagens entra no absurdo!
Não somos, pobres retardados, os que temos de tentar decifrar... incumbe aos super inteligentes enviar emissões claras!
Não as recebemos?Então é que esses super inteligentes não existem ou não querem se revelar.
UM CONHECEDOR FALA: OS EXTRATERRENOS NÃO VIRÃO
Um dos que se denominam iniciados e que não costuma aparecer nos salões, salas de redação, congressos e empresas editoriais nos fez as seguintes revelações:
Carl Sagan é o eco perfeito da reflexão chamada científica. Suas idéias são brilhantes. Sabe ou crê saber o diâmetro do universo, o número de sóis que povoam nossa galáxia e o número de galáxias existentes no cosmo. Explica como o universo foi constituído a partir dum grande bangue!, que se assemelha ao trovão de Zeus e às fábulas da Bíblia. Isso carece de seriedade!
Sagan nutre com ilusões aqueles que se deixam captar pela magia de seu verbo (mas tem, quiçá, razão sobre o plano psicológico).
Os pseudodiscos voadores são fantasmas, ilusões, imagens-desejos produzidas por alucinações gregárias.
É inútil esperar os extraterrenos: Salvo um caso excepcional e não previsível, não virão à Terra. E, sobretudo, não virão pra nos salvar! Que existam civilizações extraterrenas é tão provável que se pode, logicamente, considerar o fato como certo. Que essas civilizações possam, como insinuam Sagan, Shkolvski ou Dyson, alcançar um nível infinitamente superior ao que conhecemos: Não!
»Não, por uma razão exata, luminosa, evidente e que deveria chegar à mente dos bruxos da astronomia, da física e da geologia: Não porque, ciclicamente, a Terra é assolada por sismos, dilúvios ou fogos do céu, e ocorre o mesmo sobre os outros planetas habitados. Se pode calcular esses ciclos, prever seu ritmo».
A DEMÊNCIA DOS BRUXOS: SUBSTITUIR DEUS PELO HOMEM
Sismos, dilúvios, fogos do céu são queridos e desencadeados pela Grande Inteligência que habita o universo, regula seu mecanismo e procede sua salvaguarda. É da mais elementar evidência que se o homem pudesse desenvolver civilizações durante milhões de anos adquiriria poderes tão perigosos que poria em perigo a ordem cósmica.
Resulta, também, evidente que seria ilusório pensar que o homem possa se converter em sábio, bom, justo e eqüitativo.
A ciência é, quiçá, seu patrimônio maldito, mas o espírito de justiça e de bondade lhe escapa como foge a água numa mão cerrada: Somente conserva gotas.
De qualquer maneira, não é sensato conceber uma Grande Inteligência tendo a estupidez de deixar a homens ou a Inteligências extraterrenas adquirir a suficiente ciência pra pôr em perigo o universo ou lhes concedendo confiança à vista dum fiador tão duvidoso. Tal hipótese somente poderia ser considerada se outorgasse ao homem o privilégio de se substituir, pouco a pouco, à Ordem universal, a modificando, até se converter na Grande Inteligência recriadora, a Grande Ordem.
O universo pode, muito bem, prescindir de nós!
O ser humano é centelha, reflexo, imagem de Deus, sem dúvida, mas não é Deus: Os Conhecedores sempre souberam. Encontro estranho, segue sendo sempre o Iniciado quem fala, que cientistas tão renomados como Sagan, Shklovski, Dyson, Hoyle, etc., possam escrever seriamente que civilizações adiantadas terão o poder de reger o cosmo, de regular a circulação dos astros, de criar sistemas solares artificiais (a esfera de Dyson) e, por suposto, de fazer arrebentar tudo.
Tanto equivale a dizer francamente que o homem se converterá não em igual a Deus, senão num super-Deus, mais poderoso, mais inteligente, posto que suprirá sua deficiência, modificará a configuração celeste pra lhes dar mais eficácia e maior rendimento.
Pois bem: Não!
Proclamo com firmeza: Esses pseudo-sábios são soberbos e seu descaro está na medida de seu erro.
A ciência ensinada nos círculos iniciáticos é menos otimista, menos grandiloqüente, menos tranqüilizadora também pros insensatos: As civilizações humanas não têm mais que um tempo e esse tempo é curto, da ordem dos 12.000 anos.
»Os terrícolas jamais colonizarão o cosmo e os povos do espaço nunca colonizarão a Terra».
Tais são as palavras dum homem que, de nossa parte, consideramos um autêntico sábio e um mestre.
OS EXTRATERRENOS NÃO PODEM SALVAR OS TERRÍCOLAS
Que iniciados aceitem falar e denunciar a impostura dos bruxos e dos anticristos, eis aqui o que indica até que ponto crítico chegou e se encontra a sociedade chamada avançada. Por outra parte, é surpreendente que a maior parte das escolas desse terismo incorram na conspiração dos que somente querem ver a salvação da humanidade mediante a intercessão dos extraplanetários.
Tal ensino é, ao mesmo tempo, um erro e uma aberração. Como é possível que esoteristas, investigadores de iniciação possam admitir a supremacia do materialismo sobre o espiritualismo? Porque a intrusão de extraplanetários em nosso globo, levando em conta a disposição atual de nosso sistema solar, significaria que noutra parte, no cosmo, a técnica ficou onipotente.
Esse fenômeno de onipotência da matéria não pode se produzir mais que em detrimento do desenvolvimento espiritual.
O homem tem a curiosidade de ir ao cosmo. É verdade.
Quiçá porque, havendo saído duma matriz extraterrena, aspira se evadir duma Terra que não é realmente seu berço, pra ir até onde lhe solicita seu código genético.
Mas é indiscutível que não foi feito pra realizar esse sonho, pra viver no cosmo. Como tampouco está constituído pra habitar no interior dos oceanos ou das montanhas.
Existe um fenômeno de rejeição a todos os níveis do universo. O homem deve saber que nunca poderá ir fisicamente ao modo dum telegrama, ao centro de sua galáxia e com maior razão se evadir pelos meios preconizados pelos bruxos. Que possa um dia escapar da Terra, visitar as estrelas longínquas, não é uma hipótese que se possa excluir mas a viagem não se fará, certamente, com os foguetes irracionais e ridiculamente lentos de von Braun.
De fato, a viagem ao cosmo e também a viagem ao passado e ao futuro já são realizadas, e há muito tempo, pelos verdadeiros sábios!
Quiçá, sem dúvida, se farão acrescentados a seu procedimento pra fazer mais eficaz e acessível a um maior número, mas nunca recorrerão ao impulso infernal duma bomba atômica ou duma desagregação de carburante.
Seja o que for, crer que extraterrenos possam salvar ou prolongar a civilização dos terrícolas está em contradição com as relações tradicionais e, muito certamente também, com as leis cósmicas.
Seria tão monstruoso e irracional como encontrar um elixir de juventude que faça imortal o corpo.
NECESSIDADE DE UM FIM DO MUNDO
O ensino da tradição é formal: Tudo no universo, todo o universo, deve passar pelos três ângulos da pirâmide, pelas três etapas: Juventude, maturidade, velhice.
É inelutável e justo que nossa civilização se afunde algum dia, e é igualmente inelutável que a evolução do homem, não terminada, o conduza a um destino que os físicos estão longe de entrever.
Carl Sagan pensa que o espaço vital terreno pode ainda suportar milhares de milhões de indivíduos e que nossos recursos, aliados à miniaturização e à imensa energia do sol, são amplamente suficientes pra suprir as necessidades duma termiteira humana gigante e a suas gerações de robôs.
Esse pensamento, que aterrorizará muita mente, é, ademais de combatido pelos esoteristas, combatido pelos geofísicos que sabem bem que equilíbrio aleatório regula as forças internas do globo terreno e o movimento de relojoaria do cosmo.
É um axioma da ciência sagrada: Inelutavelmente um dilúvio ou um cataclismo sísmico fecha um ciclo de civilização.
O corpo físico do homem não seguirá a progressão geométrica de sua elevação intelectual. As celas dos asilos psiquiátricos estão mais em seu colimador que os pólos de Marte e as tundras de Júpiter.
Mas irá às estrelas com o pensamento, já vai a elas, e tão rentavelmente como se se fosse em corpo físico.E, se fosse, realmente, às estrelas, seria pra encontrar o quê, a final de conta?
Que descende do símio. Que é uma criação excepcional, privilegiada. Ou pra se reunir com os grandes antepassados maléficos que lhe trouxeram o veneno?
Se, como esses antepassados, pra ir, também contaminar o cosmo e fazer conhecer aos bons selvagens universais o mistério terrorífico do fogo, da fusão, dos espelhos e das maquiagens de beleza?
Os anjos aportaram aos terrícolas o fogo do céu, a ciência: Fusão dos metais, armas, etc., e o secreto da confecção das pinturas.
O fogo prà futura bomba atômica, as pinturas pra corromper a Natureza.
O próprio Céu parece ter preparado os malefícios que determinarão o apocalipse.Nesse sentido não estaria em nosso destino permanecer bons, virtuosos, justos, eternos, e a deterioração da espécie humana e, quiçá, também sua natureza física, seriam obra dos extraterrenos da tradição.
O LIVRO DE ECLESIASTES
Muito mais sábio que Einstein e Carl Sagan, os antigos ensinavam as leis do destino, e a Bíblia fez eco dele no Livro de Eclesiastes, ao qual cabe admirar a alta filosofia unida a um labirinto científico assombrosamente profundo. Eis aqui um extrato de capítulos que merecem meditação:
Capítulo primeiro:
2 Vaidade de vaidade, diz o Eclesiastes: Vaidade de vaidade. Tudo é vaidade.
3 Que proveito tira o homem de tudo pelo qual se afana sob do Sol?
4 Passa uma geração e vem outra mas a Terra permanece pra sempre.
9 O que foi será. O que já se fez, isso é o que se fará. Nada se faz novo sob o Sol.
10 Uma coisa da qual dizem: «Olhai, isso é novo». Assim era nos séculos anteriores a nós.
Não há memória do que precedeu, nem do que sucederá haverá memória nos que virão depois.
Capítulo II:
14 O sábio tem olhos na frente e o néscio anda em treva. Vi também que uma mesma é a sorte de ambos.
15 E disse em meu coração: «Também terei a mesma sorte do néscio. Por que, pois, me tornar sábio? Que proveito tirarei dele?» E disse pra mim: «Também isso é nulidade».
21 Porque quem trabalhou com labirinto, com perícia e bom sucesso, tem depois que deixar tudo a quem nada fez nele. Também isso é vaidade e grande mal.
Capítulo VIII:
17 Examinei, também, a obra de Deus, que não pode o homem conhecer quanto se faz sob o Sol, e por muito que em buscar se fatigue, nada chega a descobrir. E, ainda quando disser o sábio que sabe, nada chega a saber.
O HOMEM, ABELHA LIBADORA DO COSMO
Se civilizações extraterrenas avançadas tivessem existido, teriam semeado o universo porque o homem é dum orgulho e dum altruísmo incomensurável.
O fez? Tal é a pergunta que deveria ser feita previamente. Se essa semeadura teve lugar a Ordem universal foi gravemente perturbada e o homem suplantou o Deus-universo.
É possível aceitar tal hipótese?
A contestamos com força porque é sacrílega (no sentido de irracional, estúpida) e contrária aos conceitos tradicionais no que há de mais fundamental e de mais sensato.
A menos que a Ordem universal tenha utilizado o homem como libador, como abelha cósmica. O que não parece muito admissível!
O astrônomo François Biraud deixa constância (Science et vie (Ciência e vida), H. S., Ep114) duma hipótese de Ball: Civilizações muito avançadas teriam dominado a técnica das viagens intersiderais e delimitado reservas naturais onde estaria proibido intervir. A Terra pertenceria a uma dessas reservas. Seria um zoo cósmico.
Decididamente, os cientistas têm muito mais imaginação e uma mentalidade tão aventureira quanto os escritores chamados de ficção científica.
A única super civilização autêntica e necessária é a de Deus-universo, quer dizer: A civilização de ele-mesmo, da Natureza... da relojoaria cósmica, das geniais leis e interações que regem a biologia, a química, a física, a astronomia.
O homem não pode pretender igualar esse Existente, e seus computadores melhor organizados nunca saberão criar uma rosa, evitar as guerras ou inventar uma mariposa.
Inelutavelmente, chegará um dia em que as civilizações humanas consideradas as mais elevadas e as mais geniais, serão atiradas às latas de lixo ou as descargas dos universos em mutação.
Em conclusão, a aventura extraplanetária não é, sem dúvida, mais que uma imaginação, uma torre de Babel construída pelos homens sacrílegos, inconscientes, e se limitará fatalmente à exploração dos planetas mais próximos ao sistema solar.
Um salto de pulga!
Dentro duma ordem de idéia puramente especulativa se pode pensar que os ufos são alucinação de indivíduos cujo espírito vagabundeia em universos paralelos, alucinação ou materialização de imagens-desejo, ou também misteriosas remanências dum Ignoto que nos obseda mas que não sabemos identificar.
Muito provavelmente os ufos não procedem de civilizações humanas extraterrenas mas têm uma relação com os acontecimentos cósmicos ou com os sonhos, os delírios, as perturbações do que poderíamos chamar o subconsciente da Grande Entidade ou Grande Consciência universal.
Um sonho de Deus, diria o poeta que é um conhecedor.
FIM
(Robert Charroux)
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