Ocorrência que, segundo a reportagem, se deu nas proximidades da Pedra da Gávea, na cidade do Rio de Janeiro, Brasil. Ver as fotos e ler o texto daquela noticiação me despertou ampla curiosidade e interesse.
Apesar de minha pouca idade, à época, ver e saber que naves alienígenas se mostravam tão próximas de nós, os terráqueos, me encheu de entusiasmo, tanto para com o tema OVNI como para obter conhecimento sobre os astros.
Passei, então, muitos dias revendo aquelas fotos e relendo o texto, tamanha a atração que a reportagem exercera sobre mim.Queria saber mais, porém, naquele interior mineiro, daquele tempo em que os meios de comunicação eram precários – telefone de manivela, viagens só de trem Maria Fumaça, estradas de rodagem em terra batida, recepção de rádio com chiados – traziam dificuldades que culminavam com os minguados recursos financeiros da família, pois que éramos, digamos, classe “c” bem minúscula, impediam que minha curiosidade fosse atendida.
Logo ao ano seguinte, 1953, fui matriculado na escola do SENAI – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – que, aquele tempo, todos os seus cursos eram ministrados gratuitamente. Dentre as matérias curriculares, além da profissionalizante, tínhamos aulas de astronomia !
O professor que lecionava este curso – prof. Gustavo Campos – era um entusiasta da matéria que ensinava e suas aulas, meticulosamente ministradas, prendia a atenção de todos os alunos e era um deleite para mim. Sem contar que ao final delas me dirigia a ele enchendo-o de perguntas, nunca deixadas de serem respondidas.
E o melhor, também ele acreditava na possibilidade de que, de fato, a Terra era visitada por extraterrestres, sobrevoando nossos céus e pisando nosso solo. Nem preciso dizer, mas digo, o quanto me fez bem aquelas nossas conversas, e o quanto elas me influenciaram.
Durante aqueles meses consegui economizar os parcos ganhos e enamorado de um conjunto óptico cuja propaganda estava veiculada na revista mencionada, fiz a encomenda via reembolso postal, pois a firma vendedora estava situada em São Paulo.
O conjunto, um kit, era composto por várias peças que oportunavam a montagem de vários dispositivos: telescópio, ou microscópio, ou binóculo, etc, mediante a substituição das lentes. Naturalmente, dispositivos modestos, mas que me ocupavam as horas vagas, mormente às noites claras – interioranas sem luz elétrica nas ruas – onde o céu coalhado de estrelas parecia um tapete pigmentado de luzes.
Nas luas cheias eu ficava maravilhado observando as crateras lunares; Os planetas mais próximos, Marte ou Vênus, eram pouco nítidos, mas a visão revelava corpos esféricos, o que trazia satisfação saber de outros mundos. Essas observações me preenchiam de imaginações e fortaleciam a vontade de saber mais. Porém, o tempo ia passando e o menino sendo empurrado para o mundo.
E lá fui eu embarcando-me pelos compromissos maiores da vida. Aos 16 para 17 anos, indo à busca de melhores oportunidades de trabalho, me vi alijado da terra natal embrenhando-me pela luta de sobrevivência, de tal forma que os sonhos e ideais do menino interiorano ficaram soterrados sob as múltiplas preocupações, e foram caindo no esquecimento.
Uma dezena de anos mais tarde, porém, já incluído numa classe “C”, digamos, maiúscula, pude retomar minha inata busca – hoje sei que era inata, antes me parecia só curiosidade – pelo significado da vida. A célebre busca que, creio, todos nós um dia nos fazemos:
Quem sou ?
De onde vim ?
Para onde irei ?
Em busca das respostas percorri variados caminhos religiosos e filosóficos. As respostas que fui encontrando me soavam incompletas, embora agregassem alguns conhecimentos.
Uma de minhas mais renitentes perquirições era: - E nisso tudo onde se encaixam os extraterrestres ?
Afinal, todos os estudos que tive condição de fazer nas áreas da astronomia e metafísica falavam de vidas físicas e vidas não físicas, ou seres que se denominam espíritos, e seus inter-relacionamentos conosco, os encarnados da Terra.
Mas, e os extraterrestres em corpos físicos, se existem, interagem, ou não, com nossa humanidade terrestre?
Essa perquirição nunca se calou dentro de mim, mas para não incomodar suscetibilidade de companheiros de ideal, pois que até então me mantinha vinculado a grupos, conserva-a silenciosa e só a uns poucos era revelada, enquanto, de maneira reservada, dava continuidade às minhas pesquisas.
Com o advento da internet ficou muito mais fácil alimentar as buscas e se aproximar – virtualmente – de outros entusiastas do gênero.
Foi assim que aos poucos fui saciando minhas curiosidades e sonhos, e o universo tomou, para mim, a feição de a Grande Morada onde terráqueos e extraterráqueos habitam, conjuntamente, ocupando todos os seus cômodos dispersos por suas múltiplas dimensões espaço/tempo e suas respectivas densidades vibracionais de energia.
Prossegui estudando e avaliando o que, para mim, se tornou aceito e comum, como o fato de que a Terra, desde tempos imemoriais, em contagem de milhões de milhões de nossos anos, tem sido, direi, frequentada por seres oriundos de outros planetas.
Todavia, convenhamos, o tema OVNI é recheado de alegações, testemunhos, controvérsias, desmentidos, ocultação pelos órgãos governamentais, ridicularizações e tantas outras coisas mais, que, ao pesquisador mais afoito o faz sentir-se pisando terreno pantanoso.
Difícil de caminhar ao mesmo tempo em que de manter o equilíbrio. Mas não é impossível de fazê-lo, fazendo-o com critério, seletividade e paciência.
Assim organizado dei continuidade à busca por responder àquela perquirição: E onde se encaixam os extraterrestres ? Quando encontrei o livro O Prisma de Lira, escrito por Lyssa Royal e Keith Priest, dentre tantos outros nos quais, de igual tema, se descreve esse encaixe dos extraterrestres na vida da humanidade da Terra.
Li, gostei, e vi nele uma extensão em paralelo com nossa série A Criatura, que, de minha parte, sempre a considerei incompleta porque não responde a uma questão, para mim, crucial:
Como corpos humanos – carne e osso – essa fisiologia que nos dá a existência humana na Terra – como fomos formados ?
Nossa série 'A Criatura' analisa o roteiro da criação de nosso sistema planetário, obra das Inteligências Maiores – os Logos – como são denominados em metafísica.
Porém, a análise sobre a criação do ser pensante cingiu-se ao que chamarei de Ser Centelha Divina, ou Mônada que em derivação, e para uso desta, criaram-se os corpos que ela utilizaria em sua viagem evolutiva, bem como os planos dimensionais correlatos para as correspondentes manifestações.
Pois bem, sem entrar nos detalhes de criação dos corpos não densos, como o físico, e que se posicionam nas densidades acima da terceira que ocupamos, que a isso não estou capacitado de fazê-lo, pergunto: E o corpo físico, ou corpo humano, como foi criado ?
Reportando-nos ao relato bíblico no livro de Gênesis temos a informação de que Deus juntou do pó da terra e com ele moldou um corpo. Soprando em suas narinas deu vida à sua escultura, transformando-a num Ser vivo.
A este ser moldado do pó da terra deu-lhe o nome Adão.
Como Adão foi criado com as características do gênero que chamamos masculino, Deus achou por bem dar-lhe uma companhia com características opostas, ou do gênero feminino. E criou Eva.
Esse texto bíblico é sobejamente conhecido, portanto, nos dispensamos de transcrevê-lo na íntegra. O que nos interessa é discutir a questão do aparecimento do gênero humano – homem e mulher – na Terra.
Então, vamos a ela. Mas no próximo texto.
(Texto: Luiz Antonio Brasil - CONTINUA )
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