3 de julho de 2013

A CRIATURA XV




A nossa Mônada viajora, depois de percorrer inimagináveis evos é, finalmente, elevada à categoria de Indivíduo. Doravante pensará, decidirá e agirá por sua exclusiva vontade. De conduzido, passa a condutor.

Este coroamento aconteceu quando as forças centralizadoras, o sentimento de Egoísmo, passaram a atuar naquela consciência que se iniciava no reino Humano, criando-lhe o campo psíquico gravitacional para dentro do qual se convergiriam tudo o que lhe fosse de exclusivo interesse.

Daí, dissemos naquela oportunidade, que se estruturava o EGO, de cujas extremadas atitudes temos o termo Egocêntrico.

Entretanto, aperfeiçoar-se nesse novo ciclo que começava não seria assim tão simples, pois que, se as vivências iniciais objetivavam a consolidação total do Ser Individualizado, os instrumentos utilizados para tal, a força centralizadora, não poderia ser usada indefinidamente. No futuro, do relativismo humano, essa polaridade centralizadora teria de ser invertida.

Dentro desse planejamento, foi assim que a Mônada usando seu primeiro corpo humano deu partida à essa fantástica viagem usando o passaporte de Indivíduo.

Naquele início de uso das vestimentas do corpo humano, os únicos recursos que a Mônada possuía para controlar tal corpo eram os reflexos instintivos oriundos dos reinos anteriores. Em razão dessa escassa disponibilidade de atributos, a vida física se compunha das sociedades que chamamos de primitivas e selvagens

A figura ilustra essa personagem que está demonstrada em três etapas.

1 - Ativo na vida física. 2 - Corpo físico morto. 3 - Em corpo Astral no plano Astral.

O indivíduo está representado na feição de indígena para que melhor caracterize seu aspecto primitivo.

Essa criatura, então, para aquele inusitado início de povoamento das regiões secas do planeta era o que de melhor se dispunha.

Portanto, a sociedade em si não era primitiva. Era, apenas, a condição possível naquele tempo, tanto quanto nossa era atual, que a consideramos moderníssima, daqui a cinquenta mil anos será vista como primitiva.

O nobre instrutor espiritual Emmanuel, em livro de sua autoria, por título A Caminho da Luz, psicografado por Francisco Cândido Xavier, citando as condições iniciais da vida humana no planeta, conta que a face da Terra se tornara uma "grande oficina".

Os executores de todo o planejamento para dotar o planeta de seres inteligentes, tiveram seus percalços, e os resultados iniciais foram de corpos "monstruosos". Mas prosseguiu-se nas tarefas planejadas e, após aperfeiçoamentos aplicados aos corpos Astrais daqueles principiantes, logrou-se os melhoramentos estéticos que, com o passar das eras, chegaria ao que vemos, e usamos, hoje.

Emmanuel esclarece ainda que os aperfeiçoamentos aplicados aos corpos Astrais dos principiantes deram-se no plano Astral, nos intervalos entre reencarnações.

Naquele período, portanto, embora dentro da planificação geral pré-estabelecida, na face da Terra tudo ainda era um ensaio, se comparado com os dias atuais, onde, no trabalho de criação das formas, exercitavam-se os estagiários do Cristo Planetário.

Um adendo: Dissemos que a vivência daquela época era um ensaio, comparando-se com os nossos dias, nos consideramos seres completos, e que nossa civilização é plena em seus desenvolvimentos. Contudo, não ignoramos que os nossos dias também são ensaios, comparando-os com os dias dos milênios porvindouros. Afinal, a evolução é infinita e ininterrupta.

Voltemos ao tema. O indivíduo daquele período, em suas atitudes era pouco mais que um animal, da classe dos irracionais, embora a conformação fisiológica já fosse a humana.

Nesse viver pouco expressivo, novamente repetimos, se compararmos com o de nossos dias, a criatura em suas atividades só atendia os imperativos da fome, da reprodução da espécie e da defesa contra os perigos comuns, e não poucos, de um mundo ainda cheio de conturbações geológicas, e dos ataques dos animais ferozes que se contavam em quantidades imensas.

Pois bem, tinha, então, esse homem primitivo um viver simples que, contudo, eram as experiências evolutivas possíveis dele viver.

Entretanto, quando findava sua vida no corpo físico, (etapa 2 da figura 21A), e se transpunha ao plano Astral, continuava um tímido, (etapa 3 da figura), não compreendendo nada do que se passava, e quase não percebendo a mudança de plano de vida.
Naquele pasmo, permanecia inteiramente inativo, quase que em hibernação.

Como seu interesse continuava voltado à vida física que perdera, passava a maior parte do tempo ligado ao ambiente selvagem que deixara.

Portanto, havia passado por uma desencarnação mas não se libertara da atração da vida física. É assim que na figura o representamos. Sentado e pasmado, ali está ele no plano Astral. E, obviamente, está ele, ali, em corpo Astral.

Sobre o perispírito, ou corpo Astral, nesta fase inicial do viver no reino Humano, algumas particularidades podem ser citadas.

Novamente recorreremos a Emmanuel, agora em seu livro ROTEIRO, também psicografado por Francisco Cândido Xavier.

Ele conjectura, indagando sobre o tempo em que a "Natureza Divina" consumiu para fazer surgir na face da Terra este corpo que serve ao gênero Humano. E na mesma linha de raciocínio objetiva saber o quanto, de tempo, se estruturará o "organismo da Alma".

Valioso questionamento porque se mal damos importância ao fenômeno da associação de dois gametas que fazem surgir um corpo humano, tomando isso como banalidade, pois que não sabemos valorizar o corpo e a Vida, como iremos entender o fenômeno da Alma como ente pré, e pós, vida Física ?

Nessa digressão, e perguntas, esquematiza-se a sequencia evolutiva dos corpos, demonstrando que há uma íntima relação entre o desenvolvimento de um e a repercussão que atinge o outro.

Que poderá ser favorável, ou não, a um desenvolvimento consentâneo com o planejamento geral da criação, pois que tudo se encadeia no cosmo.

Trocando em miúdos, tudo o que se vive no corpo físico, alimentação, sentimentos e emoções, que evidentemente influenciam sua constituição morfologia, repercute no corpo Astral, igualmente influenciando a constituição dele. Mas isso é assunto sendo detalhado nas séries O Inevitável Despertar e Reconstrução, que, em tempo sequente será divulgada.

Quanto ao que íamos dizendo, vimos nas apostilas precedentes, reino Elemental, a constituição inicial do perispírito, ou corpo Astral, que André Luiz denominou de protoforma humana. Pois bem, dali vem a partida para dar início à primeira encarnação.

Uma vez isso acontecido, a primazia sobre o desenvolvimento passa a ser do corpo físico, porque a individualidade está a percorrer o arco ascendente do fluxo irresistível de vida. Lembram-se ? - "Subindo" do Físico ao Astral, deste ao Mental, etc, evolutivamente, tanto na intelectualidade quanto nas formas de manifestação.

Desta maneira, dos trechos de Emmanuel, obtemos a conclusão de que o corpo Físico evolve em forma primeiro que o Astral e o Mental. À proporção que evolve, pela repercussão favorável sobre aqueles, como já se disse acima, promove a consolidação do corpo Astral, e, concomitantemente, do corpo Mental.

Nesse início, comparando-se com o hoje, o corpo Físico é grosseiro; o corpo Astral é um informe ovoide, e o corpo Mental é um informe ovoide evanescente. Desenvolvem-se, tomam mais consistência a partir da vida física.

Portanto, um encadeamento de cujas ações num plano, num determinado momento, depende a "felicidade formativa e evolutiva" de todos os demais corpos.

Agora, reportando-nos ao fato desses indivíduos permanecerem muito quietos no plano Astral, no intervalo entre uma encarnação e outra, Emmanuel, no mesmo capítulo 4 de seu livro Roteiro, enunciado acima, nos conta, como já dissemos noutro parágrafo, que por serem primários na vivência da individualidade, o retorno ao plano Astral, e a permanência ali, se torna como uma hibernação. Não sabem como lidar naquela dimensão.

Isso comprova que o corpo Astral do indivíduo iniciante nas atividades humanas pouco oferece de versatilidade. Sua consistência é algo lerda. Porém, além das informações acima, não poderíamos deixar de comentar, aqui, um brilhante trecho de André Luiz, contido em seu livro Evolução em Dois Mundos, psicografado por Francisco Cândido Xavier - sempre ele - que inegável legado histórico-moral Chico deixou para nossa civilização - uma gratidão eterna é pouco pela sua dedicação - livro esse editado pela Federação Espírita Brasileira, que á página 89, explicita que aquele principiante, embora durante sua vida humana se expresse como valente a enfrentar todos os perigos daquele mundo primitivo, contudo, ao desencarnar, se revela "qual menino aterrado".

O ambiente Astral ao qual retorna lhe parece inteiramente estranho. Por causa disso, em corpo Astral, permanece fixado à região física que deixou, ansiando por retornar a esta na condição de humano, outra vez.

E assim se comporta porque lhe falta o principal, um corpo Astral já bem mais constituído. Falta-lhe "suprimento espiritual" condizente.

Portanto, aí está a nossa Mônada viajora em suas primeiras experiências na face da Terra envergando um corpo Humano. Se a experiência é brutal, comparando-se com as vivências futuras que a esperam, todavia é a necessária, e possível, para ofertar o despertamento da consciência frente um corpo tão mais complexo, o humano, e um ambiente tão mais amplo a exigir-lhe decisões sempre diferenciadas das anteriores. Isto é, não mais a repetição dos instintos, mas o acordar da inteligência.

Depois de evos que se contam em milhões de anos terrestres, depois de não poucas encarnações junto às sociedades que denominamos de primitivas, nossa Mônada juntou recursos que lhe proporcionaram uma consistência mais sólida do corpo Astral.

As experiências vivenciadas despertaram-lhe a atenção, a criatividade e apuraram-lhe as sensações. Enfim, o fenômeno da inteligência humana começava a se fazer visível no ambiente terrestre. A hostilidade do mundo primitivo ia sendo dominada.

Com toda essa transformação, que de resto acontecia com a sociedade de modo geral, levava à mudança dos costumes. O relacionamento entre os indivíduos se tornava mais estável e tomava outras características. Não é mais aquele bruto.

A figura 22A mostra um indivíduo que podemos classifica-lo de o homem da era moderna.

Como vimos, também aqui fazemos uma representação em três etapas: 1 - Ativo e organizando-se na vida física; 2 - Com o corpo físico já devolvido à terra, devido a morte; 3 - No plano Astral.

Em tudo, muito diferente daquele indivíduo visto no caso anterior. Agora, seus interesses são outros.

Além disso, alargou-se, desmesuradamente, seus horizontes imaginativos. Sua fonte de pensamento agora gera um fluxo contínuo e enriquecido pelo raciocínio analítico.

O que veio proporcionar isso foi o concomitante desenvolvimento do corpo Mental, ocasionado por reflexo direto ao desenvolvimento do corpo Astral. Referência que fizemos, quando comentamos trecho de autoria de Emmanuel contido no livro Roteiro.

Assim, pois, o homem da era moderna está municiado com o mais poderoso instrumento transformador do mundo: o pensamento crítico e inventivo. De posse desse manancial inesgotável, mesmo que sendo mal usado, desenvolve atividades sociais e técnicas das mais variadas formas. Tornou-se, por isso, um inquieto e insaciável, sempre em busca de novidades.

Podemos dizer que seu conjunto formado pelos corpos Físico, Astral e Mental, está permanentemente eletrizado por intenso fluxo mental, daí o aumento de atividades. Exatamente o oposto do que acontecia ao homem primitivo.

Esse fator de contínuo despertamento e interesses, faz com que, mesmo estando no plano Astral, suas atividades não cessem. É o que vemos na figura 22A, etapa 3.

Com o desencarne e a transferência definitiva ao plano Astral, lá ele continua dedicando-se às atrações que lhe são adequadas. E como sabemos que o mundo Astral é vasto em possibilidades, logo, não lhe faltará o quê fazer. Com isso, mais expansão adquire seu raciocínio e maior adestramento nas habilidades.
Nesta nova fase um outro acontecimento merece destaque: Na fase anterior, a primitiva, como os interesses do indivíduo só estavam centrados no acanhado mundo da selva em que vivia, ao desencarnar, seu corpo Astral permanecia fixado à colônia de seu povo.

Em razão disso, a atração por nova vida física o trazia de volta a esta, com pequeno intervalo entre uma encarnação e outra. Isto é, o tempo de permanência no plano Astral, entre uma encarnação e outra, era curtíssimo. Talvez, uns poucos meses.

Nesta nova modalidade de viver, com a dilatação dos interesses, e descobrindo que tanto na vida Física quanto na Astral há muito que aprender e fazer, os intervalos entre encarnações se tornaram mais prolongados.

Obviamente a duração desses intervalos não segue uma regra genérica. Ela é específica a cada indivíduo, tendo-se em conta os acontecimentos que envolvem as motivações de sua encarnação.

O fato, porém, de intervalos entre encarnações durarem algumas dezenas, ou centenas, de anos terrestres, não significa perda de tempo. Em todo esse período, por mais prolongado que seja, estará utilizando-o em atividades que proporcionarão o seguimento de sua evolução. Isso, naturalmente, considerando-se o Ser interessado nessa elevação, pois, como também é sabido, aqui e lá existem os desinteressados de tudo. Aqueles que não sentem atração por saber mais e produzir melhor, em termos espirituais.

Todavia, para aquele indivíduo que já se inteirou dos objetivos da vida, o intervalo entre vidas Físicas se torna de um aproveitamento mais completo. Como resultado disso, seu psiquismo se torna mais dinâmico, seus corpos Astral e Mental mais consistentes, belos e ágeis.

A esse estado de desenvolvimento, aqui na Terra, chamamos de homem intelectualizado. Aquele que sabe fazer uso de seu pensamento para criar e transformar todas as coisas. Os mistérios vão desaparecendo ante sua pertinácia na busca de definições. Mesmo que, no auge dessa busca não saiba fazer uso humanitário e fraterno de todas as suas descobertas.

Contudo, nenhum desses avanços deve ser desprezado, pois até do mecanismo dos encontros bélicos, das guerras, a sabedoria Universal sabe tirar proveito. Um deles, por exemplo, o ensejo de aproximação dos povos, miscigenando-os. Não que a guerra seja desejável. Longe disso, porém, como tem sido inevitável em consequência da incúria humana, uma vez que acontece, procura-se, dela, extrair algo de útil em caráter de universalidade. E disso tudo resulta a gradual cessação dos preconceitos separatistas, que é o objetivo final para se atingir o igualitarismo na Terra.

Essa é a razão de a Terra, nessa era de mundo moderno e apesar de tantos povos, estar se transformando numa aldeia global. Os povos estão mais próximos. Só faltam cair as barreiras das fronteiras políticas, pois as geográficas vão sendo, imperceptivelmente, anuladas pela movimentação das gentes e dos interesses comerciais. E, observa-se, para chegar a essa aproximação consensual total entre os povos falta muito pouco.

Esse processo transformativo, embora imperceptível, dado que ele é lento e a vida humana na Terra é, proporcionalmente, curta, pode ser melhor comentado usando-se a figura seguinte.


Na etapa "A" vemos as forças aglutinantes, comandadas pelo sentimento de Egoísmo, em sua ação de consolidação do indivíduo. Esse processo de consolidação do indivíduo não prossegue indefinidamente. Num dado momento de sua existência cósmica ele cessa. Para. Mas surge outro impulso de sentido e direção contrários.

Está em ação o irresistível fluxo ascendente de vida, e sua potencialidade faz inverter a polaridade das forças que atuam sobre o indivíduo. Entra ele na etapa "B", representada na figura. As forças que agora interagem são de tendência expansiva. Partem do indivíduo direcionando-se ao, e buscando o semelhante.

O nome desta nova tendência é sentimento de Fraternidade. Por força deste vai esmaecendo a tendência de pensar só em si, e cresce a vontade de estar junto aos outros. Com eles conviver e, pacificamente, seguirem na senda da evolução.
Referindo-se a esse transformismo, Pietro Ubaldi, no livro A Grande Síntese, capítulo 89, fala do que ele chama de "Evolução do Egoísmo".

A citação de Pietro é basilar e merece ser reproduzida. Diz ele: "Assim como no direito, a força evolve para a justiça, também o egoísmo evolve para o altruísmo. (...) A evolução opera então a demolição progressiva do egoísmo. (...)" (Grifos do original) (página 357) (Livro editado pela Livraria Allan Kardec Editora).

Indo mais além, Ubaldi demonstra que a fraternidade é uma força não só oponente ao egoísmo, mas o resultado direto da transformação natural deste. Faz essa demonstração numa frase em tudo curiosa, ao mesmo tempo em que insofismável, dizendo:

"O Altruísmo nada mais é do que um egoísmo mais amplo" (página 359) - Calma, não se espantem, ele vai explicar o porquê disso.

Segundo ele, o altruísmo é um ato de "Reunir em torno de si, como seus semelhantes, um número cada vez maior de seres (...)" (página 359 de A Grande Síntese) - Realmente, numa análise mais profunda, tal qual se viu Ubaldi inserido, temos de admitir que está correta a forma como ele define a transformação do egoísmo em altruísmo.

A razão é simples, por ter transformado o egoísmo em altruísmo, o indivíduo quer sentir junto a si um número cada vez maior de semelhantes. Esse desejo vem do compreender que a separatividade entre os Seres, que na fase do egoísmo, ilusoriamente, ele sentia, não existe.

Compreende que como todos os demais, ele é, também, só uma partícula do grande e único corpo Cósmico, e que se houvesse a separatividade entre as partículas, que se elas pudessem se isolar umas das outras, como nós os humanos fazemos até nossos vizinhos de rua, então esse corpo se desintegraria, e desapareceria no... NADA.

Como o NADA não existe, então, mesmo contrariadamente a início, o indivíduo passa a sentir a Unidade formada por todos os Seres. Sente-a. Desaparece-lhe a ilusão da separatividade. Tomado de boa vontade, volta-se aos seus semelhantes. Volta-se à sua condição de partícula sadia do único corpo cooperando com a vitalidade do mesmo. Recuperou-se, não é mais a partícula cancerígena.

Sobre essa ilusória ideia da separatividade até a ciência já deu as mãos aos ensinamentos das vetustas religiões orientais, que a tal circunstância dão o nome de Maya.

Numa espetacular descoberta científica o físico francês Alain Aspect, e sua equipe, recentemente, mais precisamente no ano de 1982, constataram que as partículas, como os elétrons, estão capacitadas de se comunicarem umas com as outras, de forma instantânea, mesmo que se encontrem separadas por bilhões de quilômetros. Diz o grande físico:

"De alguma maneira uma partícula sempre sabe o que a outra está fazendo".

Ora, uma descoberta dessa nada mais é do que a derrubada do que se imaginava existir, que seria a separatividade entre seres. Não existindo a separatividade entre as partículas, mesmo que grandes distâncias as separem, não pode existir a separatividade entre os indivíduos, pois que seus corpos são constituídos por partículas.

Tem mais; cada partícula sabendo o que as outras estão vivenciando, e, por que não dizer, influenciando-se, significa que cada Ser "sente", subliminarmente, o que os outros vivenciam, e mutuamente se influenciam.

Por isso os místicos já nos ensinaram que enquanto houver, mesmo que seja uma só pessoa na Terra que esteja a sofrer, todas as demais não se sentirão felizes. E toda a Natureza sofrerá. E reagirá a essa dor.

Pensem, então, porque na atualidade, 2005, vemos a sociedade humana tão conturbada, e a Natureza revidando em esforços por ensinar a esta mesma sociedade os meios de correção.

Como podem ver, há muito mistério e muitos desvios, até em nossos sentimentos. O que nos parece tão banal, ou natural, porque são expressões que nascem em nosso íntimo, quando, porém, se exteriorizam, podem fazê-lo de forma mascarada. Difícil dizer, portanto, onde está a autenticidade relacionada ao altruísmo.

Mas isso é questão de fôro íntimo de cada pessoa. É ela que gera o sentimento, será ela que dará conta aos registros cármicos. Não nos cabe, portanto, qualquer julgamento, e nem pretendemos uma tal atitude.

Quanto à exposição de nosso tema, egoísmo e fraternidade, muito mais poderia ser citado dessa magnífica obra, A Grande Síntese, contudo, não nos alongaremos tanto. Até porque, ao leitor consciente de sua busca será proveitoso consultar o próprio livro, tirando, por si, as próprias conclusões.

Consideramos que o que foi citado dá para compreender que tudo ao entorno da criatura é o efeito da Lei do Progresso que em seu bojo a vai levando ao encontro de outra sistemática de vida. Sua adaptação a novo passo na existência.

(Texto: Luiz Antonio Brasil- continua )



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