11 de abril de 2013

A CRIATURA VII



Chegamos ao ponto inferior máximo de descenso da Mônada quando, com sua "sonda", atingiu o plano Físico. Uma irresistível onda de vida impulsionou-a, etapa-a-etapa, plano-a-plano, por aquela fenomenal viagem.

Passando, sucessivamente, pela companhia dos diversos Devas, correspondentes e encarregados daquela passagem pelos diferentes planos, confeccionou para si um arcabouço veicular que lhe permitirá, por tempo indeterminado, usá-lo como estruturador de todas as suas futuras formas de manifestação, respectivamente a cada plano.

Para qualquer plano e pelo período que for necessário. Portanto, um substrato quase perene. Tais são as características de sua Tríade Superior e da Tríade Inferior.

Atingindo, pois, esse nível mais baixo dos planos que lhe proporcionam a evolução, vai iniciar a ascendência. A longa jornada da árdua subida. Se a viagem que acaba de completar consumiu milênios sem conta, não menor será o período do futuro empreendimento.

Para compreender a extensão dessa jornada, é bom lembrar que cada plano, dos cinco abaixo do Monádico, está dividido em sete sub-planos. Esses sub-planos são os degraus da escalada evolutiva. Portanto, uma longa e laboriosa caminhada.

Antes, porém, de prosseguirmos cabe aqui uma observação, repetindo o que foi comentado em apostilas precedentes. As expressões descenso, ascendências, subir ou descer, aplicadas como referencial da viagem evolutiva da Mônada, são apenas expressões de linguagem. Na realidade, repetimos, a Mônada, em si, permanece estacionada no plano Monádico. O descenso se dá é com seu "cordão de vida", que, alcançando cada plano, passa a atuar como uma sonda acionada por aparelho de comando remoto. Isso faculta, à Mônada, executar ações em cada uma daquelas esferas de existência, fazendo-o através de corpos, como este corpo Físico de que se utiliza na Terra.

Voltando ao tema, e para iniciarmos o acompanhamento dessa inigualável viagem, vamos adotar uma figura cuja imagem simplifique nosso entendimento. Vejam a figura abaixo.


Usaremos a parte da direita da figura ao lado para representar nossa Mônada em sua viagem.

Para falar dessa viagem, numa demonstração de que desde a mais remota antiguidade dela se conhecia, faremos referência a alguns autores.

Livro: No Mundo Maior, página 45 - Autoria de André Luiz, espírito, psicografado por Francisco Cândido Xavier, e editado pela Federação Espírita Brasileira. O autor descreve a escala evolutiva que, no recinto terrestre passa pelos minerais, os vegetais e os animais, para depois chegar ao homem.

Livro: Evolução em Dois Mundos, página 39 - Autoria de André Luiz, espírito, psicografado por Francisco Cândido Xavier, e editado pela Federação Espírita Brasileira. Embora usando de outras palavras o autor descreve o mesmo transcurso.

Livro: A Doutrina Secreta, volume I, página 280 e volume II, página 57 - autoria de Helena Petrovna Blavatsky e editado pela Editora Pensamento. A autora descreve o mesmo roteiro da escala evolutiva citada por André Luiz.

Livro Isis sem Véu, volume II, página 44 - autoria de Helena Petrovna Blavatsky e editado pela Editora Pensamento. Neste livro a autora explicita toda a trajetória, relatando: "Este germe desenvolver-se-á somente através de uma série de inumeráveis evoluções, cuja doutrina está contida no axioma cabalístico:
Alma Grupal, porque, essa coletividade, ou cada coletividade, estará sob o controle, direção e cuidados de um Deva Maior. Esse Deva terá, lhe auxiliando, outros Devas menores e uma equipe de Espíritos Operadores.

Assim, pois, nossa Mônada já embarcada em seu invólucro grupal, juntamente a outras, está pronta para iniciar a viagem.

A primeira etapa desse monumental feito é numa Alma-Grupal Mineral. A segunda etapa será cumprida numa Alma-Grupal Vegetal, e a terceira etapa numa Alma-Grupal Animal.



ALMA GRUPAL MINERAL

A figura acima, em linhas simples, o que possa ser entendido como Alma-Grupal. Neste caso, Alma-Grupal Mineral. Mineral, são as rochas, cristais, a terra, enfim, que dá forma à solidez de nosso planeta.

Na figura vemos: O Deva diretor do grupo, com sua aura envolvendo e animando todo o conjunto. Poder-se-ia dizer que aquele aglomerado de Mônadas com suas Tríades, e a parte da rocha na qual estão incrustadas, é o corpo físico desse Deva específico que as dirige. Algo, assim, como as células que compõem nosso corpo humano. Pequeninas partículas que somadas e ajuntadas, formam esse colosso orgânico que nos permite ter vida neste planeta.

Comparativamente, podemos entender a ação desse Deva com a do Cristo Planetário que, com sua aura, anima toda a Terra, sendo esta o seu corpo físico. Naturalmente, guardando-se as devidas proporções.

Voltando à descrição da figura, logo abaixo do Deva vemos quatro Mônadas. Delas saem os cordões de vida. Nas extremidades destes estão as respectivas Tríades Inferiores. Envolvendo as Tríades está o invólucro de três camadas. Ou, como simplificamos, a "casca do ovo".

E dentro dessa formação as Mônadas passarão incontáveis milênios terrestres. Mas não estão inertes, "sem vida", digamos assim. Com o perpassar do tempo, sempre contando em milênios de milênios, as Tríades vão registrando os impactos moleculares junto às formações atômicas dos diversos minerais em que estejam incrustadas. "Aprendendo" sobre o fenômeno das atrações, como ensina André Luiz.

E´ o início do despertamento no contato com a matéria mais sólida do plano Físico terrestre.

Aproximando-se o findar da longa permanência no reino mineral, o invólucro mais interno da "casca" grupal começa a dissolver-se, indo seus átomos se agregarem ao redor das Tríades das Mônadas ali existentes.

Na figura abaixo, representamos esse acontecimento mostrando apenas uma Mônada para mais fácil visualização. Entretanto, tenham em mente que são incontáveis Mônadas vivenciando o mesmo fenômeno simultaneamente.


O agregado em torno de cada Tríade inicia a dar forma manifestativa que, de futuro, a Mônada utilizará, isto é, inicia a fornecer alguns dos elementos que, no futuro, juntados a outros, facultarão à Mônada ter um corpo com que manifestar-se.

Com a dissolução de uma das camadas do envoltório, sinal de ter cumprido o tempo necessário naquele reino, as Mônadas, pertencentes aquele grupo, transmigram-se ao reino Vegetal. Esta é a próxima parada nesta viagem evolutiva. Também é o que veremos a seguir neste estudo.



ALMA GRUPAL VEGETAL

À semelhança do que foi descrito para o reino Mineral, a figura acima nos mostra uma alma-Grupal Vegetal, e seu respectivo e competente Deva.

Neste reino, importantes e significativas alterações acontecerão com as Mônadas, através de suas Tríades.

A duradoura permanência, passando por todas as variedades vegetais, desde as espécies mais primitivas e simples, culminando com os tipos mais complexos, dotarão as Mônadas do princípio da sensibilidade. Melhor dizendo, começam-lhes a despertar a percepção do mundo exterior.

E´ conhecido, popularmente, o fato de que as plantas possuem sensibilidade. Umas caçam insetos, outras giram em seus caules seguindo o movimento do sol, e quando este se vai murcham suas folhas para reabri-las na manhã seguinte, e outras ainda se encolhem quando tocadas.

Poderíamos dizer que neste principiante exercício está se formando, embrionariamente, o controle de um sistema nervoso. Ou, quem sabe, ali já existe um sistema nervoso ? Quem poderá afirmar ou negar ? Como ensina André Luiz, nos livros referidos acima, estão conquistando a memória e a sensação.


Mais um degrau foi vencido. Milênios sem conta foram consumidos para que este degrau viesse a ser conquistado. No entanto, nem nos damos conta de toda a trabalheira que se faz necessária para dotar o Ser imperecível de condições que lhe permita sentir e vivenciar os mundos exteriores.

Para nós, despreocupados até com nosso próprio Ser, passar pela Vida sem sequer pensar em conhecê-la, tornou-se uma banalidade.

Entretanto, a continuidade dos acontecimentos prossegue ininterrupta, e depois de eras muitas que se foram, o fenômeno mutativo volta a se repetir. A segunda camada da "casca" do invólucro grupal se dissolve indo seus átomos se agruparem em torno da Tríade.E´ isso o que vemos na figura abaixo.



Uma vez que ao entorno da Tríade já estavam os átomos do reino mineral, anteriormente para ali atraídos, os átomos da camada do reino Vegetal vão se juntar a eles, e com eles se mesclando.

Como resultado deste acontecimento vão se tornando mais consistentes os elementos que darão forma a um futuro corpo para a Mônada.

Por outra vez, outra transposição será efetuada. Agora do reino Vegetal para o reino Animal. Um gigantesco salto a ser visto a seguir.

(Texto: Luis Antonio Brasil)

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