19 de abril de 2013

A CRIATURA IX



Deixamos nossa Mônada viajora prestes a embarcar em uma nova excursão. Estava nos limites do reino Animal e era preparada para dar os primeiros passos no reino Elemental.

Todavia, imaginamos que as nossas modestas anotações podem estar causando admiração. Possivelmente alguém poderá considerá-las inverossímil e compreendemos que assim possam achar, pois do que estamos tratando extrapola a tudo que o comum dos mortais está habituado.

Por causa disso, ocuparemos um pequeno espaço preenchendo-o com alguns comentários baseados nas literaturas que nos inspiraram, para que, pelas referências, todos possam nelas se embasar, e conscientizar-se da importância que estudiosos sérios, encarnados e desencarnados, dão ao assunto.

Nossa primeira referência é com André Luiz, espírito, pela pena mágica de Francisco Cândido Xavier, no livro Evolução em Dois Mundos, páginas 19 e 20, editado pela Federação Espírita Brasileira. O autor descreve aquilo que no primeiro pps denominamos de ‘O TODO’, e que ele chama de "hausto do Criador".

Conta que nesse ambiente cósmico estão as constelações com seus séquitos de mundos. Explica, porém, que a presença dessas constelações não é um algo aleatório. A planejá-las, criá-las e guiá-las, estão as hostes de grandiosa envergadura.

A segunda referência é do mesmo André Luiz, no livro No Mundo Maior, também psicografado por Francisco Cândido Xavier, página 45, editado pela Federação Espírita Brasileira.

Nesta ele adverte dizendo que os seres, como um todo, não são obra do acaso, como ainda setores da ciência teimam em continuar acreditando. "Não somos criações milagrosas", diz ele.

Nos trechos referidos, a que o leitor atencioso deve fazer sua completa leitura para melhor se inteirar da descrição, visualiza-se uma completa síntese de tudo o que até aqui tratamos.

Entretanto, não nos iludimos imaginando que isso vá romper a resistência dos mais recalcitrantes, ou dos que tenham dificuldades por aceitar coisas novas. Reconhecemos que as páginas deste trabalho são modestas para tanto.

Mas prossigamos acrescentando mais um tijolo ao nosso edifício.

Como terceira referência citamos Áureo, espírito, pela psicografia de Hernani T. Santana, à página 89 do livro Universo e Vida, editado pela Federação Espírita Brasileira.

Conta ele que por todo o espaço sideral pululam os "Cristos de Deus" comandando as galáxias. Acrescenta que além disso, esses diretores dão especiais atenções aos cuidados de zelar pelas "sementes" das quais advirão outras galáxias.

Parece exagero o conteúdo das descrições referidas acima, pois, afinal de contas, nossa sociedade não está habituada a olhar o cosmo, e a vida, enxergando a magnitude correta. À generalidade dos terráqueos é comum pensar no cosmo só como um amontoado de estrelas sem sequer deixar-se imaginar o que são essas estrelas, e por que ali se encontram.

Também para o que chamam vida, a limitação de interesses por compreendê-la é brutal. Dão-se por satisfeitos em pensar em vida apenas nas estreitas fronteiras de um diminuto planeta que chamamos Terra.

Para essa generalidade humana o cosmo... ah !, o cosmo não interessa. Daí os espantos quando se deparam com informações como estas que apresentamos nestes estudos.

Mas como dissemos ao início desta série de apontamentos, não somos nós os pesquisadores. Estamos, apenas, fazendo papel de repórter, na divulgação de um tema de relevante significação.

E dentro desta pesquisa que nos foi possível fazer, especificamente neste tópico abordado por Áureo, falando de sementes de galáxias - ele empregou o termo "ovos cósmicos“.

Indicamos também o livro À Espreita do Pêndulo Cósmico, de autoria de Itzhak Bentov, editado pela Editora Cultrix/Pensamento. Nesse livro o autor, numa linguagem totalmente científica, porém popular, expõe suas pesquisas a respeito do surgimento das galáxias.

Apesar das negações vindas de todas as partes, a ciência vai, aos poucos, confirmando essas informações milenares, depositadas no seio das antigas religiões orientais.

Até podemos lembrar um fato recente que corrobora com nossa informação.

A notável revista VEJA em sua edição de 13 de Julho de 2005, páginas 110 e 111, veiculou um artigo no qual comenta aspectos cósmicos. Título do artigo: Trampolim do Tempo. Assunto: Viagem através do tempo.

A ciência vai chegando onde tanto ela própria negou possibilidades. Mas estamos tocando neste assunto só para dizer que o quê é negado hoje poderá estar demonstrado amanhã. Pois é, o artigo fala que as viagens através do tempo podem ser feitas percorrendo canais siderais a que chamam de "Buraco de Minhoca". Isso mesmo, não espantem.

Mas isso não é coisa nova. Já em 1992 tomamos conhecimento dessa teoria por meio do livro Espaço-Tempo e Além, de Bot Toben e Fred Alan Wolf. No Brasil foi editado pela Editora Cultrix.

No capítulo "A Estrutura do Espaço-Tempo" os autores abordam o assunto com maestria. Especificamente à página 34 fazem a demonstração do que vem a ser este curioso nome Buraco de Minhoca do Espaço. Leiam-no, se lhes for possível, para se inteirar das realidades científicas mais recentes, envolvidas com a metafísica e a paranormalidade psíquica do Ser.

Quanto a essas referências, muitas outras poderiam ser citadas para robustecer nossas certezas, entretanto, não é este o escopo de nosso trabalho.

A pequena síntese apresentada nos parece argumento suficiente para nos incentivar a continuar nosso roteiro de pesquisa. Mesmo porque, como dissemos acima, seria apenas um refrigério poético para dar asas à nossa imaginação que anda tão cerceada, coitada, pela pressão do materialismo.

Portanto, depois dessa ligeira viagem pelo tempo e pelo espaço, através das referências acima, e convictos de que não estamos divagando no incompreensível, voltemos à estação terrestre. Ajeitemo-nos nessa gigantesca e bela nave espacial que os talentosos artífices do Criador moldaram para nós, e sigamos com nossas anotações.

Nossa análise é retomada no ponto em que a Mônada, deixando o reino Animal, se dirige ao reino Elemental. Por natural, da forma em que ela se encontra não lhe será possível manifestar-se no novo reino.

Alguma coisa nos focos de vida de cada plano, princípios embrionários de seus futuros veículos, terá que mudar, adaptando-se ao novo ciclo que se inicia. Vejamos essa mutação.


Na figura acima, temos o arcabouço completo da Mônada. Fixados estão os aspectos caracterizadores de cada plano, a saber: VONTADE, SABEDORIA, ATIVIDADE, PENSA-MENTO, SENSAÇÃO e TRABALHO.

É nessa conformação que se encontra seu arcabouço naquele momento em que vai iniciar dita mudança, naturalmente tendo-se em conta as transformações que descreveremos a seguir, até porque, os invólucros grupais já se dissolveram, como vimos.

Agora, complexas operações se iniciam. Mudando nossa visão para a figura seguinte vemos que, na primeira das operações, o fluxo monádico do raio de vida se intensifica, e a Tríade Superior se torna mais brilhante. Fulgurante.


É que, em sua "descida", o raio de vida ativa os elementos situados nos planos Atma, Buddhi e Mental Superior.

Atingindo o Mental Superior um estremecimento desperta aquela semente que passa a vibrar com maior intensidade.

Quanto aos três outros aspectos situados abaixo da linha divisória do plano Mental, os componentes que formam a Tríade Inferior, permanecem como que hibernando, após terem deixado o reino Animal.

Entretanto, o estremecimento ocorrido no Mental Superior rompe as películas que separavam os aspectos situados acima e abaixo daquela linha divisória.

Com o rompimento da película, as vibrações prosseguem ativando todo o conjunto até atingir o aspecto situado no plano Físico.

Vejam na figura abaixo, como tudo ficou. Representamos nela a sacudidela geral que transcorre com o arcabouço, e daí, o último invólucro da "casca do ovo" de que vínhamos estudando, resquício da última Alma-Grupal, se despedaça.

Aquela separatividade entre os aspectos desaparece, e estes se tornam contínuos junto com a Mônada, através do cordão "sonda".

Para relembrar repetimos que os aspectos fixados são os elementos permanentes para formações futuras dos respectivos corpos.

A seguir a esse instante de profunda mudança, o estremecimento maior que acontece no plano Mental Superior se transforma num vórtice. Um roda-moinho. Este, em seu giro, atrai para seu centro todas as forças e partículas que estejam em derredor, provocando, com isso, a consolidação daquilo que virá a ser o corpo Causal.

Agora, olhando esta próxima figura, vemos a expressão do que restou após a cessação dos impulsos das forças monádicas que causaram o estremecimento vorticoso.


O vórtice "se acalma e vai tomando a forma de um envoltório delicado, de fina película".

Estas palavras estão no livro O Corpo Causal e o Ego, página 61, de autoria de Arthur E. Powell, Editora Pensamento, expressando o fenômeno que tem por resultante a formação do corpo Causal.

Assim, nossa Mônada viajora possui o primeiro corpo que lhe permitirá ingressar no novo ciclo direcionado à inteligência. Surge no cenário cósmico da vida daquela Mônada seu corpo Causal.

Mas não é só um novo corpo que se forma. Depois dos longérrimos ciclos gastos a percorrer os reinos anteriores, temos, também, um INDIVÍDUO. O mais importante feito de todo esse transformismo. Isso porque o corpo Causal é a característica determinante entre o Ser animal e o Ser Hominal.

Os animais não o possuem e nem dele necessitam. Para o homem, porém, ele é a ponte entre os focos dos pensamentos abstratos, cuja origem está em Atma, Buddhi e Mental Superior, com os focos dos pensamentos concretos que estão no Mental Inferior.

Portanto, na figura, o corpo Causal, por falta de melhor expressão de sua forma, pois esta ainda é inteiramente desconhecida, é representado por um ovoide.

Mesmo porque, aos olhos dos mais perspicazes clarividentes, devido sua luminosidade, só é visto uma forma oval de luzes.

Olhando para trás, vemos que milhares e milhares de séculos separam aquela iniciante Mônada descrita nos pps anteriores, deste acontecimento que ora estamos comentando.

Conclusão, está pronta a Individualização.

Apenas resumimos para simplificar a compreensão, porém, numa tentativa de melhor informar, novamente indicamos outra parte do livro Universo e Vida. Esta nova indicação está à página 59. Nesta parte de seu livro Áureo descreve, com minúcias, a organização existente nos planos extrafísicos apropriada às operações que promovem o despertamento consciencial nas Mônadas, principalmente nesta sequencia que tange o estudo desta apostila, qual seja, a da individualização.

É claro que apesar do detalhamento exposto por Áureo, ainda assim nos falta capacidade para imaginar a completude das fases desse processo operatório por ele descrito. Contudo, comparando ao que acontece na Terra onde criaturas menores estão sob os cuidados de criaturas maiores, é de se imaginar, mesmo que imperfeitamente, que no espaço onde se situam as criaturas arcangélicas os cuidados dispensados à individualização das Mônadas, seja, mesmo, algo indescritivelmente grandioso.

Quem somos, afinal, senão ainda meras criaturas pequenas nesse maravilhoso cosmo?

Embora seja grande o nosso indisfarçável entusiasmo pela grandiosidade sideral, a linguagem usada neste trabalho é pobre face ao restringimento que sofre o vocabulário humano quando se trata de descrever o imensurável. Também os desenhos que ousamos apresentar são simplesmente orientativos...

Criaturas atuam, e têm suas moradas, nas esferas do pensamento abstrato: Mental Superior, Buddhi e Atma, longínquas demais para que nosso nível intelectivo da atualidade possa ter o completo entendimento delas. Só podemos ter, daquelas regiões, uma referência de existência. Portanto, dado a essas impossibilidades, nossos desenhos e linguagem continuarão carentes de melhor expressão.
(Texto: Luiz Antonio Brasil - continua)

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