O cosmo, também chamado de a fronteira final, é para nós o ninho formador de todas as vidas. Ao contemplarmos essa imensidão indescritível nossos olhos se extasiam ante inigualável harmonia e beleza.
Durante as horas do dia, sob uma abóbada azulínea reina o grande astro de nosso sistema. Sua imponente luz derrama-nos calor e vida, e enriquece a face de nosso planeta com a verdejante exuberância das plantas. Que lindo contraste de cores nosso astro maior nos proporciona. Sua luz dourada esverdeia ainda mais a vida vegetal na Terra. Todavia, com a calota do azul do céu emoldurando nossa morada, dá-nos a impressão de que estamos sozinhos no universo.
No entanto, durante as horas da noite mudam-se as figurações. O sol se vai, mas surge um astro menor com sua diamantina luz. A bela lua. Mas não vem sozinha. Acompanhando-a, forra-se o céu com um manto de estrelas. E de fato assim o é. Durante as horas da noite pontilha-se a imensidão de incontáveis piscar de luzes. São as estrelas. E elas desmentem a ilusão das horas do dia, quando pensávamos que estávamos sozinhos no universo.
Contam-nos elas da solidariedade existente entre todas, pois umas se apoiando nas outras, e, mutuamente se equilibrando, viajam infinito afora.
Então descobrimos ! Não estamos sozinhos no indescritível. Incontáveis sóis, que são eles as estrelas, como o nosso, também arrastam seus planetas discípulos, moradas de almas, aprendizes como nós. Filhos de outros pais, habitando outras casas, situadas em outras ruas, porém de uma só e mesma cidade, por nome COSMO !
E uma criança ao nosso lado, olhando o céu noturno, nos pergunta: - Que habilidosos dedos colocaram, um-a-um, aqueles pontinhos lá em cima ?
Nos engasgamos para responder, pois embora idosos, muito pouco, quase nada, sabemos sobre os habilidosos dedos criadores de mundos. Entretanto, uma certeza temos, e esta coisa alguma a afastará de nós. A certeza de que, indubitavelmente, dedos habilidosos pontilharam de luz e vida a assombrosa beleza chamada UNIVERSO !
E o Universo aí está aos nossos olhos. Tudo o que dele se falou desde Copérnico e Galileu começa a ser revisto, ante as novas descobertas feitas pelo olho gigante do telescópio Hubble, esse bisbilhoteiro que os Estados Unidos da América do Norte pôs a viajar pelo espaço, bem como de outros equipamentos, sejam telescópios ou radiotelescópios que estão instalados em vários países.
Muito boas essas providências feitas pelos vários governos, pois teorias até então tidas por infalíveis começam a se ruborizar na vergonha do engano. As descobertas que agora estão sendo catalogadas mexem com toda a estrutura da atual ciência astrofísica e, muito em breve, abalarão as teses filosóficas e religiosas existentes na Terra. Tudo terá que ser repensado.
Essa situação nos faz lembrar a perguntinha de nosso amiguinho acima, e concluímos, ante a nova visão, que só dedos, muitíssimos habilidosos poderiam ter montado esse intrincado quebra-cabeças.
Mas se os homens das academias começam a tremer por causa das descobertas que chegam a cada momento, não estranhariam tanto se tivessem, sem orgulho, dado umas voltinhas pela literatura do ocultismo religioso arcaico. Como recusaram esse passeio, se sentem surpreendidos por algo que os arianos da chapada mongólica, dezenas de milhares de anos antes de nós, já o sabiam. Isto é, sobre a formação dos globos, das eras e das vidas. A história que eles nos contam falam das mãos cujos habilidosos dedos puseram cada Terra em seu lugar no espaço, no tempo adequado a cada uma delas.
Essa história relata: Há no cosmo uma hierarquia administrativa. Ao contrário do que se imagina, o cosmo não é um vazio e abandonado ao ermo. Por todos os seus cantos permeiam as vidas, e todo o sistema, como afinadíssima orquestra, é regido por essa hierarquia.
Culminando essa hierarquia está o INCRIADO, a Inteligência Suprema. Aquilo, ou Aquele, que nós os terráqueos chamamos de Deus.
Dessa fonte emana a primordial energia que preenche e constitui o cosmo. Embora seja impossível traduzi-Lo por palavras ou desenho, representamo-lo na figura que é vista abaixo, como alguma coisa de forma indefinida.
Não tomar a figura como a expressão possível do Incriado. Portanto, nossa figurinha significa o ápice dessa hierarquia a que estamos nos referindo.
Mas até então, por esse tempo que a figura imaginativamente expressa, - se é que ao tratarmos da eternidade possamos falar em tempo ou em época - tudo é um vazio dentro do TODO.
Épocas sem conta remontaram épocas. Tudo, simplesmente, ainda inimaginável para nós os humanos.
Entretanto, dando um salto no tempo, visualizemos agora nosso Universo já coalhado de galáxias.
De alguma maneira elas começaram a ser formadas, separadas, umas das outras, por distâncias que mesmo viajando à velocidade da luz, mil vidas seriam insuficientes para cobrir a distância que as separa.
E a obscuridade cósmica passou a ficar pontilhada de muitas luzes, de muitos mundos. Dentre todos esses conglomerados estelares também lá estava nossa Via Láctea. Esse manto de estrelas que veste nossas noites, e ao qual pertence nosso Sol. Mas não apenas cheia de luzes. Evidentemente, também cheia de vidas e, destas vidas, as tradições vetustas das religiões hindus, herança que são da raiz ariana do centro asiático, mais precisamente do planalto mongólico e chinês, nos contam o seguinte:
Há uma hierarquia de Seres Arcangélicos administrando nossa galáxia como um todo. Nessa hierarquia um deles se destaca por sua superioridade, sobre todos os sentidos, e sobre todas as demais ordens existenciais contidas na galáxia. Sua fulguração áurica, como a figura abaixo demonstra, preenche todo o espaço abrangido pelo conglomerado. Mais do que isso: Ele a vivifica. E mais ainda, Ele é a vida da própria galáxia.
Assim como a vida de nosso corpo humano não é a matéria de que é constituído, mas o espírito que o anima, também este arcangélico SER, é a vida e é quem vivifica esse magnificente e gigantesco corpo chamado galáxia.
Não pasmem e nem se admirem, mas o ajuntamento estelar a que damos o nome de Via Láctea é o corpo tangível desse estupendo SER ! E´ o seu corpo visível, situado ao nível da matéria, desta mesma matéria de que se constitui o plano físico, no qual a Terra de nossos pés existe.
Ele é o topo da hierarquia que administra todo esse sistema. Para nos entendermos melhor, à essa hierarquia daremos o nome de Colegiado da Galáxia. Figurativamente representamo-la pelo desenho acima.
Ali temos o Ente Superior e Seus designados mais imediatos. São Eles o centro desse Colegiado e que se irradia por toda a galáxia. Este centro é chamado pelos ocultistas de o Sol Central. Sua localização é onde se situa o centro geométrico da Via Láctea.
Os homens do ramo das ciências astronômicas já desconfiam que um centro comum estabiliza e equilibra toda a Via Láctea. Ainda não conseguiram visualizar essa fonte de irradiação, pois nossos aparelhos são, por enquanto, insuficientes para isso. Contudo, os cálculos que analisam os movimentos estelares apontam para a existência de um centro aglutinador orbital para toda a galáxia. Alguma coisa, comparativamente, como o nosso sol é para seus planetas.
Uma vez assim compreendido, vamos agora de encontro às questões relacionadas ao sistema planetário de que a Terra faz parte.
Antes, porém, queremos lembrar que a vida é um constante evoluir. Esse constante evoluir, para acontecer, exige o continuado desdobrar das criações. Ou seja, não pode existir a estagnação. Qualquer que seja o nível evolutivo que um indivíduo se encontre, dos mais inferiores aos altamente categorizados que se conheça, sempre haverá algo de maior a que ele tenha de se dispor a fazer.
Desta forma, as galáxias são os ninhos desse desdobrar de ações nos vários planos de variadas densidades da matéria. Dentro de seus limites há um constante transformismo.
A figura abaixo traduz essa movimentação. Temos o que podemos chamar de energia informe, que vem de ser o princípio de todas as coisas. João, o evangelista, dá a esse princípio o nome de o VERBO DIVINO. Allan Kardec denominou-o de Fluido Cósmico Universal. Helena P. Blavatsky apoiando-se na nomenclatura sânscrita chamou-o de Fohat. André Luiz, tratando desse mesmo princípio nas suas manifestações em nosso universo chamou-o de Luz Coagulada.
A figura, portanto, mostra que do princípio único desdobram-se, sob a ação das arcangélicas criaturas, as mutações da massa primordial, tomando densidades e formas diferentes que vêm de compor cada plano distinto de vida. Nesses planos há um fervilhar de transformações. Por exemplo, ao nível da matéria do plano em que a Terra se situa, dentro dos limites da Via Láctea, estrelas se formam, estrelas se desintegram. Vidas que nascem, vidas que morrem. Mas nada se perdendo, e tudo se transformando. Os átomos que formam as estrelas são os mesmos que formam nosso corpo físico. Tudo ocorrendo como meta de trabalho evolutivo. Tudo como forma de proporcionar ao indivíduo ambiente e recursos onde ele possa empregar do que já sabe, e, principalmente, avançar e dominar sobre novas descobertas. Enfim, subir mais um degrau evolutivo.
Portanto, a vida é um constante renovar, é um constante descobrir. Essa informação vem nos contar que o Universo e, por conseqüência, cada galáxia que o compõe, não se acha inteiramente concluído em sua construção. Como imaginamos que nunca estará. E a Via Láctea, o nosso bairro dessa imensa cidade cósmica, está na mesma situação: inconclusa. Muito já se fez; muito está por fazer.
E´ aí que entra na cena cósmica de nossa vida a formação de nosso sistema planetário. As arcangélicas criaturas que compõem o Colegiado da Galáxia, por alguma razão que foge às possibilidades de nossa compreensão, decidem que um novo sistema planetário deve ser formado.
Analisam mapas desse gigantesco aglomerado de mundos e determinam o espaço interestelar a ser ocupado pelo novo sistema.
Para visualizarmos tão imponente designação, e apenas para fins de nosso estudo, e só para isso, no desenho da figura a seguir, indicamos pela letra "Z" a região da Via Láctea na qual surgiria o novo campo de vida.
Uma vez determinadas as linhas gerais do novo conjunto planetário, as excelsas criaturas do Colegiado da Galáxia escolhem os elementos que irão dirigir e orientar a gigantesca tarefa.
Tudo isso nos parece fantástico e inverossímil, porém, esta visão não é nossa. Nossa é só a interpretação de várias informações contidas nas literaturas que citamos na bibliografia. E dentre uma delas faremos referência a trecho do livro DEVASSANDO O INVISÍVEL, autoria de Yvonne A. Pereira, editado pela Federação Espírita Brasileira, páginas 33, 34 e 37, onde a autora conta das sociedades que administram a vida no cosmo.
Ela detalha, com rara riqueza de informações, das poderosas mentes que se juntam para exercitar no manuseio dos fluidos e, dessa força motriz formada pela associação das mentes, tornar realidade a planificação de criação das esferas estelares e planetárias.
Esferas estelares e planetárias que ela chamou de "colônias" a virem ser moradas de humanidades, berços de Mônadas que ali evoluirão.
Como vêm, e os leitores interessados devem compulsar o livro indicado, os trechos referidos acima, oriundos de uma fonte digna de crédito, não deixam margem de dúvida de que no cosmo não há um BUUUUM aleatório, e muito menos efeitos de um acaso que deram origem ao que nossos olhos contemplam. Mas sim um determinismo, um planejamento cujas razões ainda fogem ao nosso conhecimento.
Dizíamos que, após a determinação da região galáctica a ser ocupada, os excelsos dirigentes escolhem os elementos que irão dar direção e cumprimento a tão estupefaciente planejamento. Convocam tais elementos e lhes participam as orientações gerais: Criar um novo sistema planetário na região "A" da Via Láctea, de forma a que este venha a possuir as seguintes características....... e descrevem-lhes toda a ideação.
Com essa convocação dá-se por formada a cúpula da Comunidade de Espíritos Puros que irá dirigir os destinos do futuro sistema.
Ilustrativamente, e apenas para corroborar com a nossa compreensão, fizemos representar essa cúpula administrativa conforme a figura que é vista abaixo.
Ao elemento Maior de todo o conjunto as escrituras hindus denominam de o Primeiro Logos. Ao elemento seguinte e diretamente subordinado ao anterior, chamam-no de o Segundo Logos. Ao outro elemento dão o nome de Terceiro Logos, que, por sua vez, também se acha diretamente subordinado ao Primeiro Logos. (A Doutrina Secreta, volume II, páginas 280 e 282)
A função primordial de cada um deles e:
1º Logos - O Criador-Transformador - Aquele cujos poderes faz a energia primordial transmutar-se em incontáveis outras. Estas virão a ser o substrato dos futuros mundos. Além dessa especificação, pelo uso de seus poderes separam-se da energia primordial os quantuns que se tornarão as centelhas de vida. Ou, falando mais claro, que se tornarão os futuros espíritos. (Vejam figura 04C apostila 04).
2º Logos - O Vivificador - Aquele que tomando sob seus cuidados as partições quânticas da matéria primordial citada acima, vivifica-ás. Transmite-lhes de si o alento da vida. Acorda-ás, para que desse instante em diante tornem-se "Vivas". Vivas no sentido do que entendemos por vida do espírito. Portanto, a partir desse ato elas se tornam as Mônadas de Consciências. Os Eus futuros. André Luiz, espírito, pela psicografia de Francisco Cândido Xavier, as denomina de Crisálidas de Consciências.
3º Logos - O Materializador - Aquele que tomando das demais frações da energia transformada pelo 1º Logos, materializa-as. Condensando-as de forma adequada faz surgir os diferentes aglomerados de átomos que serão as respectivas matérias tangíveis dos diferentes planos para as existências manifestas das Mônadas.
Para a consecução das providências iniciais descritas acima, bem como as que se seguiram, e as que até hoje são tomadas, os três dirigentes maiores arregimentam a colossal equipe que os auxiliará na realização dos planos.
Descrevendo esse maravilhoso evento, Emmanuel, espírito, pela psicografia do inimitável médium Francisco Cândido Xavier, à página 17 do livro A Caminho da Luz, editado pela Federação Espírita Brasileira, informa da existência de uma comunidade de "Espíritos Puros" a regerem a vida das "coletividades planetárias". Esta é outra fonte de fidedigna confiança, a que o leitor deve pesquisar.
Prosseguindo, podemos dizer que está formado o magnificente grupo de seres excelsos que doravante farão surgir na Via Láctea, e o dirigirão, o novo conjunto de planetas. O nosso sistema Solar.
Iniciam, pois, tão prazenteira e gigantesca tarefa. Prazenteira, porque, imaginamos nós, é fenomenalmente fantástica a criação de sistemas de mundos. Se pequenos aqui nesta vida nos sentimos felizes quando criamos alguma coisa boa, imaginemos, então, quão grandiosa deve ser a sublime emoção de ver MUNDOS se formando ! E gigantesca porque essa obra além de imensurável, fisicamente para nós, demanda milhões e milhões de séculos de planejamento, ação de execução e administração de sua existência. Naturalmente estamos falando em termos de tempo terrestre.
E sobre essa complexidade, é bom lembrar que num sistema planetário não é só a criação dos globos do sistema físico. Paralelamente, e interpenetrando-se, também são criados os globos dos demais planos de existência, a que nos referiremos a partir da apostila 03. Só por esta citação, sem descer a detalhes, podemos imaginar a enorme complexidade de transformações para todo o sistema atingir o ponto onde se encontra.
E Eles, os grandes Mestres, nos dizem que estamos só a meio caminho...
Mas retomemos a narrativa. A comunidade de Espíritos Puros dirige-se para a região "Z". (Ver figura 02B)
Como primeira ação o 1º Logos delimita, com sua aura, o espaço a ser ocupado pelo novo sistema. No uso de seus poderes inicia o transformismo da matéria primordial, adequando-a às mais diferentes variedades, (ver figura 01A, apostila 01), afim de proporcionar a formação dos diferentes planos de vida a coexistirem no novo sistema.
A figura a seguir representa parte da Via Láctea onde são vistos alguns sistemas planetários já existentes à época em que o sistema solar, onde se situa nossa Terra, tinha o início de sua formação.Também é vista a delimitação da região que chamamos de "Z", a ser ocupada pelo novo sistema planetário. O nosso atual sistema.
Nota do autor: Neste ponto de nossa narrativa abrimos um parêntese para advertir sobre o seguinte: A linguagem que estamos usando para historiar o feito é inteiramente montada sobre figurações. Para essas figurações tomamos por analogia as formas de decisões e providências comuns às que o homem da Terra está acostumado a vivenciar. Estamos usando desse recurso para mais fácil compreensão. De outra forma, se usássemos só da linguagem metafísica dos textos de que nosso resumo se origina, teríamos que alongar exaustivamente toda a narração, com a descrição dos significados correspondentes. Assim, optamos por essa maneira simplória de descrever, mas que, contudo, em si, encerra a descrição de um solene ato transformativo no universo. Portanto, por favor, não tomem as nossas palavras ao pé da letra, mas esforcem-se para nelas enxergar uma verdade que vai se tornando inegável à medida que o Homem avança em sua evolução, e os recursos tecnológicos vão proporcionando maior alcance do conhecimento, tais como os satélites espaciais que enviam às bases terrestres informações e fotografias que revelam um universo rico em vida muito além do que se pôde imaginar até agora.
(Autor: Luiz Antonio Brazil)
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