6 de fevereiro de 2013

A CRIATURA II

As eras se sucedem, e a obra da criação de um novo sistema solar, prossegue. Foi com essa frase que terminamos a apostila anterior. Naquela, na figura 02B, vimos o espaço apropriado para o nosso sistema já devidamente delimitado pela forma das dimensões irradiativas da aura do 1º Logos.

etapa a seguir envolve a ação conjunta do 1º e do 3º Logos. E ela pode ser descrita como aparece na figura ao lado.

Ou seja, na região interestelar que denominamos de região "Z", inicia-se o surgimento da nebulosa que dará origem a todo o novo sistema. O que se vê, diante do fenomenal acontecimento, é a revelação dos poderes do 1º Logos fazendo o transformismo da energia primordial, conjugados aos poderes do 3º Logos que vai diversificando as estruturas interatômicas, moldando-as nas formas materiais que se tornariam, mais tarde, os Mundos. São as ações do Criador/Transformador e do Materializador. Os atributos específicos do 1º e do 3º Logos. Depois dessas providências, ininterruptamente, prosseguem as transformações, ainda sob o comando do 1º e do 3º Logos.

A figura mostra que os variadíssimos grânulos de matéria que compunham a nebulosa, passando por outro transformismo, foram se aglomerando em vórtices gravitacionais. Vários deles envoltos por um vórtice central. O núcleo central em torno do qual todos os vórtices giravam, deu origem ao Sol. Os vórtices menores se transmutaram nas esferas que viriam a ser os futuros ninhos de vidas para as Mônadas. Os planetas.

E voltamos a lembrar: esses globos que se formavam, se formavam, simultaneamente, nos diferentes planos de existência. Como duplicatas, cada globo se repetia em cada plano diferente, formado pela matéria exclusiva do respectivo plano. Não obstante, lembramos, as esferas de cada globo se interpenetrando umas com as outras.

Expliquemos: o globo Físico da Terra se acha interpenetrado pelo globo Astral da Terra. Por outro lado, estes dois globos também se acham interpenetrados pelo globo Mental da Terra. E assim, sucessivamente, até ao globo de matéria mais rarefeita.

Mais alguns retoques em todo o trabalho de transmutação e, da conjugação dos poderes do 1º e do 3º Logos, teríamos o sistema em condições de receber seus primeiros moradores naturais.

E´ quando, a partir desse momento, vamos encontrar com o 2º Logos. Até aqui pareceu-nos, mas só aparentemente, que ele estava ausente de todo o processo inicial de transformação. Mas não foi bem assim.

Muito antes da inicial formação da nebulosa do sistema, e situado num plano exclusivamente criado para a consecução de sua específica e especialíssima função, lá estava ele tornando vívidas as centelhas iniciais que, dessa ação, se transformariam em Mônadas. Os princípios Espirituais.

Podemos imaginar esse trabalho do 2º Logos como se ele estivesse numa sala separada de todas as demais, tomando conta e controlando uma poderosa chocadeira. Desse perfeito funcionamento viriam à vida, a partir dos germens iniciais, as incontáveis crisálidas de consciência.

Já temos em mente o transformismo efetuado pelo 1º Logos que da massa primordial fez surgir as derivações que possibilitaram formar os substratos dos futuros planos de existência. Coadjuvando-O, vimos o 3º Logos transmutando os substratos, e com eles materializando todas as formas respectivas de cada plano. E, superficialmente, falamos sobre o 2º Logos, em sua ação vivificadora das sementes de vida.

A Mônada tem sua origem no mais puro do transformismo executado pelo 1º Logos. Elas são as sementes de Seres que um dia serão como o seu Criador, um Logos ! "Vós sois deuses." Esta é uma citação feita pelo mestre Jesus, contida no evangelho de João 10:34, anunciando a sublimidade de espírito de cada ser, e que não somos, simplesmente, corpo físico.

Na figura acima vemos que os planos apresentados têm a seguinte significação:

Plano 1 - ADI - Literalmente, do sânscrito, a palavra Adi significa "primeiro". E´ o plano inicial de tudo, existente desde antes do surgimento do sistema planetário, pois ele é peculiar à existência dos Espíritos de níveis Logóicos. Ou seja, as arcangélicas e muito puras Criaturas.

Plano 2 - MONÁDICO - Nesse plano se desenvolve toda a ação do 2º Logos, qual seja, vivificar, dar vida sensciente ou acordar, as sementes dos novos Seres. Este plano é o berço das Mônadas. Em sânscrito é chamado de Anupadaka, que literalmente significa "sem vestidura". E´ o plano no qual as Mônadas subsistem em sua pureza, sem a vestidura de corpos, daí o nome.

Planos 3 - 4 - 5 - 6 - 7 - Esses planos, até neste ponto em que nossa narrativa descreve, ainda se encontram sem nomes específicos. Podemos dizer que até aqui são, por enquanto, partes na imaginação do 3º Logos. Ele os trabalha, concretizando-os, mas não se acham inteiramente configurados.

A seguir temos uma tabela na qual resumimos todas as providências operacionais citadas acima.

A tabela acima, ao nos trazer algum esclarecimento nos leva, também, de encontro a uma questão expectante. Esta: Quem são, e de onde vieram, os arcangélicos 1º, 2º e 3º Logos, e as Mônadas ?

Falamos, nas notas precedentes, de todo o sistema e da organização que envolveu o trabalho de criação de um novo conjunto planetário. Falaremos, agora, a respeito das criaturas que tomaram parte na gigantesca obra.

Naturalmente que suas origens se perdem na imensidão do tempo cósmico, e mesmo que assim não o fosse, as palavras do vocabulário humano não seriam suficientes para descrever com integridade a beleza de todos os acontecimentos que precederam à chegada dos construtores à nossa região "Z".

Em nossa narrativa noticiamos, singelamente, a existência do Comando Central da Galáxia, a que demos o nome de Colegiado. E as fases podem ser, também singelamente, visualizadas como se seguem descritas.

Num tempo, antes da existência do sistema solar, podemos dizer, apenas para nossa compreensão, que tudo era informe. Nada ainda havia se formado. Os planejadores, que anteriormente demos o nome de Colegiado da Galáxia, existiam nos mundos subjetivos.

Foi o tempo que, cronologicamente para nós, podemos chamá-lo de o Tempo da Ideação Cósmica. Tudo - que dizia respeito ao sistema solar a ser criado - era apenas uma idéia. Uma idéia que residia na mente daqueles planejadores.

Aquelas criaturas, em termos de comparação com o hoje de nossa existência, ainda eram os nossos Logos Subjetivos. Isto para nós, bem entendido, Mônadas nativas deste sistema solar, pois ainda não existíamos.

É isso que a figura a seguir tenta descrever. Tudo, naquele tempo, para nós, seres ainda não existentes, era completa subjetividade.

Ideação Cósmica

Descrevamos um termo de comparação para tornar mais acessível o entendimento.

Cada um que nos estiver lendo imagine a sua própria idade física. Exemplificando: Digamos que alguém tenha nascido em 1950 de nossa era. Tudo o que se passou de 1950 até o presente momento, são fatos objetivos para essa pessoa. Todavia, a contar desde a mais longínqua antiguidade, até o ano de 1949, tudo o que se passou é subjetivo para essa mesma pessoa. Evidentemente que neste exemplo não estamos levando em conta o fator reencarnação.

Para uma tal pessoa, portanto, as grandes tragédias ocorridas na segunda guerra mundial, transcorridas de 1939 a 1945, não têm para ela nenhum outro significado além do histórico, apesar de tanto abalo esse acontecimento real ter ocasionado à população do globo, naqueles dias. Portanto, para ela, um fato subjetivo.

Assim, pois, são para nós, criaturas cosmicamente recém nascidas, aqueles fatos que na figura acima demos o título de Ideação Cósmica.

Quem são os 1º, 2º e 3º Logos ? Simbolicamente, na figura inserimos em caráter de Seres principais três Logos, também chamados de 1º, 2º e 3º Logos. Porém, entendamos, estes são os Logos Subjetivos. Seres existentes desde uma era muitíssimo anterior ao início da existência de nosso sistema planetário, conforme orientamos na apostila precedente.

Após a Ideação e à escolha dos emissários que cumpririam tão honrosa e prazenteira tarefa, isto é, após a tomada das primeiras decisões por parte do Colegiado da Galáxia, ocorre a formação hierárquica para administrar o futuro sistema.

A figura a seguir conta que um dos elementos menores, integrante do Colegiado da Galáxia, daquela fase subjetiva, se torna o Maior na fase objetiva. Ele se converte no nosso 1º Logos. Ele é o que chamamos de Criador Transformador de nosso sistema planetário. Transformador, porque, transformando a energia primordial, abriu espaço e condições para a formação de nosso berço planetário.

Ele não é um SER de excepcionais qualidades e poderes advindos de algum privilégio que tenha desfrutado desde que foi criado, lá nos zilhões de eras que se foram. Também, como nós, teve sua origem numa centelha, criada num sistema muito, mas muito, mas muuuuuuuito, anterior ao lindo conjunto regido por nosso sol. De si mesmo, esforçou-se, evoluiu. Expandiu-se em consciência e amor, e se tornou um Criador.

Não se espantem com o que escrevi no parágrafo anterior. Criador, sim, e o Mestre Jesus, a dois mil anos, já nos revelava isso, dizendo: Vós sois deuses. (João 10:34) - Contudo, o sufocamento do espírito causado pelo peso da materialidade, até hoje não nos permitiu acreditar nessa assertiva. (A Doutrina Secreta vol. 1 páginas 83/84 - O Livro dos Espíritos, questão 540).

Portanto, nada a estranhar quanto ao fato de uma centelha de vida, a Mônada, vir um dia a se tornar um Criador !

E foi assim que aquela criatura, um dia, lá das eras perdidas, acreditou em algum Mestre que por ele passou, e seguio-O. Tornou-se, então, por isso, um Criador. O nosso Terno e Inefável Criador ! (Inefável: que não se pode exprimir por palavras. Figurativamente: delicioso, encantador, inebriante)

Mas Ele não veio sozinho para dar cumprimento a tão importante determinação. Acompanharam-no muitos. Ramatis, no livro Mensagens do Astral, os chama de Engenheiros Siderais. Uma designação muito bonita e inteiramente apropriada.

Daquela portentosa equipe dois se destacavam por suas posições na hierarquia. Estes vieram com a designação de Segundo e Terceiro Logos.

E quais são estes ? São crias daquele mesmo Primeiro Logos. O nosso 1º Logos. E criados foram tal qual acontece a todas as criaturas, centelhas iniciais, em acontecimentos que se deram em sistemas planetários posteriores ao sistema que deu vida ao elemento hoje chamado de 1º Logos. E, evidentemente, muito anterior ao nosso sistema.

Desenhamos a figura ao lado para melhor entender a descrição que estamos fazendo. Ela simboliza: Originando-se do 1º Logos vemos os 2º e 3º Logos. O 2º Logos originando-se numa era "a" em um sistema planetário "A". O 3º Logos, identicamente, mas numa era "b" em um sistema planetário "B". Sendo que a era "b" foi posterior à era "a". Portanto, o 3º Logos, em idade cósmica, é mais "novo" que o 2º Logos que, por sua vez, é mais "novo" que o 1º Logos.

Evoluíram de Mônadas a Logos, como a figura demonstra pela seta que se dirige do círculo radiante em direção à imagem corpórea. E desde o início transformador que deu origem ao nosso sistema planetário, eles aliam seus esforços, e poderes, aos do 1º Logos, para tornarem objetivos todos aqueles planos que nos são subjetivos.

E deste sublime parto cósmico cá estamos nós, as centelhas monádicas, crias destes maravilhosos Seres, que na figura se representa pelos quatro círculos radiantes encerrados no retângulo da direita. São os degraus infinitos da evolução. São os degraus infinitos do saber. Também esta é a nossa destinação, e será a nossa caminhada.

Mas, e as Mônadas, o que delas podemos falar descrevendo desde a origem ? Nas apostilas 02, figura 02C e 03, figura 03C, fizemos ligeira referência que agora complementaremos.

A figura a seguir descreve a síntese do grande plano cósmico do Colegiado da Galáxia, que deu origem a tudo. Esse tudo se refere só, e tão só, ao nosso sistema planetário.

As Mônadas, ou unidades de consciência, são geradas "dentro" da vida Divina - era subjetiva - isto é, antes que o campo para sua evolução esteja formado. Melhor dizendo, antes da existência manifesta do sistema planetário em que inicialmente viverão.
Estão, por assim dizer, naquela fase, unicamente "dentro", e sob os cuidados, do campo energético daquele que se tornara o 1º Logos, já que o sistema planetário ainda não estava manifesto. Portanto, as Mônadas são compostas do mais puro elemento da quintessência primordial.

Também, da mesma Ideação Cósmica, descreve a figura, vem o transformismo que se transmutou neste todo planetário-solar que nos serve de morada. E destas substâncias que aqui se formaram pela transformação executada pelo 3º Logos, advieram todas as formas que vemos, tocamos e usamos.

De todas essas formas, na figura representamos apenas o que podemos chamar de os "veículos" para as manifestações das consciências, já, agora, vivenciando os planos objetivos em seus vários reinos.

Entretanto, em nossa descrição, falando da figura 04C, acabamos por nos adiantar a narrativa. Voltemos um pouco.

Situemo-nos numa posição em que possamos entender como as Mônadas, ainda presentes tão só "dentro" do campo energético do 1º Logos, passaram a ter suas presenças nos planos manifestos originados da energia primordial transmutada.

Duas grandes ondas-de-vida regeram esses acontecimentos. A primeira grande onda-de-vida ocorreu quando da criação das centelhas de consciência. Isto é, da criação das próprias Mônadas. Falamos disso, em rápida passagem, na apostila 03, figura 03C. A segunda grande onda-de-vida se refere ao descenso das Mônadas, "saindo" do campo energético do 1º Logos e "internando-se" no primeiro plano em que, objetivamente, poderiam se manifestar, para serem vivificadas.

Cabe aqui uma observação: As palavras "saindo" e "internando-se" citadas no parágrafo anterior, são apenas forças de expressão dada a insuficiência do vocabulário humano. Na realidade, porém, todas as Mônadas, e nós mesmos, seres encarnados, NUNCA deixamos, ou deixaremos, de estar DENTRO do campo energético deste 1º Logos, enquanto pertencendo a este sistema planetário. "Saindo" e "internando-se" se referem, portanto, e unicamente, à mudança de "local" onde passaram a se posicionar as Mônadas, sem, contudo, deixarem de estar dentro do campo energético do 1º Logos, repetimos.

Imperfeitamente, podemos imaginar essa mudança de local comparando com o ato de nascimento de uma criança. Protegida, literalmente, dentro do campo uterino da mãe, ao nascer, a criança transfere-se ao mundo exterior, sem, contudo, jamais perder a proteção materna, pois assim a acompanhará a aura de amor daquela que a gerou.

E já que estamos falando em nascimento, podemos exemplificar comparativamente a ação do 2º Logos sobre as Mônadas como algo semelhante ao trabalho efetuado pelos obstetras durante a feitura de um parto. O 2º Logos vivifica, "acorda", as Mônadas. Dá-lhes vida. E´ o sublime e gigantesco obstetra suavemente espalmando as nadeguinhas Monádicas, para arrancar-lhes o primeiro grito.

"E formou o Senhor Deus o homem do pó da terra, e soprou em seus narizes o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente." (Gênesis 2:7)

No versículo do Velho Testamento bíblico citado acima temos a descrição desse ato metafísico a que estamos narrando.

Pó da terra - A alegórica citação bíblica não se refere a esta terra do chão que pisamos, mas, sem dúvida, à quintessência da energia primordial.

Soprou - O ato de soprar, aqui, se trata do ato feito pelo 2º Logos de transferir sua influência energética às Mônadas, dando a elas o fôlego da vida. Acordando-as, dando-lhes vida. "... e as Mônadas foram feitas almas viventes", traduzimos, nós o último trecho do versículo citado, pois assim nos parece mais condizente com a realidade do acontecido. As religiões cristãs, entretanto, tomam toda a citação bíblica ao pé da letra fazendo com que a verdade cósmica se perca no emaranhado das interpretações interesseiras.

Mas prossigamos com nossa narrativa.

Enquanto tudo isso acontece, já está em cena o 3º Logos cuidando de suas atribuições. Dele vem toda a diferenciação energética transmutada em substâncias que deu origem aos cinco planos situados abaixo do plano Monádico. E se na figura 03C, representamos esses planos ainda sem nomes, de agora em diante já são endereços certos para as correspondentes moradas das consciências. E é isso o que vemos na figura abaixo.

A figura nos conta que as unidades de consciência "descem" do plano Divino, plano 1, ao plano de suas vivificações, o plano Monádico, plano 2. Despertam.

Os demais planos, que são denominados, respectivamente por: Átmico, Búdhico, Mental, Astral e Físico, sendo que o Mental se subdivide em Mental Superior e Mental Inferior, já foram criados pelo 3º Logos, e estão prontos para começar a receber seus primeiros ocupantes.

Para que isso aconteça, também por ação do 3º Logos, é criado o irresistível meio de atração que aproximará a consciência monádica, ou o Espírito, da matéria do plano respectivo a que deverá estagiar. Esse irresistível campo de atração do espírito para com a matéria é representado na figura pela faixa que interliga a Mônada, situada no plano Monádico, à figura humana, mais abaixo, e que está sendo nomeado por Eletrização.

Submetido á essa irresistível atração o espírito iniciará sua peregrinação evolutiva, vestindo a matéria, escalonadamente, nas variáveis formas que lhe permitirão, partindo de uma centelha, atingir a angelitude. O resumo dessa trajetória será mais claramente visto na apostila 28, pela figura 28B. Aguardem até lá.

E de tal forma é essa atração que da matéria só se libertará quando, por esforço individual, conseqüentemente por esforço próprio, se tornar consciencialmente puro, tanto quanto o foi na origem simples de que proveio.

Assim, lenta e gradualmente, este irresistível fluxo de vida "desce" através dos vários planos, permanecendo em cada um deles pelo período necessário à correspondente evolução que ali possa encontrar. Chegando ao ponto máximo inferior, que é onde se situa a nossa matéria física, inicia a viagem ascendente.

Acrescentamos a descrição de que o plano Monádico é o campo de ação do 2º Logos, em seu trabalho de vivificar as Mônadas, e no espaço compreendido entre os planos 3 e 7, se desenvolvem as ações do 3º Logos, onde ocorrem as transmutações das energias em substâncias e criando a eletrização para que ocorra a união de espírito e matéria.

Falamos de uma irresistível onda de vida "empurrava", e empurra, as Mônadas através dos vários planos. Mais uma vez aqui fazemos outra advertência quanto ao emprego das palavras. O termo usado "empurra" é figurativo e não espelha a realidade, porquanto a Mônada jamais se desloca do plano Monádico. O que dela se lança aos planos abaixo do Monádico é um cordão energético que eletriza o veículo que num determinado plano esteja usando. Isto será mais claramente visto a partir da apostila 10. Por enquanto fica válido o termo usado, mas não o tomem ao pé da letra.

Para que ocorram esses estágios que a Mônada faz nos vários planos, acontecem dois ciclos. Um descendente, quando as centelhas espirituais mergulham na matéria de cada plano, vestindo-a nas várias formas de veículos para irem formalizando, em definitivo, suas individualidades; e o outro ciclo é o ascendente, quando, desvestindo a matéria, e com suas individualidades consolidadas na ética cósmica, ingressam no caminho da angelitude. Falaremos deste assunto mais tarde.

Abaixo apresentamos um gráfico onde fica mais compreensível a descrição feita até aqui.
A figura descreve: Sob a direção dos poderes do 3º Logos, os átomos de cada um dos planos despertam para novas possibilidades de atração e repulsão, de forma que possam se agregar em moléculas que passam de simples a complexas. De suas diferenciações, em cada um dos cinco planos inferiores ao Monádico, são formados sete sub-planos.

Por todos esses degraus a Mônada viajará vestindo corpos adequados a cada um, impulsionada pelo irresistível fluxo de vida que, como dissemos, na primeira fase, é descendente. Quando esse fluxo de vida alcança o ponto indicado pela letra "A" na figura, que corresponde ao ponto central do reino mineral, no plano Físico, a pressão descendente cessa, e é substituída por uma tendência ascendente.

Essa tendência ascendente é a continuidade do irresistível fluxo de vida, razão porque as criaturas na Terra se debatem entre o incompreensível da vida material e a atração da vida espiritual, o que causa inúmeros conflitos psicológicos.

Esses conflitos causam na pessoa a impressão de que ela está se dividindo ao meio, conforme ilustra a figura ao lado.
Nesse conflito de definições, uma metade é arrastada para a matéria e a outra metade tenta subir os degraus do espírito. Por isso, no estágio evolutivo atual da humanidade, somos apenas "meio bons".

Resumo: vive-se a fase da traumática confusão em que se acha toda a humanidade.

Apesar dos conflitos, é dessa forma que as Mônadas vão viajando por eras incontáveis, embora sentindo uma irresistível atração pelo belo e pelo perfeito, pois no íntimo todas sabem que somente isso proporcionará a verdadeira e imperecível felicidade. Contudo, apesar de sentirem tal atração, acabam por se deixar dominar pela sedução, ilusória, da matéria, confundindo-a como perenemente real, esquecendo que dela será retirada pelas portas da morte dos corpos que veste.

Mas não podemos nos adiantar na descrição dessa viagem sem antes fazer a demonstração de todo o conjunto dos Seres Diretores do sistema, aos quais Ramatis chamou de Engenheiros Siderais.

Falamos do 1º, do 2º e do 3º Logos, as criaturas centrais de nosso conjunto planetário. Elegidos que foram pelo Colegiado da Galáxia para assumirem a direção do portentoso fenômeno de criar Mundos, instalaram-se eles, como não poderia deixar de ser, naquele ponto que viria a ser o centro de todo o conjunto. E uma vez criado o Sol, este não apenas se tornou o centro irradiador de energia, luz e calor, mas também passou a ser o centro da morada Logoica. Podemos dizer, é ali o centro de Si, do 1º Logos !, o irradiador de Vida.

Para demonstrarmos o grande significado do Sol no sistema planetário e, particularmente em nossas vidas, um significado que foge ao conhecimento da quase totalidade da humanidade, vamos reproduzir abaixo trechos de textos de respeitados autores.

Do eminente teosofista e estudioso Arthur E. Powell temos: "O SOL físico pode ser considerado como uma espécie de chakram ou centro de força que está n'Ele, correspondente ao coração do homem, manifestação externa do centro principal de Seu Corpo." (Grifo do original - Livro: O Sistema Solar, página 44, editado pela Editora Pensamento)

André Luiz, espírito, pela psicografia generosa de Francisco Cândido Xavier, assim se expressou sobre o Sol: "A estrela que o Senhor acendeu para os nossos trabalhos terrestres é mais preciosa e bela do que a supomos quando no círculo carnal. Nosso Sol é a divina matriz da vida, e a claridade que irradia provém do Autor da Criação." (Livro: Nosso Lar, página 27, editado pela Federação Espírita Brasileira)

Mas André Luiz não fez só a citação acima. Ainda através da psicografia de Francisco Cândido Xavier, e cheio de reverência e eloqüência ele ensina: "Agradeçamos ao Senhor dos Mundos a bênção do Sol ! Na natureza física é a mais alta imagem de Deus que conhecemos." (Grifos nossos) (Livro: Os Mensageiros, página 176, editado pela Federação Espírita Brasileira).

Os trechos acima, por si só são enfáticos o suficiente para entendermos que o Sol não é apenas um astro brilhante no céu para amorenar a nossa pele durante os banhos de piscinas e praias.

Notem que Arthur E. Powell diz, ...que está n'Ele..., e ...Seu Corpo. Perguntamos: Está em quem ? Seu Corpo, de quem ?

Temos mais perguntas, desta feita compulsando os textos de André Luiz. No livro Nosso Lar ele diz: Nosso Sol é a divina matriz da vida, e a claridade que irradia provém do Autor da Criação. Do livro Os Mensageiros extraímos: Na natureza física é a mais alta imagem de Deus que conhecemos.

As perguntas são: Quem é o Autor da Criação cuja claridade solar dele provém ? Ora, se dentre as estrelas do firmamento o nosso sol até que não é das maiores, como pode ser a "mais alta imagem de Deus que conhecemos" ?

Uma só resposta atende e elucida os textos de Arthur E. Powell e André Luiz: Ambos se referir am à essa Entidade que nos textos esotéricos, e nestes apontamentos, recebe o nome de o 1º Logos. Nem mais e nem menos. E que faz afirmar nossa citação em parágrafos anteriores, quando escrevemos: E uma vez criado o Sol, este não apenas se tornou o centro irradiador de energia, luz e calor, mas também passou a ser o centro da morada Logoica. E também do que citamos no boletim anterior, quando dissemos que o Sol e todo o sistema planetário é o corpo visível (para nós), desse Ser.

Os trechos dos livros referidos confirmam, também, a existência das hierarquias criadoras. O mesmo André Luiz, em seu livro Obreiros da Vida Eterna, à página 50, e que faremos referência na apostila 08, conta dessas grandiosas Criaturas que administram as vidas e o sistema solar como um todo. E muito teríamos a falar, entretanto, nosso singelo estudo não nos permite aprofundar mais nessa particularidade Logoica e Solar. Lembramos apenas, e de passagem, que os povos da antiguidade tinham especial respeito pelo Sol, cultuando-o, inclusive, nos seus preceitos religiosos.

A humanidade de após o advento das grandes religiões ocidentais é que perdeu o elo referencial com seu Criador, metamorfoseando-O num vendilhão dos templos.

Mas sigamos com nossa pesquisa. Como se falou da existência dos globos planetários nos diferentes planos indicados nas figuras 04D e 05A, folha 1, também o sol se desdobra irradiativamente em vibrações adequadas a cada plano. Isto é, há o sol físico, o sol astral, etc. Entretanto o mesmo Sol em suas múltiplas variações dimensionais, como assim acontece, também, com os planetas.

Para compreender essa intrincada magnitude, podemos dizer que o sol físico é a manifestação do 1º Logos neste ambiente que existimos encarnados. Isto, também, nos dá uma melhor idéia daquilo que os teólogos falam, quando dizem que Dele tudo provém, referindo-se a Deus. E é verdade, mas é uma verdade oculta. A referência não se trata do Criador Incriado, mas do Criador Criado.

Atentem para a diferença. Criador Incriado é o Ser Total no qual todo o cosmo subsiste e Dele provém. Criador Criado é um dos Engenheiros Siderais, Chefe de Equipe, no q ual nosso sistema planetário subsiste e foi criado por ele e Sua Equipe.

E não é outro que não o nosso 1º Logos. Dele podemos dizer mais: dentro deste sistema planetário, com todos os seus múltiplos mundos e planos, que no conjunto é todo o conjunto formado por seus corpos de manifestação, ELE é onisciente, onipotente e onipresente.

Para tornar isso mais claro podemos usar de uma comparação. Nosso eu, o Espírito, é onisciente, onipotente e onipresente em seu conjunto de corpos. Ou seja, em seu corpo Físico, em seu corpo Astral, em seu corpo Mental, e por aí em diante. Portanto, nossos corpos, em seu conjunto, é algo comum e vivenciável pelo nosso Eu. Embora esse conjunto de corpos nos pareça algo simples. Mas o que nos parece tão simples, como nosso corpo, na verdade não é tão simples assim. E seu funcionamento se faz de forma harmônica no que chamamos de "automatismo", porque nosso espírito, ao longo das eras, aprendeu a governar organismos complexos, e já o faz com maestria. E com maestria tão sutil, e oculta, que passamos a acreditar no que a ciência biológica diz, quando se refere aos automatismos orgânicos. Entretanto, para desmenti-la, aí está a morte. Uma vez o espírito deixando o corpo não há automatismo que o faça viver.

Mas isso são questões metafísicas que não cabe discuti-las neste trabalho. Sigamos, pois o caminho a percorrer é longo.

Ainda dentro do tópico que fez referência à onisciência, onipotência e onipresença, citaremos Pietro Ubaldi, outro grandioso inspirado que em seu magistral livro "A Grande Síntese", assim se expressou: "...Também o homem resume em si todas as consciências inferiores. Cada célula tem, por isso a sua pequena consciência, que preside ao seu recâmbio em todos os tecidos, em todos os órgãos; e uma consciência coletiva, [nosso espírito*], mais elevada, lhes dirige o funcionamento." (*Referência nossa) - (Página 243, editado pela Livraria Allan Kardec Editora)

Corroborando com a expressão de que as células componentes do corpo humano são uma colônia de consciências em despertamento sob o controle de uma entidade maior, o espírito, Manoel Philomeno de Miranda, usando da psicografia de Divaldo Pereira Franco, no seu livro Painéis da Obsessão, assim ensina: "São bilhões de seres microscópicos, individualizados, trabalhando sob o comando da mente." (Grifo nosso) - (Editado pela Livraria Espírita Alvorada Editora, página 7)

Tudo isso explica porque o nosso Eu comanda seu pequeno mundo corpóreo com tanta desenvoltura, ao mesmo tempo em que nos remete à compreensão de como é possível ao 1º Logos comandar o gigantismo do sistema planetário em que vivemos. Para Ele, todos os astros e seres existentes neles, "São, apenas os bilhões de seres microscópicos, individualizados, trabalhando sob o comando da mente." Da Sua mente, da mente do 1º Logos.

Obviamente que para a ciência biológica as células de nosso corpo nada mais são que aglomerados de átomos, ordenados em cadeias químicas para funcionarem em específicas ações. Isso é para a ciência biológica, pródiga, é verdade, em resultados que beneficiam a vida humana, mas que, entretanto, ainda não tem olhos para ver além do que os microscópios revelam.

Mas nem por isso, cada átomo deixa de ter a sua consciência própria. Antes do advento do microscópio os homens dos laboratórios nem imaginavam a existência das pequenitas criaturas, as bactérias, e no entanto, elas existiam. Assim também o será com relação à consciência existente em cada átomo. Um dia a ciência, seja através de instrumentos ou de seus cálculos matemáticos, chegará a esta conclusão. Aguardemos.

Como vemos, tudo isso é grandioso e não são poucas as literaturas que tratam do assunto. Entretanto, é preciso garimpar nessa vastidão literária para encontrar as referências certas.

O que podemos acrescentar, é que diante das citações provenientes de autores de total credibilidade como os acima referidos, não há porque alimentar dúvidas sobre a existência dessa hierarquia criadora, e dos trâmites por eles executados com o fito de ocupar, com mais um sistema planetário, uma área da Via Láctea.

Logo, não há porque estranhar expressões que nos levem a profundezas, aparentemente, e só aparentemente, insondáveis. Como é o fato de o 1º Logos, no conjunto de todo este sistema planetário, que é a Sua expressão corpórea que abrange os variados planos aqui existentes, Ele ser onisciente, (tudo dele sabe), onipotente, (é o energizador), e onipresente, (ocupa todas as suas partes).

Obviamente que na descrição acima não estamos levando em conta o esplendor do que podemos chamar de Sua Glória. Contudo, nossa forma de descrição não é irreverente. E´ apenas singela, própria da linguagem humana incapacitada de traduzir em palavras o que só o espírito sente. Como, também, para facilitar a compreensão. No âmago de nossa alma, porém, de forma indescritível, guardamos o verdadeiro sentimento de sacralidade e respeito por tão magnificente Criatura, o nosso Criador.

(Texto: Luiz Antonio Brasil- Continua)

















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