4 de julho de 2009

O Símbolo da Horizontal e da Vertical


Entre os símbolos geométricos que revelam a estrutura do Cosmo encontramos o da horizontalidade e o da verticalidade. Ainda que se trate de uma só linha reta, esta, ao adotar duas posições distintas, permite-nos compreender outras tantas leituras da realidade que, no entanto, se complementam, tal qual podemos observar em outros símbolos fundamentais, como é o caso da cruz e do esquadro, que se formam pela união num ponto da linha horizontal e da vertical.
À primeira vista, a horizontal simboliza a terra e a matéria, o tempo sucessivo que progride indefinidamente num plano ou nível de realidade sem possibilidade aparente de sair dele. Refere-se, em suma, à leitura literal e puramente fenomênica que o homem tem de si e do mundo.
No entanto, graças ao duplo sentido que possui todo símbolo, também simboliza a submissão à lei que regula a retidão em nosso comportamento. Esotericamente representa um estado de passividade e quietude interior que faz possível a receptividade das influências espirituais.

São precisamente essas influências que simbolizam a vertical. E se a horizontal se refere ao tempo sucessivo, a vertical, por sua vez, representa o tempo simultâneo e sempre presente que, ao ser percebido na consciência, libera-nos dos condicionamentos e limitações terrestres.
No homem, esse eixo vertical, essencialmente ativo, incide diretamente sobre seu coração, o centro de seu ser, e a partir daqui é que começa a ascender e conhecer outros estados cada vez mais sutis de si mesmo, do Universo e do Ser.

Tudo isto está perfeitamente representado no simbolismo construtivo (do qual mais adiante trataremos), onde a horizontal equivale ao nível e a vertical ao prumo.
Assim, a horizontal (a terra) é o plano de base do templo, que o homem percorre em sucessivas etapas até atingir o altar ou centro desse plano, no qual se encontra o ponto de conexão com o eixo vertical, que o comunica diretamente com a chave de abóbada da cúpula (o céu), que representa o centro do Ser total, além da qual se encontram seus estados supra-individuais e supra-cósmicos, aonde achará sua autêntica Libertação e Suprema Identidade.
Texto de Marcelo Del Debbio

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