5 de julho de 2009

A Astrologia e os Elementos Clássicos


A Astrologia tem usado o conceito dos Elementos Clássicos desde a antigüidade até os dias atuais. Astrólogos mais modernos usam os quatro elementos clássicos extensamente, e indicam-nos como um ponto essencial na interpretação da carta natal.

Os postos elementais para os doze signos astrológicos do zodíaco (de acordo com Marcus Manilius) são como segue:

Fogo — Áries, Leão, Sagitário - quente, seco, ardente

Terra — Touro, Virgem, Capricórnio - pesado, frio, seco

Ar — Gêmeos, Libra, Aquário - luz, quente, úmido

Água — Câncer, Escorpião, Peixes - úmido, suave, frio

Na Astrologia tropical do ocidente, sempre existiram 12 signos astrológicos; deste modo, cada elemento é associado a 3 signos do Zodíaco os quais estão sempre localizados a 120 graus de cada outro ao longo da eclíptica e são ditos ser tríades uns com os outros. Começando com Áries o primeiro signo que é um signo do Fogo, o próximo na linha, Touro é Terra, então para Gêmeos que é Ar, e finalmente para Câncer que é Água - Na Astrologia ocidental a seqüência é sempre Fogo, Terra, Ar, Água nessa ordem exata. Esse ciclo continua mais duas vezes e acaba com o 12° e último signo, Peixes.

A base da astrologia é o mapa natal (também chamado carta natal, carta astrológica, mapa de nascimento, horóscopo ou apenas carta). Este mapa é um digrama bidimensional que representa a posição aparente dos corpos celestes vistos de certo local da Terra em um dado momento.

A interpretação do mapa leva em consideração:

os aspectos astrológicos: relação trigonométrica dos corpos celestes entre si, posição destes corpos em relação aos signos do zodíaco, posição destes corpos em relação ao horizonte (o ascendente), zênite e nadir, e em um dos sistemas de casas astrológicas.

Há, no entanto, diferenças na forma como estes três apoios básicos são usados nas diferentes tradições, as quais incluem: desenvolveram, ao observar o céu, um ou outro tipo de calendário, para medir as variações do clima no decorrer do ano. A função primordial destes calendários era prever eventos cíclicos dos quais dependia a sobrevivência humana, como a chegada das chuvas ou do frio.

Esse conhecimento empírico foi a base de classificações variadas dos corpos celestes. As primeiras idéias de constelação surgiram dessa necessidade de acompanhar o movimento.

astrologia ocidental - astrologia chinesa - astrologia Védica - astrologia cabalística

Também de maneira geral estas tradições incluem abordagens diferentes, entre elas:

astrologia natal: estudo do mapa natal e seus desdobramentos astrologia horária: o ramo divinatório da astrologia (visto com ressalva por astrólogos de outras linhas), analisa um mapa feito para o momento em que a questão é formulada

astrologia eletiva: a determinação do melhor momento para empreender algo

astrologia mundial: correlação entre eventos históricos e aspectos entre os planetas lentos

astrologia agrícola: o uso da posição dos planetas nas práticas agrícolas

Ao longo do tempo,a astrologia deixou sua marca na linguagem; influenza, nome antigo dado à gripe, veio a atribuição pelos médicos de causas planetárias à doença.

Desastre vem do latim dis aster (má estrela), considerar de sider, porque se acreditava que o ferro vinha do espaço. Embora a astrologia ocidental use quase que exclusivamente o zodíaco tropical, a astrologia hindu usa o zodíaco sideral, que indica a posição astronômica real dos astros no céu. O zodíaco tropical representa o zodíaco sideral da época de Ptolomeu.

A Astrologia atual usa, em geral, uma codificação que estabelece o ser (ou país, cidade,etc) como o centro de um "mapa celeste", de 360 graus, o Zodíaco. A configuração do céu no momento do "nascimento" do ser ou evento, constitui o seu mapa astrológico conhecido também como Mapa Cosmo Análise Natal.

A elaboração do "mapa astrológico anual" consiste no cálculo de um novo mapa astrológico com a posição dos planetas no momento exato (do ano atual) em que o Sol passa novamente no mesmo lugar em que passou no dia do nascimento, o que acontece na data (ou próximo) do aniversário. Este novo mapa chama-se retorno solar ou revolução solar.

A análise anual do panorama individual baseia-se em um conjunto de técnicas sendo as mais usadas a progressão do mapa natal, que viso substituir as direções, ainda em uso; os trânsitos dos planetas sobre o mapa natal, e o retorno solar. Muito usadas, ainda, são as técnicas tradicionais como a astrologia horária e a astrologia eletiva. Estas independem da astrologia natal, e são mais propriamente técnicas previsivas. Conceitos clássicosOs signos e as partes do corpoSegundo Marco Manilius (século I) em seu poema Astronomica, os signos do zodíaco regem as partes do corpo na forma que segue:

Áries -- cabeça Touro -- pescoço e garganta Gêmeos -- pulmões, braços e ombros Câncer -- peito, seios e estômago Leão -- coração e parte superior das costas Virgem -- abdômen e aparelho digestivo Libra -- rins e região lombar Escorpião -- genitais Sagitário -- quadris e coxas Capricórnio -- joelhos e ossos Aquário -- pernas e tornozelos Peixes -- pés

A astrologia médica usa também associações entre planetas e partes do corpo. A astrologia de jornal conhecida popularmente como coluna de horóscopos em revistas femininas e jornais semanários, teve início nos anos 50. Sendo a parte mais simplificada da astrologia. Podendo ser diária, semanal e mensal.

Além da que se chama hoje ocidental, embora pela história acima se possa ver sua origem oriental, são praticadas hoje no mundo todo outras formas de astrologia.

Na China, a astrologia é conhecida a partir de 2000 a.C. Diz a tradição que Buda, ao morrer, chamou os animais para se despedir e somente 12 vieram e estes são os anos da Astrologia Chinesa. A Índia conheceu a astrologia da Mesopotâmia quando foi invadida, por volta de 1500 a.C. Os Astecas usavam uma astrologia com 20 signos. Um padre espanhol, que acompanhou a tomada de Hernán Cortés, codificou a astrologia dos Astecas. Há várias correntes recentes - dos séculos XIX e XX - na astrologia.

A astrologia inglesa do século XIX teve forte influência da teosofia, como praticada por Alice Bailey. Alan Leo e Charles Carter são dois de seus expoentes, e dessa linha surgiu a Faculdade de Astrologia de Londres. Depois dos estudos de astrologia e alquimia por Carl Gustav Jung, a astrologia psicológica tomou corpo em bases principalmente junguianas, embora exista uma astrologia transpessoal baseada no trabalho de Roberto Assagioli. Mais recentemente há um renascimento da astrologia clássica, com grande número de obras da antigüidade e renascença sendo retraduzidas para o inglês, a partir de originais em árabe, grego e latim. Esse esforço visa retomar o conhecimento antigo, limpando-o de adendos exóticos que redundaram em concepções simplistas sobre, por exemplo, os quatro elementos.

Teorias sobre o funcionamento da astrologiaApós a divisão da astronomia e a astrologia, sempre houve os que vêem a 'astrologia como pseudo-ciência que se utiliza de maneira mística dos conhecimentos de astronomia para tentar estabelecer relações entre o comportamento humano e as posições dos astros, tentando fazer previsões e predições baseadas nesses dados. Muitos astrólogos atuais pensam que os astros influenciam a personalidade ou caracterísiticas de pessoas ou eventos que ocorrem na Terra, mas muitos outros pensam que há outra relação, que não a de influência, como a sincronicidade da astrologia psicológica de base junguiana. Buscando ser aceita como ciência, a astrologia procurou preencher os dois critérios que a enquadrariam como tal:

1. Previsibilidade: passível de ser comprovada por observadores de outras disciplinas científicas.

2. Consistência: interna e externa, ou seja, no âmbito da filosofia das ciências.

A astrologia deveria demonstrar, portanto, que funciona, e explicar porque funciona. Não há consenso sobre a forma como a astrologia funciona. No curso da história, vemos o surgimento de explicações diferentes. Santo Alberto Magno pensava que, embora as estrelas não possam influenciar a alma humana, influenciam o corpo e a vontade humanos. Heinrich Cornelius Agrippa von Nettesheim (1486-1535) via o universo como o Unus Mundus, onde o que ocorre no mundo celestial chega até o mundo dos fenômenos, intermediado pela esfera dos corpos celestes. Nesta concepção, a relação entre a esfera dos corpos celestes e a esfera humana não é de causalidade, mas de analogia ou sincronicidade.

Cientistas de orientação biológica procuram a explicação nos ritmos e ciclos biológicos, como os circadianos e lunares. John Addey, astrólogo inglês, realizou vários levantamentos estatísticos em busca da comprovação de conceitos astrológicos, como o de quase mil nonagenários e a relação Sol-Saturno. Descobriu, assim, o significado das relações harmônicas entre períodos cósmicos. Outra concepção é que a influência se dá através da variedade de raios cósmicos que chegam ao nosso planeta. Ebertin é um dos defensores desta hipótese. Uma forma diferente de abordagem é a da sincronicidade, conceito expresso por Carl Gustav Jung. Jung estudou grande número de mapas de nascimento de casais, e descobriu relações interessantes entre os sóis e as luas dos cônjuges.
(Texto baseado em trabalhos de:

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