28 de maio de 2010

DIVINDADES CELTAS


Os celtas eram um povo antigo, de origem indo-européia. Entre os séc. V e III a.C, estabeleceram-se na Europa, especialmente nas Ilhas Britânicas.

Os celtas estiveram presentes em praticamente todo o continente europeu, que possui fragmentos de sua cultura. O seu habitat inicial era o sudoeste da Alemanha, Europa ocidental e central. Com o domínio da agricultura, tecnologia na cerâmica e no bronze, ao longo de séculos, eles invadiram França, Espanha, Tchecoslováquia, sul da Alemanha, Áustria e grã- Bretanha. A sua história se estendeu por cerca de dois mil anos (de 1800 a.C. até o final do século I d.C.). A partir de 660 a.C., invadiram a Península Ibérica e, até a metade de século II a.C., expandiram-se para Ucrânia, Grécia, Ásia Menor, Gália e grande parte da Itália.

Quando se fala dos povos celtas, não se fala de um império celta, porque eles viviam em tribos independentes,; o poder era dado ao rei, escolhido pelo grupo, e que cuidava do bem-estar da sua comunidade. Quando uma tribo atingia um numero determinado de habitantes, ela se dividia. Uma parte ia pro outro lugar a fim de organizar uma nova aldeia, seguindo o sinal que era fornecido pelas aves totêmicas, ate chegarem às novas terras. Eles eram organizados política e socialmente em tribos independentes que, ao longo dos anos, foram se espalhando pela Europa.


Não são considerado um povo com etnia homogênea, mas possuíam a mesma língua e religião, que servia como um elo entre os membros das diversas tribos, dando-lhes a característica de “Celta”.




O cotidiano celta era repleto de uma magia natural, que acontecia através da forma com que observavam o mundo. Para os celtas, os mundos físicos e espirituais eram um único mundo; não havendo separação entre o natural e o sobrenatural. Eles enalteciam o universo natural, e reconheciam seu valor e sua energia. A sua mitologia e religião estava centralizada na figura de uma deusa, a Mãe Terra, que é a própria natureza, representando o amor, a morte a sexualidade e a fertilidade.

O celta percebia que todo homem pertence à grande teia da natureza, e que a vida é uma sucessão de novas experiências e descobertas. Alguns lugares eram considerados sagrados por possuírem uma energia especial , da mesma forma que algumas épocas do ano eram festejadas com os famosos sabás.

Pode-se dizer que a magia sempre esteve presente no cotidiano celta e podia ser praticada por qualquer um, apesar da existência dos druidas, sacerdotes organizados num clero.

O povo celta era dividido em tribos que tinham o seu rei, o seu druida, e que esse povo tinha suas crenças religiosas ligadas à natureza, à Mãe Terra. Para o celta a mulher era especial, e muito porque era associada à Mãe Terra. Eles nunca formaram um bloco homogêneo, e sim tribos rivais, que nem mesmo cultuavam as mesmas divindades, com exceção de poucas entidades comuns.

As mulheres eram vistas como aspectos vivos da criação, porque vivenciavam o processo da vida, morte e renascimento, além do poder de gerar vidas.

O poder feminino também pode ser representado pelo ritual religioso e mágico “hierosgámos”(casamento sagrado), no qual uma mulher com poder mágico representava a Deusa e concedia aos reis e heróis grandes poderes. A mulher dominava a religião, podia ser guerreira e escolher seu parceiro.

Tinham grande respeito à natureza e valorizavam os elementos. Cada tribo possuía um animal totêmico, que serviam de proteção. Consideravam as pedras como energias espirituais mais antigas do planeta.

O ogham era o alfabeto celta utilizado pelos druidas, cada uma das letras representava uma árvore, com energia e características diferentes.

Os druidas recebiam revelações, praticavam a adivinhação e usavam instrumentos musicais e plantas em seus rituais.

A filosofia celta era simples e fundamentada nas observações da Mãe Natureza. Comemoravam as mudanças de estações, sempre enaltecendo a sagrada terra e o que lhes proporcionava, como fartura de alimentos.

Nos tempos primitivos, cada sociedade desenvolvia os próprios mitos, que tinham um papel importante na vida religiosa desses grupos. A maior parte dos mitos diz respeito a divindades que possuem poderes sobrenaturais. Porém, muitos deuses e heróis da mitologia têm características humanas. Durante milhares de anos, os mitos inspiraram artistas na criação de obras-primas da arquitetura, literatura, música, pintura e escultura.

Os lugares míticos existem na mitologia da maioria dos povos. Os gregos acreditavam que seus deuses viviam num Monte Olimpo mítico que se erguia acima do Monte Olimpo visível, ao norte da Grécia. Os esquimós acreditam que a deusa Sedna vive em um mundo debaixo do oceano.



Os homens sempre usaram muitos símbolos para ajudar a explicar o mundo. Os gregos simbolizavam o Sol como o deus Hélio dirigindo um carro em chamas pelo céu. Os egípcios representavam o Sol como um barco. Na mitologia da Babilônia, o herói Gilgamesh procurou uma erva especial que tornava imortal quem a consumisse.

Alguns povos adotaram a serpente como símbolo da saúde, pois acreditavam que, ao trocar de pele, ela voltava a ser jovem e saudável. Os gregos retratavam Asclépio, o deus da medicina, segurando um bastão com uma serpente enrolada em volta dele. Hoje, a profissão médica é simbolizada por esses dois ícones.

Roma conquistou os povos celtas da Gália depois de muitos anos de batalha. Para os romanos, os galos (celtas da Gália) tinham uma grande virtude, a valentia, mas era só isso. Eram vistos como seres primitivos que impediam a expansão do mundo civilizado (Roma). É certo, portanto, estudar o que foi legado pôr Roma, mas tendo sempre em vista que os romanos não gostavam dos celtas. Os relatos são, pois, cheios de exageros e preconceitos.

Os relatos mais fiéis sobre a mitologia celta estão presentes na literatura irlandesa e galesa. A primeira vem desde o século VII, enquanto a segunda remonta do séc. XIV em diante. Essa literatura (poesias épicas) vai versar principalmente sobre a Irlanda medieval, "assim como a tradição artúrica derivada em Gales, Bretanha e Inglaterra.Um observador mais atento verá rapidamente que as informações são limitadas pois só compreendem a zona ocidental do reinado celta. Felizmente, os ciclos mitológicos da Irlanda são extensos e estão pletóricos de incidentes.

A propósito, somente foi publicada metade das 400 narrações que hoje em dia se sabe que existem. Os estudiosos modernos dividiram estes relatos em quatro ciclos principais:

-O primeiro ciclo compreende o povo da deusa Danann, os "tuatha de Danann". A grande deidade deste ciclo é Dagda, filho da deusa de mesmo nome. Dagda possui um caldeirão mágico que tinha o poder de reviver os mortos.

-O segundo ciclo retrata principalmente Cuchulainn, um dos vários heróis do Ulster. Era uma espécie de semi-deus guerreiro protetor da Irlanda.

-O terceiro ciclo fala das histórias dos reis lendários, que lutavam freqüentemente entre si, dando a oportunidade a Morrigam - deusa da guerra - de semear a morte nos campos de batalha.

Apesar dos seus poderes sobrenaturais, muitos deuses e deusas nasciam, apaixonavam-se, combatiam entre si e se comportavam de forma geral como seus adoradores humanos. Outro grupo de seres míticos inclui deuses e deusas que se parecem com animais. Alguns seres míticos não eram nem inteiramente humanos, nem animais.

A maior parte das informações existentes sobre a mitologia celta se baseia em personagens e acontecimentos das Ilhas Britânicas, especialmente da Irlanda. Durante a Idade Média, os monges irlandeses preservaram muitos mitos celtas antigos em várias coleções de manuscritos. A coleção mais importante é o Lebor Gabala (Livro das Conquistas), que traça a história mítica da Irlanda.

Grande parte da mitologia celta diz respeito a três importantes ciclos: o ciclo mitológico, o ciclo de Ulster e o ciclo feniano.

- O Ciclo Mitológico está conservado no Lebor Gabala. Descreve o início do povoamento da Irlanda por invasões sucessivas de cinco raças sobrenaturais. A raça mais importante era a dos tuatha de Danann.

- O Ciclo de Ulster se centraliza na Corte do rei Conchobar, no Ulster, provavelmente antes da época de Cristo. As histórias contam as aventuras de Cuchulain, um grande herói irlandês que também pode ser considerado um semideus.

- O Ciclo Feniano descreve os feitos do herói Finn MacCool, de seu filho Ossian e do bando de guerreiros de Finn, conhecidos como Fianna.

Os duelos entre os heróis celtas são contados no quarto e último ciclo. São conhecidas as aventuras de Finn mac Cumhaill, líder dos Fianna, grupo de guerreiros fortíssimos.

O panteão celta vai influenciar diretamente a cavalaria cristã. "A Igreja medieval sempre se preocupou pelo Graal que, conforme se supõe, José de Arimatéia levou à Grã-Bretanha. No entanto, os clérigos pouco podiam fazer para esfriar o entusiasmo diante das narrações legendárias dos Cavaleiros da Távola Redonda. Inclusive tiveram de aceitar o relato de acordo com o qual somente foi concedida a visão do Graal a sir Galahad em virtude de sua pureza".

Duas raças de deuses aparecem na mitologia galesa – os filhos de Don e os filhos de Llyr. Os mitos galeses mais famosos falam do rei Artur e seus cavaleiros da Távola Redonda. O mítico rei Artur era provavelmente inspirado em um poderoso chefe celta que viveu em Gales durante o séc. VI. Algumas histórias sobre Artur e seus cavaleiros podem remontar a textos literários galeses tão antigos quanto os Quatro Ramos dos Mabinogi. Uma dessas histórias conta como os cavaleiros foram à procura do Santo Graal.


Principais divindades da mitologia celta:

- Andrasta: Deusa guerreira. Aparece com a rainha Budica. Tinha um esposo que foi identificado com Marte, o deus da guerra romano.

- Arduina: Deusa de Ardennes. Foi identificada pelos romanos como Diana, a deusa da caça.

- Angus Mac Og (Angus do Brugh, Oengus do Bruig, Angus Mac Oc): No Panteão Celta Angus, também conhecido como Mabon, era o Deus do Amor, da juventude e da beleza. Um dos tuatha de Angus possui uma harpa dourada que encantava com suas notas. Os seus beijos transformavam-se em pássaros e carregavam mensagens de amor.

- D´Ana (Anu, Anann, Dana-na) : Deusa mãe da abundância, aspecto virginal da Deusa Tríplice, formada com Badb e Macha, guardiã do gado e da saúde. Deusa da fertilidade, prosperidade e do conforto.

- Arawn : Regente do inferno, o submundo na tradição galesa. Representa a vingança, o teror e a guerra.

-Arianrhod: Seu nome significa Roda de Prata ou Grande Ma~e Frutuosa. É a face Mãe da Deusa Tríplice , honrada na lua cheia. É a guardiã da Roda de Prata, símbolo do tempo e do karma, a senhora da reencarnação.

- Arddhu : Homem Verde (Green Man): O Homem Verde tinha os mesmos atributos de Cernunnos, sendo igualmente uma divindade cornuda que habitava as florestas. Deus dos bosques. Este nome tem origem no galês antigo: Arddhu (O Escuro) ou Atho.

- Balor: Gigante irlandês de "mau olho"; tinha as pálpebras caídas sobre os olhos e era mister um forcado para erguê-las; seu congênere gaulês chamava-se Yspaddaden.

- Balenos: O Brilhante ou Aquele Que Reluz, divindade que, pêlos romanos, foi identificada como o Apolo latino. Belenos (Bel, Belinus, Belenus, Belimauir), o Deus do Sol e do Fogo dos irlandeses. Dá seu nome ao Festival de Beltain, festa da purificação e fertilidade comemorada em 1º de maio no hemisfério norte. Ligado à ciência, à cura, fontes térmicas, fogo, sucesso, propsperidade, colheita e à vegetação.

- Brigit: Irmã do deus Oengus, o Cupido irlandês, divindade do amor. Brigit é uma deusa tríplice, a menos que haja três irmãs com o mesmo nome. É venerada pêlos poetas, ferreiros e pêlos médicos. Enquanto deusa das estações do ano, seu culto se celebrava no primeiro dia de fevereiro, dia do Imbolc, a grande festa de purificação. Brigit (Brif, Brig, Brigid, Brighid, Triplas Brigidas), Seu nome significa “Flecha do Poder”, filha do Dogda, chamada A Poetisa. Na Irlanda tinha uma ordem formada só por mulheres, que se revezavam para manter o fogo sagrado sempre aceso. Era a deusa do fogo, fertilidade, todas as artes e ofícios femininos, curas, agricultura, inspiração, aprendizagem, poesia, profecia, criação de gado, feitiçaria, ocultismo.

- Bron ou Bran (Benedigeidfran-Bron é irlandês e Brân é gaulês)) : Irmão poderoso de Manawydon e de Branwen, sendo filho de Llyr. Era um gigante do folclore Gales. É associado ao corvo, é deus das profecias, das artes, da guerra, do Sol, da música e da escrita. O deus marítimo Llyr teve dois filhos: e Manannân ou Manawydan. Brân era um enorme gigante que nenhum palácio ou nenhum navio podia abrigar; atravessou a nado o mar da Irlanda para combater e destruir um rei e seu exército; estendido através de um rio, seu corpo gigantesco serviu de ponte para o exército passar. Possuía uma caldeirinha mágica com a qual ressuscitava os mortos. Harpista e músico, era o protetor dos fili e dos bardos. Rei das regiões infernais, lutou para defender os tesouros mágicos que o filho de Dôn queria roubar. Ferido pôr uma flecha envenenada, ordenou que lhe cortassem a cabeça, a fim de abreviar seu sofrimento; a esta cabeça decepada continuava a dar ordens e conversar durante 87 anos, que tantos foram necessários para levar o corpo à sepultura, uma colina de Londres. A cabeça cortada de Brân, voltada para o sul, prevenia a ilha de toda invasão; o rei Artur, imprudente, mandou exumá-la, tornando possível a conquista da Saxônia.

- Badb Catha (Badhbh, Badb) : Nome traduzido como Corvo de Batalha ou Gralha, representaria o caldeirão da vida, conhecido em Gales como “Cauth Bodva”. É deusa da guerra, esposa de Net, deus da guerra. Irmã de Macha, Morrigu e Anu. Aspecto maternal da Deusa Tripice irlandesa, associada ao caldeirão, aos corvos e às gralhas. Rege a vida, a sabedoria, a inspiração e a iluminação.

- Banba: Juntamente com Fotia e Eriu usava a magia para repelir invasores.

- Banshee: Éum ente fantástico da mitologia celta (Irlanda), que é conhecida como Bean Nighe na mitologia escocesa. O termo origina-se do irlandês arcaico "Ben Síde", pelo irlandês moderno "Bean sídhe" ou "bean sí", significando algo como "fada mulher" (onde Bean significa mulher, e Sidhe, que é a forma possessiva de fada). Os Sídh são entidades oriundas das divindades pré-cristãs gaélicas. As Banshee provêm da família das fadas, e é a forma mais obscura delas. Quando alguém avistava uma Banshee sabia logo que seu fim estava próximo: os dias restantes de sua vida podiam ser contados pelos gritos da Banshee: cada grito era um dia de vida e, se apenas um grito fosse ouvido, naquela mesma noite estaria morto.

- Blodewwedd ( Blodwin, Blancheflor, Deusa dos 9 aspectos) : Nome significa “Flor Branca”, como o lírio branco usado nas cerimônias de iniciação celta de Gales. Criada pelo Druida Math e Gwydion para ser esposa de Lleu, foi transformada em coruja por causa do seu adultério e da conspiração para a morte do marido. Aspecto virginal da Deusa Tríplice dos galeses, tinha por símbolo uma coruja. Domina as flores, a sabedoria, os mistérios lunares e iniciações.

- Boannan (Boan, Boyne) : Deusa do Rio Boyne, na Irlanda. Mãe de Angus.

- Branwen : Irmã de Bran e esposa do rei irlandês Matholech. Vênus dos Mares do Norte, filha de Llyr, é chamada de Dama do Lago, a deusa do amor e da beleza do panteão galês.

- Cernunnos (Cernowain, Cernenus, Herne, Atho, Arddhu) : Deus Cornudo, esposo da Grande Mãe, senhor dos mundos, representado por um homem sentado na posição de lótus, cabelo comprido e encaracolado, de barba e sem roupas, com um colar celta chamado “torque” ou por um homem de chifres. Seus símbolos eram o veado, o carneiro, o touro e a serpente. Deus da virilidade, fertilidade, animais, amor, natureza, reencarnação, riqueza, comércio e dos guerreiros.
- Ceridwen (Cerridwen, Caridwen, Deusa da Lua, Grnade Mae) : Deusa da Lua do panteão galês, sendo chamada de A Deusa da Natureza. Esposa de Tegid e mãe de Creirwy e Avagdu. Uma lenda conta que Taliesin, um druida da corte do rei Arthur, se tornou grande mago após tomar algumas gotas de uma poção preparada por Cerridwen. É a deusa da morte, da fertilidade, da regeneração, inspiração, magia, astrologia, ervas, poesia e conhecimento.

- Cuchulainn: As aventuras de Cuchulainn (diz-se Cu-hu-lim) constituem a epopéia principal do ciclo heróico de Ulster. Ao nascer, chamava-se Setanta; era filho de Dechtiré, irmã do rei Conchobar, casada com Sualtan, o profeta. Seu pai verdadeiro, porém, era o deus Lug, mito solar dos Tuatha Dê Danann. Foi criado entre os demais filhos dos vassalos e guerreiros do rei. Com sete anos matou o terrível cão de guarda de Culann, chefe dos ferreiros de Ulster; vem daí o nome Cuchulainn, "Cão de Culann". O menino possuía uma força incrível e, quando dominado pela ira, lançava calor intenso e suas feições transformavam-se, pavorosamente. Algum tempo depois de matar o cão, massacrou três guerreiros mágicos gigantes, que tinham desafiado os nobres do Ramo Vermelho (uma milícia ou ordem primitiva de cavalaria de Usler, provavelmente). Depois, mandam-no para Scâthach, a Rainha das Trevas, epônima da ilha Skye, onde conclui sua educação. A feiticeira ensina a ele a arte da magia. Antes de voltar para casa, decide matar uma inimiga de sua professora, a amazona Aiffé, uma mortal. Não só a derrota mas deixa-a grávida. Volta, assim, para Ulster, munido de armas prodigiosas. Pouco tempo passado, se apaixona pôr Emer (diz-se Avair), filha de Forgall Manach, mágico poderoso. Este não permite o relacionamento; Cuchulainn, então, rapta-a, depois de ter matado toda a guarnição e o pai da moça. Neste período é que as grandes batalhas e aventuras tomam lugar.


- Dagda (Arquidruida, Senhor da Vida e da Morte): No folclore irlandês, o Dagda era chamado de O Bom Deus, Grande Senhor, Pai dos deuses e dos homens, o Arquidruida, deus da magia, da terra. Rei supremo dos Tuatha de Dannan, mestre de todos os ofí¬cios, senhor de todos os conhecimentos. Teve vários filhos, entre eles Brigit, Angus, Midir, Ogma e Bodb, o Vermelho. O Dagda tinha uma harpa de carvalho vivo que fazia com que as estações mudassem quando assim o ordenasse. Deus dos magos e sacerdotes, senhor dos artesãos, da música e das curas. O "Deus Eficaz", é o nome pelo qual era chamado o deus-chefe Eochaid Ollathair. Dagda era bom para tudo: dos mágicos é o primeiro e o mais poderoso, temível guerreiro, habilíssimo artífice e o mais esperto de todos quantos "possuem a vida e a morte". Possui uma caldeirinha mágica que pode alimentar todos os homens da terra. Chama as estações do ano tocando sua harpa divina. Veste uma túnica curta e traz na cabeça um capuz. É o senhor da vida e da morte, dispersador da abundância.

- Dama Branca (Macha, Rainha dos Mortos) : Identificada como Macha, Rainha dos Mortos, apresentava-se de forma de uma idosa. Simbolizava a morte e a destruição.

- Dana (Danu, Dannan, Grande Mae, Deusa da Lua, Mae dos Deuses): Também conhecida como Danu, é a maior Deusa Mãe da mitologia celta. A sua descendência chama-se Tuatha Dê Danann (tribos da deusa Dana).Seu nome "Dan", significa conhecimento, tendo sido preservada na mitologia galesa como a Deusa Don, enquanto que outras fontes equipararam-na à Deusa Anu. Na Ibéria, a divindade suprema do panteão celta é considerada a senhora da luz e do fogo. Era ela que garantia a segurança material, a proteção e a justiça. Dana é uma Deusa Estelar que governava muitas tribos.

Segundo a lenda, Dana nasceu em um Clã de Dançarinos que viviam ao longo do rio Alu. Seu nome foi escolhido por sua avó, Kaila, Sacerdotisa do Clã. Foi ela que sonhou com uma barca carregando seu povo por mares e rios até chegarem em uma ilha, onde deveria construir um Templo, para que a paz e a abundância fossem asseguradas. Ao despertar, Danu relatou seu sonho ao conselho e a grande viagem começou então a ser planejada.Os descendentes da Dana e seu consorte Bilé (Beli) eram conhecidos como os "Tuatha Dé Dannan" (povo descendente da Deusa Dana, reverenciados pelos Celtas), uma variação nórdica de Diana, que era adorada em bosques de carvalhos sagrados.O nome "Dana"é derivado da Palavra Céltica Dannuia ou Dannia. Danu é uma das Dea Matronae da Irlanda e a Deusa da fertilidade. Seu símbolo mágico é um bastão. A ligação dos Celtas para com sua Deusa Dana era mt forte, basta verificar o nome dado ao rio onde a civilização Celta se desenvolveu: Danúbio.

- Druantia (Rainha dos Druidas, Deusa Fir) : Rainha dos Druidas, deusa ligada à fertilidade, às atividades sexuais, às árvores, à proteção, ao conhecimento e à criatividade.

- Dylan (Deus do Mar, Filho da Onda) : Filho da Onda, deus do mar para os antigos galeses, sendo filho de Gwydion. Seu símbolo era o peeixe prateado.

- Elaine : Aspecto virginal da deusa no panteão galês.

- Epona (Cavalo Divino, Deusa dos Cavalos, Deusa Mae) : Seu nome significa “grande cavalo”. É homenageada em Gales como deusa dos cavalos. Seus atributos incluíam ainda a fertilidade, a maternidade, a prosperidade, os animais, a cura e a colheita. Épona:A Cavaleira ou Amazona é representada sempre a cavalo, sentada de lado, como as amazonas do século passado; na cabeça trás um diadema; ao seu lado vê-se uma jumenta ou um poltro, que, às vezes, é alimentado pela deusa. Seus atributos eram a cornucópia, uma pátera e frutos. Presidia, também, à fecundidade do solo, fertilizado pelas águas.

- Erin : Filha de Dagda, Erin era uma das três rainhas dos Tuatha de Dannan da Irlanda.

- Fionn: Chefe dos Fionna de Leinster, o herói Fionn ou Fionn mac Cumhail é o fanfarrão que mata monstros também sendo um mágico. Vive de aventuras, é desconfiado e astucioso. É filho de Ossian e avô de Oscar; são seus inimigos Goll e seu irmão Conan. Seu nome significa "Branco" ou "Louro". Morreu em uma batalha, em Glabra.

- Flidais : Deusa da floresta, dos bosques e criaturas selvagens do povo irlandês. Viajava numa carruagem puxada por veados e tinha a capacidade de mudar de forma.

- Gwydion: O Grande Druida dos galeses. Feiticeiro e bardo do Norte de Gales, seu símbolo era um cavalo branco. Rege a ilusão, as mudanças, a magia, o céu e as curas.

- Gwynn ap Nud: Rei das fadas e do submundo na tradição galesa.

- Gwythyr: Oposto de Gwynn ap Nud, Gwythyr era o senhor do mundo superior, também no folclore galês.

- Govannan (Goibniu, Gofannon, Grande Ferreiro) : O nome é bretão; a forma irlandesa é Goibniu e significa "ferreiro". Este deus é o Vulcano das tribos celtas insulares; fornece armas aos membros do clã e aos aliados. Na Irlanda é considerado o arquiteto das altas torres redondas e das primeiras igrejas cristãs.

- Herne: O Caçador, era associado a Cernunnos, o Deus Cornudo, e acabou sendo, também, associado à floresta de Windsor.

- Llyr / Lear / Lir: No folclore galo-irlandês, Llyr era o deus do mar e da água, sendo considerado, ainda, senhor do mundo subterrâneo. Llyr era pai de Manawyddan, de Bran e de Branwen.

- Lugh / Luga / Lamhfada / Llew / Lug / Lug Samildanach / Llew Llaw Gyffes / Lleu / Lugos (Lamhfada (o do braço comprido): Na Irlanda e em Gales, Lugh era chamando O Brilhante, O Luminoso da mão hábil). Deus do Sol e da guerra, era associado aos corvos, tendo por símbolo, em Gales, um veado branco. Sua festividade é Lughnasadh, outra festa da colheita. Era filho de Cian e de Ethniu. Tinha uma espada e uma funda mágica. Lugh era carpinteiro, pedreiro, ferreiro, harpista, poeta, druida, médico e ourives. Seu domínio incluía a magia, o comércio, a reencarnação, o relâmpago, a água, as artes e ofícios em geral, viagens, curas e profecias. Na mitologia celta, o "Lughnassadh" é uma festividade em sua homenagem. Essa festividade é até hoje celebrada pelos Wiccans na Roda do Ano. Exerce influencia sobre a magia, as viagens, as artes marciais, a reenrnaçao, a guerra, o relí¢mpago, a água, as artes e oficios. Ajuda poetas, ferreiros, músicos, historiadores, harpistas e magos. Também influencia na vingança, nas curas, na iniciaçao, na profecia e nas artes manuais. Para alguns segmentos Lugh é a representaçao de uma das faces do Deus Cernnunos dos celtas.

Um pouco sobre a oigem dessa divindade:

Lugh foi criado por Tailtui, uma humilde serva celta entre o grupo Tuatha Dé Danann. Sim...esse nome tem a ver com Dannan, a outra divindade celta, mas isso fica para outra vez. Lugh sofria preconceito da familia por ser mestiço (Tuatha Dé Dannan/Formorianos), e encontrou força e consolo em tailtui, q o adotou prticamente como filho, talvez pelo fato de ela mesmo nao poder ter filhos. Enfim, taltui foi a maior responsavel por fazr Lugh lutar para ser reconhecido tanto pelo grupo Tuatha Dé Dannan, como pelos Formorianos (outro grupo celta)....ambos grupos visaam a invencibilidade de guerreiro. Lugh se destacou por ser um dos mais habilidosos artesãos e por seu conhecimento enciclopédico. Um verdadeiro sábio da mitologia celta. Lugh também se destacou nos esportes, algo muito praticado e reverenciado pelos celtas. Tanto q posteriormente consolidou-se o Lughnassad,q inicialmente era como uma data anual de esportes em honra de Lugh, q sempre foi afficcionado por todo tipo de disputa. Na guerra contra os formoriam Nuada precisava d eum general valete asism começarma a aparecer varios candidatos entre eles Lugh! Lugh passou pelo teste de força erguendo uma enorme pedra que havia ao lado do castelo que havia caido do céu(ao meu ve rum meteoro).Então o outro teste(esqueci qual é)ele tocou a sua harpa que veio até ele com um assuvio,com uma nota fez todos chorarem,com outra todos dormirem,coma terceira acordarem rindo.Depois no teste de sabedoria ele venceu Nuada em uma aprtida de xadrez. Bem..juntos eles venceram Balor e sue exercito.

- Macha: O Corvo. Rainha da Vida e da Morte no panteão irlandês. Um dos aspectos da Morrigu, era reverenciada também em Lughnasadh. Após uma batalha, os irlandeses cortavam as cabeças dos vencidos e ofereciam a Macha, sendo este costume chamado de A Colheita de Macha. Deusa protetora da guerra, e da paz, Macha regia também a astúcia, a força física, a sexualidade, a fertilidade e o domínio sobre os machos.

- Manannan mac Lir / Manawyddan ap Llyr / Manawydden: Filho do deus do mar, Llyr, era homenageado como uma das principais divindades do mar pelos irlandeses. Reverenciado ainda como protetor dos navegadores, deus das tempestades, da fertilidade, da navegação, dos mercadores e do comércio. Tinha uma armadura mágica que se dizia ser impenetrável.

- Math Mathonwy: Deus da feitiçaria, da magia e do encantamento no folclore galês.

- Merlin / Merddin / Myrddin: Figura já conhecida do círculo da mitologia arturiana, este era o Grande Feiticeiro, o Druida Supremo dos galeses. Dizia-se que aprendeu sua magia (que não era pouca) com a própria Deusa, sob os nomes de Morgana, Viviane, Nimue ou Rainha Mab. A tradição diz que Merlin dorme numa caverna de cristal depois de enganado por um encantamento de Nimue. Merlin era o senhor da ilusão, da profecia, da adivinhação, das previsões, dos artesãos e ferreiros. Diz-se ainda que tinha grande habilidade de mudar de forma.

- Morrigu / Morrigan / Morrighan / Morgan: A Morrigu era tida como a Grande Rainha, Senhora Suprema da Guerra, Rainha dos Fantasmas e Rainha Espectro, pois possuía uma forma mutável. Reinava sobre os campos de batalha, ajudando com sua magia. Representa o aspecto idoso da Deusa Tríplice, sendo associada aos corvos e gralhas. Patrona das sacerdotisas e feiticeiras.

- Morrigan (Morrigu, Morrighan, Morgan, Deusa da Lua) : Deusa da guerra Morrigam era vista como uma ave e estava presente em tudo o que fosse verdadeiramente selvagem e maléfico nas forças sobrenaturais.

- Nuada (Nuda, Noddens, Lud, Llud lla Ereint): na Irlanda e em Gales era chamado Mao de Prata, o que concede saúde, o fazedor de nuvens e chefe dos deuses. Deus das curas, oceanos, da agua, da pesca, do sol, dos caes, da beleza, da juventude, dos nascimentos, potas, carpinteiros, harpistas, escritores, feiticeiros e magos...: No folclore galo-irlandês, era reverenciado como o senhor dos deuses, como Júpiter. Possuía uma espada invencível, guardada pelos Tuatha de Dannan.

- Ogma / Oghma / Ogmios / Grianainech / Cermait: Herói semelhante a Hércules, Ogma tinha uma enorme maçã com a qual defendia seu povo, os Tuatha de Dannan, sendo eleito seu campeão. A tradição diz que foi ele quem inventou o alfabeto ogham, utilizado pelos antigos druidas, baseado em árvores consideradas mágicas. Ogma rege a eloquência, os poetas, escritores, a inspiração, a força física, a linguagem, a literatura, as artes, a música e a reencarnação.

- Ossian: Era filho de Finn. É, certamente, o mais importante personagem do ciclo feniano ou de Ossian. Quando foi da derrota de Gabara, escapou graças à deusa-fada Niamh, que conduziu sua barca de vidro para Tiranog, o paraíso céltico. Passou lá 300 anos de juventude, enquanto o tempo e os reinos (e os reis) passavam na terra. No fim desse tempo quis retornar à face da terra. Niamh lhe confia a montaria mágica que ela mesma usava, recomendando-lhe que não pusesse o pé em terra. Ossian, entretanto, cai da montaria e bate no solo terrestre e quando ergue-se, custosamente, era um velho fraco e cego.

- Rhiannon: Grande rainha dos galeses, Rhiannon era a protetora dos cavalos e das aves. Rege os encantamentos, a fertilidade e o submundo. Aparece sempre montando um veloz cavalo branco.

- Scathach / Scota / Scatha / Scath: Seu nome traduzia-se como A Sombra, Aquela que combate o medo. Deusa do submundo, Scath era a deusa da escuridão, aspecto destruidor da Senhora. Mulher guerreira e profetisa que viveu em Albion, na Escócia, e que ensinava artes marciais para os guerreiros que tinham coragem suficiente para treinar com ela, pois era tida como dura e impiedosa. Não foi à toa que o adestramento do herói Cu Chulainn foi levado a cabo por ela mesma, considerada a maior guerreira de toda a Irlanda. Scath era ainda a patrona dos ferreiros, das curas, magia, profecia e artes marciais.

- Taliesin: Taliesin o Bardo, foi o druida chefe da corte de Arthur, um dos maiores reis da Inglaterra. Dominava a arte da escrita, a poesia, a sabedoria, a magia e a música. Taliesin é tido como patrono dos druidas, bardos e menestréis.branco. Rege a ilusão, as mudanças, a magia, o céu e as curas.

- Tricéfalo: É um personagem com três cabeças ou com três rostos. Em uma estela encontrada em La Malmaison o Tricéfalo domina o par divino formado pôr Mercúrio e Rosmerta. Era apenas uma representação do deus que os romanos identificaram ao seu Mercúrio. A multiplicação das cabeças seria a forma prática de multiplicar o poder da divindade.Era o Grande Ferreiro do povo irlandês, semelhante a Vulcano. Foi ele quem forjou todas as armas dos Tuatha de Dannan. Estas armas sempre atingiam o alvo e toda ferida provocada por elas era fatal. Deus dos ferreiros, dos fabricantes de armas, da ourivesaria, fabricação da cerveja, fogo e trabalho com metais em geral.









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