Segundo o Compedium Maleficarum (obra de Francesco Maria Grazzo), os demônios se subdividem em seis grupos:
*Flamejantes - que vivem na alta atmosfera supervisionando os outros
*Aéreos - que habitam os ares ao nosso redor
*Terrestres - que estão nas áreas rurais
*Aquáticos - que moram nos lagos, oceanos e outros meios aquáticos
*Subterríâneos - que estão nas cavernas e no subsolo
*Heliofóbicos - que só aparecem a partir do anoitecer
Abaixo, uma das inúmeras árvores genealógicas mostrando a hierarquia dos demônios.
Abaixo, alguns exemplos de divindades que foram demonizadas através dos tempos:
MARDUK
Deus da cidade da Babilônia, ridicularizado numa passagem do Velho Testamento. Um dos deuses daquela cidade, Nergal, era o deus "dos exércitos atacantes". O seu nome reapareceria em textos tardios recomendando-o como divindade poderosa a ser invocada em exorcismos.
DAGON
Um deus marinho dos Fenícios, de origem eminentemente benigna, foi assimilado pelo Cristianismo e transformado num deus infernal. Tinha uma forma híbrida, parte homem, parte peixe.
POSEIDON
Chamado também de Neptuno, entre os Romanos, o seu tridente foi transformado num símbolo demoníaco.
ASMODEUS
Certo texto antigo menciona um rei chamado Asmoday, rei justo e benevolente, famoso pela sua sabedoria e capacidade de julgar. De algum modo, foi remetido para o Inferno. Asmodeus significa "criatura que julga".
SET
Originalmente, Set representava a força noturna enquanto Hórus representava a força diurna, sendo, todavia, muito respeitado. A sua reputação entrou em crise quando os Egípcios verificaram que certos povos menos civilizados identificavam Set com uma das suas divindades, o que contribuiu para uma degradação da sua imagem, identificando-o mais e mais com o mal.
Set tem várias formas. Fontes diversas atribuem-lhe uma cabeça de camelo, outras de hiena. É também identificado com Apophis, ou Apophi, ou Apep, a grande serpente do caos que todos os dias luta contra o avanço da barca diurna onde viaja Osíris. Também conhecido por Set-Hen, o adversário, concepção em que havia de influenciar o povo Hebreu escravizado no Egito.
SEKMET
Deusa Egípcia com cabeça de leoa, não deixa passar nenhum erro sem lançar sua vingança. Era temida por muitos povos e chamada de deusa infernal
SERKET
Deusa-escorpião do Egipto. Devido à relação com o veneno do animal que representava, chegou a ser considerada deusa do mal.
TYPHON
Identificado com Set, é uma personificação Helênica de Satã.
APOLLYON
"O Arqui-inimigo" Helénico.
DIABOLUS
"Flui para baixo". Como étimo, pode apontar-lhe a paternidade de palavras como Diabo, Diabolista, etc.
AZAZEL
Azazel era um anjo identificado com a justiça. Havia um costume Hebreu (pré-Cristão) de sacrificar dois bodes em certa altura do ano, enviando-os para o deserto. Um era para IHVH, outro para Azazel. O bode oferecido a Azazel devia carregar todos os pecados da aldeia! Era o famoso bode expiatório. Mesmo sendo um anjo, por aquilo que ensinou aos homens, a fabricação de armas e de cosméticos, certos teólogos devem tê-lo considerado indigno do Céu.
No próximo texto, darei a relação dos principais demônios na história de vários povos, através dos tempos.
(Continua)
26 de agosto de 2010
A MAGIA DE PAPUS IV
"Quando queremos figurar o homem, é sempre a imagem de seu corpo físico que se apresenta primeiramente em nosso espírito. Porém, este corpo físico não faz senão suportar e manifestar o homem verdadeiro, o espírito que o governa. Pode-se retirar milhões de células deste corpo físico, cortando um membro, por exemplo e a consciência não sofre danos. O homem-mente que nós somos é inteiramente independente dos orgãos, os quais não são mais que suportes e meios de comunicação". (p 111)
"Homem e Deus
O conjunto dos seres e das coisas revela a existência de Deus, como o corpo físico do homem revela e determina a realidade de seu espírito. As relações do espírito humano com o corpo humano são análogas às relações entre Deus e a Natureza. Deus, embora se manifeste na Humanidade e em todas as coisas da Natureza não se confunde com com estes seus aspectos infinitos; antes, possui uma existência metafísica independente de toda a Criação."
"...Deus é, de fato, o conjunto de tudo o que existe assim como o homem é o conjunto de todos os orgãos e de todas as faculdades que possui. O homem verdadeiro, porém, o Espírito (ou a Mônada) é distinto do corpo físico, do corpo astral e do ser psíquico (a personalidade efêmera)...Da mesma forma, Deus-em-Unidade é distinto da Natureza e da Humanidade."
"Em termos vulgares, a Natureza é o corpo de Deus e a humanidade é sua vida em mais alto grau de autoconsciência. No homem, o organismo é o corpo material denso do homem e o corpo astral e o ser psíquico são seus princípios vitais."(p 115)
"O Universo concebido como um todo animado é composto de três princípios: a Natureza, o Homem e Deus ou, empregando a linguagem dos hermetistas: o Macrocosmo, o Microcosmo e o Arquétipo. O homem é chamado Microcosmo, o pequeno Mundo, porque ele contém analogicamente em si as leis que regem o Universo."
"...O homem influindo sobre a Natureza pela ação, sobre os outros homens pela palavra e elevando-se até Deus pela prece e pelo êxtase, constitui o elo que une a Criação ao Criador."
"...Os fatos são do domínio da Natureza; as Leis, do domínio dos Homens e os Princípios, são o domínio de Deus." (p 120)
(Continua - Trechos do TRATADO ELEMENTAR DE MAGIA PRÁTICA, Gerard Anaclet Vincent Encausse-Papus)
PLANETA RETRÓGRADO
Qual o significado desse planeta no nosso Mapa?
Considerando nossa visão da Terra, ou seja, na conjugação da órbita do planeta com a órbita da Terra, há períodos em que temos a impressão de que o planeta em sua trajetória ao redor do Sol está se movendo para trás. Este movimento aparente é chamado de retrogradação.
Mesmo sendo o movimento retrógrado aparente, sua influência sobre a atuação do planeta é notável e deve ser examinada. O movimento direto simboliza o impulso para frente, para fora. Já o simbolismo do movimento retrógrado é de recuo, de volta para trás, para dentro. Podemos portanto concluir que as qualidades representadas pelo planeta retrógrado atuam de forma lenta e sutil, ou nas palavras de Bill Tierney, "nos bastidores", dificilmente podendo ser observadas na superfície.
Tierney associa ao planeta retrógrado traços de Peixes, Casa 12 e Netuno, porque a retrogradação estimula as facetas da personalidade que são menos acessíveis, sua natureza é introspectiva, sendo difícil de ser reconhecida objetivamente e retardando sua expressão plena durante os primeiros anos da vida. Segundo Tierney, o planeta retrógrado indica uma questão que não está terminada, seus recursos são adquiridos no inconsciente profundo, podendo manifestar-se melhor através da reflexão.
Virginia Ewbank e Joanne Wickenburg formularam uma teoria diferente acerca do tema. Para estas autoras, o caráter do planeta retrógrado opera como se funcionasse por meio do seu segundo signo ou de sua co-regência. Assim temos: Júpiter/Peixes, Saturno/Aquário, Vênus/Libra, Mercúrio/Virgem. Tomando como exemplo Mercúrio, segundo essa idéia, estando retrógrado, este seria mais descritivo da natureza de Virgem (seu segundo domicílio), uma vez que este signo tende a estudar e analisar com cuidado o que Gêmeos agrega e propaga com mais facilidade. Como outro exemplo poderíamos pensar em Marte, que retrógrado, atuaria mais de acordo com Escorpião, isto é, menos ativo externamente que em Áries.
Em ambas as teorias, de qualquer forma devemos ressaltar que no caso de Urano, Netuno e Plutão, a retrogradação não tem o mesmo peso, pois além de serem geracionais, no caso da teoria de Ewbank e Wickenburg, não têm um signo de co-regência. Aliás, a questão da retrogradação será sempre mais relevante para os planetas pessoais, já que a partir de Júpiter, planetas sociais e geracionais, é comum encontrarmos pelo menos dois planetas em movimento retrógrado simultâneamente.
Quando um mapa possui quatro ou mais planetas retrógrados (sendo pelo menos dois pessoais, de acordo com o que vimos), temos um indicador de que a personalidade pode florescer tardiamente e só manifestar talentos e capacidades na maturidade. Pode indicar ainda, que a pessoa é menos moldada pelas estruturas externas da sociedade, desenvolvendo-se segundo suas próprias inspirações. Só quando aprende a conhecer-se é que sua verdadeira natureza emerge.
Um grande número de planetas retrógrados também pode ser indicador de um início de vida difícil, já que a natureza introspectiva da retrogradação retarda a expressão plena dos planetas. Assim, devemos estar especialmente atentos para o momento em que um planeta retrógrado no mapa natal muda de direção pela progressão secundária, passando ao movimento direto. Nas palavras de Sophia Mason, "o planeta retrógrado funciona como "uma torneira pingando" que finalmente se abre quanto este passa para o movimento direto".
No caso dos planetas retrógrados estarem em aspecto difícil com os pessoais e especialmente se estes envolverem o Ascendente ou o seu regente, a pessoa pode sentir-se como que exilada, desconectada de seu meio e portanto solitária.
Também devemos ressaltar a importância do movimento retrógrado numa análise de Trânsitos, especialmente para Júpiter ou Saturno. Se um deles por retrogradação volta a transitar um ponto do mapa, os efeitos do trânsito poderão se extender por meses, até que o planeta faça a sua última e definitiva passagem pelo ponto em questão. Nesse caso, um trânsito de Júpiter ou Saturno tem sua importância consideravelmente aumentada.
Devemos olhar com atenção um planeta lento (à partir de Júpiter) que se encontre retrógrado na Revolução Solar. No caso, devemos observar o momento em que, por trânsito direto, o planeta em questão volta a tocar aquele grau e minuto. Quando isso ocorrer, a pessoa poderá experimentar marcadamente algum fato ou circunstância correspondente ao significado do planeta em questão.
Para concluir, relacionamos algumas das palavras-chave citadas por Tierney para os planetas retrógrados:
Construtivos: profundo, sutil, reformador, reflexivo, força interior.
Não construtivas: inibido, bloqueado, reprimido, inadaptado, esquivo.
Ainda dentro do tema Retrogradação faz-se necessário abordar a questão do estacionamento.
Uma condição muito importante durante a trajetória dos planetas é a que corresponde ao momento imediatamente precedente àquele em que o planeta muda do movimento direto para retrógrado, e vice-versa. Essa fase é marcada por uma diminuição notável da velocidade do planeta, quando ele se encontra virtualmente imóvel. O planeta nessas condições recebe a designação de estacionário.
O critério para considerar o planeta estacionário pode variar, mas nos parece sensato considerar no caso de Mercúrio, Vênus e Marte, quando estes se encontram em uma velocidade inferior a 1/10 de sua média, entretanto há quem os considere estacionários quando permanecem no mesmo grau. No caso de um planeta lento, este é considerado estacionário quando permanece no mesmo grau e minuto.
Devido ao fato de estar ainda que ilusoriamente parado, podemos concluir que o planeta estacionário funciona como especialmente concentrado. Ele é uma força poderosa e indica um interesse marcante de acordo com seus significados. Em geral, é fixado na sua orientação, rígido, não adaptável, atuando de forma compulsiva, especialmente com relação à área do mapa em que se encontra. É importante ressaltar que o planeta estacionário estará sempre a ponto de tornar-se retrógrado ou direto.
No caso do planeta estacionário para retrógrado, este tenderá a um caráter ainda mais subjetivo, pois a pessoa se concentra sobre suas implicações. Seu impacto interiorizante é ainda mais forte que o retrógrado normal. O planeta estacionário para direto, por sua vez, está prestes a emergir e utilizar o que desenvolveu podendo parecer mais empreendedor e manifestando o mesmo grau de urgência daquele em movimento direto. Entretanto, para ambos os casos, a utilização do planeta estacionário deve ser parte de uma aproximação paciente e perseverante.
Também faz-se necessário observar que os graus de estacionamento dos planetas lentos em trânsito, muito utilizados na Astrologia Mundial. Quando um lento estacionou em um dado grau, qualquer outro planeta em trânsito passando pelo referido grau, inclusive um planeta rápido, deflagrará situações de acordo com o significado do planeta que ali estacionou. É como se o grau permanecesse com a marca do planeta. Do mesmo modo, na eleição de um mapa devemos evitar aspectos difíceis dos planetas significadores da questão com os graus de estacionamento, especialmente os de Saturno, Urano, Netuno e Plutão.
(Texto: Débora Camacho)
A ALQUIMIA DE FULCANELLI
Fulcanelli (1839 - fl.1953) é o pseudônimo de Jean-Julien Champagne, alquimista francês contemporâneo e autor de “O Mistério das Catedrais” (1926) e de “As Moradas Filosofais” (1930), duas magníficas obras de alquimia.
Entre os filhos da Ciência Mãe, a Alquimia, quem mais se aproximou do segredo indizível do Grande Arcano foi o Mestre Fulcanelli, porém sem atrever-se a rasgar o véu do Santuário. Esse Artifício que constitue o Secretum Secretorum, o Magnum Misterium requer a ajuda de um Agente oculto, de um fogo secreto o qual Fulcanelli apenas mencionou.
Fulcanelli foi o Mestre de Eugene Canseliet desde 1915. Entre 1922 e 1923, após receber o Dom de Deus, produziu a Pedra Filosofal e operou uma transmutação de 100 gramas de chumbo em ouro no laboratório da fábrica de gás de Sarcelles.
Desapareceu pouco antes da publicação do seu primeiro livro e só voltou a aparecer ao seu discípulo em 1953, na cidade espanhola de Sevilha.
O MISTÉRIO DAS CATEDRAIS: "Apresenta a Catedral fundada na Ciência Alquímica, investigadora das transformações da Substância Original (Energia Sexual) da Matéria Elemental. Pois a Virgem Mãe despojada de seu véu simbólico (o Véu de Isis), não é mais que a personificação da Substância Primitiva que empregou para realizar seus desígnios o Princípio Criador de tudo o que existe. Maria, Virgem e Mãe representa pois a Forma; o Deus Sol Pai é o emblema do espírito Vital. Da união destes dois princípios resulta a matéria viva, submetida às vicissitudes das Leis de Mutação e Continuidade. Surge então Jesus, o Espírito Encarnado, o fogo que toma corpo nas coisas; tal como conhecemos: “E o Verbo se fez Carne e habitou entre nós.” (Mistérios das Catedrais, pág. 85)."
Não há dúvida de que este livro (na edição francesa são dois volumes) é o mais conhecido e o mais apreciado dos estudantes de alquimia de todo o mundo. Contém os segredos da Grande Obra.
Moradas Filosofais: "A Alquimia, remontando-se do concreto ao abstrato, do positivismo material ao espiritualismo puro, amplia o campo dos conhecimentos humanos, das possibilidades de ação e realização da União de Deus e da Natureza, da Criação e do Criador, da Ciência e da Religião. A Ciência Alquímica não se ensina. Cada um deve aprendê-la por si mesmo, não de maneira especulativa, senão com a ajuda de um trabalho perseverante, multiplicando os ensaios e as tentativas, de maneira que se submetam sempre as produções do pensamento ao controle da experiência.”
Este insigne Mestre, em linguagem alegórica, na qual encontramos amplos e profundos conhecimentos da doutrina Gnóstica, mui ocultamente nos entrega o Grande Arcano: “O Alquimista deve unir-se a esta Virgem em corpo e alma, em Matrimônio Perfeito e indissolúvel a fim de recobrar com ela o Andrógino Primordial e o estado de Inocência” (Moradas Filosofais, pág. 22)."
“Na segunda janela, não deixa de suscitar curiosidade uma cabeça rubicunda e lunar, coroada por um falo; descobrimos nela a indicação expressiva dos Dois Princípios cuja conjunção engendra a Matéria Filosofal. Esse Hieroglífico do agente e do paciente, do Enxofre e do Mercúrio, do Sol e da Lua, pais filosóficos da Pedra, é suficientemente eloqüente para ministrarmos a explicação.” (Moradas Filosóficas, pág. 233).
Revela os segredos das Catedrais Góticas, resumindo que toda a Verdade, a Filosofia, a Religião, está baseada na Primeira Pedra, sobre a qual repousa toda a estrutura do Templo e é este mesmo Arcano o que se encontra nas Pirâmides do Egito, Templos da Grécia, Catacumbas Romanas e Basílicas Bizantinas.
“Tudo quanto buscam os sábios está no Mercúrio (Energia Sexual), ou melhor, na Pedra (sexo); a natureza é função desse Vaso (órgãos sexuais), que tanto se comenta sem saber o que é capaz de produzir; sem esse mercúrio tomado de nossa Magnésia, nos assegura Filateo, é inútil ascender a lâmpada ou Forno dos Filósofos (o chacra Mulhadara). Qualquer profano que saiba manter o Fogo executará a Obra tão bem como um alquimista experiente; não requer perícia especial nem habilidade profissional, senão todo o conhecimento de um curioso Artifício que constitui o Secretum Secretorum, que não foi revelado; sem dúvida, os investigadores que com êxito remontaram os primeiros obstáculos e extraíram Água Viva da antiga Fonte, possuem a chave capaz de abrir as portas do laboratório hermético” (Moradas Filosofais, págs. 287, 299, 300, 302)."
Entre os filhos da Ciência Mãe, a Alquimia, quem mais se aproximou do segredo indizível do Grande Arcano foi o Mestre Fulcanelli, porém sem atrever-se a rasgar o véu do Santuário. Esse Artifício que constitue o Secretum Secretorum, o Magnum Misterium requer a ajuda de um Agente oculto, de um fogo secreto o qual Fulcanelli apenas mencionou.
Fulcanelli foi o Mestre de Eugene Canseliet desde 1915. Entre 1922 e 1923, após receber o Dom de Deus, produziu a Pedra Filosofal e operou uma transmutação de 100 gramas de chumbo em ouro no laboratório da fábrica de gás de Sarcelles.
Desapareceu pouco antes da publicação do seu primeiro livro e só voltou a aparecer ao seu discípulo em 1953, na cidade espanhola de Sevilha.
O MISTÉRIO DAS CATEDRAIS: "Apresenta a Catedral fundada na Ciência Alquímica, investigadora das transformações da Substância Original (Energia Sexual) da Matéria Elemental. Pois a Virgem Mãe despojada de seu véu simbólico (o Véu de Isis), não é mais que a personificação da Substância Primitiva que empregou para realizar seus desígnios o Princípio Criador de tudo o que existe. Maria, Virgem e Mãe representa pois a Forma; o Deus Sol Pai é o emblema do espírito Vital. Da união destes dois princípios resulta a matéria viva, submetida às vicissitudes das Leis de Mutação e Continuidade. Surge então Jesus, o Espírito Encarnado, o fogo que toma corpo nas coisas; tal como conhecemos: “E o Verbo se fez Carne e habitou entre nós.” (Mistérios das Catedrais, pág. 85)."
Não há dúvida de que este livro (na edição francesa são dois volumes) é o mais conhecido e o mais apreciado dos estudantes de alquimia de todo o mundo. Contém os segredos da Grande Obra.
Moradas Filosofais: "A Alquimia, remontando-se do concreto ao abstrato, do positivismo material ao espiritualismo puro, amplia o campo dos conhecimentos humanos, das possibilidades de ação e realização da União de Deus e da Natureza, da Criação e do Criador, da Ciência e da Religião. A Ciência Alquímica não se ensina. Cada um deve aprendê-la por si mesmo, não de maneira especulativa, senão com a ajuda de um trabalho perseverante, multiplicando os ensaios e as tentativas, de maneira que se submetam sempre as produções do pensamento ao controle da experiência.”
Este insigne Mestre, em linguagem alegórica, na qual encontramos amplos e profundos conhecimentos da doutrina Gnóstica, mui ocultamente nos entrega o Grande Arcano: “O Alquimista deve unir-se a esta Virgem em corpo e alma, em Matrimônio Perfeito e indissolúvel a fim de recobrar com ela o Andrógino Primordial e o estado de Inocência” (Moradas Filosofais, pág. 22)."
“Na segunda janela, não deixa de suscitar curiosidade uma cabeça rubicunda e lunar, coroada por um falo; descobrimos nela a indicação expressiva dos Dois Princípios cuja conjunção engendra a Matéria Filosofal. Esse Hieroglífico do agente e do paciente, do Enxofre e do Mercúrio, do Sol e da Lua, pais filosóficos da Pedra, é suficientemente eloqüente para ministrarmos a explicação.” (Moradas Filosóficas, pág. 233).
Revela os segredos das Catedrais Góticas, resumindo que toda a Verdade, a Filosofia, a Religião, está baseada na Primeira Pedra, sobre a qual repousa toda a estrutura do Templo e é este mesmo Arcano o que se encontra nas Pirâmides do Egito, Templos da Grécia, Catacumbas Romanas e Basílicas Bizantinas.
“Tudo quanto buscam os sábios está no Mercúrio (Energia Sexual), ou melhor, na Pedra (sexo); a natureza é função desse Vaso (órgãos sexuais), que tanto se comenta sem saber o que é capaz de produzir; sem esse mercúrio tomado de nossa Magnésia, nos assegura Filateo, é inútil ascender a lâmpada ou Forno dos Filósofos (o chacra Mulhadara). Qualquer profano que saiba manter o Fogo executará a Obra tão bem como um alquimista experiente; não requer perícia especial nem habilidade profissional, senão todo o conhecimento de um curioso Artifício que constitui o Secretum Secretorum, que não foi revelado; sem dúvida, os investigadores que com êxito remontaram os primeiros obstáculos e extraíram Água Viva da antiga Fonte, possuem a chave capaz de abrir as portas do laboratório hermético” (Moradas Filosofais, págs. 287, 299, 300, 302)."
FIM DOS TEMPLÁRIOS E COMEÇO MAÇONARIA
O ano de 1307 viu o começo da perseguição aos Cavaleiros. Apesar de possuir um exército com cerca de 20 mil homens, Jacques Demolay havia ido a França para o funeral de uma Princesa da casa Real Francesa e havia levado consigo poucos homens, sendo esses todos nobres. Na madrugada de 13 de outubro (uma sexta-feira, de onde se originou a história de sexta-feira 13 ser um dia infame) Jacques DeMolay, juntamente a seus amigos, foram capturados e lançados nas masmorras pelo chefe real Guilherme de Nogaret.
A partir de então, todas as posses dos Templários foram sendo confiscadas pelo tesouro francês, enquanto os castelos, propriedades e armas fora da França foram anexados aos Cavaleiros Hospitalários. A partir de 1307, os Templários estavam oficialmente extintos, com aviso para serem capturados e julgados (e condenados) se forem vistos. Seria o fim da Ordem?
Com a Ordem desmoronando, os segredos iniciáticos guardados pelos Templários tiveram de cair na clandestinidade, sendo divididos de maneira mais ou menos caótica, de acordo com as oportunidades e possibilidades que cada grupo em cada país conseguiu encontrar
Os quatro caminhos mais conhecidos desta transmissão de conhecimentos foram:
1) A criação da Ordem dos “Cavaleiros de Cristo” em Portugal e suas ramificações na Espanha. Esta Ordem nos é muito importante porque dela surgirão a Escola de Sagre e, consequentemente, o “descobrimento” do Brasil pelo Grão Mestre Cabral, em 1500.
2) Havia um grupo de templários liderados por Pierre D´Aumont, sucessor não oficial de Jacques deMolay, que deu origem ao Rito da Estrita Observância, na Alemanha e Escandinávia, e mais tarde ainda daria origem ao Rito escocês Retificado a às Ordens Martinistas.
3) Na França, os cavaleiros passaram a ser liderados por Jean Mare Larmenius (este documento de transição está guardado no Mark Mason´s Hall, em Londres) e
4) Na Escócia, a fundação da Ordem Real da Escócia e da proteção aos Templários foragidos por meio das Guildas de Maçons e construtores escoceses, especialmente em Bath, Bristol e York. A rota escocesa está associada a Robert de Bruce (aquele do filme Coração Valente) e coloca a Família St. Clair e a Capela de Rosslyn como figuras centrais da Maçonaria Templária.
A Batalha de Bannockburn (23-24 de junho de 1314) foi travada entre forças da Inglaterra e da Escócia, resultando em vitória significativa para esta última, no âmbito das Guerras de Independência Escocesa. Todos os relatos e lendas contam que os escoceses haviam sido auxiliados por poderosos e treinados guerreiros, que mudaram o curso da batalha e os auxiliaram a derrotar as forças inglesas. Estes guerreiros possuíam a pele queimada de sol e longas barbas, em contraste gritante aos branquelos escoceces.
O exército inglês, de cerca de 25 000 homens, comandado por Eduardo II da Inglaterra, foi interceptado no vau de Bannockburn (riacho Bannock Burn, afluente do rio Forth) por um contingente escocês de cerca de 9000 soldados, sob o comando de Robert Bruce. Aos primeiros embates do dia 23, relativamente modestos, seguiu-se um grande confronto no dia seguinte. O resultado pode ser atribuído à desastrada disposição das forças inglesas, entre dois riachos e em solo pantanoso. Eduardo II retirou-se do campo e fugiu de volta à Inglaterra.
A vitória escocesa foi completa e, embora o reconhecimento inglês da independência da Escócia ainda tardasse mais de 10 anos (1328), ajudou Robert Bruce a restabelecer um Estado soberano escocês.
Depois de 1318, todos os grandes proprietários escoceses tiveram que decidir quais propriedades manteriam e jurar fidelidade ao rei apropriado – se quisessem ter suas terras escocesas, teriam que abandonar as propriedades na Inglaterra – ou o contrário. Nesse ano o Parlamento escocês passou um decreto segundo o qual se o rei morresse sem filhos, seu neto Robert Stewart seria seu sucessor – mas nasceu-lhe um outro filho, David II Bruce, em 1324.
A “Declaração de Arbroath” em 1320, reafirmação da independência da Escócia composta por seu chanceler Bernard de Linton, e uma missão a Avignon, persuadiram afinal o papa João XXII a reconhecê-lo como o rei da Escócia em 1322. A declaração é conhecida também como a primeira carta de direito de uma nação, tendo inspirado a Revolução Francesa (guarde bem esta correlação, ela aparecerá mais vezes!).
Pierre D´Aumont
A história francesa associada com as Terras altas e Aberdeen, que retrata a fundação da abadia de St. George, conta que o Grão mestre Templário de auvergne, Pierre D´Aumont, fugiu para a escócia em 1307, acompanhado por 2 comandantes e 5 marechais de campo, atracando na Ilha de Mull, onde se disfarçaram de maçons operativos na Guilda de Mull.
Como o disfarce local dependia do fato de serem vistos como construtores, eles se denominaram “Maçons-livres” e adaptaram seus rituais templários para fazer uso simbólico das ferramentas de um ofício de maçom. Em outras partes da Europa, cavaleiros acabaram se mesclando aos lenhadores franceses e carvoeiros italianos, dando origem à mui respeitosa Ordem da Carbonária, onde os bons primos se reúnem.
Os templários ingleses se mudaram para Aberdeen em 1361, e dali a Guilda de “construtores” se espalhou pela Europa. Antes da perseguição francesa, os Templários já tinham grande contato com os artesões e construtores, que os acompanhavam em suas jornadas com a função de construir templos, barracos e fortalezas por onde se estabelecessem.
A correlação entre os monges guerreiros e os construtores de abadias já vinha de longa data. Como a perseguição católica se estendeu apenas para os guerreiros, deixando os construtores com a opção de continuarem seus trabalhos, uma maneira simples que os Templários encontraram foi a de, com a ajuda de seus antigos artesões serventes, mesclarem-se a estes novos “pedreiros-livres” (livres porque a partir de 1314 não estavam mais subordinados a nenhuma ordem militar/religiosa).
É importante frisar que, como o rei Inglês Edward II estava negociando com a Igreja por conta de seu casamento com Isabel (da França), ele foi obrigado a aceitar a bula papal que condenava os Templários, mas fez corpo mole por tempo suficiente para que os cavaleiros pudessem desaparecer no anonimato. Em 1309, uma comissão católica chegou à Londres e insistiu para que os Templários fossem presos, levando-os a julgamento. Existem documentos censurando os xerifes de York por terem deixado os templários “vagando por toda a área”
Nos séculos XII e XIII, a Ordem dos Templários ajudou os portugueses nas batalhas contra os muçulmanos, recebendo como recompensa extensos domínios e poder político. Os castelos, igrejas e povoados prosperaram sob a sua proteção. Em 1314, o papa Clemente V de origem francesa e Felipe IV de França, tentaram destruir completamente esta rica e poderosa ordem (assassínios, absorção de bens, atrocidades, que levariam Fernando Pessoa a afirmar a luta contínua contra a Tirania, a Ignorância e o Fanatismo, segundo ele, os três assassinos de Jacques de Molay, Grão Mestre da Ordem), tendo Dom Dinis logrado transferir para a Ordem de Cristo as propriedades e privilégios dos Templários.
A Ordem de Cristo foi assim criada em Portugal como Ordo Militiae Jesu Christo pela bula Ad ae exquibus de 15 de março de 1319 pelo papa João XXII, sendo rei D. Dinis, pouco depois da extinção da Ordem do Templo. Tratava-se de refundar a Ordem do Templo que anterior bula papal de Clemente V havia condenado à extinção.
Em Portugal, os bens dos Templários ficaram reservados por iniciativa do rei, transitando para a coroa entre 1309 e 1310, enquanto decorria o processo, não sem que o monarca rejeitasse o administrador nomeado por Clemente V – Estêvão de Lisboa. Esses mesmos bens passaram para a nova congregação em 26 de novembro de 1319, com exceção aos reis de Castela e Leão, Aragão e Portugal, que se juntaram para contrariar a execução da medida que ordenava a transferência para a Ordem Hospitalária.
A nova Ordem surgia, assim como uma reforma dos Templários “para Francês ver”. Tudo mudou, para ficar mais ou menos na mesma. O hábito era o mesmo, a insígnia também, com uma ligeira alteração, e os bens, transmitidos pelo monarca, correspondiam aos bens templários.
A tradição Francesa diz que Jacques deMolay, em 1313, ainda na prisão, estava determinado a continuar a Ordem de maneira secreta, e transferiu todo o seu poder e autoridade para Johannes Marcus Larmenius como sucessor.
Larmenius, quando ficou velho, redigiu uma carta de transmissão de poderes a Theobaldus e depois disso, cada Grão-Mestre anexou sua aceitação ao documento original, chegando até 1804 com o Grão mestre Bernard Raymond. Este documento decora a Sala do Conselho do Mark Mason´s Hall e está lá até os dias de hoje.
Continuaremos mais tarde, porque ainda estamos no século XIV e até chegarmos em 1717 falta um bom caminho, passando por Luteranos, Protestantes, Lollardos, Rosacruzes, Alquimistas, Renascentistas, Cientistas e Reformadores.
(Texto: Marcelo Del Debbio)
18 de agosto de 2010
O LIVRO MUDO DA ALQUIMIA
O Livro Mudo da Alquimia é uma das mais relevantes e belas produções da tradição pictórica do hermetismo medievo. O livro consiste de uma série de figuras que ilustram, do princípio à sua realização, todo o trabalho alquímico.
Mutus Liber, como o nome diz, é um livro mudo, sem palavras, editado originalmente por Eugène Léon Canseliet (1899 - 1982), alquimista francês, autor de diversos livros de alquimia.
O autor permaneceu anônimo, o que ocorria frequentemente, para as pessoas não serem perseguidas por Roma nem verem as suas obras adicionadas ao Índex. Muitas utilizavam homônimos e jogos de palavras para enganar as autoridades.
O "Mutus Liber" é um livro composto por 15 gravuras reportando para o método da Grande Obra alquímica.
Não é verdade que este livro não tenha palavras pois, logo na primeira página aparecem referências codificadas à bíblia e, na folha 14, existe uma expressão latina conhecida dos alquimista: "Ora, lege, lege, lege, relege, labora et invienes" ou seja, "lê, lê, lê, re-lê, trabalha e encontrarás".
O fato por detrás do conceito aceite de que o livro é mudo deve-se, no entanto à total incompreensão dos seus sinais por parte dos leigos em alquimia. Na verdade, apenas os entendidos poderiam descortinar as revelações das gravuras.
Note-se que para além da impressão original datada do século XVII, muito poucas edições mais tardias tem efetivamente valor. Citando um mero exemplo, logo na primeira placa, na edição original, aparece entre roseiras emaranhadas uma paisagem campestre. Porém, em muitas edições posteriores, a paisagem que aparece foi modificada e observam-se agora cascatas.
Este simples pormenor transforma uma cópia de melhor qualidade e, mais agradável visualmente, numa obra totalmente apócrifa, pois, no mundo da alquimia, existem dois caminhos para alcançar o conhecimento.
O primeiro é o caminho seco e, o segundo, é o caminho úmido. Um destes caminhos é mais rápido e perigoso e o outro mais lento, mas mais seguro.
Assim deve ser visto o MUTUS LIBER. Uma complexa composição de imagem relatando por sinais apenas absorvíveis para os iniciados na matéria em que nada está representado por acaso.
NOMES DIVINOS II
Existem dez nomes divinos, que são encontrados em todos os talismãs e em todas as fórmulas de evocação. A seguir vou enumerá-los e ao lado colocar os correspondentes em português.
01. Ehieh ( Aeie)
02. Iah (Ia)
03. Ieovah (Ieve)
04. El (Al)
05. Eloha (Eloe)
06. Elohim Gibor (Aleim)
07. Tetragrammaton (Ieve)
08. Elohim Sabaoth (Tsbaoth)
09. Shadai (Sdi)
10. Adonai (Adni)
Existe uma lei básica do ocultismo, que é a nomeação.
Este Ieve, seria Yaweh/Iave/Javé? Ou seria Yod-He-Vau-He? Para esclarecer essa dúvida, vamos falar sobre cada nome:
1 - IEOVAH
Este nome, um dos mais misteriosos da teologia hebraica, exprime uma das leis naturais mais assombrosas que conhecemos. Para se ter idéia de sua importância, é graças à descoberta de algumas das propriedades desses nome que se tornou possível obter a explicação completa do Tarot.
Vamos começar a análise pela palavra cabalística. IEVE, escreve-se em hebraico com quatro letras, as letras chamadas "iod-he-vau-he". Cada uma dessas letras possui um significado. Vamos então ao significado de cada uma dessas letras:
Iod: o princípio ativo por natureza; o Eu. (a propósito, todas as letras do alfabeto cabalístico são combinações resultantes de diferentes reuniões da letra Iod).
He (o primeiro): o princípio passivo; o Não-Eu.
Vau: Marca a passagem de um mundo a outro; a Transição.
He (o segundo): o segundo He representa o ser completo que encerra numa Unidade absoluta os três termos. Ele indica a passagem que transcende o ser de uma escala a outra.
Então na verdade, analisando Ieovah (Ieve) dessa forma, é só levarmos ao pé da letra a análise da representação de cada uma dessas letras, e juntar para entender o que o nome saignifica e representa. Logo, "Iod"-"He"-"Vau"-"He"= "Eu"-"Não-Eu"-"Passagem"-"Transcedencia". Agora junte todos esses quatro termos em uma idéia só e dá para ter várias interpretações, certo?
Há ainda o fato da gematria (cada nome representa um número). Cada letra do alfabeto cabalí¬stico possui um valor numérico específico. Sabe-se que o nome impronunciável de deus é composto por 72 números.
Na cabala:
a letra Iod (I), representa o numero 10
a letra He (E), representa o numero 5
a letra Vau(V), representa o numero 6
a letra He (E), representa o numero 5
O cálculo gematrico funciona da seguinte forma: como numa pirâmide, coloca-se uma letra a mais em cada linha e dessa forma é provado que Ieve é um dos nomes de Deus.
I = (10) 10
IE = (10+5) 15
IEV = (10+5+6) 21
IEVE = (10+5+6+5) 26
____________________
10 + 15 + 21 + 26 = 72
Para concluir o assunto, o IEVE (ou IOHA), para não ser jamais pronunciado pelos profanos, é substituído pela palavra Tetragrammaton, ou pela palavra Adonai (Senhor).
Como deu para ver, o assunto fica mais complicado conforme nos aprofundamos e por isso prefiro ir devagar e falar aos poucos em cada assunto. Então vemos que a cabala trabalha muito com a matemática e simbologia. Em próximos textos falaremos sobre o significado dos outros nomes.
2 - "EHEIEH"
Acho que o estudo desse nome é um dos mais interessantes, porque influencia diretamente no que conhecemos, em outras palavras, em tempo espaço e matéria. Esse nome escreve-se ás vezes pela simples letra Iod e nesse caso significa simplesmente "Eu". Já é algo para se pensar, como uma palavra tão simples e curta como "Eu" é ao mesmo tempo tão abrangente. É porque o "eu" é onde se resume tudo e apenas uma coisa.
Esta palavra deu nascimento ao termo grego aei (sempre). Logo, Eheieh significa sempre, e se compreende como a letra cabalística Iod. No alfabeto cabalí¬stico, Iod é a representação que exprime o começo e o fim de tudo, porque todas as outras letras do alfabeto cabalístico são apenas diferentes combinações da letra Iod. Todas as letras do alfabeto hebraico são junções do Iod. Um Iod para cima e um Iod para baixo juntos formam uma letra. Mas. Como este não é um texto sobre cabala, vamos soltar ao assunto dos nomes divinos.
É escrito e representado misticamente em um triângulo com três "Iod", um em cada ponta do triangulo e cada um desses três Iod tem um significado e simbolismo específico. Esse simbolismo representado pelos três Iod representa os atributos da divindade que fez surgir a Criação.
Antes de prosseguirmos, vamos entender o que é a Criação. Vou resumir criação em uma simples equação: Tempo + Espaço + Matéria = Criação
Em outras palavras, “ETERNIDADE, INFINITO, SUBSTÂNCIA” são as matérias-primas que possibilitaram a criação e cada Iod representa uma dessas matérias primas.
O primeiro Iod é a representação da ETERNIDADE dando nascimento ao TEMPO na sua tríplice divisão:
- passado
- presente
- futuro
O segundo Iod é a representação do INFINITO, dando nascimento ao ESPAÇO na sua tríplice divisão:
- Comprimento
- Largura
- Profundidade
O terceiro Iod é a representação da SUBSTÂNCIA eterna, que dá nascimento à MATÉRIA na sua tríplice divisão:
- Sólida
- Líquida
- Gasosa
Dessa forma é reunido num todo o Tempo, Espaço e Matéria e, assim, o SEMPRE se manifestará.
Concluímos assim que o nome EHEIEH é a manifestação do SEMPRE, que é constituído pela ETERNIDADE, pelo INFINITO e pela SUBSTÂNCIA. Por esse motivo esse nome significa a essência simples da divindade.
Confere assim o nome do ser a todas as coisas que preenchem o universo, desde sua circunferência até o centro. É o nome que possibilita o contato e ligação entre a essência divina e o ser.
(Continua)
SÍMBOLOS III
O símbolo Oroboros, significa a eternidade e o ciclo da vida. No desenho abaixo aparece em volta do Selo de Salomão (Signo de dualidade dos planos), é em parte um selo alquímico, porém, no caso, da chamada "alquimia espiritual".
Esse é um selo de transmutação, mostrando, por meio dos símbolos astrológicos, e com os dois dragões (um com asa e outro sem asas) como o ser humano acessa outro plano de existência e, principalmente, como as outras entidades chagam ao plano físico.
Vemos que o selo mostra o caminho para ambos os lados devido à presença do hexagrama (tudo que esta em cima é como o que esta em baixo).
Cada um desses símbolos representa um planeta. O símbolo astrológico que se encontra no centro do selo de Salomão representa mercúrio. Mercúrio representa o aspecto masculino, entre tantas outras coisas. Entre outras coisas esse símbolo faz parte de uma equação que visa a vida eterna.
O símbolo acima é o Vésica-Piscis, símbolo que representa o estado de equilí¬brio perfeito entre as forças, é a imagem dos mundos que se interpenetram, o mundo da matéria com o mundo espiritual e, com o seu conteúdo simbólico através do número oito na horizontal que representa também o principio e o fim.
Esse símbolo tem uma série de outros significados embutidos, uma vez que é muito matemático.É uma das bases da magia e da matemática.
Abaixo, O outro símbolo de Vênus, que também é a representação planetária utilizada por cientistas e ocultistas. Ele possui a chave para entender o caminho de Nun através da Mão Direita (somente através do amor e do sacrifício pela humanidade é que se consegue atingir a Iluminação).
Examinemos o símbolo de Vênus por um momento: um círculo sobreposto a uma cruz. A cruz representa o Plano Material e o Microcosmos, enquanto o círculo representa o Espírito e o Macrocosmos. A cruz representa o ciclo de reencarnações, os quatro elementos que precisam ser dominados para se chegar até o estado de Iluminado, enquanto o círculo representa o ciclo divino, já fora da Roda de Samsara. O ponto central do símbolo é a esfera de Tiferet - O Sol."
Abaixo, A Chave dos Grandes Mistérios. Chave absoluta das ciências ocultas dada por Guilherme de Postel e completada por Eliphas Levi;
Abaixo símbolo utilizado na Fé Bahá'í¬ é uma estrela de nove pontas que significam as nove religiões monoteístas: Sabeismo, Hinduísmo, Judaísmo, Zoroastrismo, Budismo, Cristianismo, Islamismo, Fé Babí¬ e Fé Bahá'í¬.
Símbolo celta que representa os quatro elementos:
Esse é o sigilo mágicko dualístico de Salomão, que ilustra a representação do significado do hexagrama de forma detalhada:
"Tudo o que esta em cima, é como tudo o que está embaixo." Ou se preferir a metáfora erroneamente utilizada "assim na terra como no céu".
Mas os praticantes da Arte sabem que ha bem mais do que isso, assim como mostra esse sigilo. Vemos principalmente os conceitos herméticos como a dualidade, por exemplo.
Se você analisar a imagem melhor perceberá que o círculo que a contorna na verdade é Oroboros, a cobra que come o próprio rabo, cujo significado já explicamos.
Vemos escritos os conceitos, mundo inferior embaixo e mundo superior em cima. Além disso, seguindo essa linha, ainda vemos representado o conceito do macrocosmo (escrito em cima) e do microcosmo (escrito embaixo). O macrocosmo e o microcosmo fazem parte desse todo, e o homem é formado por ambos, ele está entre o mundo superior e o mundo superior.
No centro vemos o símbolo da Cruz de Pátea (como Morpheus comentou), que foi inspirada na Cruz de Malta, representa o equilíbrio e que tudo vem de todos os pontos de forma igual para o centro, e que tudo sai do centro e vai para os quatro pontos de forma igual (ou seja microcosmo e macrocosmo e que da união dos mundos superior e inferior, do macrocosmo e do microcosmo, forma o hexagrama, que também representa esse equilíbrio.
(continua)
Esse é um selo de transmutação, mostrando, por meio dos símbolos astrológicos, e com os dois dragões (um com asa e outro sem asas) como o ser humano acessa outro plano de existência e, principalmente, como as outras entidades chagam ao plano físico.
Vemos que o selo mostra o caminho para ambos os lados devido à presença do hexagrama (tudo que esta em cima é como o que esta em baixo).
Cada um desses símbolos representa um planeta. O símbolo astrológico que se encontra no centro do selo de Salomão representa mercúrio. Mercúrio representa o aspecto masculino, entre tantas outras coisas. Entre outras coisas esse símbolo faz parte de uma equação que visa a vida eterna.
O símbolo acima é o Vésica-Piscis, símbolo que representa o estado de equilí¬brio perfeito entre as forças, é a imagem dos mundos que se interpenetram, o mundo da matéria com o mundo espiritual e, com o seu conteúdo simbólico através do número oito na horizontal que representa também o principio e o fim.
Esse símbolo tem uma série de outros significados embutidos, uma vez que é muito matemático.É uma das bases da magia e da matemática.
Abaixo, O outro símbolo de Vênus, que também é a representação planetária utilizada por cientistas e ocultistas. Ele possui a chave para entender o caminho de Nun através da Mão Direita (somente através do amor e do sacrifício pela humanidade é que se consegue atingir a Iluminação).
Examinemos o símbolo de Vênus por um momento: um círculo sobreposto a uma cruz. A cruz representa o Plano Material e o Microcosmos, enquanto o círculo representa o Espírito e o Macrocosmos. A cruz representa o ciclo de reencarnações, os quatro elementos que precisam ser dominados para se chegar até o estado de Iluminado, enquanto o círculo representa o ciclo divino, já fora da Roda de Samsara. O ponto central do símbolo é a esfera de Tiferet - O Sol."
Abaixo, A Chave dos Grandes Mistérios. Chave absoluta das ciências ocultas dada por Guilherme de Postel e completada por Eliphas Levi;
Abaixo símbolo utilizado na Fé Bahá'í¬ é uma estrela de nove pontas que significam as nove religiões monoteístas: Sabeismo, Hinduísmo, Judaísmo, Zoroastrismo, Budismo, Cristianismo, Islamismo, Fé Babí¬ e Fé Bahá'í¬.
Símbolo celta que representa os quatro elementos:
Esse é o sigilo mágicko dualístico de Salomão, que ilustra a representação do significado do hexagrama de forma detalhada:
"Tudo o que esta em cima, é como tudo o que está embaixo." Ou se preferir a metáfora erroneamente utilizada "assim na terra como no céu".
Mas os praticantes da Arte sabem que ha bem mais do que isso, assim como mostra esse sigilo. Vemos principalmente os conceitos herméticos como a dualidade, por exemplo.
Se você analisar a imagem melhor perceberá que o círculo que a contorna na verdade é Oroboros, a cobra que come o próprio rabo, cujo significado já explicamos.
Vemos escritos os conceitos, mundo inferior embaixo e mundo superior em cima. Além disso, seguindo essa linha, ainda vemos representado o conceito do macrocosmo (escrito em cima) e do microcosmo (escrito embaixo). O macrocosmo e o microcosmo fazem parte desse todo, e o homem é formado por ambos, ele está entre o mundo superior e o mundo superior.
No centro vemos o símbolo da Cruz de Pátea (como Morpheus comentou), que foi inspirada na Cruz de Malta, representa o equilíbrio e que tudo vem de todos os pontos de forma igual para o centro, e que tudo sai do centro e vai para os quatro pontos de forma igual (ou seja microcosmo e macrocosmo e que da união dos mundos superior e inferior, do macrocosmo e do microcosmo, forma o hexagrama, que também representa esse equilíbrio.
(continua)
A IMPERATRIZ NO TAROT
A Imperatriz, adornada dos símbolos atribuídos à feminilidade triunfante, pode ser relacionada a um repertório interminável: a Madona cristã, a esposa do rei ou mãe do herói; a deusa primordial de todos os ritos matriarcais, as quatro damas do baralho.
Na versão de Wirth, a Imperatriz aparece aureolada por doze estrelas, das quais somente nove são visíveis: é evidente o duplo sentido alegórico desta representação, que se refere simultaneamente aos signos do Zodíaco e ao período da gestação. Como o 9 é também representação da inteligência, no momento da sua maturidade, é possível associar os atributos centrais do Arcano III: feminilidade-experiência-sabedoria.
Relacionada em todas as cosmogonias ao simbolismo lunar e à face oculta do conhecimento (Sacerdotisa), a mulher admite também um período solar (Imperatriz), do qual há correspondências nas organizações culturais mais remotas da humanidade. Do ponto de vista matriarcal, a Imperatriz não é ainda a Eva protagonista do pecado e da queda, mas a que aparece em certas tradições talmúdicas: a fundadora, que reencontra Adão depois de trezentos anos de separação; a que aniquila Lilit – a rival estéril e luxuriosa – para organizar junto ao primeiro pai a família dos homens.
Alguns comentaristas do Islã vêem nesta Eva triunfante do adultério a representação da passagem das sociedades anárquicas ao princípio de ordem dos tempos históricos. Seu túmulo mítico se localiza em Djeda ou Djidda, às margens do mar Vermelho e próximo da montanha sagrada de Arafat, onde o teria ocorrido seu reencontro com Adão, para formar o casal primordial.
A Imperatriz, finalmente, é símbolo da palavra e representa o envoltório material do corpo, seus órgãos e suas funções. Ouspensky a imagina repousando sobre um trono de luz, bela e fecunda, em meio à interminável primavera.
A Imperatriz ressalta atributos, como a comunicação, criatividade, fertilidade, feminilidade, diplomacia.
Uma coisa que chama a minha atenção, contudo, é que desde que colocaram a Imperatriz numa condição de “Mãe Natureza” parece que o foco de muitas pessoas recaiu sobre os frutos da terra e não à força que viabiliza a sua manifestação.
O que eu quero dizer com isso que a Imperatriz não é a colheita (resultado = Imperador), mas todos os preparativos para que ela ocorra (planejamento, energia, dedicação…). Não é forma, mas conteúdo. De novo implicando com algumas representações, ela é uma mulher grávida (em processo de gestação), e não a mãe que carrega um bebê no colo ou tem uma criança pequena aos seus pés, como aparece em alguns baralhos – incluindo o Alchemical, que eu gosto tanto.
A fertilidade (e o seu oposto, a esterilidade), desta forma, não é algo que está assegurado, mas que precisa ser trabalhado diligentemente, pois plantamos agora o que iremos colher mais tarde e ninguém precisa chegar à Justiça ou à Roda da Fortuna para encarar com as consequências – quando já é tarde demais para mudar alguma coisa.
E isso vale para tudo. Quando abordamos a Imperatriz como comunicação, pense bem antes de se expressar, use bem (de forma correta e inteligente) as ferramentas colocadas à sua disposição – principalmente em uma era como a nossa, de comunicação global, instantânea e de muito pouca privacidade.
Se a Imperatriz é relacionamento, observe e cultive apropriadamente a generosidade, a virtude e a tolerância.
A respeito no número, Dan Millman diz que o 3 deve utilizar a sua sensibilidade emocional para trazer para o mundo a expressão sincera da sua personalidade, sendo o seu primeiro desafio enfrentar a falta de fé em si mesmo (uma condição deficiente do Pendurado: 12 = 1+3 = 3).
Isto ainda tem a ver com a hipocrisia: por vezes, para ser aceito socialmente (ou por alguém, em especial), a gente usa máscaras que nos distanciam da nossa verdadeira natureza, e isso é ruim, pois nunca seremos inteiros desta forma (O Mundo: 21 = 2+1 = 3).
Ser Imperatriz, neste sentido, começa com o compromisso de fidelidade consigo mesmo e a correta atribuição de valor pessoal. É gostar de estar com outras pessoas, mas não depender delas, pois existe uma diferença entre solidão e solitude (O Eremita: 9 = 3+3+3).
A Imperatriz ser representada olhando para a frente e isso significa que ela olha para a vida (oportunidades e desafios) sem desviar o olhar, lembrando que ela sucede a Papisa e os seus ensinamentos, ou seja, a gente começa a olhar “de dentro”, e não “de fora”, pois o mundo externo é reflexo daquilo que estamos continuamente gestando.
E aí é muito importante lembrar que as Rainhas dos Arcanos Menores, juntas com a Imperatriz, são responsáveis por dar suporte aos Reis, pois Reis e Rainhas não são pessoas, mas funções. A Imperatriz, de fato, reúne a energia fragmentada em 4 formas de expressão – os 4 naipes/elementos – de modo que:
• A Imperatriz como Rainha de Ouros nutre, protege e cura a si mesma e ao outro com grande senso prático e estético. Cuidar só de si é uma patologia; cuidar só do outro, também.
• A Imperatriz como Rainha de Espadas é a mãe que educa para a vida, usando a mente para entender – e não para tolher – as emoções, reconhecendo a sua parcela de responsabilidade (diferente de culpa) por cada experiência do passado, sem medos e/ou ressentimentos.
• A Imperatriz como Rainha de Copas exercita, em especial, a empatia, que é um dos pré-requisitos para a verdadeira compaixão – o desejo, com equidade, de que todos se libertem do sofrimento.
• A Imperatriz como Rainha de Paus ajuda a cada um descobrir o melhor de si mesmo, despertando a fé e a alegria de viver.
Que cada um possa meditar e entrar em contato com a Imperatriz que traz consigo para tornar a sua vida – e a vida de todos os seres sencientes – mais significativa.
Interpretações usuais na cartomancia:
Gravidez, criatividade, sucesso. Compreensão, inteligência, instrução, encanto, amabilidade. Elegância, distinção, cortesia. Domínio do espírito, abundância, riqueza.
Mental: Penetração na matéria por meio do conhecimento das coisas práticas. Os problemas vêem à tona e podem ser reconhecidos.
Emocional: Capacidade para penetrar na alma dos seres. Pensamento fecundo e criador.
Físico: Esperança, equilíbrio. Soluciona os problemas. Renova e melhora as situações. Poder continuo e irresistível nas ações.
Sentido negativo: Desavenças, discussões em todos os planos. As coisas se embaralham e ficam confusas. Atraso na realização de um acontecimento que, no entanto, ocorrerá.
Afetação, pose, coqueteria. Vaidade, presunção, desdém. Futilidade, luxo, prodigalidade. Deixa-se levar pelas adulações, falta de refinamento, modos de novo-rico.
Na versão de Wirth, a Imperatriz aparece aureolada por doze estrelas, das quais somente nove são visíveis: é evidente o duplo sentido alegórico desta representação, que se refere simultaneamente aos signos do Zodíaco e ao período da gestação. Como o 9 é também representação da inteligência, no momento da sua maturidade, é possível associar os atributos centrais do Arcano III: feminilidade-experiência-sabedoria.
Relacionada em todas as cosmogonias ao simbolismo lunar e à face oculta do conhecimento (Sacerdotisa), a mulher admite também um período solar (Imperatriz), do qual há correspondências nas organizações culturais mais remotas da humanidade. Do ponto de vista matriarcal, a Imperatriz não é ainda a Eva protagonista do pecado e da queda, mas a que aparece em certas tradições talmúdicas: a fundadora, que reencontra Adão depois de trezentos anos de separação; a que aniquila Lilit – a rival estéril e luxuriosa – para organizar junto ao primeiro pai a família dos homens.
Alguns comentaristas do Islã vêem nesta Eva triunfante do adultério a representação da passagem das sociedades anárquicas ao princípio de ordem dos tempos históricos. Seu túmulo mítico se localiza em Djeda ou Djidda, às margens do mar Vermelho e próximo da montanha sagrada de Arafat, onde o teria ocorrido seu reencontro com Adão, para formar o casal primordial.
A Imperatriz, finalmente, é símbolo da palavra e representa o envoltório material do corpo, seus órgãos e suas funções. Ouspensky a imagina repousando sobre um trono de luz, bela e fecunda, em meio à interminável primavera.
A Imperatriz ressalta atributos, como a comunicação, criatividade, fertilidade, feminilidade, diplomacia.
Uma coisa que chama a minha atenção, contudo, é que desde que colocaram a Imperatriz numa condição de “Mãe Natureza” parece que o foco de muitas pessoas recaiu sobre os frutos da terra e não à força que viabiliza a sua manifestação.
O que eu quero dizer com isso que a Imperatriz não é a colheita (resultado = Imperador), mas todos os preparativos para que ela ocorra (planejamento, energia, dedicação…). Não é forma, mas conteúdo. De novo implicando com algumas representações, ela é uma mulher grávida (em processo de gestação), e não a mãe que carrega um bebê no colo ou tem uma criança pequena aos seus pés, como aparece em alguns baralhos – incluindo o Alchemical, que eu gosto tanto.
A fertilidade (e o seu oposto, a esterilidade), desta forma, não é algo que está assegurado, mas que precisa ser trabalhado diligentemente, pois plantamos agora o que iremos colher mais tarde e ninguém precisa chegar à Justiça ou à Roda da Fortuna para encarar com as consequências – quando já é tarde demais para mudar alguma coisa.
E isso vale para tudo. Quando abordamos a Imperatriz como comunicação, pense bem antes de se expressar, use bem (de forma correta e inteligente) as ferramentas colocadas à sua disposição – principalmente em uma era como a nossa, de comunicação global, instantânea e de muito pouca privacidade.
Se a Imperatriz é relacionamento, observe e cultive apropriadamente a generosidade, a virtude e a tolerância.
A respeito no número, Dan Millman diz que o 3 deve utilizar a sua sensibilidade emocional para trazer para o mundo a expressão sincera da sua personalidade, sendo o seu primeiro desafio enfrentar a falta de fé em si mesmo (uma condição deficiente do Pendurado: 12 = 1+3 = 3).
Isto ainda tem a ver com a hipocrisia: por vezes, para ser aceito socialmente (ou por alguém, em especial), a gente usa máscaras que nos distanciam da nossa verdadeira natureza, e isso é ruim, pois nunca seremos inteiros desta forma (O Mundo: 21 = 2+1 = 3).
Ser Imperatriz, neste sentido, começa com o compromisso de fidelidade consigo mesmo e a correta atribuição de valor pessoal. É gostar de estar com outras pessoas, mas não depender delas, pois existe uma diferença entre solidão e solitude (O Eremita: 9 = 3+3+3).
A Imperatriz ser representada olhando para a frente e isso significa que ela olha para a vida (oportunidades e desafios) sem desviar o olhar, lembrando que ela sucede a Papisa e os seus ensinamentos, ou seja, a gente começa a olhar “de dentro”, e não “de fora”, pois o mundo externo é reflexo daquilo que estamos continuamente gestando.
E aí é muito importante lembrar que as Rainhas dos Arcanos Menores, juntas com a Imperatriz, são responsáveis por dar suporte aos Reis, pois Reis e Rainhas não são pessoas, mas funções. A Imperatriz, de fato, reúne a energia fragmentada em 4 formas de expressão – os 4 naipes/elementos – de modo que:
• A Imperatriz como Rainha de Ouros nutre, protege e cura a si mesma e ao outro com grande senso prático e estético. Cuidar só de si é uma patologia; cuidar só do outro, também.
• A Imperatriz como Rainha de Espadas é a mãe que educa para a vida, usando a mente para entender – e não para tolher – as emoções, reconhecendo a sua parcela de responsabilidade (diferente de culpa) por cada experiência do passado, sem medos e/ou ressentimentos.
• A Imperatriz como Rainha de Copas exercita, em especial, a empatia, que é um dos pré-requisitos para a verdadeira compaixão – o desejo, com equidade, de que todos se libertem do sofrimento.
• A Imperatriz como Rainha de Paus ajuda a cada um descobrir o melhor de si mesmo, despertando a fé e a alegria de viver.
Que cada um possa meditar e entrar em contato com a Imperatriz que traz consigo para tornar a sua vida – e a vida de todos os seres sencientes – mais significativa.
Interpretações usuais na cartomancia:
Gravidez, criatividade, sucesso. Compreensão, inteligência, instrução, encanto, amabilidade. Elegância, distinção, cortesia. Domínio do espírito, abundância, riqueza.
Mental: Penetração na matéria por meio do conhecimento das coisas práticas. Os problemas vêem à tona e podem ser reconhecidos.
Emocional: Capacidade para penetrar na alma dos seres. Pensamento fecundo e criador.
Físico: Esperança, equilíbrio. Soluciona os problemas. Renova e melhora as situações. Poder continuo e irresistível nas ações.
Sentido negativo: Desavenças, discussões em todos os planos. As coisas se embaralham e ficam confusas. Atraso na realização de um acontecimento que, no entanto, ocorrerá.
Afetação, pose, coqueteria. Vaidade, presunção, desdém. Futilidade, luxo, prodigalidade. Deixa-se levar pelas adulações, falta de refinamento, modos de novo-rico.
ARS GOETIA II
Abaixo, os 72 demônios goéticos. Em outro texto falaremos sobre as características de cada um deles:
Baal; Agares; Vassago; Samigina; Marbas; Valefor; Amon; Barbatos; Paimon; Buer; Gusion; Sitri; Beleth; Leraie; Aligos; Zepar; Botis; Bathin; Saleos; Purson; Marax; Ipos; Aym; Neberius; Glasya-Labolas; Bune; Ronove; Berith; Astaroth; Forneus; Foras; Asmoday; Gaap; Furtur; Marchosias; Stolas; Phenex; Halphas; Malphas; Raum; Focalor; Vepar; Sabnock; Shax; Vine; Bifrons; Vual; Hagenti; Crocell; Furcas; Balam; Alloces; Camio; Murmur; Orobas; Gremory; Ose; Amy; Orias; Vapula; Zagan; Valac; Andras; Haures; Andrealphus; Cimeies; Amdusias; Belial; Decarabia; Seere; Dantalion; Andromalius.
A goécia se distingue das outras linhagens de magia por se conservar ao longo dos séculos. Afirma que os demônios não são demônios, são espíritos que governam as esferas planetárias e que os espíritos só podem ser evocados e invocados, em uma única e exclusiva língua. Bem como crendo em um só selo único puro e secreto aos não góticos (ou goécios).
Para maior entendimento do sistema, um breve resumo de seu funcionamento:
Primeiro é escolhido com qual espírito o trabalho será realizado. Para uma escolha sensata, o melhor a se fazer é ler a descrição de cada um dos 72 espíritos para encontrar o que melhor se encaixa (em personalidade e poder) com as necessidades. Dele dependerá o sucesso ou não da evocação – uma forte motivação e um grande envolvimento emocional são de grande ajuda neste momento.
O sistema de evocação em si não guarda grandes segredos. Seus elementos poderiam ser reduzidos a um mínimo composto por:
1. Baqueta – Ferramenta da vontade manifesta do magista
2. Círculo – Onde ficará o adepto protegido de qualquer influência externa.
3. Triângulo – É o local destinado a manifestação do espírito invocado, que lá estará contido e sob as ordens do mago.
4. Selo do Espírito – Cada um dos 72 espíritos possui seu próprio selo, que será disposto no triângulo para a conjuração.
5. Hexagrama de Salomão e Pentagrama de Salomão – Usados na proteção do mago.
6. Disco de Salomão - Usado em casos de emergência.
Um punhal pode ser usado com a mesma função da em casos de banimentos. Algumas pessoas defendem que são estímulos sensórios que poderiam ajudar na alteração de energias. Uma mistura de artemísia e absinto pode ser considerada, por suas qualidades indutoras de visualizações.
Completando o ambiente ritual, talvez seja interessante colocar música que ajude a manter e criar uma atmosfera harmoniosa. Pode ser útil também decorar a câmara ritual no estilo do espírito que será invocado. Usando por exemplo artefatos e decoração egípcias para os espíritos desta procedência.
Alguns outros acessórios talvez sejam úteis de se usar, mas a maioria deles depende mais do gosto pessoal do que uma real necessidade. Uma mitra,uma capa, uma veste branca longa do linho e outros trajes similares, perfumes e quem sabe um fogareiro com carvão de madeira doce para incensar o ambiente das operações. Alguns adeptos utilizam óleos para ungir o templo e seus corpos e água benta para as abluções rituais - como foi dito por Davi: "purifica-me e eu serei mais branco que a neve."
- O selo e o nome identificam o espírito.
- As chaves e as horas magickas são utilizadas para que ele seja invocado/evocado.
- O triângulo o obriga a se manifestar, e o círculo o prende.
- Os nomes sagrados são utilizados para proteção.
O LEMEGETON nos trás o círculo em sua forma tradicional como utilizado na Teurgia Qabalistica desde os primórdios do velho aeon. Este é rodeado de quatro pentagramas (contendo o tetragramaton), nos quais em cada um uma vela irá arder durante o ritual.
Embora seja dito que o circulo deva ter o diâmetro de 9 pés [2,97m], a verdade é que muitas pessoas simplesmente não dispõem de um espaço grande os suficiente para seus rituais. O tamanho só é importante no tocante de ter-se liberdade o suficiente de movimentação.
A serpente enroscada só é mostrada em alguns casos, os nomes hebraicos na maioria das vezes são simplesmente escritos em forma espiralada entre os dois círculos. Devemos lembrar que, ao contrario do português, o Hebraico e sempre da direita para esquerda. Estes nomes são os nomes divinos ou de Anjos e Arcanjos identificados pelos cabalistas como pertencentes a cada uma das nove primeiras Sephiroth ou emanações divinas. As pequenas cruzes de Malta são usadas para marcar separação.
A Tradução para o português corrente começando da cabeça da serpente é:
• Ehyeh Kether Metatron Chaioth Ha-Qadehs Rashith Ha-Galgalim.
• lah Chokmah Ratziel Auphanim Masloth.
• Iehovah Eolhim Binah Tzaphquiel Aralim Shabbathai.
• El Chesed Tzadquiel Chaschmalim Tzedeq.
• Elohim Gibor Geburah Kamael Seraphim Madim.
• Iehovah Eloah Va-Daath Tiphereth Raphael Malakim Shemesh.
• Iehovah Tzabaoth Netzach Haniel Elohim Nogah.
• Elohim Tzabaoth Hod Michael Beni Elohim Kokav.
• Shaddai El Chai lesod Gabriel Cherubim Levanah.
Que fique claro que estes mesmos nomes não constituem um dogma imutável. Pode-se escolher livremente um ou vários nomes com os quais o magista tenha especial afeição, desde que as cores respectivas e o simbolismo básico no que se refere à distribuição destes nomes no circulo sejam convenientemente respeitados.
É de se esperar que os Magistas percebam logo que os nomes divinos na invocação, aqueles utilizados para submeter as entidades não é outro senão o próprio Magista.
"Não há deus senão o homem" (Liber AL). De fato, dentro do circulo o magista é Deus Absoluto e único é o espírito que ordena os quatro elementos designados em cada quadratura. O circulo é usado para afirmar e caracterizar a natureza da obra a ser executada e é por excelência o campo de atuação da vontade do magista.
Ora, se o mago é o elemento principal, o espírito, nada mais adequado que ele seja identificado com o principio, e portanto o portador do verbo. Sem o espírito
toda a matéria seria um caos desordenado e estéril, posto que é o espírito que dirige e organiza os elementos no ato de creação (ou criação, com o queira).
O circulo é, portanto apenas uma representação simbólica do universo, ao traçar o circulo, o adepto traça o seu espaço infinito, dentro do próprio infinito, o todo dentro de tudo em sua manifestação mais obvia. Sendo infinito fica claro o porquê de a figura ser um circulo e não um triângulo ou um quadrado; afinal, muito embora o circulo se identifique de modo bastante explicito com estes polígonos como é do conhecimento dos Adeptos mais avançados e experientes.
“No circulo de atuação”, como nos lembra Eliphas Lévi, “o Mago cria aquilo que afirma.” O que ele afirma nos limites do seu circulo esta automaticamente manifesto. O Magista é aquele que diz e é feito. A palavra ABRAHADABRA [eu crio enquanto eu falo] é um exemplo tanto desta doutrina como do que é feito em qualquer trabalho mágico.
Os Selos do Espírito
Deverá ser desenhado em um circulo no metal correspondente a sua hierarquia. Mas muitos praticantes de hoje optam por gravá-los em papel ou cartão grande o suficiente para preencher o centro do triângulo. Tal conversão não diminuiu em nada a eficácia do sistema. O Selo é um instrumento de focalização para a mente do mago e um sigilo em si mesmo que permite a chegada do espírito após invocação.
Para se utilizar dos selos, do tetragrama e das invocações, deve-se antes refinar a energia para se proceder à operação. Para isso, é utilizado o ritual maior e o ritual menor, a fim de tornar essas energias maleáveis para se possibilitar trabalhar com elas, ou seja, torná-las a energia correta e possibilitar a execução do ritual/operação mágicka, uma vez que a magia é, na verdade, o trabalho de refinamento e utilização da energia. Não a energia em si, mas a forma como a utiliza, e o modo como a direciona é o que importa. Nesse processo de criação, você escolhe o objetivo no qual a energia será utilizada.
PLANETAS E ASTROLOGIA
SOL
O Sol é, no centro do nosso sistema solar, um doador de vida, traz ordem ao caos, representa o centro da consciência, a nossa existência única em relação ao mundo. É o princípio da paternidade, integridade e autoridade. Mostra nosso potencial de crescimento, criatividade, vontade e decisão. É a necessidade inerente do indivíduo de atingir um centro de referência do valor pessoal e de se sentir apto a exercer controle sobre o meio. É portanto, a capacidade de controlar e integrar todos os outros elementos do mapa astral, ou seja, da personalidade como um todo.
O Sol indica a consciência, o foco da personalidade. A posição do Sol no mapa indica onde você pode brilhar, exteriorizando a sua individualidade e verdadeira essência. O signo sob o qual o Sol estiver, mostra onde a sua consciência se abastece; já a casa, diz qual o setor prático da sua vida em que a consciência atua com mais clareza.
LUA
A Lua como satélite da Terra, reflete a luz do sol, e as suas mudanças de fases ocorrem num ciclo regular correspondente ao ciclo menstrual da mulher, ligando-a assim ao conceito do feminino. Representa o princípio da maternidade, a necessidade de fecundar, gerar, nutrir e proteger. É a expressão da natureza feminina, receptiva, sensível e do emocional sujeito às mudanças de humores.
Representa também, a partir de sua função receptiva, a memória, com sua capacidade de armazenar as impressões e estímulos do meio ambiente, bem como as imagens e os significados dos fatos passados. Nesse sentido, a Lua mostra nossas respostas emocionais, como reagimos inconscientemente por nossos padrões de hábitos antigos.
A Lua indica os seus modelos e necessidades emocionais mais profundos, a sua receptividade e capacidade de reflexão. Ela está associada à capacidade intuitiva, de sonhar e imaginar. No Mapa do Céu, o signo sob o qual a Lua estiver, indica onde a sua capacidade de sonhar e criar se abastece. Já a casa, mostra o setor prático da sua vida onde este plano da sua personalidade atua com mais intensidade.
MERCÚRIO
Na mitologia Mercúrio é o mensageiro dos deuses. No sistema solar ele se situa entre o Sol e todos os outros planetas, é portanto, simbolicamente, o elo que liga o nosso Eu consciente tanto ao mundo interno como externo. Representa a necessidade do homem de estabelecer comunicação com o meio ambiente, para aprender, se adaptar, trocar e desenvolver sociabilidade. É a nossa capacidade de perceber, fazer associações mentais e classificar o conhecimento. Sendo assim o signo onde Mercúrio se posiciona no mapa astral mostra como nós nos comunicamos, pensamos e também a nossa capacidade de aprender com as experiências.
O planeta Mercúrio representa a inteligência, a capacidade de comunicação e expressão. O signo sob o qual ele estiver, indica onde a sua capacidade de informar-se ou expressar-se busca nutrir-se; já a casa, fala sobre o setor prático da sua vida no qual você tende a utilizar a sua inteligência da melhor forma.
VÊNUS
Curiosamente, em Vênus, um dia dura mais que um ano. Na mitologia Vênus é a deusa da beleza e do amor. Vista no céu é muito brilhante e atraente. O amor é essa poderosa energia de atração que se expressa na necessidade de união. À medida que aprendemos com as experiências, criamos os nossos valores pessoais a partir de escolhas que possam nos satisfazer plenamente. Escolher valores é exercer a energia magnética amorosa, pois para que haja satisfação dos nossos desejos, precisamos buscar a união com os objetos que nos permitem a nossa realização. Sendo assim, no mapa astral, Vênus representa o impulso para a realização do prazer, nossas escolhas e nossos valores. É a necessidade de estabelecer relacionamentos, de desenvolver a cooperação e de conviver com beleza e harmonia.
Vênus representa a sua sensibilidade, o sentido de belo e o afeto com que você lida com as pessoas e situações. A Casa do Mapa onde estiver Vênus é onde você precisa agir com delicadeza e suavidade. O signo em que o planeta estiver, indica o conceito em que sua sensibilidade se abastece.
MARTE
Na mitologia Marte é o deus da guerra. No céu é o "planeta vermelho" que nos lembra a força quente e ígnea da paixão que mobiliza a luta para a realização dos desejos. Representa no mapa astral o nosso guerreiro, a nossa capacidade de agir, o impulso para interferirmos no meio ambiente e enfrentarmos os desafios da vida. Mostra a nossa energia agressiva para a competição e defesa. É o impulso masculino da necessidade de afirmação e projeção da individualidade. É a necessidade de tomar iniciativas, conduzir ações, avançar, progredir, vencer obstáculo e conquistar nossa independência.
Representa a energia que você coloca em tudo e a força que usa para abrir os seus próprios caminhos. No Mapa, o signo sob o qual estiver, indica o conceito no qual a sua capacidade de enfrentar os desafios se abastece. Já a casa, mostra onde esta força e coragem atuam com maior concentração.
Vermelho, pequeno (tem um pouco mais do que a metade do diâmetro da Terra), mas em compensação tem duas luas (Demos e Fobos), pertinho da terra (o que nos possibilita ter uma visão bastante clara dele), cheio de linhas ou canais, produto de uma ilusão de ótica .
Simbolicamente Marte mostra uma coerência maior do que qualquer um dos outros planetas, seu tom vermelho claro é resultado da alta concentração de óxido de ferro em sua superfície. O vermelho é sempre associado com fogo e sangue e Marte governa o ferro, um metal que fica vermelho quando sofre o processo de oxidação, que, por sua vez é usado para fabricação de armas.
Mitologicamente, a associação com o vermelho e o ferro continua. Na Roma Antiga, Marte (Ares na mitologia grega) deus da Guerra, mas também associado à fertilidade, ao crescimento e ao vir-a-ser, é um dos deuses mais proeminentes e adorados. Filho de Júpiter e Juno, de acordo com algumas fontes, Marte é pai de Romulo e Remo com a vestal Rhea Silvia, por ter sido pai dos fundadores de Roma, os romanos chamavam a si próprios de filhos de Marte.
Marte é retratado como um guerreiro vestido com uma armadura de guerra usando um elmo com uma crista e portando um escudo. Seus animais sagrados eram o lobo e o pica-pau e era acompanhado por Demos e Fobos (terror e medo).
O nome do mês de março foi dado em sua homenagem, porque na Roma Antiga as guerras frequentemente iniciavam, ou eram intensificadas, na primavera.
O deus Marte representava para os antigos romanos a ação, o prazer da batalha, a iniciativa, a prontidão para o combate, a honra, o desafio e a vitória que a luta traz.
Astrologicamente, Marte é Regente de Áries, co-regente de Escorpião.
O glifo astrológico representa o escudo e lança de Marte, o deus da guerra, a germinação da semente. É usado como símbolo de masculino e o de Vênus como o do feminino.
No corpo humano, Marte rege o sistema muscular, os órgãos externos de reprodução, glóbulos vermelhos do sangue, nervos motores, bexiga, glândulas supra-renais, que produzem os hormônios adrenalina - que controla a pulsação, e testosterona.
A termo-regulação e todos os processos ligados ao calor são de Marte, assim como o glicogênio guardado no corpo (glicose + O2 = calor).
Marte é ligado a qualquer processo de furar, cortar, penetrar e rasgar. Governa a cirurgia, as operações, as armas, a guerra, os acidentes, as inflamações, os cortes, os ferimentos, as queimaduras e a violência. Relaciona-se com as ferramentas, o ferro e o aço.
Seu significado astrológico fala de tudo o que se relaciona com ambição, força, poder, construção, trabalho, luta e competição.
O Sol no mapa astral refere-se ao "eu sou" enquanto que Marte refere-se ao "eu ajo", isto é, mostra como a pessoa manifesta sua vontade solar. Marte diz da vontade de desenvolver o "eu sou", do desejo de progredir e de ir para frente. Indica como o indivíduo age no mundo em todas as áreas, profissional e socialmente. Representa o princípio ativo do mapa.
Marte significa auto-afirmação, é o impulso masculino da necessidade de afirmação e projeção da individualidade. É a necessidade de tomar iniciativas, conduzir ações, avançar, progredir e vencer obstáculos.
Representa também a raiva, o "pavio-curto", como o indivíduo se deixa levar pela paixão destemperada.
O planeta vermelho, no mapa astral, mostra como a pessoa lida com sua natureza animal, com o desejo e as energias sexuais. Marte tem a ver com desejo, com a libido de uma forma não seletiva e não conscientizada.
Marte e Vênus, os amantes na mitologia grega e romana indicam os princípios masculino e feminino, ying e yang, macho e fêmea. O impulso basicamente feminino para o relacionamento, a harmonia e o ajuste na esfera das relações pessoais, contrapondo-se ao impulso basicamente masculino para a conquista, o isolamento e a afirmação, para satisfazer o desejo. Marte deseja, Vênus é o impulso para ser desejado.
A energia de Marte combina o impulso sexual e a força da vida. Qualquer que seja o destino do indivíduo é necessário o impulso e a coragem para se chegar lá.
JÚPITER
Maior planeta do sistema solar. No céu é magnânimo e magnífico. No mapa astral simboliza a consciência solar ampliando-se através dos relacionamentos sociais com seus princípios, costumes e ética. Representa a busca da compreensão da condição humana, o estabelecimento das leis, religiões e filosofia. É a necessidade humana de ordem, moralidade, justiça e saber. É o impulso da expansão para uma evolução espiritual. É a necessidade de romper limites e alcançar novos horizontes.
Júpiter representa o poder, a autoridade, a sabedoria e a razão. É conhecido como o planeta da sorte no Mapa, indicando o ponto de expansão da sua psique. O signo sob o qual ele estiver, mostra em que conceito a sua capacidade de sabedoria se abastece. Já a casa, determina em que setor prático da sua vida você tende a agir com maestria.
SATURNO
Saturno representa o limite e a responsabilidade. É a "cruz do mapa", um ponto de restrição que deve ser tratado com seriedade, para que a maturidade e estrutura possam ser uma realidade concreta em sua vida. A casa em que estiver, indicará em qual o setor prático da sua vida esta "cruz" está localizada e o signo, em qual conceito sua noção de limites e capacidade de realização se alimenta.
URANO
Curiosamente, Urano se diferencia dos outros planetas por ter o eixo de rotação quase deitado em relação a sua órbita. Por isso se associa a tudo que é diferente e fora do comum. Urano representa a necessidade de se libertar dos condicionamentos sociais e quebrar os limites representados por Saturno. É o excêntrico, o revolucionário e o inventor dentro de nós. No mapa astral simboliza a intuição mental e a originalidade que nos lança para o futuro e impulsiona a promover as mudanças na vida. É a eletricidade e a tecnologia. Tem como função preservar a individualidade e a independência. É o despertar do sentimento humanitário e fraternal.
Urano representa o próprio Céu, aquilo que não tem limites dentro de você. São a criatividade e as idéias. No mapa, indica o seu lado criativo, inventor, original e excêntrico. A casa em que ele estiver, mostra o setor prático da sua vida em que estas características atuarão com maior intensidade. Já o signo, diz em que conceito elas se abastecem.
NETUNO
Enquanto Saturno representa a realidade, Netuno traz o sonho, a imaginação e a ilusão. É o desejo que temos de escapar dos problemas cotidianos e nos refugiarmos na fantasia. No mapa astral representa a sensibilidade que se manifesta na inspiração e na criação artística. É o instinto psíquico para percepção do mundo invisível que desperta a fé mística e a necessidade de se unir ao divino. Netuno é o solvente universal. Tem como função a transcendência do ego e a elevação do espírito humano para o sentimento de compaixão.
Netuno representa a inspiração criadora, a crença, o êxtase e a intuição. É o amor universal que faz você sentir-se como parte do Todo. A casa em que ele está localizado indica em que setor prático da vida você tem maior possibilidade de serenar, extasiar-se e, numa má utilização, iludir-se. O signo sob o qual ele está, mostra o conceito em que estas possibilidades se abastecem.
PLUTÃO
É o último planeta do sistema solar e tem a órbita mais excêntrica de todos. Na mitologia é o senhor das trevas. No mapa astral rege os instintos mais profundos do inconsciente. É a psicologia, a sexualidade e o fascínio pelos mistérios da vida. Mostra como lidamos com o poder, tanto nosso como o dos outros. É a persistência e a obstinação que levadas ao extremo trazem a compulsividade e a obsessão. Representa a nossa capacidade de transformar, regenerar e renascer.
Plutão representa os "infernos", o invisível e o misterioso. Este planeta indica a sua capacidade de transformação, de "matar" alguma coisa para criar algo mais belo.
O signo sob o qual Plutão está, fornece os conceitos para que você compreenda as transformações que precisa sofrer; já a casa, mostra o setor prático da sua vida em que sua capacidade de regeneração será mais presente.
ARS GOETIA
Ars Goetia baseia-se na tradição judaico-cristã na qual o rei de Israel, Salomão fora agraciado pelos anjos com um sistema que lhe dava poder e controle sobre os principais demônios (daemon ) da Terra e consequentemente a todos os espíritos menores governados por eles, por meio de Selos e Palavras Mágickas. Desta forma, o rei Salomão dominando este conhecimento, e posteriormente passando a seus discipulos, teria toda espécie de poderes sobrenaturais, como invisibilidade, sabedoria sobre-humana e visões do passado e futuro.
Daimon ou daemon (grego δαίμων, transliteração dáimon, tradução "divindade", "espírito"), é um tipo de ser que em muito se assemelha aos gênios da mitologia árabe. A palavra daimon se originou com os gregos da Antiguidade; no entanto, ao longo da História, surgiram diversas descrições para esses seres. O nome em latim é dæmon, que veio a dar o vocábulo em português demônio.
São intermediários entre os deuses e os homens, segundo Xenócrates, que associava os deuses ao triângulo equilátero, os homens ao escaleno, e os daimons ao isósceles.
Os gregos falavam de eudaimons (eu significando "certo", "bem") e kakodaimons (kakos significando "mau"): ser eudaimon significa viver de uma forma favorecida por um deus. Assim é a forma como Sócrates se refere a seu daimon.
Na maioria das religiões cristãs os demônios ou daimon são anjos caídos que foram expulsos do terceiro Céu (presença de Deus), conforme diz em (Apocalipse 12:7-9). Lúcifer era um Querubim da guarda ungido (Ezequiel 28 & Isaías 14:13-14) que, ao desejar ser igual ao Criador (Deus), foi lançado fora do Paraíso. Quando porém ele foi lançado fora do Céu sobre a Terra, a Bíblia nos relata que Lúcifer (que tem por nome diabo, serpente, dragão, príncipe da potestade do ar, etc…) trouxe com sua cauda um terço dos anjos de Deus (Ap 12:4) - lembrando que isto é uma linguagem figurativa, que significa apenas que junto de si levou os demônios.
Para os Cristadelfianos os demônios na Bíblia são os deuses dos pagãos que não têm existência real pois existe um só Deus e uma fonte de poder sobrenatural que é Javé. Segundo os Cristadelfianos os antigos gregos acreditavam que os espíritos podiam possuir pessoas e que eram os espíritos dos falecidos que tinham subido ao nível de demônios (semi-deuses que traziam bem ou mal à humanidade). Quando alguém não entendia a causa de uma enfermidade por não ter causa aparente ou por ser uma doença do foro psicológico eram atribuídas a demônios. Os Cristadelfianos também não acreditam que os anjos possam pecar.
No espiritismo, esses "demônios" são espíritos em estado temporário de ignorância que precisam de amor fraterno para se libertarem dos sentimentos inferiores que os prendem à esta condição. Nem todos passamos por estas situações, o que é raro.
Conta a literatura ocultista que cada um dos 72 seres possíveis de serem lidados com o sistema goético possui personalidade própria e deve ser tratado diferentemente para ser convencido a ajudar.
A Arte Goética, (Latin, provavelmente: "A Arte de Uivar"), geralmente chamado simplesmente de Goetia, é ensinada na primeira parte das Clavículas de Salomão, um grimório do Século XVII. Este primeiro capítulo é conhecido como "Lemegeton Clavicula Salomonis" ou "A Chave Menor de Salomão" e nele são descritos todos os 72 Espíritos Infernais assim como todo o sistema que supostamente havia sido usado pelo rei Salomão.
A Chave Menor de Salomão contém descrições detalhadas dos espíritos e as condições necessárias para invocá-los e obrigá-los a fazer a própria vontade. Ela detalha os sinais e rituais a serem realizados, as ações necessárias para prevenir os espíritos de terem controle, os preparativos que antecedem as invocações, e instruções sobre como fazer os instrumentos necessários para a execução destes rituais. Os vários exemplares existentes variam consideravelmente nas grafias dos nomes dos espíritos. Edições contemporâneas estão amplamente disponíveis na imprensa e na Internet.
A segunda parte, ou Theurgia Goetia, é partilha com os espíritos dos pontos cardeais e seus inferiores. Estas são as naturezas mistas, algumas boas e outras más.
Um grimório é um livro de conhecimentos mágicos, com anotações de práticas pessoais, ou seja, um diário mágico, escrito entre o final da Idade Média e o século XVIII. Tais livros contêm correspondências astrológicas, listas de anjos e demônios, orientações sobre como efetuar magias ou misturar remédios, conjurar entidades sobrenaturais e confecção de talismãs, de acordo com o ponto-de-vista e com os estudos experimentais do autor.
Os Demônios Goéticos são os 72 espíritos apontados nos três versículos do Pentateuco. São entidades muitíssimo primitivas, e que foram adoradas durante os primórdios da humanidade. São deuses esquecidos que se tornaram demônios após a influência cristã, mas isto é uma hipótese, a experiência demonstrará a verdade. Coincidentemente 72 pode ser o resultado da soma 66+6.
De qualquer forma estes são os 72 reis e príncipes poderosos que, conforme conta o mito, o Rei Shlomo (Rei Salomão) encerrou em uma arca do bronze junto com suas respectivas legiões. Sem grandes mistérios, basicamente trata-se de um sistema de invocação de 72 espiritos para multipropósito.
Dentre eles BELIAL, BILETH, ASMODAY e GAAPeram os principais. Sendo que estes quatro grandes reis são geralmente chamados de Oriens, ou Uriens, Paymon ou Paymonia, Ariton ou Egyn e Amaymon ou Amaimon. Pelos rabinos são conhecidos sob os nomes de: Samael, Azazel, Azael e Mahazael.
Tendo-os aprisionado, Salomão coloca a arca numa gruta ou poço na antiga Babilônia. Passado algum tempo alguns babilônicos desavisados encontraram a Arca e quiseram abrí-la, imaginando que estivesse repleta de tesouros. Quando conseguiram, os espíritos principais imediatamente fugiram com suas respectivas legiões, exceto BELIAL, que entrou em uma imagem e proferiu oráculos, sendo a partir de então adorado com ritos e sacrifícios sangrentos, como uma divindade.
O livro é dividido em três partes, a saber:
- A descrição dos 72 Espíritos e seus respectivos selos,
- Uma descrição dos principais materiais usados na evocação e por fim
- As conjurações a serem usadas para chamar-se o espírito.
O Testamento de Salomão é um antigo manuscrito pseudepigráfico, atribuído supostamente ao Rei Salomão, no qual ele discorre sobre os demônios que teria subjugado com o poder de um anél dado pelo arcanjo Miguel e colocado a serviço da construção do grande Templo dedicado a Jeová. A datação do texto é incerta, mas provavelmente foi escrito entre os séculos I e III d.C.
A palavra conjuração (do latim conjurare, "jurar junto") pode ser interpretado de vários modos: como se fosse uma prece ou evocação; como no exorcismo; ou como um ato de ilusionismo. A palara é geralmente usada para sinônimo de 'Evocação', ainda assim que as duas não sejam sinônimos. No passado, conjuradores eram suspeitos de usar magia para criar as suas ilusões e até mesmo para se divertir lançando feitiços. Assim, eles se tornaram "mágicos do mal" para o público em geral, os que eram supersticioso, ansiosos, mal informados e curiosos.
A pessoa que mantem a performance de conjurar é chamado de 'Conjurador', 'Evocador'. É geralmente ligada ao fato de afastar espíritos malignos, ou proteger um indivíduo, um espaço.
O texto do encanto a ser dito para conjurar um espírito pode variar consideravelmente de uma simples sentença a parágrafos complexos repleto de palavras mágicas. O idioma normalmente é o do próprio conjurador, porém desde a Idade Média no lado Ocidental a língua latina é a mais comum (todavia muitos textos foram traduzidos para outros idiomas).
A edição revisada do Inglês Ars Goetia foi publicado em 1904 pelo mágico Aleister Crowley, como o livro da Goetia do Rei Salomão. Ele serve como um componente-chave do seu sistema popular e influente de magia.
Ars Theurgia Goetia: O Ars Goetia Theurgia ( "a arte da Teurgia Goética"), é a segunda seção da Chave Menor de Salomão. Ele explica os nomes, as características e os selos dos 31 espíritos aéreos (chamados de Chefes, Imperadores, Reis e Príncipes), que o Rei Salomão invocou e confinou. Ele também explica as proteções contra elas, os nomes dos espíritos e seus servos, a maneira de como invocá-los, e sua natureza, que é o bem e o mal.
Seu único objetivo é descobrir e mostrar coisas escondidas, os segredos de qualquer pessoa, obter, transportar e fazer qualquer coisa perguntando-lhes. No enquanto, eles estão contidos em qualquer um dos quatro elementos (terra, fogo, ar e água). Esses espíritos, são caracterizados em uma ordem complexa no livro, e alguns deles, a sua ortografia têm variações de acordo com as diferentes edições.
Ars Paulina: O Ars Paulina ("a arte de Paulo"), é a terceira parte da Chave Menor de Salomão. Segundo a lenda, esta arte foi descoberta pelo Apóstolo Paulo, mas no livro, é mencionado como a arte de Paulo do Rei Salomão. O Ars Paulina, já era conhecido desde a Idade Média e é dividido em dois capítulos deste livro.
O primeiro capítulo, refere-se sobre como lidar com os anjos das diversas horas do dia (ou seja, dia e noite), para os seus selos, sua natureza, os seus agentes (chamados de Duques), a relação desses anjos com os sete planetas conhecidos na naquela época, os aspetos astrológicos adequados para invocá-los, o seu nome (em alguns casos coincidindo com os dos setenta e dois demônios mencionados na Ars Goetia, a conjuração e a invocação de chamá-los, na Mesa da prática.
A segunda parte, refere-se aos anjos que governam sobre os signos do zodíaco e cada grau de cada signo, a sua relação com os quatro elementos, Fogo, Terra, Água e Ar, seus nomes e seus selos. Estes são chamados aqui como os anjos dos homens, porque todas as pessoas que nascem sob um signo zodiacal, com o Sol em um grau específico dele.
Ars Almadel: O Ars Almadel ("a arte de Almadel"), é a quarta parte da Chave Menor de Salomão. Ela nos diz como fazer a Almadel, que é um tablete de cera com símbolos de proteção nele traçadas. Nela, são colocadas quatro velas. Este capítulo tem as instruções sobre as cores, materiais e rituais necessários para a construção do Almadel e as velas.
O Ars Almadel, também fala sobre os anjos que estão a ser invocados e explica apenas as coisas que são necessárias e que devem ser feitas a eles, e como a conjuração tem que ser feito. Ele também menciona doze príncipes reinantes com eles. As datas e os aspectos astrológicos, tem que ser considerado mais convenientes para invocar os anjos, são detalhadas, mas resumidamente.O autor afirma ter experimentado o que é explicado neste capítulo.
Ars Notoria: O Ars Notoria ("a arte Notável"), é a quinta e última parte da Chave Menor de Salomão. Foi um grimório conhecido desde a Idade Média. O livro afirma que esta arte foi revelada pelo Criador para o Rei Salomão, por meio de um anjo.
Ele contém uma coleção de orações (alguns deles dividido em várias partes), misturado com palavras cabalísticas e mágicas em várias línguas (ou seja, hebraico, grego, etc), como a oração deve ser dito, e a relação que estes rituais têm a compreensão de todas as ciências. Menciona os aspectos da Lua em relação com as orações. Diz também, que o ato de orar, é como uma invocação aos anjos de Deus.
Segundo o livro, a grafia correta das orações, dá o conhecimento da ciência relacionados com cada um e também, uma boa memória, a estabilidade da mente, e a eloquência. Este capítulo, previne sobre os preceitos que devem ser observados para obter um bom resultado.
Finalmente, ele conta como o Rei Salomão recebeu a revelação do anjo.
(Continua)
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