2 de abril de 2014

AS DUAS VERTENTES VI




Que longa viagem, esta, desde que a iniciamos – como Mônadas – na Cadeia Planetária de Saturno – ou será que mais longa, ainda, ela é ?

Se nossa capacidade retroativa e cognitiva nos permitisse, mentalmente, reviver tão longo percurso perceberíamos que na contagem do tempo, via relógio terrestre, as cifras em unidades de bilhões seriam insuficientes. Possivelmente, teríamos dezenas, ou até centenas, de bilhões de aniversários a comemorar.

Todavia, como este indescritível transcorrer se encontra “esquecido” atrás da cortina das sucessividades das encarnações, temos a impressão de que tudo começou só há alguns anos passados, uns poucos, como teima a teologia cristã em dizer que se passaram só seis mil anos.

A ciência não. Estas, como geologia, antropologia e arqueologia, já admitem uma cronologia de 50 a 300 mil anos para a existência da vida humana na Terra. Conquanto seja uma contagem mais elástica que a da teologia cristã, ainda fica muito a dever ao que se possa chamar de Tempo existencial do humano cenário terrestre.

E é sobre este Tempo existencial do cenário humano terrestre que estaremos abordando a partir desta apostila, mantendo a linha de aproveitamento e interpretação dos textos de Helena Petrovna Blavatsky, e de outros pesquisadores que ela mesma referenciou em suas obras Isis sem Véu e A Doutrina Secreta, ou que a sucederam na condução dos mesmos estudos: Annie Besant, Charles W. Leadbeater, Arthur Powell, etc.

Mas mantendo aquela ressalva já mencionada anteriormente de que o fazemos movidos, talvez, por irresistível audácia, mais do que, reconhecemos, por verdadeira capacidade; mais pelo desejo próprio de CONHECER sobre a VIDA, do que permanecer no obscurantismo teológico cristão; mais por SENTIR que o Cosmo, além de A Grande Morada, é a inegável COERÊNCIA, que os homens teimam em subestimar.

Terra ! Apareceu, mesmo, prontinha, como a sabemos hoje ? Estará, mesmo, prontinha ? Ou, como se transcorre com a gestação de um ser humano, envolto no ovo uterino de sua mãe, que aos poucos vai se formando pela agregação das moléculas minerais que o fluxo sanguíneo materno carreia, e se acoplam ao “molde”, pelo magnetismo de seu corpo Astral – o preexistente ao corpo físico – o orquestrador daquele desenvolvimento ?!

Nossa opção é de que o orbe Terrestre também passou por uma gestação no ovo uterino que chamamos Sistema Solar, e sua moldagem, em sucessivas etapas, transcorreu por força, e vontade, do magnetismo de Seres cuja elevação capacitiva está fora do nosso alcance em compreende-los no todo. Os planejadores e os executores, como ficaram vistos anteriormente.

E por que essa dedução ?
Simplesmente, porque:
1 – Não existe o acaso;
2 – Assim como é em cima, também é em baixo;
3 – O microcosmo copia o macrocosmo.

Axiomas que não são mera retórica, mas irreparáveis marcos na A Grande Morada.

E aconteceu, e aqui estamos neste gigantismo existencial, que, apesar das dificuldades por entende-lo no todo, nos é dado, porém, conhecer, na linguagem do esoterismo, a embrionagem de nossas origens e o percurso cíclico e espiralado que até aqui já percorremos.

Como, ainda, por similaridade com as outras Cadeias Planetárias, visualizar o que nos falta percorrer neste mesmo cenário.

A figura faz a representação de onde se encontra a humanidade atual da Terra. Situa-se na quinta (5ª) Raça da quarta (4ª) Roda. Portanto, desde sua gestação no cenário da Cadeia Planetária Terrestre, já percorreu todas as sete (7) raças das primeira, segunda e terceira Rondas, e também a primeira, a segunda, a terceira, a quarta e metade da quinta raça da quarta (4ª) Ronda.

E o que nos falta percorrer neste mesmo cenário até que, lá pelos evos do amanhã, milhões dos milhões de anos, possamos cruzar esta fronteira e transitar pela próxima Cadeia Planetária, a de Vênus.

Ufa !, que caminho longo já percorrido e, tomemos fôlego porque não terminamos. Até nos parece um paradoxo, pois dele não nos lembramos conscientemente. Apenas temos um vislumbre na forma das quase indecifráveis saudades que sentimos quando voltamos nossos olhos ao firmamento. Ou quando uma voz silenciosa, em nosso interior, nos diz: “- Ainda não é o definitivo.”

Puxa !, quanta inquietação nos provoca essa “voz”. Silenciosa em si, mas gritante nos efeitos que desperta. Desperta a vontade de sermos o que já somos – outro paradoxo – tão só as centelhas divinas. E as saudades nos vêm porque não nos sentimos pelo tato, ou pelos olhos, únicas condições de percepção objetiva que o corpo físico reconhece como válidas.

Todavia, se as percepções sensórias físicas são, assim, tão limitadoras, não quer dizer que estejamos impedidos de, por outras modalidades, nos “tatear” e “enxergar”. Basta que façamos como o faz a “voz interior silenciosa”. Basta que nos silenciemos para com o mundo exterior, e o fazendo só por alguns minutos ao dia, que nossos “tato e visão” subjetivos se aguçarão trazendo-nos a confirmação de que o outro lado – outras dimensões – existe.

Mas, conheçamos nosso percurso na Cadeia Planetária Terrestre. O ser humano vivente na Terra hoje é muitíssimo diferente daquilo – daquilo – que se possa chamar de ser vivente naqueles albores do globo iniciante, naquele primórdio da primeira Ronda.

Usamos a palavra “daquilo” como designação para o ser vivente porque não há termo de comparação entre o Homem dos primórdios com o que atualmente somos. Todavia não o fizemos de forma depreciativa.

Afinal compreendemos, respeitosamente, que tudo no Cosmo possui grandiosidade, esteja em que estágio estiver, ou em que forma se mostrar. Assim, pois, situemo-nos na primeira (1ª) Ronda. O globo era pura energia, não na sutileza que esta palavra possa significar, mas na consistência concomitante aos seres que nele tinham o viver. Um parêntese: As palavras são paupérrimas para objetivar uma descrição “palpável e visual” aos sentidos do humano de agora.

Cabe, porém, descrever a similitude entre os globos e o espírito encarnado na Terra. Até mesmo uma rememoração, porque já expusemos através de pps anterior, que repetimos aqui com a designação de figura acima.

Essa similitude significa dizer que, da mesma forma que nós – espíritos encarnados – somos constituídos, também, por outros corpos – tudo isso foi visto na série A Criatura – também assim são os globos planetários, os sistemas planetários, os sistemas galácticos e os Universos.

Não há, somente, uma dimensão. Estas, são várias. As que mais próximas de nós estão se contam por sete (7). Sete dimensões.

Como a Criação se dá do sutil ao denso, e deste retorna ao sutil, é válido saber que tendo o ser encarnado sua origem na sutilidade monádica, vindo na sequência evolutiva, densificando os corpos e destes em trabalho contínuo a sutiliza-los, também os globos se originam na mesma sutilidade dessa pureza energética, densificam-se com o passar das eras, e destas voltam a sutilizar-se.

A este globo inicial a ciência oculta dá o nome de globo arquetípico. É o primeiro globo de uma Cadeia Planetária sobre o qual se constroem os modelos das formas que serão elaboradas durante a Ronda. (Annie Besant – livro A Sabedoria Antiga)

(Texto: Luiz Antonio Brasil - CONTINUA)

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