18 de junho de 2012
ÁRVORE DA VIDA - Um Estudo Sobre Magia V
Há um outro aspecto da Árvore da Vida que eu gostaria de abordar. Diz respeito ao que é chamado de Quatro Mundos. Esses mundos são regiões metafísicas tanto de consciência quanto de matéria, pois a teurgia sustenta que cada estado de consciência possui seu próprio veículo, um estágio apropriado de substância. Esses mundos podem ser encarados sob dois pontos distintos de análise, sendo que o primeiro coloca uma Árvore em cada um dos quatro mundos, oferecendo-nos assim quarenta Sephiroth no total. Os quatro mundos são chamados de Mundo Arquetípico, no qual os arquétipos ou emanações primordiais são desenvolvidos sob a forma de uma Árvore da Vida.
Pode-se imaginar também essa Árvore da Vida arquetípica representando uma forma humana que, no Livro dos Esplendores, é chamada de Adam Kadmon, o Homem Celestial, que contém em seu interior todas as almas, espíritos e inteligências em toda parte do cosmos. É a Alma Universal, mãe e progenitora divina de todas as outras. Essa Alma é o Homem Divino sobre o qual Lévi fala e ao qual nos referimos anteriormente; essa Alma de cuja grande vida cada ser individual e consciência independente participam.
Os desdobramentos que emergem desse postulado simples e as idéias sugestivas que ele suscita são demasiado numerosos para deles tratarmos nesta oportunidade. Minha intenção primeira foi apresentar apenas um breve resumo da filosofia mágica, deixando ao leitor a tarefa de preencher por si mesmo muitas lacunas que foram deixadas em aberto.
A totalidade das Sephiroth em Olam Atsiluth, o mundo arquetípico, ocupa o plano mais elevado de consciência espiritual, o primeiro surgir de consciência do Ain Soph. À medida que os processos de evolução continuam, Adam Kadmon gradualmente projeta a si mesmo ainda mais na matéria um tanto mais densa, sua unidade sendo aparentemente fragmentada, espelhada em muitas facetas e formando o Mundo Criativo, Olam Briah.
Nesse mundo, o plano contido na imaginação criativa do Macroprosopus é ainda mais elaborado, as centelhas ou idéias separadas sendo revestidas daquela condição de substância sutil apropriada àquela esfera. Aqui, também, uma completa Árvore da Vida é desenvolvida através da reflexão. Do mundo criativo, a Árvore é projetada para um terceiro plano, o Mundo Formativo, Olam Yetsirah, onde as idéias imaginativas do Logos, as centelhas monádicas espirituais já revestidas na substância mental sutil do mundo criativo se modelam em entidades consistentes definidas, os modelos astrais que dão origem ou servem de fundamentos estáveis ao mundo físico. O mundo físico, Olam Assiah, é o quarto e último plano, e como projeção cristalizada do mundo formativo é a síntese e concreta representação de todos os mundos mais elevados.
Está encerrada nessa concepção a justificativa do axioma hermético “Como é acima, é abaixo”. Pois aquilo que existe abaixo possui sua duplicata arquetípica ideal nos mundos mais elevados. Em formas variadas, as idéias arquetípicas encontram sua particular representação abaixo – pedras, jóias, perfumes e formas geométricas todas sendo peculiarmente indicativas na esfera mundana de uma idéia celestial. Essa fórmula metafísica também supre Lévi da devida razão para falar do “dogma único da magia – que o visível é para nós a medida proporcional do invisível”.
O mago francês também observa alhures que “o visível é a manifestação do invisível, ou em outros termos, o perfeito Logos está, em coisas que são apreciáveis e visíveis, na exata proporção com aquelas que são inapreciáveis para os nossos sentidos e invisíveis para os nossos olhos... A forma é proporcional à idéia... e sabemos que a virtude inata das coisas criou palavras, e que existe uma exata proporção entre idéias e palavras, as quais são as primeiras formas e realizações articuladas das idéias”. É essa afirmação filosófica da relação entre idéias e coisas que proporciona a base lógica fundamental de muito que é verdadeiro em magia. Quanto a esse ponto, teremos que voltar a ele mais tarde, pois há ao longo do caminho algumas outras idéias que exigem aprimoramento.
A fórmula do Tetragrammaton é também aplicada aos Quatro Mundos e aos quatro elementos primordiais. A letra “Y” é atribuída ao mundo arquetípico, sendo conseqüentemente o Pai, o gerador de tudo, o todo devorador dos mundos. O “Y” também representa, nesse caso, o elemento fogo, anunciando a natureza impetuosa, ativa e espiritual do Pai. O primeiro “H” do Tetragrammaton é atribuído ao mundo criativo, ao qual, receptivo e passivo, pertence o elemento água. Esse plano representa a Mãe que, antes que o Filho possa ser gerado, aguarda a energia criativa e o influxo da vida divina proveniente do Pai. A letra “V” cabe ao mundo formativo, o Filho que, como o Pai, é ativo, masculino e energético, daí ser o elemento ar sua atribuição. Completando o nome divino temos um segundo “H”, similar à Mãe, passivo e inativo, recebendo quaisquer influências que sejam derramadas em seu interior. Em O Livro dos Esplendores, “H” é chamado de Palácio do Rei e de a Filha, representado o mundo físico, que é a síntese de todos os mundos.
O segundo método é ligeiramente diferente do que acabamos de esboçar. Nesse caso, emprega-se uma única Árvore, sendo os quatro planos assim colocados sobre ela. Kether, a Coroa, ocupando sozinha um plano inteiro, é o mundo arquetípico, o domínio do Logos. A segunda e a terceira Sephiroth, o Pai e Mãe supremos, constituem o mundo criativo, recebendo e executando a divina imaginação. O terceiro plano, ou mundo formativo, o plano astral propriamente – do qual falaremos mais no próximo capítulo – é compreendido pelas seis Sephiroth seguintes, em cujo mundo tudo é preparado para a manifestação visível. Malkuth, o reino, é o mundo físico. Todas as atribuições relativas à primeira descrição dos quatro mundos são válidas para este segundo método, salvo o que já observei, a saber, que estão dispostas numa única Árvore.
Antes de encerrar, é preciso que seja mencionada mais uma série de concepções. Do ponto de vista da teurgia, o universo todo é consciência, vida e inteligência corporificados sob forma visível e invisível. Através do cosmos palpita e vibra uma inteligência, uma consciência espiritual prefigurada em miríades de centelhas ou mônadas, permeando toda forma, e da qual nada nesse cosmos se acha, de maneira alguma, isento. Tal como há vários graus de qualidade de vida mineral, animal e vegetal e inumeráveis estágios de inteligência entre os homens, de acordo com as tradições mágicas essa mesma escala hierárquica de inteligência existe além e acima do homem. Não somente se pode dizer verdadeiramente no tocante ao nosso próprio universo, como também se pode afirmar que alhures nas infinitudes do espaço existem outras hierarquias de sublimes seres espirituais e inteligências divinas. Da Escuridão ignota incompreensível, que é Ain Soph, não há senão uma consciência indivisível, semelhante no mais baixo demônio de feições caninas bem como na mais elevada hierarquia celestial.
Há hierarquias de consciência celestiais e terrestres, algumas divinas, outras demoníacas, e ainda outras que incluem os mais excelsos deuses e Essências universais. Esse é o eixo da totalidade da filosofia mágica. Trata-se ao mesmo tempo de um monoteísmo e de um politeísmo num sistema filosófico único.
O universo todo é permeado por uma Vida Una, e essa Vida em manifestação é representada por hostes de deuses poderosos, seres divinos, espíritos ou inteligências cósmicas, chame-se-os conforme se deseje. A condição e a diversidade espirituais atribuíveis a eles são grandes e intensas; entre eles há aquelas forças deíficas da aurora rosada da manifestação cósmica da qual brotamos, centelhas espirituais arrojadas em sentido descendente a partir de sua essência divina.
Diante disso, é possível ampliar a concepção da Árvore da Vida e dos Quatro Mundos em termos de consciência. As primeiras manifestações são deuses ou seres da mais excelsa consciência que, brotando da Coroa, compreendem a Mente do Logos, ou os administradores imediatos do plano formulado. Esses seres são os deuses, Dhyan Chohans, Elohim, Teletarchae – seja qual for a designação escolhida, a idéia fundamental deve ser firmemente apreendida, ou seja, que há vastas hierarquias de seres no espaço, numa escala sequencial ordenada de descenso dos mais excelsos deuses nos mais elevados mundos às hierarquias menores de seres angélicos dos mundos inferiores. Conectada a cada Sephirah e cada Mundo emanado de Ain Soph há uma certa hierarquia de deuses, cada um deles encarregado de uma tarefa específica na evolução e governo do universo, e detendo uma natureza característica.
Tal como Kether, a Coroa, produziu as outras Sephiroth, assim os mais excelsos deuses desenvolvem a partir de si mesmos outras divindades menos augustas e menos sublimes do que eles próprios. Porquanto os números foram atribuídos às Sephiroth a fim de simbolizar processos criativos no cosmos, e visto que os deuses são atribuídos às Sephiroth, os deuses podem também ser simbolizados por números e as idéias associadas a um processo cósmico particular podem aplicar-se igualmente bem à natureza de um dado deus. Pitágoras disse bem que “há uma conexão misteriosa entre os deuses e os números”.
“Como é acima, é abaixo.” Todas as coisas sobre a Terra têm seus protótipos eternos nos céus, e todos os seres são reflexos simples, tímidos e débeis dos deuses. Quanto mais distante (metafisica e relativamente) estiver qualquer emanação de sua fonte, mais débil e lânguida será em relação àquilo de que procedeu. Os deuses ou Essências universais exprimem mais clara e brilhantemente a natureza espiritual inefável de Ain, e nos eidolons*terrestres deles, os deuses menores, tal brilho límpido se torna mais velado e pálido, e sua expressão obstada.
No homem, a sombra da imagem dos deuses, a irradiação do esplendor de Brahma, na maioria dos casos, aparece inteiramente reprimida. Tal como o calor é para o fogo, diminuindo mais e mais à medida que irradia sua influência a partir da chama, é o homem para os deuses. Quanto mais se distancia deles, mais leva a cabo um processo de autodestruição.
Essa relação entre a ordem da vida e as Sephiroth, entre os deuses, homens e números explica a eficácia dos símbolos mágicos e dos papéis que eles desempenham nos ritos teúrgicos. Os signos e selos são profundamente indicativos de realidades interiores, e cada símbolo particular representa algumas das hierarquias de deuses e inteligências espirituais. Mediante essa doutrina de assinaturas, cada fenômeno** é indissoluvelmente conectado a um nôumeno***, a eficácia da teurgia sendo assim assegurada.
O objeto da magia é, então, o retorno do homem aos deuses, o unir da consciência individual durante a vida com o ser maior das Essências universais, a mais abrangente consciência dos deuses que são as fontes perenes de luz, vida e amor. Somente assim, para o ser humano, é possível haver liberdade e iluminação, e o poder de ver a beleza e a majestade da vida tal como ela realmente é.
Mediante o retorno em espírito às fontes das quais proveio, apenas reabrindo a si mesmo a elas como uma flor dourada se abre e se volta ao sol para absorver ansiosa e avidamente seu sustento e luz, pode o homem atingir a iluminação e a suspensão das amarras e grilhões terrestres. Pela descoberta de seu próprio deus interior em primeiro lugar e formando uma relação indissolúvel com os deuses da vida universal, será encontrada a solução dos problemas do homem e do mundo.
Por meio dessa consciência mais nobre de iluminação transmitida pela união divina é possível desenredar os emaranhados do caos mundial. É possível assim romper as amarras que prendem o homem com uma força superior a todas as cadeias e grilhões mortais. Nenhum rompimento desses ferros é possível a não ser por meio do conhecimento mágico do próprio eu interior e dos deuses de toda existência.
“Se a essência e a perfeição de todo bem estão compreendidas nos deuses, e o primeiro e antigo poder deles é detido por nós, sacerdotes (teurgos), e se por meio daqueles que similarmente se prendem a naturezas mais excelentes e genuinamente obtêm uma união com elas, o início e o fim de todo bem é seriamente ameaçado – se esse for o caso – é aqui que a contemplação da verdade e a posse da ciência intelectual devem ser descobertas. E um conhecimento dos deuses é acompanhado do... conhecimento de nós mesmos.”
(continua - Israel Regardie)
JARDIM EDEN
Segue um interessante texto do Rabino Naib Misha'Ël Yehudá, referente ao Jardim do Eden, interpretado segundo à Cabala.
Em Torat Bereshit (Genesis) péreq 2, 8 passuq, diz: "E o Senhor Deus plantou um jardim no Éden, no leste, e pôs ali o homem formado."
Na verdade, o texto hebraico original contém informações que revelam os mistérios profundos dentro deste passuq, e nos ajuda a compreender o seu mistério.
O Verso original diz:
"E ele plantou, Adoshem Eloqim, jardim no Éden de qedem, então colocou Adão que se formou (וַיִּטַּע יְהוָה אֱלֹהִים, גַּן - בְּעֵדֶן - מִקֶּדֶם; וַיָּשֶׂם שָׁם, אֶת - הָאָדָם אֲשֶׁר יָצָר)."
Dentro do original passuq hebraico, a palavra "Mi-qedem" que se traduz em "qedem o" nos ajuda a compreender que este jardim no Éden (e não "do Éden"),está localizado em um lugar chamado "qedem" e não na Terra , porque o termo "Aretz (Terra)" é mencionado no versículo, e assim que o jardim é o "jardim do Éden qedem."
A questão intrigante devemos perguntar aqui, então é: Qual é qedem? A resposta surpreendente é que qedem é o nome da nossa galáxia. Você pode perguntar: Como posso ter certeza que a nossa galáxia é chamada pelo nome 'qedem' blibico?
No versículo 10 do mesmo capítulo, encontramos: "E saía um rio do Éden para regar o jardim e dali se espalhou e convertida em uma inundação 4 (Gênesis 2:10)." Se contarmos os termos originais do rio de cinco rios. Sabemos hoje que a Via Láctea é composta de um "braço" que é dividido em quatro braços que são: Perseu, Norma, Scutum-Crux e Carina-Sagitário.
O original, Perseus, divididos em quatro outros, formando cinco rios. Os quatro braços (córregos) mencionados em Gênesis são: Pisom, Guihón, Hidékel (Tigre) e Perat (Eufrates). E então o que será o quinto? A resposta é o Nilo, e aqui é uma assinatura que deixa claro que é a nossa Via Láctea (Milky Way) é qedem, porque o 5 é apenas um braço espiral do braço chamado Orion.
Sabemos que as três grandes pirâmides em Giza Plateau, estão em perfeito alinhamento com as três principais estrelas do cinturão de Órion, como dissemos Robert Bauval em 'O Mistério de Órion'. Sabemos também que o rio Nilo que passa ao lado do planalto de Gizé também está em perfeito alinhamento braço Orion, que está próximo à constelação de Orion, e aqui devemos lembrar que o Zohar Sagrado diz:
"Assim como acima, de modo abaixo .. "..
Outro nome pelo qual nossa galáxia "Via Láctea" é chamada desde os tempos antigos é Nehar di'Nur (נהר די נור) do aramaico e pode ser traduzido como "River of Fire" ou "River of Light". São registrados no Tana'k em Dani'Ël pereq 7, 10 passuq:
"Um rio de fogo manava e saía de diante dEle. Mil milhares o serviam, e dez mil vezes dez mil se postaram diante Dele (Dani'Ël 7:10)."
י נְהַר דִּי - נוּר, נָגֵד וְנָפֵק מִן - קֳדָמוֹהִי, אֶלֶף אלפים (אַלְפִין) יְשַׁמְּשׁוּנֵּהּ, וְרִבּוֹ רבון (רִבְבָן) קָדָמוֹהִי יְקוּמוּן; דִּינָא יְתִב, וְסִפְרִין פְּתִיחוּ
A sentença citada acima são "Nehar di'Nur (Torrent of Fire)" em aramaico, textos do Livro de Daniel'. Outras evidências encontradas no Zohar aludem que este jardim está além dos asteróides localizados entre Marte e Júpiter.
Aqui, há um outro grande mistério, depois de Adão foi formado a partir do "pó adamah (Marte) foi colocado no Jardim do Éden qedem, ou melhor, em um local situado além dos asteróides. Depois que Adão estava no Jardim Exide, viajou muitos mundos e veio à Terra, chamada "Jardim Inferior" ou "O Jardim Terra". Com o conhecimento da Cabala, as perguntas geram respostas intrigantes e alarmantes.
Em Gênesis capítulo 11 versículo 2 diz: "estava viajando do leste acharam um vale na terra de Sinar e lá se estabeleceram (Gênesis 11:2)." Na verdade, o versículo não diz que eles viajaram do leste, mas qedem como podemos ver o verso original hebraico:
"(וַיְהִי, בְּנָסְעָם מִקֶּדֶם; וַיִּמְצְאוּ בִקְעָה בְּאֶרֶץ שִׁנְעָר, וַיֵּשְׁבוּ שָׁם) - Vai'yehi be'nasseam mi-qedem vai'mtzeú viqeá be'aretz Sinar vai'yeshevú farsa".
As evidências aqui mostram-nos que estas pessoas cruzaram a galáxia para obter "Aretz (Terra)" em um vale chamado Sinar em Mesopot (Iraque). Descobrimos também que eles milagrosamente viajaram para chegar aqui.
A palavra hebraica que foi usado para "viajar" tem raiz do termo "ness (fugir / escapar)", que também constrói a palavra "nessiáh (Travel)". O termo "Ness" é usado constantemente para "Miracle", que revela que as pessoas vinham de "qedem" e não de um modo convencional (caminhar, por exemplo).
Para deixar claro que isso vai revelar o seguinte: Uma das séries mais populares no mundo é chamada de "Star Trek" em Inglês, "Cochav Nessiáh" em hebraico, no qual ele faz alusão a viajar em um milagroso caminho através das estrelas. O milagre aqui é como o "Wormhole (Wormhole)" mais conhecido como "velocidade warp".
Ao chegar aqui, os nossos antigos sábios nos disseram que sentiram o enorme vazio espiritual provocado pelo afastamento da "fonte original de luz" e depois quiseram voltar para casa, e é aí que eles tomaram o hebraico, que era a língua falada em todo o galáxia, e começaram a trocar as letras, numa tentativa de abrir um "Stargate", onde poderiam voltar para casa.
Somos ensinados a construção do Zohar "Migdal Bavel (Torre de Babel)" foi a tentativa de obter um "Nome Divino" através da qual eles poderiam abrir um "Stargate". Babel vem do assírio "Bab'Ël" queremos dizer com "Portal de El (G'd)," ou "Star Gate (Stargate)".
As pessoas que passaram pela galáxia de uma maneira milagrosa são os Anunnaki, que foram apresentados para nós hoje por Zecharia Sitchin. Com a ajuda da Cabala, podemos mostrar que o Jardim em Gênesis capítulo 2 versículo 8 não é o Jardim na Terra, mas o Jardim celeste.
Para terminar e dar mais provas de que a galáxia é qedem, eu fiz uma pesquisa sobre Tana'k (Bíblia Hebraica) pela "Via Láctea" e encontrei estreita proximidade com o termo "Mi-qedem", que apareceu duas vezes. Ver a matriz abaixo:
No centro da matriz na posição vertical em vermelho temos "Via Láctea" transliterado (hebraico Via Láctea é "Shevil hechalav") e também ao longo vertical e verde temos "Mi-qedem" que está ligado a "Mi-qedem" novamente na cor de abóbora e horizontal. Então pergunto: Por que Via Láctea é codificada no Tana'k na proximidade de "Mi-qedem"? Deixo-vos a encontrar a resposta.
(Rabino Naib Misha'Ël Yehudá)
O SOL DA MEIA NOITE
Logo que entrei na Ordem Rosacruz – Amorc, conheci um Frater (tratamento que os Rosacruzes se dão – Frater, Irmão – Soror, Irmã). Estávamos na década de oitenta, eu no auge dos meus vinte e cinco anos, e o Frater já próximo dos sessenta. A inflação era muito alta naquela época. Ele era comerciante e tinha como lema, vender mais barato, para vender mais. Seu estabelecimento comercial estava sempre lotado. Vinham pessoas de outras cidades para comprar nele. Este Frater já passou pela Grande Iniciação.
Um dia quando estávamos no Organismo Afiliado, logo após uma Convocação (reunião semanal dos Rosacruzes, com um tema para meditação), ele me chamou para um canto isolado e me disse, o que considerei um verso poético.
'Ouvi a Palavra sussurrada
Vi o Sol dos Rosacruzes
Recebi um novo nome
E fui abençoado'.
Passei anos sem esquecer o pequeno poema, mas também sem entender nada a respeito.
Bem mais tarde, entendi o primeiro verso.
Quanto ao segundo, livros como Misticismo, de Evelyn Underhill, em sua segunda parte, Capítulo IV, páginas 385-409 e Consciência Cósmica, de Richard Maurice Bucke, este nas descrições que faz ao longo do livro, ajudam a entender.
Seria a luz que estes livros relatam que o Frater tinha visto?
A luz que Dante viu no Paraíso (Paraíso I, 61-63; XXX, 100-102 e XXXIII, 90-102)?
Ou teria visto, na noite terrestre, o seu luminoso Duplo, sua alma celeste, seu Guia Divino (citando o Livro dos Mortos, Hermes, Livro III, Os Grandes iniciados, Édouard Schuré); seu ser luminoso, sua alma, seu sublime Augoeides (Segundo Livro, Capítulo IV, página 140, Zanoni)?
Quem o sabe?
Quanto ao terceiro verso, o Novo Nome, provavelmente estaria se cumprindo Apocalipse II, 17 e tratar-se-ia de uma Iniciação (ver verbete Pedra Branca, no Glossário Teosófico).
Mas que Iniciação? Uma Iniciação Psíquica? Conduzida por quem? Até hoje não tenho a resposta.
Quanto ao quarto e último verso, quando o Frater refere-se a uma benção, só consigo me lembrar das bênçãos bíblicas, dadas por exemplo, por Moisés aos israelitas (Deuteronômio 33) e por Iahweh e Melquisedeque a Abraão (Gênesis 12, 1-3 e 14, 17-20).
Será que é a uma benção similar a esta, embora de menor magnitude, que o Frater se refere? Mas, dada por quem?
Sem dúvida o Caminho (Senda) Rosacruz é longo e cheio de surpresas místicas, penso no instante em que escrevo este artigo.
Como o Frater transmitiu para mim, agora transmito a vocês. Mais uma vez, temas profundos do universo Iniciático e da Alquimia, parecem se confundir, pois objetivos similares, bem como resultados idênticos, se associam.
Assim é com a Estrela da Iniciação, que é vista quando da entrada em Consciência Cósmica, e com a Estrela que o Alquimista conquista ou toma posse, em seu laboratório.
Da primeira nos falam Édouard Schuré, em Orfeu, Os Grandes Iniciados e Max Heindel, no capítulo Cristo e sua missão, em Conceito Rosacruz do Cósmico. Da segunda nos fala Fulcanelli, em O Homem da Floresta, capítulo de As Moradas dos Filósofos.
Édouard Schuré explica que era noite de lua cheia, consagrada aos Mistérios de Dionisos.
Em dado momento, os Iniciandos viam o Sol clarear o vale, e Orfeu fala:
“Saúdo-vos a todos que viestes para renascerem depois dos sofrimentos da terra, e que renasceis agora. Vinde beber a luz do Templo, vós que sais da noite, mistos, mulheres, iniciados. Vós que chorastes, vinde alegrar-vos. Vós que lutastes, vinde repousar.
Evoco o Sol sobre vossas cabeças. Ele vai brilhar em vossas almas. Não é o Sol dos mortos. É a pura luz de Dionisos, o grande Sol dos Iniciados”.
E, Max Heindel, explica:
“Por tal motivo, os discípulos preparados para a Iniciação eram, pelas mãos dos Hierofantes dos Mistérios e por meio de cerimônias que se realizavam no Templo, elevados a um estado de exaltação no qual transcendiam as condições físicas.
À sua visão espiritual, a Terra sólida tornava-se transparente. Então eles viam o Sol da Meia-Noite: a Estrela. Não era, porém, o sol físico aquilo que viam com os seus olhos espirituais, mas o Espírito do Sol – o Cristo – seu Salvador Espiritual, assim como o sol físico era seu Salvador físico”.
E, finalmente, para mim abordando tema semelhante, ou seja, a Iniciação ou a entrada em Consciência Cósmica, Fulcanelli ensina:
“Eis o primeiro segredo, aquele que os filósofos não revelam e que guardam sob a enigmática expressão do caminho de São Tiago.
Essa peregrinação, todos os Alquimistas devem fazer. Pelo menos figurativamente, pois é uma jornada simbólica e, quem quiser ganhar algo dela, não pode sair do laboratório nem por um instante. Deve observar constantemente o vaso, a matéria e o fogo. Deve ficar dia e noite ao lado da Obra.
Compostela, cidade emblemática, não fica em território espanhol, mas na própria terra do sujeito filosófico. Estrada difícil, dolorosa, cheia de surpresas e perigos. Estrada longa e cansativa, pela qual o potencial se realiza e o oculto se manifesta! Os sábios esconderam essa delicada preparação da primeira matéria ou mercúrio comum sob a alegoria da peregrinação à cidade de Compostela.
Nosso mercúrio, cremos já ter mencionado, é esse peregrino, esse viajante a quem Michel Maier consagrou um dos seus melhores Tratados! Usando o caminho seco, representado pela estrada terrestre seguida a princípio por nosso viajante, pode-se com sucesso, porém progressivamente, exaltar e difundir a virtude latente, transformando em atividade aquilo que era apenas potencial.
A operação se completa quando, na superfície, aparece uma Estrela brilhante, formada de raios emanando de um único centro, protótipo das grandes rosas de nossas catedrais góticas. Um sinal certo de que o peregrino conseguiu chegar ao término de sua primeira viagem. Ele recebeu a benção mística de São Tiago, confirmada pela impressão luminosa que radiava, diz-se, acima da tumba do Apóstolo.
A concha humilde e comum que ele carregava no chapéu se converteu em uma Estrela brilhante, um halo de luz. Matéria pura cuja estrela hermética consagra a perfeição: agora é o nosso composto, a água benta de Compostela (do latim compos, aquele que recebeu, que possui – e stella, estrela) e o alabastro dos sábios (albastrum, contração de alabastrum, estrela branca). É também o vaso de perfumes, o vaso de alabastro (do grego – alabastron, ou latim, albastrus), o botão recém-aberto da flor da sabedoria, a rosa hermética”.
No Glossário Teosófico, sob o verbete Iniciação, Annie Besant fala da existência de Quatro Graus de Iniciação Psíquica, e para mim, estamos diante de um deles.
Outro belo nome para esta Iniciação seria “O Sol dos Rosacruzes”, que aguarda o Estudante sincero, pois para os Mestres não existe tempo ou espaço.
(Texto extraído de: www.albedaran.com)
8 de junho de 2012
MICHELÂNGELO E YOD-HEH-VAV-HEH
Na imagem acima, de autoria do mestre Michelangelo, pode-se ver uma das interpretações mais bonitas do conceito de Deus. Ateus e crentes normalmente não têm capacidade para entender ou compreender a beleza desta imagem nem o seu significado: isso terá de ser explicado pelo ocultistas.
Antes de começar, precisamos entender alguns pontos que serão cruciais para a compreensão do que é “Deus” para os Alquimistas e Cabalistas. Ao contrário dos crentes e ateus, que pensam que divindades são seres literais e ficam brigando como crianças para ver se eles existem ou não no Plano Físico, ocultistas tem plena consciência que deuses são símbolos.
Como tais, é necessário respeitar os símbolos (não venerá-los) e compreendê-los para tornar nossa vida melhor e mais completa.
A “Cappella Sistina” é uma capela situada no Palácio Apostólico, residência oficial do Papa na Cidade do Vaticano. É famosa pela sua arquitetura, inspirada no Templo de Salomão do Antigo Testamento, e sua decoração em afrescos, pintada pelos maiores artistas da Renascença, incluindo Michelangelo, Rafael, Bernini e Sandro Botticelli, todos ocultistas e rosacruzes.
A capela tem o seu nome em homenagem ao Papa Sisto IV, que restaurou a antiga Capela Magna, entre 1477 e 1480. Durante este período, uma equipe de pintores que incluiu Pietro Perugino, Sandro Botticelli e Domenico Ghirlandaio criaram uma série de painéis de afrescos que retratam a vida de Moisés e de Cristo, juntamente com retratos papais e da ancestralidade de Jesus. Estas pinturas foram concluídas em 1482, e em 15 de agosto de 1483, Sisto IV consagrou a primeira missa em honra a Nossa Senhora da Assunção.
Desde a época de Sisto IV, a capela serviu como um lugar tanto para religiosos, como funcionários para atividades papais. Hoje é o local onde se realiza o conclave, o processo pelo qual um novo Papa é escolhido.
É muito famosa por esta imagem, que está em seu teto, mas o que pouca gente sabe é que o conjunto de imagens da Capela Sistina retrata uma ÁRVORE DA VIDA, com cada afresco representando simbolicamente uma Esfera através de passagens bíblicas cuidadosamente escolhidas.
A disposição das imagens segue a correspondência das esferas em quatro Árvores sobrepostas (um dia juntarei paciência para fzer um post só sobre isso) mas hoje falarei apenas sobre uma das imagens:
A imagem acima é uma das obras primas de Michelângelo, pela sua beleza e também pela inteligência e capacidade de captar e trabalhar símbolos, além de demonstrar grande conhecimento da Kabbalah e de seu simbolismo dentro da alquimia.
Vamos começar por um dos nomes de Deus, que é retratado nesta imagem: YHVH (yod-heh-vav-heh. Nada no hebraico antigo está ali por acaso. A linguagem é uma das mais belas que existem porque foi construída a partir da matemática e do simbolismo. Palavras e números possuem correspondência (muito muito muito longe da palhaçada que os esquisotéricos chamam de “numerologia pitagórica”) e seus símbolos se conectam em valores éticos que são válidos em qualquer período.
Vamos aos exemplos:Começamos por examinar cada letra separadamente.
Yod – Valor gematrico 10; representa o fogo, a inspiração, a centelha divina. Sua tradução literal é “Mão”, mas a mão que cria, a mão que trabalha, a mão que realiza e transforma o mundo. Faz a conexão simbólica entre Tiferet e Chesed e representa o iluminado que estendeu a mão em busca do Santo Graal. Seu arcano é a do Eremita, da pessoa que ativamente faz uma busca espiritual, intelectual ou emocional.
Heh – Valor Gematrico 5; sua tradução é “Janela”, no sentido de abertura para um local maior. Todas as vezes que estamos presos em um lugar fechado (seja uma casa, seja nossa mente) e abrimos um espaço para que possamos enxergar dimensões maiores, estamos trabalhando em sintonia com esta letra. Seu arcano correspondente é o Imperador e faz a conexão entre as esferas de Tiferet (Beleza) e Hochma (sabedoria). Heh se manifesta sempre que procuramos romper uma casca em direção à luz, seja um ateu/crente fundamentalista ampliando sua mente, seja o ato de se pesquisar e estudar fontes de fora da sua bolha, seja observar um novo ponto de vista; uma janela por onde a luz pode penetrar e iluminar o interior.
Vav – Valor Gematrico 6; significa “Gancho”, “garra” ou “unha” dependendo da tradução, mas sua essência é o ato de buscar ou agarrar alguma coisa e trazer para si. Pode ser algo físico, mas pode ser agarrar uma idéia, um pensamento ou um ensinamento. Seu Arcano correspondente é o Hierofante (ou Papa, no tarot de Marselha), aquele que ensina. Todas as vezes que trazemos algo novo para dentro do nosso universo, estamos puxando ou agarrando uma parte maior do todo. Isso se aplica desde a um cientista de ponta pesquisando algo que ninguém nunca pesquisou no planeta quanto a um bebê que está aprendendo a engatinhar. São escalas diferentes do mesmo fractal.
Vav conecta Chesed a Hochma: é a essência simbólica do que está dentro do Santo Graal; o que move os alquimistas, ocultistas e cientistas: a busca pelo desconhecido que ainda está oculto.
Na Genesis (que é um livro totalmente simbólico), Deus cria Adão (yod) e Eva (heh-vav-heh). Adão “dá nome a todas as coisas do planeta” e HVH surge da lateral de Yod (a conexão entre as esferas de Hochma e Binah forma uma ligação cujo desenho é horizontal e que graças às imagens iconográficas e erros de tradução de crentes medievais, foi transformado em “costela”… Esta conexão entre Yod e EVE é escrito pela letra Daleth (“porta”) ou o portal entre dois mundos, o da ação e o da concretização, que vai desde o processo de formulação de uma idéia à gestação de um filho.
Adão representa a primeira manifestação da criação (Alef, ou “sopro” ou inspiração vinda do universo), que foi representada pelo “sopro divino que anima o barro (Barro = Malkuth, Mundo Material) e representa todo o processo científico de procurar respostas naquilo que ainda é desconhecido. O universo (Kether) já estava lá antes de chegarmos, o homem (Malkuth) é que está buscando entender o todo.
Eva (HVH) representa o Entendimento (Binah), ou o ato de se passar através de uma janela ou abertura (“HVH é “uma janela que é aberta até se tornar uma porta”… pense na imagem de uma abertura em uma tenda que é rasgada com um gancho até que esta abertura não seja apenas um ponto de ver o que se está adiante, mas algo maior que se possa efetivamente passar e chegar até este outro local… ). Assim, Heh se torna Daleth.
Adão + Eva = Y + HVH = YHVH = Deus.
[Mãos trabalhando] + [Teorias se Expandindo] = [Conhecimento do Universo].
Também faz referência ao nascimento (humano, de uma idéia, de um projeto, etc). Todas as idéias um dia foram suposições ou teorias que, através dos experimentos e da busca ou refinamento se tornaram algo sólido, no qual você não apenas vê o que está adiante, mas pode dar o passo e chegar lá (isso se aplica a MUITAS coisas… é um fractal).
Mas este processo não requer um homem e uma mulher, mas duas metades simbólicas de NÓS MESMOS. Uma união gay que traga para dentro dos universos daquelas duas pessoas novos conceitos, novas experiências e ampliação da consciência está perfeitamente enquadrada como manifestação divina nos termos hermeticos; um cientista ateu pesquisando sobre mosquinhas de fruta para estudar genética está buscando Deus (mesmo que não tenha capacidade para entender isso).
Então, voltando à fantástica imagem de Michelângelo, temos:
Ou vai falar que é coincidencia?
Michelângelo, como Ocultista e Rosacruz, sabia que o deus verdadeiro está DENTRO de cada um e tinha consciência de representá-lo da maneira correta. A busca a Deus é a busca pelos próprios limites e a superação destes. É observar o que está além e estender a mão até alcançar e transformar janelas em portas.
O problema começo quando os crentes literalizaram o conceito do que é Deus (Kether) e os ateus embarcaram nessa furada e se tornaram a “negação aos deuses” e desceram pro mesmo nível merreca.
Toda a beleza da ARTE e do Simbolismo contido na Religião e nas Mitologias foi perdido (na verdade, não foi perdido, está OCULTO dos olhos profanos e protegido para as pessoas que saibam buscar). O mundo virou uma bagaceira de literalidades crentes versus a raiva irracional ao que não é racional dos ateus-fundamentalistas, que acham que magia é charlatanice porque “é obvio que não se pode transformar chumbo em ouro, isso é provado pela ciência” (não riam, o presidente dos ateus, que não vou revelar o nome para não ridicularizá-lo publicamente, pensa isso a sério).
Estudem os deuses. Eles são muito mais interessantes e com significados muito mais profundos dentro de você mesmo do que os crentes e ateus pensam. Alquimia é uma ciência muito mais elegante, justamente porque junta todo o conhecimento racional ao filosófico. Não foi à toa que todos os grandes nomes da humanidade da ciência, arte, música e literatura foram ocultistas.
(Texto: Marcelo Del Debbio)
O PLANETA DOS ANJOS
A teoria mais aceita para a criação do cinturão de asteróides é "falha de crescimento planetário" - que ocorreu durante o início primordial do sistema solar num planeta que os astrônomos chamam atualmente de Astera e que estava se formando no lugar agora ocupado pelo Cinturão de Asteróides, mas devido à sua massa insuficiente, e devido à gigantesca influência gravitacional de Júpiter, ele foi fragmentado. Porém, esta teoria não está correta, pois tornou-se óbvio que, tanto o planeta Marte quanto o planeta misterioso (Astera) pai do cinturão de asteróides, possuiam oceanos na antiguidade e sustentavam atmosferas. Este corpo planetário foi fragmentado em um cataclismo de proporções bíblicas. E por que? Qual o mistério da sua destruição?
Antes da criação de Adão, existiram civilizações de anjos nos planetas terrestres criados por D'us. Ao longo das Escrituras Sagradas há referências consistentes para os primeiros lugares de habitação de alguns dos antigos filhos de Deus. Estes anjos construíram habitações na Terra, Marte, Astera - o quinto planeta, a Lua, etc. Os versos de Ezequiel 28:13 e 14 dizem: "Estavas no Éden, jardim dos Elohim (anjos), e de cada pedra preciosa foram feitas as tuas moradas. Andavas incólume, de um lado para outro, em meio as pedras de fogo".
O verso está se referindo a Samael e estas pedras de fogo são os planetas e estrelas pelas quais Sammael, aqui referido em Ezequiel capítulo 28, e que é chamado de Lúcifer na tradição cristã, andava.
Vemos acima o texto original hebraico de Ezequiel capitulo 28 versos 13 e 14, nós encontramos o termo "Kochav (Planeta)" codificado a cada nove saltos equidistantes e que está ligado com as palavras "be'Har Qadosh Elohim (no Monte Sagrado dos Anjos)". Esta era uma das residências, um dos planetas do sistema solar.
Quando Sammael se rebelou, Deus o colocou como profano do alto do céus. Por causa de sua rebelião, ele foi destituído dentre as "pedras de fogo", os planetas, onde reinava sobre os reinos materiais. Evidências da civilização em Marte ainda podem ser vistas, enquanto outra civilização, a dos B'nay Ha'Elohim foi destruída completamente, tornando-se o cinturão de asteroides. Este era o planeta Astera.
Quando Sammael e seus anjos se rebelaram, D'us destruiu seus lugares de habitação, suas moradas. De acordo com as Escrituras Sagradas essa destruição foi rápida e decisiva. O sexto planeta terrestre que Deus chama de "Raabe" (ostentador do orgulho) foi removido (Jó 26:11-13).
Deus trouxe um fogo do meio do centro do maior reino planetário de Sammael. O planeta Raabe explodiu lançando pedaços de si nas órbitas dos mundos interiores terrestres. Impactos de asteroides na superfície de Marte abalaram o planeta, lançando oceanos de lava ao longo de sua terra seca. A atmosfera marciana foi lançada rumo ao espaço devido a este gigantesco impacto.
A foto de Marte acima tirada pela sonda Mars Express, mostra a gigantesca cicatriz resultante do monstruoso impacto sofrido pelo planeta vermelho. Na Terra praticamente as mesmas catástrofes ocorreram, destruindo cidades que existiram aqui antes que Adão fosse deportado para cá ( Jeremias 4:23-26). O profeta viu as eras anteriores à Adão e descreveu a destruição da Terra.
Não havia homens (descendentes de Adão), mas haviam cidades que foram destruídas pela ira de Deus. Quem habitava nestas cidades? Os anjos.
Nunca na história, desde a criação de Adão, o homem foi completamente dizimado da terra, nós mesmos somos descendentes de Adão. Um exemplo disto foi o dilúvio. Os habitantes destas "cidades" foram na realidade as hostes angelicais, os B'nay Elohim, antes da rebelião.
"Observei a Terra, e eis que era sem forma e vazia; também os céus, e não tinham a sua luz. Observei os montes, e eis que estavam tremendo; e todos os outeiros estremeciam. Observei, e eis que não havia homem algum; e todos as aves dos céus haviam fugido. Vi também que a terra fértil era um deserto; e todas as suas cidades estavam derrubadas diante do Eterno, diante do furor da Sua ira."Jeremias 4: 23-26
Quando o profeta Jeremias menciona que os céus não tinham a sua luz, refere-se à escuridão resultante dos escombros lançados na atmosfera pelo impacto do gigantesco asteroide em Yucatan na terra escurecendo os céus. Esta pedra celeste, parte do planeta angelical era tão grande que, enquanto uma ponta tocava a terra, a outra estava a 9.000 metros de altura. À medida em que ele se aproximava do nosso planeta a temperatura ia subindo e chegou ao ponto o planeta entrar em combustão espontânea. O impacto liberou uma energia equivalente a todo arsenal atômico que o mundo possui hoje. Tudo foi incinerado transformando o mundo em deserto, como nos diz o profeta Jeremias "Vi também que a terra fértil era um deserto...". Este foi o impacto que resultou na extinção dos dinossauros há 65.000.000 de anos, número este de alto significado, pois 65 é o valor do Nome divino "Adonai (Senhores)" que é o Nome que está sobre malchut. Este era também um mundo angelical.
Há alguns anos, houve uma suspeita de que, o asteroide que chocou-se em Yucatan era um da família Baptistina, um dos grandes asteroides resultante da fragmentação do mundo angélico, o chamado de "Asteroide 298", classificação esta que nos fornece uma pista muito interessante, pois é a gematria de "rotzach (רצח)" cujo significado é "assassino".
E o que significa "todas as aves do céus fugiram? O Zohar, quando nos conta sobre a criação dos anjos, revela que eles foram criados no quinto dia, e eles são chamados "aves dos céus" conforme o verso 21 do Gênesis 1º "... e toda ave segundo sua espécie...". Os pássaros que fugiram daqui foram os anjos e suas hierarquias (espécies).
Pirâmides encontradas em diversas regiões mundo não teriam sido construídas por civilizações de humanos mas, por hierarquias angelicais? Sim! É a resposta para este enigma.
Diz o autor: "Enquanto eu estudava este mistério e buscava por evidencias, minha consciência se ampliou de tal forma, que, num sonho lúcido eu vi a prova no Tana'k (Bíblia Hebraica) de que foram realmente os Elohim (Anjos) quem edificaram as pirâmides". Confira a evidência abaixo:
Acima, no centro nos temos, dentro das letras hebraicas do livro do profeta Ishayahu (Isaías) no capítulo 45:8 ao 45:18 o termo Pirâmides e cruzando-o está "Eles, os Elohim, fizeram". Portanto, as pirâmides não foram construídas por seres humanos, uma vez que eles ainda não estavam na terra, mas sim pelas divindades angelicas, e não somente aqui na terra, mas em todos os mundos do sistema solar e da galáxia, para espelhar a engenharia angelical de seus universos, as contelações.
As palavras exatas de Gênesis 1:2 "E a terra era sem forma e vazia", estão registradas também no capítulo versículo 4: 23 de Jeremias.
"Observei a terra, e eis que era sem forma e vazia... (Jeremias 4:23)".
A maioria dos eruditos cristãos acredita que Gênesis 1:2 significa que a Terra foi criada em um estado imperfeito. Os rabis discordam desta teoria.
Gênesis 1:1 situa a realidade da criação de forma clara: No princípio criou Deus os céus e a terra. A frase seguinte, "e a terra era sem forma e vazia", está errada na maioria das traduções para o inglês, português e demais línguas, não possui concordância alguma com o verso primeiro. A tradução correta é, "e a terra ficou (tornou-se) sem forma e vazia". A palavra hebraica traduzida para "era sem forma" nas versões inglesas da Bíblia é "to-hu" um verbo que significa "lançar resíduos". A primeira terra foi destruída por gigantescos impactos de meteoros, os restos do planeta dos anjos. O termo "to-hu" existe também no verso de Jeremias.
Este planeta angelical que hoje é chamado pelos astrofísicos de Astera é chamado no Tanach (Bíblia) de Rahav (Raabe), e sobre ele lemos no Tehilim 89:11: Tu quebrastes Raabe em pedaços, como um morto: Tu espalhaste os teus inimigos com seu braço forte". Quando D'us fragmentou Astera (Raabe) deu origem ao cinturão de asteroides.
O código acima foi encontrado no Livro do Profeta Ezequiel onde Astera (hrtsa) surge codificado no centro na posição vertical. Ao lado direito dele surge Marte e ao lado esquerdo surgem Júpiter e Saturno, indicando a clara ordem em que foram criados, sendo Marte (מאדים) o 4º planeta, Astera (אסטרה) o 5º, Júpiter (צדק) o 6º e Saturno (שבתאי) o 7º planeta do sistema solar. Como poderiam estar todos os nomes dos planetas do sistema solar codificados no livro de Ezequiel juntamente com Astera se ele não tivesse mesmo existido?
Encerro este assunto com uma pergunta: Teria sido um pedaço de Astera o que caiu em nosso planeta formando a terra de Israel? Um planeta angelical, elevado, se encaixaria bem no papel de formador da terra de Israel. Não?
"Fez a beleza de Israel cair dos céus à terra, sequer poupando o apoio de Seus pés no dia da sua ira". Lamentações 2:1
No verso original diz "tiféret Israel". Ora, sabemos que tiféret é a sexta esfera da Árvore das Vidas, o lugar que hoje é ocupado pelo sol, era antes ocupado pelo planeta angelical.
Talvez a resposta esteja no surpreendente código criptográfico acima, onde encontrei no Livro de Ezequiel novamente Astera e conectado a ele está "Eretz Israel (Terra de Israel). Acima destes dois códigos está soletrado no mesmo verso de Ezequiel 28 "5º Planeta no Monte Sagrado dos Anjos".
(Extraído do livro "ADAMAH - AS ORIGENS SECRETAS DA HUMANIDADE", Misha El Yehudá)
ÁRVORE DA VIDA - Um Estudo Sobre Magia IV
A Mãe de todas as formas, esta é Binah, a terceira Sephirah. De acordo com o grande qabalista do século XVI, rabi Moisés Cordovero, esse número é a raiz das coisas. Substância-raiz cósmica e energia primordial são as expressões usadas por Blavatsky para designar essa manifestação particular, chamada na Qabalah de Grande Mar. O formato das letras da palavra hebraica para mar é um glifo eloqüentemente indicativo da elevação e expansão das ondas no seio das águas.
Os antigos simbolizaram muito sabiamente com o mar a substância virgem intocada espalhada espaço afora, pois a água é plástica, de forma sempre cambiante, e assume a forma de qualquer recipiente em que é despejada. O mar é um símbolo sumamente adequado dessa substância plástica a partir da qual todas as formas devem ser compostas e representa uma energia ininterrupta, a despeito de ser passiva. Diz-se que a cor de Binah é o preto, visto que o preto absorve todas as outras cores tal como todas as formas materiais após inumeráveis transformações e mutações retornam à substância-raiz e por ela volta a ser absorvidas.
Essas três emanações são únicas de uma maneira especial. A Coroa, com seus dois derivados, o Pai e a Mãe, é concebida como Sephiroth suprema, não tendo relação com as emanações que dela procedem. No diagrama da Árvore da Vida, as supremas são vistas como existindo além do Abismo, aquela grande voragem fixada entre o ideal e o real, separando-as das emanações que são as inferiores, o acima do que está abaixo. Tal como as ondas se alçam e afundam abaixo do nível normal das águas sem produzir qualquer efeito duradouro nas próprias águas, assim é considerada a relação do universo real com as Sephiroth supremas, pois elas repousam num plano completamente afastado de qualquer coisa que possamos compreender intelectualmente. É somente com o aparecimento da quarta emanação que temos algo que é realmente cognoscível pela mente humana.
Por essa razão, há um segundo método de numeração que se soma àquele que já apresentamos. As Sephiroth supremas são consideradas inteiramente independentes das inferiores, e enquanto estas são geradas a partir de sua própria essência divina e no seu interior, o ser das supremas não é de maneira nenhuma afetado. Como a luz brilha na escuridão e ilumina sem sofrer diminuição de sua própria existência, do mesmo modo as obras das supremas transbordam de seu ser central sem com isso diminuir em grau algum a realidade de sua fonte. Conseqüentemente, elas existem sozinhas além do Abismo, embora através do espaço seja difundida sua essência, sua numeração se completando em Três.
Começando com as inferiores abaixo do Abismo, o plano da existência finita condicionada, a numeração começa mais uma vez com o número Um. Assim, cada Sephirah, nesse sentido, possui dois números, indicando um distinto desenvolvimento duplo da corrente de vida. Chesed é tanto o número Quatro quanto o número Um, porquanto é a primeira Sephirah no plano da causalidade abaixo do abismo. Júpiter, como o pai dos deuses, é às vezes atribuído a Kether no alfabeto mágico. Mas também pertence a Chesed de uma outra maneira, visto que Chesed num plano inferior é o reflexo da Coroa.
A numeração direta é conservada para evitar a confusão de duas séries numéricas, continuando de um a dez sem interrupção. É apenas mencionada porque este fato por si só pode explicar os fragmentos isolados do sistema de numeração pitagórico que, quando aplicado à Árvore da Vida sem lembrar-se da dupla numeração, pode levar à imensa confusão.
Da primeira tríade, então, uma segunda tríade de emanações é refletida ou projetada abaixo do Abismo. Estas, do mesmo modo, são compostas de uma potência masculina e feminina com uma terceira Sephirah produzida em reconciliação direta de maneira a harmonizar e equilibrar seus poderes. A quarta é chamada tanto de Chesed, que significa graça, quanto Gedulah, que significa grandeza, tendo os antigos filósofos lhe designado a qualidade astrológica denominada Júpiter. Quatro é um número que significa sistema e ordem, qualidades atribuídas pela tradição astrológica ao planeta Júpiter. Segundo certas autoridades, esse é o primeiro número a mostrar a natureza da solidez, e como vimos acima que Chesed é a primeira Sephirah abaixo do Abismo, e é a primeira das Sephiroth “reais”, essas observações são justificadas. A Sephirah masculina Chesed simboliza as potencialidades da natureza objetivizada, e através da confirmação da atribuição astrológica, incluindo a figura mitológica da divindade tutelar com esse nome, os pitagóricos chamavam o Quatro de “o maior prodígio, um deus segundo uma maneira diferente da tríade”.
A quinta Sephirah é Geburah, poder, e apesar de ser uma emanação de qualidade feminina, sua natureza se afigura sumamente masculina. Alguns antigos afirmavam que o cinco era um símbolo do poder criativo e que nesse conceito de criatividade e poder se achava o caráter de Geburah. É uma força formativa, como o seu nome Poder e a atribuição planetária a Marte sugeririam, pela qual o plano formulado na imaginação cósmica e projetado como uma imagem na substância-raiz abaixo do Abismo em Chesed é impulsionado celeremente à atividade e manifestação. O cinco é composto de três e dois, o primeiro representando a energia passiva da Mãe e o segundo, a sabedoria do Pai. Não expressa tanto um estado de coisas mas um ato, uma passagem ulterior e uma transição da idealidade para a realidade.
Seis é a Sephirah desenvolvida para proporcionar harmonia e equilíbrio às forças anteriores, e seu nome é Tiphareth, uma palavra hebraica que significa beleza e harmonia. O número é um símbolo de tudo que é equilibrado, harmonioso e de boa proporção, e como é o dobro de três, reflete novamente as idéias variadas representadas por esse número. Considerando-se, portanto, que o três representa os reais poderes motivadores da evolução, o Macroprosopus ou o Logos, da mesma maneira em Tiphareth encontramos uma reflexão devida e uniforme num Logos menor, o Microprosopus.
A essa Sephirah os qabalistas atribuíram o sol, o senhor e centro do Sistema Solar. Ao consultar o diagrama da Árvore da Vida, o leitor pode perceber que Tiphareth ocupa uma posição destacada no centro da estrutura da Árvore da Vida como um todo. Os filósofos pitagóricos asseveraram que seis era o símbolo da alma, e mais tarde descobriremos que no ser humano Tiphareth, a harmoniosa emanação do sol é a Sephirah da alma do homem, o centro do sistema microcósmico e a luminosa intermediária entre o Espírito meditativo acima e o corpo com os instintos abaixo. Os doutores do Zohar da divina filosofia atribuíam a terceira letra “V” do nome divino a Tiphareth, e visto que a Tiphareth é o filho do Pai e da Mãe Celestiais, é chamada de Filho. O selo de Salomão, os triângulos entrelaçados, um verdadeiro símbolo de equilíbrio, é o símbolo apropriado.
Os processos de reflexão continuam, e a segunda tríade composta dos números quatro, cinco e seis – embora tenham sido eles mesmos projetados pelas Sephiroth supremas –, por sua vez, gera uma terceira tríade reproduzindo a si mesma num plano ainda mais inferior. A primeira dessas Sephiroth é masculina – Netzach, que significa triunfo ou vitória. Concebe-se que o sete é um número inteiro que representa uma consumação das coisas, a conclusão de um ciclo e seu retorno para si mesmo. Assim, na sétima Sephirah, começando uma nova tríade e concluindo a segunda série de Sephiroth, são resumidas novamente todas as potências anteriores. Sua natureza é a do amor e da força de atração; o poder de coesão no universo, unindo uma coisa à outra e atuando como a inteligência instintiva entre as criaturas vivas. O planeta Vênus, emblema do amor e da emoção, é atribuído pelos filósofos da magia a essa Sephirah; da mesma maneira, a cor verde, tradicionalmente pertencente a Afrodite, como as forças pertencentes a essa Sephirah estão peculiarmente ligadas ao cultivo, à colheita e à agricultura.
Em oposição a Netzach como segunda Sephirah da terceira tríade está Hod, esplendor ou glória, que é uma qualidade feminina repetindo as características de Chocmah num plano menos exaltado e sublime. Representa essencialmente uma qualidade mercurial das coisas – sempre fluindo, em metamorfose constante e fluxo contínuo, tendo sido denominada, acredito, “mudança na estabilidade”. Com ela, detentora de natureza bastante similar, esta a nona Sephirah, Yesod, o fundamento, que é “estabilidade em mudança”. Tal como a tremenda velocidade das partículas eletrônicas assegura a estabilidade do átomo, do mesmo modo as formas fugazes e o movimento de Yesod constituem a permanência e a segurança do mundo físico. É a nona Sephirah e por conseguinte o nono dígito, compreendendo em si todos os números precedentes. Comumente chamada de plano astral ou alma do mundo, Yesod é aquele fundamento de sutil substância eletromagnética no qual todas as forças mais elevadas estão focalizadas, constituindo a base ou o modelo final sobre o qual o mundo físico é construído.
Yesod tem natureza lunar, a lua sendo o luminar atribuído visto haver uma curiosa relação entre o satélite morto da Terra e a luz astral. Yesod completa as três tríades, cujo apêndice é Malkuth, a décima e última Sephirah, que representa em forma concreta, numa completa cristalização visível e tangível aos sentidos, todas as qualidades dos planos precedentes. A própria palavra significa reino, o reino do mundo físico e o cenário das atividades e encarnações das almas exiladas de cima, a morada do Espírito Santo. No Zohar é dada a letra “H” do nome divino a Malkuth, que é chamada de Filha, sendo o reflexo mundano do primeiro “H”, que é a Mãe. Essa décima Sephirah é chamada alhures de Noiva, de Filha e de Virgem do Mundo.
Reconhecidamente, esse esboço acima oferece somente uma vista resumida e geral do sistema numérico de evolução e desenvolvimento cósmico que tanto fez jus ao respeito de Lévi e dele teve uma admiração tão grande e extremada. Nesse esboço elementar será possível perceber claramente que os números se vinculam a processos criativos ou evolutivos, e que fundamentalmente compreendida, a natureza do número é o ritmo. Essa última afirmação é importante, já que proporções e atividades harmoniosas realmente conduzem e marcam as primeiras manifestações da Vida Una nos elementos e substâncias diversas presentes em toda parte.
Essas diferenciações são corretamente simbolizadas pelo número, que se concebe como sendo glifo precisamente dos processos de revelação. Representam o desenvolvimento de um universo tangível explícito a partir de uma essência intangível implícita; de uma concepção ideal à consumação da forma construída na qual o ideal encontra sua morada terrestre. Assim, para o teurgo, os números simbolizam o próprio ritmo do universo, e com seus signos apropriados eles representam poderes e entidades com os quais o teurgo procura comungar.(Continua)
(Israel Regardie)
METATRON
Todos os povos, desde a mais remota Antiguidade, conservaram a realidade do mito como um componente essencial de sua concepção do mundo, de sua Cosmogonia e Teogonia.
Por muito longe que nos remontemos na história das civilizações tradicionais, sempre encontramos nelas uma rica profusão de relatos e lendas relacionados com seres míticos, que servem de comunicação entre a Terra e o Céu, entre o de baixo e o de cima.
A tradição cabalística também conserva um grande número de gestas míticas vinculadas com o descenso à Terra das energias celestes, angélicas ou espirituais. É mencionado em algumas passagens do Talmude. Metatron (do hebraico מטטרון) é um anjo serafim, na tradição judaica e em algumas tradições cristãs, sendo tido como "O Anjo Supremo", Porta-voz Divino, mediador de Deus com a humanidade e o Anjo da Morte. É mencionado em algumas passagens do Talmude, como escrivão Divino, é uma figura importante na mística judaica e muito comum em textos pós-bíblicos e ocultistas, que lhe atribuem a invenção do Tarot[Na gematria, a palavra Metatron é equivalente a El Shaddai (Deus).
Um rabino judeu do século I, Elisha ben Abuyah, como relatado no Talmude, recebeu permissão divina para entrar no paraíso e viu Metatron sentado (uma ação que no céu é permitida apenas ao próprio Deus). Elisha, então, exclamou "Há de fato dois poderes no céu!", julgando que Metatron também era um deus. Diante disso o anjo recebeu humildemente 60 golpes de bastão de fogo, para provar que não era Deus. Outras aparições de Metatron na literatura clássica judaica é no Livro de Enoque onde ele desempenha o papel de "príncipe do mundo", e ganha as características sublimes que geralmente lhe são atribuídas.
"E andou Enoque com Deus, depois que gerou a Matusalém, trezentos anos, e gerou filhos e filhas. E foram todos os dias de Enoque trezentos e sessenta e cinco anos. E andou Enoque com Deus; e não apareceu mais, porquanto Deus para si o tomou." [Gênesis 5:22-24]. Este pequeno trecho sugere que Deus transformou Enoque em Metatron, já que o Gênesis silencia sobre os motivos que levaram a Deus a tomar Enoque.
Metatron tem 78 nomes hebraicos, todos baseados no nome de Deus (El). Alguns desses nomes são: Tatnadi`el, Apap´el, Zebuli´el, Sopri´el. O nome de Metatron é também chamado o “Príncipe das Milícias Celestes”.
A Cabala considera o Metatron como o princípio ativo e espiritual de Kether, a Unidade, que com as tropas divinas sob seu comando (as sefiroth de construção cósmica) empreendem a luta contra as potências das trevas (que constituem seu próprio reflexo escuro e invertido, as “cascas”, “escórias” ou keliphoth) dissipando a ignorância no coração do homem, fecundando-o, simultaneamente a essa mesma ação, com a influência espiritual que transmitem.
O Zohar cita Metatron como "o jovem" e o identifica como o anjo que guiou o povo de Israel no deserto e o descreve como um sacerdote celestial.
De acordo com o orientalista Johan Eisenmenger, Metatron é o que transmite as ordens de Deus aos anjos Gabriel e Rafael.
Em algumas representações da iconografia cristã e Hermética pode se ver este combate mítico nas figuras do arcanjo Miguel e das hostes angélicas, lutando contra os demônios e Satã, o “príncipe deste mundo”, segundo a conhecida expressão evangélica.
Com o mesmo significado, mas a nível humano, encontramos o cavaleiro com lança combatendo o Dragão terrestre, símbolo das paixões inferiores e do “caos”.
Precisamente, a lança ou espada (símbolos do eixo) atravessando o corpo do monstro, sugere a “penetração” das ideias celestes, verticais e ordenadoras, em dito “caos”. Esta variante do mito é análoga à luta que o homem acomete na busca do Conhecimento, o que lhe dá a possibilidade de viver um processo mítico idêntico ao dessas mesmas energias cósmicas e telúricas, celestes e infernais, em permanente luta e conciliação. Relacionado em certo modo com as origens da Tradição Hermética, e intimamente vinculado com o que vimos dizendo, encontra-se o mito dos “anjos caídos”, que igualmente é relatado no Gênesis bíblico.
Considerado desde o ponto de vista da Ciência esotérica – que tende a resolver os opostos e, portanto, exclui, por insuficientes, o simplesmente moral e sentimental, bem como as leituras literais das coisas, que estão incluídas no ponto de vista religioso e exotérico.
A “queda dos anjos” representa, ante tudo, um símbolo do descenso das influências espirituais no seio da própria vida e da natureza humana. Certos anjos caíram acesos pelo amor que professavam às filhas dos homens às quais, diz-se, “encontraram formosas e belas”. De seu casamento, nasceram seres semidivinos (os antepassados míticos), que revelaram aos homens as ciências e as artes teúrgicas, mágicas e naturais, ou seja, todas aquelas disciplinas que, como já sabemos, integram os textos sagrados dos “Hermética” e do “Corpus Hermeticum”.
O Cubo de Metatron é composto de treze círculos, sendo cada círculo considerado um "nó" e ligado a outro por uma única linha reta, formando um total de 78 linhas.
A primeira escrita cabalística do Cubo de Metatron seria quando Metatron disse ter criado esse cubo de sua alma. Isso também é visto na arte cristã, onde ele aparece na altura física de seu peitoral, seja na frente física ou na traseira física dele.
O Cubo de Metatron é também considerado um glifo sagrado e às vezes é desenhado em torno de um objeto ou pessoa para proteger os poderes de demônios. Essa ideia também aparece na Alquimia, em que o círculo era considerado o círculo da vida, podendo ser usado como um círculo de contenção, um círculo de criação e/ou de transmutação: seria cada círculo desses, um círculo alquímico.
O Cubo de Metatron é formado por figuras geométricas tridimensionais simétricas, cujos ângulos e arestas mantêm um valor constante e cujos lados são polígonos regulares iguais. Uma esfera inscrita, tangente a todas suas faces em seu centro; uma segunda esfera tangente a todas as aristas em seu centro e uma esfera circunscrita, que passe por todos os vértices do poliedro. Existem apenas 5 corpos platônicos: o tetraedro, o hexaedro (ou cubo), o octaedro, o dodecaedro e o icosaedro.
Platão concebia o mundo como sendo constituído por quatro elementos básicos: a Terra, o Fogo, o Ar e a Água, e estabelecia uma associação mística entre estes e os sólidos. Assim, o cubo corresponde à Terra; o tetraedro, associa-se ao Fogo; o octaedro foi associado ao Ar e o icosaedro à Água. O quinto sólido, o dodecaedro, foi considerado por Platão como o símbolo do Universo, relacionando-se ao chamo Éter (figura acima).
O Cubo de Metatron se constrói tomando como base o chamado “Fruto da Vida”, ou seja: 13 circunferências tangentes e congruentes, construídas a partir de um hexágono regular. Unindo-se os centros de cada uma destas circunferências com os centros de todas as demais, obtém-se esta interessante figura formada por 78 linhas.
Pode-se notar facilmente que a imagem da “Árvore da Vida” da Kabbalah está contida neste conjunto de esferas. Igualmente se vê a “Estrela de David” (as diagonais do hexágono) e a “Estrela de Kepler” (ou “Merkabah”, forma estelar do icosaedro, versão tridimensionalda “Estrela de David”).
A “Flor da Vida” é uma figura geométrica composta de círculos múltiplos espaçados uniformemente, em sobreposição, que estão dispostos de modo que formam uma flor, com um padrão de simetria multiplicada por seis, como um hexágono. Em outras palavras, seis círculos com o mesmo diâmetro se interceptam no centro de cada circulo. O padrão da Flor da Vida é a base do Fruto da Vida e, portanto, do Cubo de Metraton.
Uma simplificação da Flor da Vida é um símbolo muito antigo, encontrado nos Vedas e também na civilização celta. Os celtas o utilizaram muito como elemento decorativo, presente nos frisos e demais obras de arte.
O círculo simboliza o universo imanente. Símbolos como o que se encontra no centro são chamados de “triquetras”, que em Latim quer dizer “3 esquinas”. Alguns se referem a este símbolo como sendo um símbolo de Jesus: o peixe formado por duas linhas curvas também era um símbolo dos cristãos.
A triquetra é formada por 3 destes “peixes”, portanto. Outro aspecto interessante é que a triquetra é um símbolo unicursal ou seja, traçado continuamente, representado assim a eternidade.
Quando o Cristianismo “chegou aos Celtas”, este símbolo foi utilizado para simbolizar a Trindade Cristã: Pai, Filho e Espírito Santo. Os Vedas falavam de três mundos: o mundo material, o espiritual e o átmico. Na principal oração (mantra) das doutrinas védicas são cantados no início do “Gayatri” significando respectivamente os três mundos (Bhur, Bhuvah e Svahah). A Filosofia Celta referenciava três níveis distintos de existência, mas interconectados e interpenetrados: o físico, o mental e o espiritual.
Há uma tradição mística da Kabbalah que retrata o “Merkabah” (ou “Trono de Deus” ou “Carro de Deus”, ou “Carruagem de Fogo”) como um veículo que podia subir ou descer através de diferentes câmaras ou palácios celestiais, conhecidos como “Hekhalot”.
Durante o período do Segundo Templo, a visão de Ezequiel foi interpretada com um voo místico para o céu, e os místicos cabalistas desenvolveram uma técnica para usar o símbolo do Merkabah como ponto focal da meditação.
O místico faria uma viagem interior para os sete palácios e usaria os nomes mágicos secretos para garantir uma passagem segura por cada um deles. Recentemente, esses procedimentos e fórmulas místicas só eram conhecidos pelos estudiosos da Kabbalah.
O Merkabah é então um veículo de luz que transporta o espírito, a mente e o corpo, para acessar e experimentar outros planos, realidades e potenciais de vida mais elevados. Podemos classifica-lo como sendo um veículo interdimensional. Este carro de fogo é também citado na Bíblia quando o profeta Elias foi arrebatado por um destes veículos e levado aos céus para não mais voltar.
De acordo com os versos de Ezequiel, o Merkabah seria uma carruagem composta por quatro anjos. Estes anjos são querubins e são chamados de “Chayot” e são descritos como tendo forma humana, mas com faces diversas: uma de touro, outra de leão, outra ainda de águia e uma última humana propriamente.
Há ainda anjos com forma circular, descritos como “rodas dentro de rodas” e que se chamam “Ophanim”. Estes anjos são responsáveis pelo movimento do carro nas quatro direções. Por fim, descreve-se a participação de serafins que são vistos como clarões de luz que funcionam como fonte de energia. Estes clarões de luz piscam com rapidez e estes serafins controlam todo o conjunto.
Uma descrição bem parecida se encontra na tradição cristã, no Apocalipse de João, quando se descreve o Trono do Cordeiro, cercado pelos mesmos seres alados: touro, leão, águia e homem.
A forma descrita do Merkabah é bastante discutível, mas é comumente aceito que se trate de um duplo tetraedro, um com vértice para cima e outro, para baixo, que giram em sentidos opostos. Este conjunto forma então uma estrela tetraédrica que se inscreve nos vértices de um icosaedro.
De um ponto de vista astrológico, a divisão do zodíaco em doze partes, permite o entendimento do processo da vida organizando-o em 12 signos estelares e 12 casas, localizando neles os 9 astros. Esta divisão pode ser descoberta também no Cubo de Metraton. Aqui então se encontra uma relação simbóloca com as chamadas “Forças Querubínicas” e prática, com as horas do dia. Estas 12 entidades querubínicas derivam das quatro primordiais que são: o Touro alado, o Leão alado, a Águia (Escorpião) e o Homem alado (Aquário).
Leonardo daVinci resumiu todo o simbolismo do Cubo de Metraton em seu famoso desenho “Homem Vitruviano”. Este desenho famoso acompanhava as notas que Leonardo daVinci fez ao redor do ano 1490 num dos seus diários.
Descreve uma figura masculina simultaneamente em duas posições sobrepostas com os braços inscritos num círculo e num quadrado. O Homem Vitruviano é baseado numa famosa passagem do arquiteto romano Marcus Vitruvius Pollio (donde o nome “vitruviano”) na sua série de dez livros intitulados de “De Architectura”, onde são descritas as proporções do corpo humano. O redescobrimento das proporções matemáticas do corpo humano no século XV por Leonardo e os outros é considerado uma das grandes realizações que conduzem ao Renascimento italiano
Das relações matemáticas encontradas na Proporção Áurea, que também podem ser observadas no mesmo desenho de da Vinci, emerge mais uma vez a Flor da Vida.
No Cubo de Metraton ainda é possível que se veja a projeção bidimensional de um tesseract (ou hipercubo). Um tesseract é uma figura tetradimensional regular composta por 8 cubos montados em 4 dimensões.
Como sabem, círculos nas plantações (ou “crop circles” em inglês-imagem a seguir) são conjuntos de figuras geométricas desenhadas amassando campos de trigo, cevada, centeio, milho ou canola. Estas figuras são melhor observadas de um ponto mais alto, fazendo pouco sentido quando são observadas no nível do chão. A aparência geométrica e influenciada por fractais. A origem destes círculos é desconhecida e controversa. O fenômeno já foi observado em vários países em todo o mundo, começando pela Inglaterra na década de 1970.
Mayan Crop Circle 2012 Woolstone Hill, near Uffington, Oxfordshire, Reported 13th August 2005
No Brasil, tal fenômeno vem acontecendo principalmente no interior dos estados de São Paulo e Santa Catarina. Foram sugeridas várias explicações que envolvem causas discrepantes como acontecimentos naturais, fraude e visitas de extraterrestres, mas não se chegou a nenhuma conclusão. O fato é que a maioria destes círculos acaba repetindo padrões que nos remetem mais uma vez ao Cubo de Metraton.
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