18 de fevereiro de 2014

AS DUAS VERTENTES II



Evidenciou-se, portanto, que tudo que vemos e tocamos não se materializou, e se materializa, por força de um acaso.

É bem verdade que no conceito humano aceita-se que a existência do Universo se deu por geração espontânea, algo como um big bang por conta própria. Todavia, inexiste uma coisa tal. Não existe o acaso, seja em que instância for. Por detrás de qualquer efeito há uma causa inteligente ‘inteligenciando’ a ação.

E se acreditam em efeito sem causa, imaginem, por exemplo, um automóvel simplesmente sendo plasmado pela jazida de minério de ferro do qual será feito. Sem que ninguém lhe ponha a mão. Minério se autotransformando em automóvel.

Todos dirão: Impossível que um automóvel seja autogerado pelo próprio minério de que é feito.

Pois é, para que ocorra a existência do automóvel um longo processo de planificação e execução se torna necessário.

Primeiro, os geólogos para localizar a jazida de minério de ferro; Segundo, a preparação da jazida; terceiro, a extração do minério; quarto; transporta-lo até às usinas de beneficiamento; quinto, transporta-lo, das usinas de beneficiamento até uma siderúrgica; sexto, na siderúrgica será fundido formando lingotes e laminados; sétimo, lingotes e laminados serão transportados até à industria de moldagem; oitavo, da indústria de moldagem as peças serão levadas à indústria montadora; nono, na indústria montadora as peças serão juntadas, pintadas e só, então, tem-se o carro pronto. E aqui não citamos os engenheiros e estilistas que fazem os projetos.

Conclui-se, então, que uma multidão de pessoas, das mais variadas categorias profissionais, se associam para que o bem durável mais cobiçado se torne realidade no mundo físico.

Ora, se um simples automóvel convoca tanta gente para cria-lo, o que não dizer, então, sobre a criação dos Universos ?!

Por que continuar pensando que a existência cósmica se deu... assim, sem mais nem menos, ou na historinha bíblica dos sete dias da criação ?

Pois é, mas tudo tem um sentido e até a historinha bíblica contida no Gênesis, que relata que a criação do mundo transcorreu em sete dias, encerra um sentido oculto.

Sete dias, mas não sete dias terrestres. Sete dias de Brahmâ, palavra esta do idioma sânscrito que designa: “o impessoal, supremo e incognoscível Princípio do Universo, de cuja essência tudo emana e ao qual tudo retorna, e que é incorpóreo, imaterial, inato, eterno, sem princípio e nem fim.”

Mas tem número, ou quantidade, um dia de Brahmâ ? E é conhecido ? Tem, e é conhecido. Um dia de Brahmâ equivale a 4.320.000.000 anos terrestres. Isso mesmo, quatro bilhões e trezentos e vinte milhões das voltinhas que a Terra faz em volta do Sol. (A Doutrina Secreta vol. 1 página 101). (A Doutrina Secreta vol. 2 Seção VII, página 76) – (Tratado Sobre Fogo Cósmico, Alice Bailey, pág.29).

E por que sete dias ? Estes sete dias não se referem a período de tempo, mas à ação, ou ações, empreendidas pelos sete Arquétipos, os seres Sementes. “Neles se acham “armazenadas todas as formas originais que hão de manifestar-se e aperfeiçoar-se nas classes inferiores da matéria durante a evolução do universo.”

Acrescentamos, ainda, que o livro do Gênesis bíblico é uma compilação de textos muito mais antigos, existentes no extremo oriente. Portanto, uma adaptação aos interesses religiosos da época e que foram se propagando e chegaram até nosso tempo.

Todavia, não vamos nos deter nessa questão das interpretações do texto bíblico, nosso objetivo principal é conhecer as duas vertentes que a este sistema solar deram existência, que o mantém, e com ele interagem nas suas diversas formas e pelos mais diferentes interesses, principalmente, o da criação de seres inteligentes.

A primeira vertente já está vista, parcialmente, como já vimos. Ela é a composição dos Logos 1º, 2º e 3º, seguidos pelos seres Arquetípicos, vindo a seguir os Cristos, assessorados estes pelos Devas e na extremidade “inferior” os Espíritos Operadores, estes que bem de “perto” atual com a humanidade terrestre.

Na figura a seguir, temos a representação das três mais significativas etapas que vieram de efetuar a materialização de nosso sistema planetário.

A etapa de planejamento; a de consolidação do sistema planetário, o berço da nova experiência; e a ação do que se possa chamar de a germinação das sementes arquetípicas no que resultaria nos multifacetados reinos e dimensões existenciais.

E foi assim que perpassados os milhões de milhões de anos terrestres esboçou-se a primeira raça humana na Terra. O uso do termo “esboçou-se” se faz porque essa primeira raça nada tinha do que conhecemos, e somos, hoje, em corpo físico.

Nas mais remotas escrituras de que se tem conhecimento, livros como o Kiu-te que, posteriormente se tornou mais popular através do que é chamado de O Livro de Dzyan, encontram-se as descrições sobre a criação de nosso sistema planetário bem como a eclosão de vida nos reinos vegetal, animal e do homem.
Antes, porém, um breve histórico sobre os livros acima citados. Kiu-te – É a coleção de livros composta por quatorze volumes dados como sagrados e secretos. Estão sob a guarda dos monges gelugpas do Tibet e, para permanecerem inacessíveis, são, periodicamente, transferidos de um monastério a outro.

O conteúdo dessa valiosíssima e antiquíssima preciosidade descreve a criação do sistema planetário onde a Terra se situa, bem como a criação da vida, nos vários reinos, não só na Terra mas também nos outros planetas deste mesmo sistema.

Apesar de ser um conjunto de livros inacessível às pessoas comuns, Helena Petrovna Blavatsky obteve permissão para vê-los e traduzi-los à linguagem ocidental. (A Doutrina Secreta, vol. VI página 41) O Livro de Dzyan – Este é um conjunto de estâncias que traz comentários sobre o conteúdo do livro Kiu-te.

Portanto, nestes dois livros, e alguns outros como Rig Veda, Popol-Vuh etc, encontram-se as descrições das ações daqueles que neste trabalho são denominados de Engenheiros Siderais.

Com esta introdução constante nesses três primeiros pps, queremos dizer que prosseguir nestes estudos requer, primeiramente, o abandono, completo dos conceitos históricos, religiosos e filosóficos que até aqui foram disseminados para a humanidade da Terra.

É necessário, também, puxar um tanto mais para a abstração mental e acreditar que – cosmicamente falando – há muito mais do que “possa supor nossa vã filosofia”.

Naturalmente que não se pede um crédito cego a estes apontamentos, mas que, mesmo que só por um instante, deixem o “ovo da matriz em que se encerra nossa sociedade”, e direcionem os olhos à grandiosidade Cósmica, questionando: Só mesmo na Terra há vida inteligente ?, a criação do Ser inteligente foi tão simplória quando a descrita no Gênesis bíblico ?, e a criação do Universo, foi só um soprinho de sete dias, de segunda-feira a sábado descansando no domingo ?

Cadeia Planetária é o nome que se dá ao processo evolutivo de um orbe.

Falar de evolução de um planeta pode parecer estranho e até mesmo inverossímil, contudo quando se trata de buscar e analisar os anais cósmicos deve-se ter em conta, como premissa básica, que tudo o que até esta era atual da humanidade se ensinou e se ensina academicamente está, completamente, equivocado, para não dizer errado.

Com essa advertência não estamos querendo dizer que somos detentores do conhecimento completo sobre a Criação, e que tudo o mais que à humanidade vem sendo ensinado quase nenhum proveito tem para o que se possa denominar de evolução do Ser Espiritual que todos somos.

Todavia, é inegável que nestes últimos vinte anos o conhecimento acadêmico vem sendo sacudido por inesperadas e surpreendentes descobertas, tanto na área científica, quando na filosófica, derribando mitos até então tidos por intocáveis que vão, em suas quedas, arrastando, também, o dogmatismo religioso.

Isso já era esperado porque a arrogância de nossos “senhores do mundo”, que assim se acham, vinha chegando a níveis de insuportável idolatria personalística, em ignorância total quanto aos Senhores do Mundo, estes que, verdadeiramente, nos governam.

Portanto, alargando nossa visão para além das fronteiras meramente humanas da Terra vamos nos deparar com ensinamentos que nos dizem que da mesma forma que ocorre a escala evolutiva/transformativa desde o átomo até ao arcanjo – nesta nossa Ronda Planetária – (falaremos disso mais à frente) – também este bólido que chamamos planeta – e todos os demais que permeiam o Cosmo – passam por etapas de transformação.

Às etapas iniciais de formação e transformação podemos chamar de embriogênese galáctica, ou planetária, segundo o que estiver acontecendo. Estas etapas estão representadas, na figura, pelas fases: A-1 e C-2. Na fase A-1 o globo, ou a galáxia, não tem nenhuma conformação física. É tão somente um aglomerado de energias confinadas em determinado espaço. Mas isso não está acontecendo aleatoriamente, por vontade, ou decisão, das próprias energias ali encerradas. A ocorrência se dá por vontade e decisão dos Logos que, depois de planejarem, vão à execução.

Na fase C-2 a conformação é plasmática, como algo encerrado numa membrana maleável e moldável.

Na fase seguinte, E-3, já se visualiza o que possa ser chamado de consistência média, esta entre a fase plasmática e a física, propriamente dita.

Finalmente, temos a fase F-5 onde o todo do planejamento se exibe soberano.

Este ponto F-5 é o ponto médio do ciclo da cadeia planetária. Daí em diante veem as fases que podemos chamar de dissolução, processo que também não é aleatório mas planejado e direcionado por Aqueles mesmos Logos.

E em sua magistral obra, A Doutrina Secreta, volume 2, página 219, profetiza Helena Petrovna Blavatsky:

“Se na Terra existe algo parecido com o progresso, dia virá em que a Ciência terá que renunciar, molens volens, a ideias tão monstruosas como as de suas leis físicas que se governam a si mesmas, vazias de Alma e de Espírito; e haverá então de voltar-se para as Doutrinas Ocultas.”

“vazias de Alma e de Espírito...” disse a sábia fundadora da Teosofia. Pois bem, planetas, satélites, sois, galáxias não são corpos inertes, ou que tenham sido criados por forças aleatórias e, de um estalo, na forma como hoje são conhecidos.

Não são inertes: São entes vivos e possuem consciência; possuem Alma e possuem Espírito.

Não foram criados de um estalo: Todos tiveram suas fases de planejamento, formação molecular desde a mais rarefeita forma de energia e passando por sucessivas transformações e estados de solidificação, chegaram ao estado atual.

Estado atual: Apenas estado atual, temporário, significando que passarão por novas transformações. E como todos os demais corpos, numa era qualquer virão a se dissolver. Essa dissolução é gradativa como o foi a fase de formação.

Portanto, tanto quanto acontece no ritmo de formação também ocorre no de dissolução, que entre uma fase e outra transcorrem eras imensas. Nem numa fase ou noutra os acontecimentos se sucedem instantaneamente.

E de igual forma acontece na formação do que se chama Vida, seja ela no reino vegetal, no reino animal e no reino do homem. Eras imensas são consumidas para esse magnífico fim. E muito vagarosamente chega-se, ou chegou-se, ao que hoje somos, vemos, e temos neste cenário do planeta Terra.

Ah !!!, sete dias bíblicos da criação... quanto lhe falta em verdade!

(Texto: Luiz Antonio Brasil - CONTINUA)

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