3 de setembro de 2012

ARQUIVOS DE OUTROS MUNDOS II



POVOADOS SUBTERRÂNEOS

Os refúgios e refúgios-subterrâneos são muito numerosos em França. Se contam a centenas. Entre os mais importantes, citemos:

BESSE-EN-CHANDESSE. As Grutas de Jonas, em Besse-en-Chandese (Puy-de-Dóme), a 36km de Issoire, com 60 salas e vários andares que foram habitados.


CORBÉS (Gard). A 9km de São-João-du-Gard. Caverna-cisterna pré-histórica aonde nossos longínquos antepassados vinham recolher água potável e, sem dúvida, sagrada pra eles, que filtrava das estalactites. Tem-se encontrado nela grande quantidade de jarros adornados quebrados, acredita-se do séc V.

EU-LE TREPORT (Sena Marítimo). Subterrâneos acondicionados, talhados no alcantilado com largura de 300m. Em sua proximidade, durante a guerra de 1939-1945, os alemães construíram uma verdadeira cidade subterrânea. As ruas-galerias se estendiam sobre mais de 3km.


LIMOGES (Alta Vienne). O centro da cidade está construído sobre uma vasta cidade subterrânea, distribuída em salas, em ruas e em praças de grande dimensão, datando de antes do séc X.


PROVINS (Sena e Mame). Grandes e numerosos subterrâneos-reservas com celas laterais com chaminés e caídas em espiral. Uma das entradas principais está na rua do Inferno. Esses subterrâneos, anteriores ao século XII, são numerosos ao pé da colina suportando a velha cidade e no campo circundante. Estão socavados numa terra cretácea.


ROQUEDUR (Gard). A 7km de Suméne. Cinco grandes e magníficas cavernas foram habitadas pelos homens da pré-história: A gruta Superior, a caverna das Cascatas, a Sala das Ninfas, a Grande Sala Superior com a câmara dos Mortos e o corredor dos Gourgs e, por último, a Grande Gruta com o corredor dos Confetes e sua Sala das Maravilhas.



CIDADES SEPULTADAS DE BÉLGICA:

OOSTDUINKERK. A 6km de Nieuport. Vestígios, sob a areia, do misterioso povoado de Nieuwe-Yde, assolado pelo mar e sepultado no século XVII.


COXYDE. A 7km de Nieuport. Numerosos objetos atirados pelas grandes tempestades indicam que ao largo das costas existia, nos primeiros séculos de nossa era, uma cidade galo-romana.

BRUXELAS. Sob a praça Royale, a 12m de profundidade, se pode visitar, ainda em nossos dias, a velha rua Isabela que fez perfurar a infanta em 1625 pra unir seu palácio com a colegiata de Santa Gúdula, e os vestígios da capela dos duques de Brabante. Vasta rede subterrânea e catacumbas.


Capítulo II

A NASCA CHILENA


Em Nazca, no Peru, povos do passado construiam espirais na areia, cercadas por pedras, com a finalidade de alcançar água potável. Presume-se que tais construções foram feitas nos primeiros séculos.

O globo terrestre é um grande livro de história e de geografia onde, há milhares de milhões de anos, foram escritas aventuras prodigiosas que o tempo, os dilúvios, as estações e as intempéries apagaram em mais de suas três quartas partes.


No passado, onde agora está o mar, havia terra. Ali, onde está o deserto, se estendiam verdes pradarias. Ali, onde o calor é tórrido, reinava um frio glacial e vice-versa.

O Sol é nosso Deus de vida, mas foi, sem dúvida, com muita freqüência, um Deus de morte ou de cataclismo.

Se seu calor irradiante é de maior ou menor intensidade, se se interpõem nuvens galácticas, a Terra pode se incendiar ou se gelar, e civilizações humanas podem ser destruídas, inteiramente, o que já aconteceu.


Sem se remontar, parece, a cataclismos dessa índole, o grande livro do globo terreno relata uma história ainda incompreendida, da qual as pedras do doutor Cabrera e os traçados de Nasca são exemplos enigmáticos.

Dissemos o que aprendemos sobre Nasca depois da haver trajeto, auscultado, interrogado durante dez anos. Sem obter mais resultado que um ligeiro roçar!


Mas eis aqui que o problema se complica, se alarga à dimensão de todo o continente americano: Há nascas desde as terras altas do Canadá até a ponta de América do Sul, em 12.000km!


Se se buscasse bem, as encontraríamos também na África, Ásia, Malta, Inglaterra e França, nos pedregais perfumados e secos do Languedoque.Incluso, segundo se afirma, mas não está confirmado, sobre as terras pedregosas do Maciço Central e do Périgord.

Quem as encontrará? Certamente não um investigador oficial, e ainda menos os garimpeiros de idéias e de descobertas cuja única habilidade é a de saber se aproveitar dos demais.


Nasca é assunto nosso, como se diz no estilo da televisão, mas rendamos homenagem aos outros arqueólogos que também estudaram in situ os pampas situados entre Ica e Nasca: O ianque Paul Kosok e a alemã Maria Reiche.

E porque Nasca é nosso assunto, estudaremos as outras mensagens escritas na areia ou sobre a terra verde das colinas.


No Chile como no Peru, se encontram numerosos geoglifos, esses desenhos traçados diretamente na terra, seja amontoando calhaus ou, ao contrário, mediante a varredura da areia.

Pode ser efetuada uma comprovação: É a natureza do terreno que convida aos homens à utilizar como piçarra.


A Nasca do Peru, o pampa Colorado, principalmente, é, de fato, uma imensa página branca de creta , salpicada de oxidação, de pó e de calhau que lhe dão aspecto grisáceo ou, mais exatamente, pardo-violeta. Basta passar uma escova no pó superficial e então o substrato branco aparece e pode servir de linha ou de desenho.


No Chile, às vezes, é o mesmo fenômeno que ocorre, outras vezes as cores lisas do desenho são zonas purgadas ou, ao contrário, postas de relevo com calhaus amontoados. Em muitos lugares do Peru inscrições recentes são feitas com uma planta chamada ichu que se arraiga superficialmente lá onde se a deposita, ou bem com calhaus cuidadosamente dispostos.

O Candelabro dos Andes está desenhado mediante fossos na areia mole (profundidade do eixo central: 0,60cm a 0,75cm, profundidade dos outros ramos: 0,20cm a 0,30cm).


Na Inglaterra os traços são conseguidos liberando o solo cretáceo de sua casca de erva e de terra superficial.

Que saibamos, exceto pros homens gigantes das colinas do Dorsete inglês, desenhados por fossos ou sulcos na terra, os geoglifos de nosso globo estão quase sempre motivados pela natureza branca do solo...



Em resumo, é o quadro branco o que provoca a escritura e não a escritura que cria o quadro.

Daí pensar que os geoglifos são mais que passa-tempo de povos ociosos.
(Continua)

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