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Como na oposição Yin-Yang da filosofia oriental, a dualidade, o equilíbrio sexual, são essenciais à erudição alquímica. O rei e a rainha, símbolos humanos do sol e a lua, representam as duas propriedades opostas da Matéria Primordial: o Enxofre e o Mercúrio Filosófico. Durante as operações alquímicas, eles são unidos, destruídos, separados, purificados e reunidos.
Ao final da obra, o Rei e a Rainha se fundem num único e perfeito - o Andrógino - símbolo de equilíbrio harmônico entre os pólos masculino e feminino, o qual surge do dragão da Matéria Primordial. Uma arvore assinala a perfeição, enquanto o pássaro alimentando suas crias, sugere a capacidade de multiplicação do poder.
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Sejam estes personagens interpretados como aspectos duais em sua própria personalidade ou como as dinâmicas de seus relacionamentos com outros, você descobrirá que as batalhas, reconciliações e amor apaixonado entre o Rei e a Rainha podem ser modelos úteis para seu crescimento pessoal.
“Tudo quanto buscam os sábios está no Mercúrio (Energia Sexual) ou melhor, na Pedra (sexo); a natureza é função desse Vaso (órgãos sexuais), que tanto se comenta sem saber o que é capaz de produzir; sem esse mercúrio tomado de nossa Magnésia, nos assegura Filateo, é inútil ascender a lâmpada ou Forno dos Filósofos (o chacra Mulhadara).
Qualquer profano que saiba manter o Fogo executará a Obra tão bem como um alquimista experiente; não requer perícia especial nem habilidade profissional, senão todo o conhecimento de um curioso Artifício que constitui o Secretum Secretorum, que não foi revelado; sem dúvida, os investigadores que com êxito remontaram os primeiros obstáculos e extraíram Água Viva da antiga Fonte, possuem a chave capaz de abrir as portas do laboratório hermético” (Moradas Filosofais, págs. 287, 299, 300, 302)."
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Na alquimia, a doutrina do amor desempenha um papel essencial. Sendo em extremo perigoso o caminho da ascese solitária, o alquimista praticará mais freqüentemente esse caminho a dois, como o casal alquímico, no sentido humano o termo.
A história de Nicolas Flamel e de Dame Pernelle, sua esposa, ilustra perfeitamente bem esta prática concreta do casamento alquímico; está no mesmo plano da união de Jacques Coeur, outro célebre adepto dos fins da Idade Média, com sua esposa ternamente amada. A menos que queira seguir o caminho da ascese solitária (como foi o caso dos monges alquimistas), o alquimista deverá ter, portanto, uma companheira de caminhada, a qual será uma criatura que lhe será predestinada por Deus (além de ela ter recebido antes uma iniciação especial).
Não devemos deixar de estabelecer a diferença existente entre o caso muito freqüente em que a companheira do alquimista se limita a compreendê-lo e a ajudá-lo em seus trabalhos (ainda que neste casal reine a discórdia, ou um dos dois se comporte como um tirano que quer impor ao outro os seus interesses e paixões que não são as suas) e, por outro lado, o caso, infinitamente raro em que o adepto e seu par formem um casal alquímico predestinado, onde se encontram as duas metades do ser único (o andrógino primordial, dividido por ocasião da queda original que provocou o aparecimento da matéria grosseira que elas formavam.
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Nesse nível da formação de um casal perfeito, o que reuniu duas criaturas magicamente predestinadas uma a outra desde toda a eternidade, descobriríamos o completo analogismo da alquimia ocidental com relação à via oriental tântrica chamada de 'esquerda', a que comporta a realização efetiva de um casal mágico.
Raras, muito raras mesmo - infelizmente - são as criaturas, homens ou mulheres, capazes de encontrar assim o verdadeiro duplo mágico, sua perfeita complementaridade, pouco numerosos mesmo são aqueles que, na falta da verdadeira metade (no sentido absoluto do termo) poderão, quando muito, unir-se a um ser magicamente apto e formado para completá-lo. Mas essa tão grande raridade de êxito a dois implicaria, acaso, uma impossibilidade natural?
Precisemos - pois é necessário - que o fato de um casal conseguir realizar a união mágica predestinada operará, simultaneamente, em cada um dos amantes predestinados o bom êxito das núpcias interiores entre as duas polaridades cósmicas que existem em cada homem e em cada mulher: Assim se cria o Egregoro tântrico heptagonal, do qual decorrem a realização interior, a harmonização perfeita e a Unidade total com as sete forças que animam a Felicidade universal'.
Felizmente, acontece que duas criaturas predestinadas podem encontrar-se, mesmo depois de sua primeira juventude, e comumente em condições que parecem bem mais paradoxais, mas que eles precisarão agarrar.
(Extraído do livro: 'A Tradição alquímica')
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