29 de setembro de 2010

CASAS ASTROLÓGICAS


No primeiro nível da Astrologia, estão as casas astrológicas, que são linhas imaginárias que partem da terra, dividindo o céu em doze fatias. Cada uma destas partes representa um aspecto prático da vida. Confira o significado de cada uma delas.

AS - Ascendente - Impulso de Orientação, a "Aurora"

CASA I - Ser - Temperamento e Comportamento
CASA II - Ter e Fazer - Dinheiro e Segurança
CASA III - Aprender - Primeiros Estudos e Cotidiano

IC - Fundo do Céu - Impulso de Fundamentação "Nadir"

CASA IV - Sentir e Sonhar - Família e Lar
CASA V - Prazer - Criação e Filhos
CASA VI - Trabalhar - Direitos/Deveres e Saúde

DS - Descendente - Impulso de Complementação "Crepúsculo"

CASA VII - Associar - Casamento e Sociedades
CASA VIII - Transformar - Perdas e Heranças
CASA IX - Refinar - Filosofia e Religião

MC - Meio do Céu - Impulso de realização "Zênite"

CASA X - Aperfeiçoar - Profissão e Aprimoramento
CASA XI - Libertar (se) - Amigos e Potencialidades
CASA XII - Doar - Sacrifício e Caridade

CASA 1
Este é o primeiro setor prático da sua vida analisado pela astrologia, onde está simbolizado o seu TEMPERAMENTO e COMPORTAMENTO. O primeiro espaço do seu mapa fala do seu EU, do que é SER alguém neste mundo para você. Os planetas que estiverem nesta casa (se houver algum planeta) vão simbolizar quais os aspectos emocionais que atuam na sua personalidade; o signo ou os signos que passarem por ela indicam em qual conceito o seu temperamento se abastece, sendo o primeiro dos signos o mais marcante.

A primeira casa astrológica traz o sentimento básico do "eu existo" e o desejo de entrar na vida com o impulso de conquistar, com auto-afirmação e iniciativa. É aqui que podemos ler os símbolos relacionados à natureza da alma de uma pessoa, representados pelos planetas e pelo signo que estão nesta casa.

Tratando da sua identidade, a casa 1 está ligada ao "eu sou " e ao sentimento interno da existência. Ela representa a aventura que travamos em busca de nós mesmos e da nossa própria vida, no momento em que passamos a nos entender enquanto seres independentes.

Se a sua relação com você mesmo e a sua auto-estima não estiverem bem, por exemplo, o problema pode ser identificado em seu mapa astrológico dentro deste setor prático, através da posição de algum planeta ou de um aspecto vindo de outros setores da carta celeste. O trabalho da Astrologia é orientar em relação às formas de você aumentar os potenciais do seu temperamento, que estão simbolizados nesta casa, e superar as dificuldades. Como cada pessoa e única, a resposta para estas questões não pode ser generalizada.

O signo Ascendente é o início da casa 1.

CASA 2
Neste setor prático está simbolizada a forma como você lida com os bens materiais. É a casa do TER e do FAZER. É nela que se podem analisar quais as formas, trunfos e dificuldades que você possui para adquirir dinheiro, segurança material e também como você costuma aproveitar os bens que conquistou. Os planetas que estiverem na casa 2 mostram quais são os planos emocionais envolvidos neste setor da sua vida; já os signos (ou o signo) , falam dos conceitos nos quais esta área se abastece.

A casa II não se resume apenas a ganhos no sentido concreto e tangível, há muito mais a ser analisado. Nessa segunda etapa prática da vida, vamos construir nosso ganho, nossa segurança emocional. O Planeta que estiver ali, sinalizará a maneira com a qual vamos concretizar essa segurança.

Touro, o signo natural relacionado à Casa II, vai nos falar de como concretizar e objetivar a emoção, para assim, construirmos um patrimônio emocional, fazermos uma reserva, um estoque para os momentos de tempestades. Estamos falando da questão do apoio, da muleta, do abrigo em meio aos intempéries da vida.

O mundo é inseguro, um foco de tempestades. Encarnados neste planeta, sentimos sede, fome, sono. No físico, emocional, sentimos desgostos, tristeza e dor. Temos que nos abrigar! No caso do sono, um teto; no caso da sede, uma fonte de água.

Ao longo da vida vamos vendo o que pode ser feito, como podemos construir esse abrigo emocional, além do nosso abrigo físico, pois essa Casa é a da feitura emocional, nossa segurança em nível material. Precisamos nos abrigar para poder responder a tudo isso, mesmo que não se trate de uma riqueza, de uma opulência, mas de um mínimo onde ela teria que acontecer.

Às vezes, fazemos esforço emocional para ou por alguém. Pode ser que você tenha reservas suficientes e isso seja bom, mas se você sente uma fadiga emocional, então está gastando o que não tem. Não se deve fazer essa extravagância, pois mais tarde vai sentir falta. É hora de perceber o porquê de bancarmos "o bonzinho", o que estamos querendo ganhar com isso, que forma de "segurança" estamos construindo para nós mesmos, com esse tipo de comportamento.

A Segunda Casa representa aquilo que constitui a nossa segurança. Assim como existe uma poupança no físico, existe também o patrimônio emocional. O Planeta que estiver presente na Casa II vai nos dizer como construir esse abrigo. Seguem alguns exemplos:

Vênus - ela vai nos falar de uma feitura ligada à arte, com sensibilidade e emoção. Buscar, ver e descobrir o agradável numa relação, responder ao outro de forma agradável. Essa reciprocidade vai representar uma poupança emocional. As pessoas que têm Vênus nessa posição rodeiam-se com tudo que acham de bom gosto, elas têm bons olhos para a beleza física e material.

Marte - colocado nessa posição, pede agressividade e atos audaciosos visando conseguir dinheiro. Esse posicionamento pode ser contraproducente se suas maneiras são rápidas demais, querendo aproveitar de forma desejosa e ansiosa, o mundo material e o reino dos sentidos.

Palas - caso seja este planeta que estiver na Casa II, significa que para adquirir esta segurança, se estabelece uma luta. Tudo é tramado, tudo leva tempo, há uma guerra justa para que seja aumentado o seu patrimônio emocional.

Júpiter - geralmente há sucesso no campo material. A segurança para alguns pode estar ligada mais ao aspecto financeiro, enquanto que para outros pode significar possuir maiores conhecimentos ou crenças religiosas.

CASA 3
O terceiro setor prático do seu mapa fala do que você primeiro precisa APRENDER para seguir o seu percurso pela vida: como você troca informações, aprende com os que estão próximos de você... É nesta casa que dá também para avaliar a sua relação com seus irmãos, vizinhos e colegas. Os planetas que estiverem na casa 3 mostram quais são os planos emocionais envolvidos neste setor da sua vida; já os signos (ou o signo), falam dos conceitos.

É difícil saber a hora de falar e de calar, a forma de dizer e também, dominar a arte de ouvir os outros e compreendê-los. Na Astrologia, Mercúrio simboliza a nossa capacidade de comunicação, as dificuldades e facilidades que temos de entrar em contato e aprender com as pessoas que passam por nossa vida. Será que você tem consciência de como anda administrando este setor da sua psique? Confira com a astróloga Graça Carvalho

MERCÚRIO:
Elemento : Ar ;
Polaridade : Masculina, positiva;
Eixo: Gêmeos/Sagitário;

Ritmo: Mutável. Casa III - Gêmeos ;
A trilogia de ar: Gêmeos, Libra e Aquário;

A energia do Ar é muito importante, corresponde à energia mental, do pensamento. As questões relativas ao ar se incluem na esfera da comunicação, dos relacionamentos, conhecimento, das idéias, da capacidade verbal, harmonia e da reconciliação entre os opostos. No mito, ele é Hermes e Mercúrio. É Hermafrodita, une os dois sexos em uma só energia, isto é, reúne partes que aparentemente estão separadas, mas que se complementam e se juntas, formam um Todo indivisível.

O primeiro contato com o elemento Ar nos leva a verificar a natureza de nossa comunicação, a aprendermos a nos integrar com as pessoas. Este será um tempo para nos dedicarmos a aprender mais sobre nós mesmos e aos contatos emocionais, que são os temas do Planeta Mercúrio.

Mercúrio é aquela energia que sentimos como a curiosidade, o interesse pelo aprendizado, o comércio, a oratória, enfim, toda essa energia que nos move para o "encontro" com o outro ou com os outros. Quanto mais cedo, melhor para aprendermos a observar o nosso movimento, o vai e vem que é peculiar àqueles que têm um Mercúrio em posição forte no Mapa e ficarmos atentos ao perigo de colisão que esta rapidez provoca, gerado por uma falta de sinalização. Essa energia de Mercúrio pode ser tão forte para alguns, fazendo até mesmo mudar de assunto durante uma conversa que o outro nem percebe e não entende mais nada. Ou, bons falantes, conversando horas sobre um assunto que acabaram de ouvir e nem sequer sabem do que se trata.

Um Mercúrio forte no Mapa nem sempre significa uma mente lógica, analítica, pensamentos organizados. Muitas vezes, quando por exemplo um Mercúrio na Casa I em trígono com Urano na Casa V, pode dar uma procissão de idéias, bastante criatividade, pensamento ágil, raciocínio veloz, mas também, bastante errática.

É importante verificar se nós estamos circulando ou atropelando, traumatizando. Vamos verificar com quem estamos falando, se estamos dando atenção ao que os outros falam. O que será que estamos derrubando nos outros? Será que não colocamos carga emocional demais? É através da observação que podemos tentar melhorar o contato.

Como é que eu faço o contato emocional? Que tipo de relação é gerada quando eu faço contato emocional com o outro, como eu estou equilibrando essa relação de ensinar e aprender, do ouvir e do falar, do viver. Essa relação tem que ser equilibrada, se fizer uma coisa a mais que a outra, desequilibra. Por isso, Gêmeos (regido por Mercúrio) é representado por duas colunas abraçadas e o mito conta a história de dois irmãos inseparáveis, Castor (mortal) e Pólux (imortal)*. Devemos estar atentos às duas situações comuns na energia mercurial: se é com muita força, com carinho, com criatividade ou com austeridade.

Entretanto, em termos de energia, mesmo sem saber especificamente qual a posição de Mercúrio em seu Mapa, você pode observar qual é a forma de circular e se comunicar, a maneira como você expressa esse planeta, como ele atua em você. É só observar que logo saberá. O objetivo do elemento ar e especificamente de Mercúrio é o da comunicação, do contato emocional. O que temos que observar é a forma como cada um entra em contato com as pessoas em nível de emoção. Com que carga emocional eu me aproximo das pessoas, de que forma eu me comunico melhor, que fator emocional interfere em minha qualidade de relacionamento? E como a Casa III (natural do signo de Gêmeos e do planeta Mercúrio) tem a ver com aprendizado, teremos que aprender e melhorar com essa circulação, porque não estamos sós em nível emocional.

CASA 4
A família é algo fundamental para o alicerce da sua vida emocional, mesmo que você já tenha saído da infância ou da adolescência. Saiba do que você precisa para lidar melhor com as suas raízes e construir o seu Lar de forma harmoniosa, através do significado da quarta casa astrológica.

O que deixa você em baixo astral? Você já parou para observar os seus altos e baixos? O que faz você mudar de humor? Qual a sua reserva emocional? O que lhe desencanta? Você é muito "desencantado" e está sempre confundindo as coisas? Já se perguntou o que realmente lhe encanta nessa vida? Essas observações fazem com que a gente se conheça melhor, fundamentando nossos sentimentos.

O setor do seu mapa do Céu que pode responder a estas perguntas é a Casa IV (leia sobre as casas astrológicas). Mesmo que você não tenha Mapa, não é difícil perceber, em seu cotidiano o que lhe faz perder a terra em nível emocional, o que lhe deixa em baixo astral, naquele mal estar que "fingimos" não saber o que é para não termos que encarar. E, principalmente, quando o assunto é família.

A Casa IV tem várias aplicações, além do psicológico, é a parte incontrolável dentro de nós mesmos. Normalmente as energias, mesmo conhecidas, são descontroladas, porque estão na Casa da meia noite e não recebem luz. Para entrar nesse reino, só através do sentir e do sonhar.

Observe como cuida de você mesmo: sente-se enraizado? Como se sente em relação à família? Raivoso, irado, magoado, carente? E o que você tem feito em relação a isso? Ou anda tão ocupado e preocupado com a carreira e os compromissos e passa a maior parte do tempo longe do lar? Às vezes estamos tão identificados com nossas atividades, com aquilo que vemos, que esquecemos de ver a nós mesmos, à nossa família.

A Casa IV representa aquele local que nós vamos quando estamos sozinhos, dentro de nós mesmos. Uma questão importante na casa IV é o ambiente em que vivemos. Que tipo de atmosfera criamos em nosso lar, o que atraimos para nós nesse ambiente, onde nos identificamos com ele. Essa ambientação só acontecerá realmente quando o "astral" estiver muito bom dentro da sua casa e ela for realmente um Lar, aqui significando família. A família é que torna possível essa ambientação, dentro desse plano se desenvolvem coisas que são necessárias, certas imagens fundamentais, por isso a família é muito importante no desenvolvimento de uma pessoa. Mesmo a pessoa estando independente, morando em outra cidade, haverá sempre alguma coisa para ser visto junto da família.

Este é o setor que simboliza o SENTIR e o SONHAR. É aqui que podemos ver a sua relação com a sua família, com o seu lar. Além das suas raízes emocionais, que estão em sua infância, na casa quatro você pode analisar onde e de que natureza é os "fantasmas" que foram gerados em seu passado. Os planetas que estiverem na casa 4 mostram quais são os planos emocionais envolvidos neste setor da sua vida; já os signos (ou o signo), falam dos conceitos nos quais esta área se abastece.

CASA 5
Todos precisam da alegria para viver bem. Você tem concentrado as suas energias para fazer com que seus dias sejam mais felizes? A sua capacidade de brincar, divertir-se, estar alegre e criar é analisada na Astrologia através da sua Casa V. É nela também que você pode conhecer o que te dá prazer e como são as suas criações. Confira com a astróloga Graça Carvalho.

A Quinta Casa Astrológica, relacionada ao signo de Leão e ao elemento Fogo, é o setor prático da sua vida. Nela você pode descobrir como tem curtido os seus dias, como "gosta emocionalmente" e reage quando encontra algo com que tem afinidade. Determinadas coisas na sua vida são capazes de produzir com você uma relação na qual existe um mútuo reconhecimento, onde as duas naturezas se absorvem, se enchem, se plenificam.

Todas as questões do seu prazer e da alegria podem ser vistas na Casa V. A alegria é algo de grande importância em qualquer parte da vida a nível emocional, já que quando você realiza algo com ela, o resultado é muito superior ao alcançado se a situação fosse inversa. A técnica empregada para realizar aquela atividade é diferente, há diferença no objetivo e termina havendo uma diferença de conseqüência. Você pode fazer muito para se dar um pouquinho mais de alegria. Basta um pouquinho a mais de prazer para que novos caminhos sejam abertos, tornem-se mais livres, desimpedidos. Com alegria, as coisas se esquentam e despertam.

Quando entramos frios nas situações, as coisas também estão de alguma maneira um pouco congeladas. A alegria é a capacidade de tirá-las do gelo e fazer com que adquiram uma velocidade toda especial. São nestes momentos que temos a impressão de que aquilo tudo está sorrindo. Você sabe a partir de quê, as coisas estão sorrindo para você e estão lhe alegrando?

Na casa cinco, a Astrologia analisa o que você precisa para viver alegre e com prazer. É aqui também que estão simbolizados os namoros e as diversões. Mas todo prazer deve produzir bons frutos: os filhos - tanto os de sangue quanto aqueles que nascem de suas idéias, como um livro ou um projeto - também são departamento da 5. Os planetas que estiverem nesta casa mostram quais são os planos emocionais envolvidos neste setor da sua vida; já os signos (ou o signo), falam dos conceitos nos quais esta área se abastece.

Antes de chegar a essa verdadeira alegria, você precisa pensar também como é que anda centralizando as coisas emocionalmente, como você é capaz de brilhar. Se você centraliza a sua força, por exemplo, que é a energia representada por Marte, aquilo vai oferecer um prazer lhe tornando um herói. Aqui estamos discutindo a questão fundamental do sorriso, da alegria e do prazer e isso não é uma coisa achada, é algo que temos que nos carregar para poder atingir. Temos que considerar que existe uma cota de alegria que acontece ao acaso, tudo bem, que seja bem vinda. Mas existe a cota que é do nosso caso, o que "eu" posso fazer. É a história da centralização, eu tenho que centralizar algo, pois com essa cota, eu vou ter chance de obter aquela alegria.

Quando algo está no centro, a possibilidade de cair e se perder é bem menor do que aquela que está na beiradinha. Então, como você está centralizando suas energias em prol de uma vida mais alegre e mais saudável? Você está sabendo colocar no centro essas energias? Você está se concentrando em determinadas coisas que são importantes para o seu sorriso? Nas coisas que você gosta, com as pessoas que gosta, com as situações que podem lhe dar prazer? Como você centraliza isso, será que deixa de investir o necessário, ou entra em excesso? Temos que ter uma medida para que essa energia seja impulsionada e permita que as coisas aconteçam com prazer. Todos os signos de Fogo impulsionam: Aries, o primeiro, impulsiona pela própria natureza; o segundo de Fogo, Leão, impulsiona pelo prazer e Sagitário, o terceiro de Fogo, pela sabedoria. Os signos de Fogo são energias que arrastam e entusiasmam.

Exemplos: Quem tem Urano na Casa V, deve jogar o jogo emocional do prazer - o jogo de fazer o que gosta - brincar com a vida (no bom sentido), de forma infinita, significativa, porém, diferente. Esta pessoa brinca de inventar, sempre inventando alguma coisa, porque Urano é o inventor, é o criador. Para que a pessoa entre e participe desta festa, tem que ter um sentido, tem que ter um significado e naquele significado, ela tem que se sentir livre para poder criar.

CASA 6
Durante a sua vida, é preciso manter sempre a "casa" limpa, jogar fora todas as impurezas materiais e emocionais que andam obstruindo o seu caminho. A única forma de realizar esta tarefa é através do trabalho. O setor prático da Astrologia que analisa os seus potenciais e dificuldades nesta área é a Casa VI (leia mais sobre as casas astrológicas). Confira, com a astróloga Graça Carvalho, como realizar melhor esta faxina diária e livrar-se das impurezas que se acumulam durante a vida.

É nesta área do mapa que a Astrologia analisa o seu TRABALHO e sua saúde física. É o ponto de "limpeza" da sua vida, onde você precisa liberar todas as toxinas que contaminam a sua psique. Na casa seis está simbolizado o seu trabalho cotidiano, aquele que, com suor, você precisa realizar para limpar-se. Os planetas que estiverem na 6 mostram quais são os planos emocionais envolvidos neste setor da sua vida; já os signos (ou o signo), falam dos conceitos nos quais esta área se abastece.

A sexta casa do zodíaco, regida por Ceres, é a limpeza e a saúde. Todas as sujeiras acumuladas em relação ao seu comportamento, seus ganhos, estudos, família e prazeres são "varridas" para a Casa VI, onde serão eliminadas. Como analogia, pode-se dizer que a casa VI é o "intestino" do mapa. Tudo na vida necessita de organização e reciclagem para que se consiga resultados práticos.

Enquanto na Casa IV descobrimos nossa discreta identidade, na V nos revelamos, na VI temos uma relação direta com trabalho e a saúde. É nela que descrevemos nossa atitude em situações que comandamos ou que somos comandados. É nesse setor que escolhemos um trabalho para ser feito de maneira sincera e metódica, que funciona como um meio de cura para o egocentrismo e o egoísmo presente em nós.

A escolha do método a ser empregado é de extrema importância, para que os objetivos sejam alcançados de uma maneira mais consistente, rápida e integral. A ordenação dos procedimentos é algo predisposto na natureza.

Esta procura de uma metodologia para o trabalho também deve existir em relação ao emocional. Temos que aprender a botar para fora tudo o que não nos serve emocionalmente, da mesma forma que fazemos no sentido fisiológico. Saber se livrar deste dejetos é fundamental para uma melhor saúde.

No zodíaco, as casas práticas são a II, a VI e a X. Elas determinam a importância do uso de um método para a resolução de problemas imediatos. A Casa VI, especificamente, trata das coisas práticas que podemos fazer em relação às nossas emoções.

O início de qualquer limpeza mais profunda é uma grande faxina para desobstruir todas as saídas. Sabemos que se pintarmos todo o corpo com uma tinta, morreremos de intoxicação, porque os poros são bloqueados e não conseguem eliminar o suor que libera as toxinas do corpo. Como a Casa VI, é o grande lixeiro do zodíaco, em que todo o lixo das casas anteriores é colocado, o trabalho de limpeza nela é dobrado. O planeta e o signo que estiverem ali colocados têm que ser trabalhados com maior atenção, já que é para lá que serão enviadas e processadas todas as formas de lixo das outras casas. O trabalho de limpeza feito na casa VI trata do nível das relações materiais, enquanto a casa XII se ocupa do nível espiritual.

Um exemplo desse tipo de organização no dia-a-dia é a questão da realização financeira. É através do dinheiro que se ganha no trabalho que você pode se estruturar para fazer outras coisas... Estando pronto para estas tarefas, você tem condições de se enraizar. Neste setor prático da sua vida, é preciso realizar o trabalho de forma ritmada, com patrão, horário e disciplina.

A Casa VI é de grande importância no mapa, porque é através do trabalho que conseguimos estrutura para produzir saúde, enraizamento e centramento, entre várias outras coisas. Ela nos leva a lembrar que existem deveres a serem cumpridos antes de direitos usufruídos. O importante é que trabalho seja bem feito.

CASA 7
Por que temos tanta necessidade das outras pessoas? E por que o nosso convívio com elas é tão complicado? A astróloga Graça Carvalho vai apresentar a você o setor prático da sua vida que fala dos relacionamentos, a sétima Casa Astrológica. Todos os seres humanos buscam um complemento, mas será que sabem ceder para que haja harmonia entre o "eu" e o "outro"?

As doze casas do mapa do céu são divididas em quatro setores:

O primeiro é representado pela As (Ascendente),o segundo pelo IC (Imun Coeli ou Fundo do Céu), o terceiro pelo DS (Descendente) e o quarto pelo MC (Meio do Céu). O signo descendente é aquele que estava na mesma posição onde ocorre o pôr-do-sol, descendo na linha do horizonte, na hora do nascimento de uma pessoa.

Este é o espaço onde a Astrologia analisa o "outro" em sua vida. O que você espera das outras pessoas, o que existe nelas que falta em você, o que os outros trazem para complementar a sua personalidade? É esta a área onde estão simbolizados os CASAMENTOS, tanto os afetivos quanto os profissionais. Os planetas que estiverem na 7 mostram quais são os planos emocionais envolvidos neste setor da sua vida e o que você precisa que o "outro" lhe ensine; já os signos (ou o signo), falam dos conceitos nos quais esta área se abastece.


Ele apresenta situações naturalmente opostas em relação ao signo do Ascendente, que nascia na linha contrária. Enquanto o ascendente representa a autoconsciência, o descendente é a Complementação, o ocaso da alma, é a consciência do outro.

O descendente ou terceiro quadrante, ponto cardeal, é iniciado pela Casa VII. Aqui, inicia-se a aprendizagem da complementação, a sabedoria de que não estamos sós, que o outro pode ser o nosso espelho e que muito sobre nós mesmos poderá ser compreendido através dos contatos, dos relacionamentos, das sociedades, dos casamentos. Casamento entende-se qualquer relacionamento baseado em compromissos mútuos, contraído legalmente ou não. Embora seja mais conhecida como a casa do casamento, é também curiosamente indicada como a "Casa dos inimigos declarados".

A Casa VII representa o encontro do homem com o Sagrado, na medida em que ele se desvencilha da prisão de "sua vontade" e passa a perceber que existe algo divino nos encontros dessa existência, e de que nada acontece por acaso, mas sim, por ocaso. Os encontros que acontecem são "colocados" em nossas vidas como se fossem provações, exercícios para unir a nossa alma, que é bastante fragmentada, através de uma outra história de natureza mais transcendental, definitiva em nossas vidas. Se isso não for visto numa relação, perderemos não só a relação, mas a possibilidade de crescer nela e com ela.

Assim como o Sol, em sua natureza, tem que se pôr para que a noite nasça, as pessoas também necessitam se retirar por um momento para dar espaço ao outro. E na hora que esse Sol se põe, nós, que surgimos com ele na Casa I, no momento do nascimento, teremos que se pôr com ele, também. O caso é que nós não estamos acostumados com as trevas, a sair de cena e deixar que o outro ou uma outra coisa brilhe em nosso lugar e ocupe o centro.

Aqui é bom ficar claro a importância de se pôr. Se pôr significa deixar de fazer determinada coisa que queremos e fazer aquilo que o outro prefere. Claro que o casamento perfeito é aquele em que o outro faz o mesmo. Todos nós temos uma Casa VII, logo, todos têm o seu momento de se pôr, e quando isso não acontece, vêm as frustrações e as insatisfações, seja no nível emocional, afetivo, profissional ou de amizades.

Se retirar do centro significa anular sua vontade para atender o que for necessário em benefício do outro. É esquecer nossos próprios desejos e vontades e priorizar o assunto alheio, entrar em ocaso, deixar que algo ou alguém brilhe em nosso lugar enquanto ficamos nos bastidores. Assim, extrairemos de cada relação o que ela pode nos dar, com espontaneidade e naturalidade, de acordo com o equilíbrio da Vida. Afinal, relacionamento significa equilíbrio. Na "Casa do Outro" devemos esvaziar nosso egocentrismo e de uma forma prática e harmoniosa, deixar que os outros brilhem. Dar o que temos para dar, em vez de cobrar aos que não tem o que nos oferecer e receber dos que tem com satisfação.

A casa VII representa Eros, deus da emoção, oposto à Psique, representante da razão, da Casa I. Segundo a mitologia, Eros chega na calada da noite e foge antes do Sol raiar para que Psique não o veja. Só existe uma maneira de perceber Eros: colocar para fora o excesso de individualidade, de sol presente que a gente tem na vida. Só esvaziando nosso ego é que abriremos um espaço para conhecer a energia do amor, de Eros. Para isso, não é necessário criar novas relações e sim trabalhar as que já existem.

Com isso, aprenderemos a "prender" o Eros em nosso cotidiano, seja dia ou noite. Colocando o outro e as relações importantes que fazem parte da nossa vida no centro. Com justiça e equilíbrio estamos aptos a ir recebendo de cada coisa ou pessoa o que cada um tem para dar. Concentrando nossas energias, tempo, espaço e dinheiro no outro, podemos descobrir que as coisas são muito mais bonitas do que percebíamos anteriormente. Experimente.

CASA 8
A vida de todos nós é imprevisível. Sem sabermos como, nem porquê, algo que nunca pensávamos perder, sai das nossas mãos. A vida começa a mudar, coisas inesperadas acontecem e pequenas ou grandes perdas vão se tornando freqüentes. Vamos perdendo as coisas que havíamos conquistado e as pessoas que nos cercam. As coisas parecem não mais dar certo e ficamos com uma sensação de que estamos sendo enterrados vivos. Será?

A Casa VIII representa exatamente todos os tipos de perdas emocionais que acontecem conosco. Perdemos a carga de emoções que acumulamos durante toda a vida e da qual precisamos numa certa altura para que nós possamos nos desprender dela e atingir outros objetivos. É a hora de encarar situações que não fomos educados para entender nem para aceitar. Somos educados para ganhar, ganhar e ganhar.

A casa oito é a mais misteriosa do mapa, pois é nela que estão todas as coisas mais escondidas da sua personalidade, esperando por serem reveladas. É o "casulo" onde você precisa TRANSFORMAR, depositar suas "lagartas", a fim de que se transformem em borboletas. Todas as perdas e heranças da sua vida também estão simbolizadas aqui. Os planetas que estiverem na 8 mostram quais são os planos emocionais envolvidos neste setor; já os signos (ou o signo), falam dos conceitos nos quais esta área se abastece.

Em geral, nossa reação imediata diante da perda é de luta, de novas tentativas, de busca por saídas rápidas. A oportunidade deveria ser de "dar um tempo", parar e ver qual setor da nossa vida que está precisando ser melhor compreendido e muitas vezes, no final de uma crise, resta algo novo, nascido daqueles momentos difíceis, até mesmo um potencial escondido e só agora descoberto.

A oitava Casa do Zodíaco também simboliza o local de limpeza e despejo desses excessos emocionais. Ela provoca situações embaraçosas para que algo em nós mesmos seja descoberto, algo que não havíamos percebido, por nossa escassez de percepção, de atenção. Quantas mortes, mistérios, segredos e raptos acontecem em nosso dia-a-dia? Será que estamos atentos a eles? Que segredos e mistérios existem nas perdas? Quantas vezes repetimos gestos, medos e raivas sem sabermos porque?

Estamos falando da perda dos excessos, daquela bagagem que vamos colocando em nosso barco, sem a utilizarmos nem conseguir nos desvencilhar. Então vem a vida e faz a "limpeza", no sentido até de evitar o peso excessivo para que possamos continuar nossa viagem e não afundarmos o barco.

As vezes, perdemos porque não damos tempo para que as coisas amadureçam suficientemente e possam chegar a uma realização. Na tentativa, em vão, de não perder, muitas vezes matamos a possibilidade de ver a frutificação e plenificação emocional das coisas.

Plutão, o planeta regente da Casa VIII, simboliza o aprofundamento, a regeneração, a transformação. As gerações degeneram e Plutão regenera, no sentido de aproveitar coisas ou fases ruins e inferiores. O Lotus que é uma das mais belas flores do mundo, nasce do lodo; a lagarta, um bicho pequeno, que queima, entra no casulo para virar uma borboleta. É esse o grande mistério produzido na Casa VIII, o da alquimia, da transformação da pedra em ouro, da mudança de energias ditas negativas em positivas, assim como a terra transforma excrementos em adubos. No momento em que eu estou vivo e o mundo está vivo, tenho algo de bom para retirar do mundo e uma coisa boa para dar para o mundo, e isso acontece em todas as épocas e lugares diferentes, com unanimidade, entre todos.

Todos nós temos um lado "de fora" que precisa brilhar, mas é necessário olharmos para dentro e procurarmos uma sombra que não se deve temer. Ver as coisas pelo outro lado é algo que não deve ser ignorado. Podemos sentir medo e em vez de tentarmos ir fundo e investigar, nos retiramos. Em vez de ver o invisível nos outros, preferimos vestir o capacete (adereço de Plutão) e ficarmos nós mesmos invisíveis.

Devemos ter cuidado com o medo, que nos impede de criarmos casa, de amadurecer. E nós nunca estaremos curados se o outro não estiver também, seja este quem for. Isso significa que quando enxergamos uma situação emocional arruinada, destrutiva nos outros, não podermos fingir que não vimos, nem nos recolhermos porque sentimos medo. Por outro lado, também não podemos partir para a agressão, para afastar o que tememos.

Morremos todos os dias, a todo instante. Morremos todas às vezes que fazemos uma opção, quando mudamos de emprego, cada vez é deixado para trás aquilo que havíamos nos esforçado para conseguir. Todas as vezes que assumimos uma nova postura, uma nova opinião, estamos renascendo. É preciso matar o velho para que o novo surja. Devemos sempre olhar para a nossa bagagem interior, o que carregamos na vida e que na verdade não nos serve mais.

Por isso toda atenção nos momentos de crise e de perdas. Eles podem ser a grande possibilidade da vida. Se não, por sermos tão apegados emocionalmente, por não nos darmos conta de nossa emoção, por não promovermos uma limpeza emocional, perdemos mais do que deveríamos e impedimos nosso próprio crescimento. As vezes, matamos dentro da gente uma capacidade "estranha", uma emoção, um pressentimento, simplesmente porque não aceitamos penetrar na sombra nem de nós mesmos muito menos na dos outros.

CASA 9
"Uma cruz não é para ser arrastada, e sim para ser erguida" Santa Tereza D' Ávila

Qual é a filosofia emocional da sua vida? Depois de passar pelas perdas, choques e "mortes" em seu cotidiano, é preciso ser como a Fênix que, de maneira elevada, renasce das próprias cinzas. Este é o sentido da nona casa astrológica, o setor prático da sua vida que simboliza a maneira como você conduz e refina suas emoções, além de indicar quais são os critérios e valores capazes de elevar os seus sentimentos.

Para alcançar esta sutiliza emocional, livrando-se das coisas grosseiras, todos precisam de princípios que possam religar o cotidiano a algo maior. Existem outras formas e critérios de pensar o mundo, diferentes daquelas que você está habituado. Ir buscar estes novos princípios é realizar a longa viagem proposta pela casa IX, colocando sua visão e sentimento no ponto mais alto possível.

Aqui, a Astrologia analisa qual é a sua FILOSOFIA de vida e do que você precisa para lançar-se em viagens mais elevadas, em termos de conhecimento e sabedoria. Esta casa está muito ligada ao ato de "romper fronteiras", ir mais longe. É onde estão simbolizados a sua RELIGIÃO, as longas viagens e os cursos superiores. Os planetas que estiverem na 9 mostram quais são os planos emocionais envolvidos neste setor; já os signos (ou o signo), falam dos conceitos nos quais esta área se abastece.

A sua filosofia emocional é o conjunto de critérios que você utiliza para sentir a vida cada vez melhor. Qual é o princípio e de que forma você tem conduzido a sua emoção para isto? Realizando a longa viagem que o seu cotidiano precisa, você será capaz de renascer e sublimar as suas atividades.

A Casa IX traz sempre esta elevação e um refinamento sentimental. O planeta que estiver presente nesta casa em um Mapa do Céu vai funcionar como uma peneira, que não deixa passar as emoções grosseiras e baixas.

Além de estar ligada às grandes viagens, a Casa IX também fala dos estudos elevados, diferentes dos realizados na casa III, da qual é oposta. Na III, o astrólogo poderá identificar a aprendizagem e a comunicação de uma pessoa; já na IX, ele verá como esta pessoa interpreta estas informações, estabelece uma linha e as dirige para o infinito, para o transcendente. Na III acontece o estudo, a primeira lição e aprendizado da vida; na IX, surge a sabedoria.

A religião também é vista neste setor do seu Mapa do Céu. É através dela que adquirirmos a capacidade de sair do mundo e ir em direção ao absoluto, adquirindo clareza suficiente para guiar-se com persistência, paciência e lucidez. A religião não é uma questão individual, é universal, já que tem uma só finalidade: levar o homem a alcançar o que há de maior em sua vida, apurar a filosofia que utiliza durante o seu percurso e renascer através da sabedoria.

CASA 10
Este é o ponto máximo de um mapa, que começa com a linha do Meio do Céu: é o setor da REALIZAÇÃO, da PROFISSÃO, daquilo que uma pessoa faz de melhor. Nele, estão simbolizados com quais elementos uma pessoa vai trabalhar para atender ao seu "chamado", que é a sua vocação. Os planetas que estiverem na Casa 10 mostram quais são os planos emocionais envolvidos na profissão e uma pessoa; já os signos (ou o signo), falam dos conceitos nos quais esta área se abastece.

A décima casa astrológica, natural do signo de Capricórnio e regida por Saturno, simboliza a sua Profissão, aquele trabalho no qual você busca aperfeiçoar-se ao máximo e, com ele, atinge a sua realização. Ninguém pode atingir a Perfeição durante a vida, mas através desta casa, você provavelmente terá um vislumbre desta Perfeição.


A Casa X, que começa com a linha do Meio do Céu, é o ponto mais alto do zodíaco. Para saber onde ela fica, é só imaginar uma linha reta puxada verticalmente de nossa cabeça no instante do nosso nascimento para o ponto mais elevado do céu (no mesmo onde está o Sol quando é meio-dia). Só conseguimos enxergá-la se fizermos um esforço, "esticando" o pescoço, já que está acima da nossas cabeças.

A Casa X inicia o último quadrante do Mapa, ou seja, o último "conjunto" de três casas que contém um símbolo correlato. Ela marca o Impulso de Realização do ser humano, a meta mais alta que cada um deve atingir.

Mas será fácil esta tarefa, a de buscar a perfeição e o máximo de nós mesmos em um mundo tão imperfeito? Diante da desarmonia que nos cerca, como nos inspirar e aspirar o melhor?

CASA 11
Para sermos livres, precisamos antes conhecer nossos limites emocionais - os condicionamentos mais entranhados em nosso padrão de comportamento, aqueles que repetimos automaticamente - para depois livrarmo-nos deles. É na 11ª casa astrológica que encontramos estes possíveis condicionamentos e, também, uma dica de como vencê-los. Neste setor prático da nossa vida não podemos ser autômatos, devemos usar a mente para a realização de ideais e da criação.

Este é o seu ponto de LIBERTAÇÃO no mapa astrológico. É aqui que acontecem as possibilidades de livrar-se de todos os condicionamentos e soltar os seus POTENCIAIS, em prol de ideais e projetos que favoreçam não só a você, mas a toda humanidade. Os planetas que estiverem na Casa 11 mostram quais são os planos emocionais envolvidos neste setor da sua vida; já os signos (ou o signo), falam dos conceitos nos quais esta área se abastece.

Você está preso e subordinado a quê? A quem ou a o quê entrega a "sua cabeça" para que seja "feita"? Será que não está muito subordinado às necessidades da matéria, a tal ponto que é impedido de até mesmo olhar o céu? Quando mantemos a cabeça abaixada, acabamos por olhar somente o nosso próprio umbigo. Olhar o céu é libertar-se, é tomar conhecimento do infinito, eterno e do perfeito.

Quando falo matéria não me refiro à Terra, à mãe Gaia, pois é a Terra que nos dá o sustento, oferece a base para os nossos pés e serve como nosso ponto de apoio. Não podemos olhar o céu e voar em nossa imaginação sem termos as bases bem plantadas, os pés confortavelmente e amorosamente bem integrados à Terra. Estar subordinado significa estar pensando apenas em sucesso pessoal ou em uma liderança que atenda somente a nossa vaidade. Um ideal só é realizado quando totalmente liberto da necessidade de aplausos, de reconhecimento pessoal, de glórias e honras. Libertar-se das vaidades, do orgulho e do ego é criar asas para voar e possibilitar verdadeiras criações.

Cada um precisa libertar-se da bola de ferro que o prende e aumenta cada vez mais. Esta "bola de ferro" é o condicionamento que não nos deixa caminhar, quanto mais voar. Libertados desta corrente, devemos então analisar o que podemos fazer com nossa humanidade e potencialidade.

Todos temos nossas sementes ainda não plantadas. Para que esta sua potencialidade desabroche, você precisa pensar e fazer circular suas idéias. É preciso pegar a faca e cortar o queijo, e não manter um potencial para nunca ser realizado. Libertar-se dos condicionamentos não significa encontrar as potencialidades, mas significa que é por ali que emocionalmente você pode encontrar a sua libertação.

Para alcançarmos este vôo, nada melhor do que estar leve, sem apegos ou padrões de comportamento repetitivos. É imprescindível que você tome consciência da vida que está levando, o que anda fazendo com suas idéias, ideais e capacidade de realizar seus potenciais. O que você tem feito com o seu poder maior, doado a todos os homens, que é o Dom do Livre Arbítrio? Como tem feito suas escolhas? Ao menos tem utilizado esse potencial maior, que é a capacidade de decidir sua própria vida?

Para saber decidir bem, o primeiro passo é romper com os condicionamentos e deixar para trás os pesos que não lhe deixam voar. Temos as chaves para abrir nossos compotas e deixar a alma sair, temos o livre arbítrio, temos o pensamento. Se pararmos para pensar, o mínimo que seja, já estaremos nos libertando de várias bolas de ferro. O pensamento é uma grande chave para a verdadeira liberdade. Pense um pouco mais antes de agir.

CASA 12
O último setor prático de um Mapa do Céu analisado pela Astrologia, a casa XII, é o ponto que mostra a sua missão em ser co-participante do grande espetáculo do Universo, que é a Vida, buscando a Unidade de todas as coisas.

É muito natural que, dentro de algumas destas situações, você acabe sentindo-se ferido, tendo sido desviado dos seus planos e projetos. O importante nestes momentos é não perder tempo com reclamações e lamentos, mas entender como você pode tornar-se um canal para que o Sagrado aja através de você. Quando não há esta percepção, o que seria sacro-ofício torna-se sacrifício, um dos mais freqüentes artifícios que as pessoas utilizam para não ficarem nulas diante do Maior e fazerem parte do grande espetáculo da Vida.

Quando bloqueamos a nós mesmos e deixamos de ser um canal para que o Sagrado aja através de nossos atos, evitando assim os sacrifícios, esta omissão acaba por gerar algo muito pior, que é o sentimento de tristeza, vazio e a depressão. Todo o sofrimento desnecessário nasce quando as pessoas tomam atitudes que as separam da Unidade.

Todos têm um "trabalho sagrado" a fazer durante a vida. Este é o setor do seu mapa que analisa o SACRIFÍCIO (ofício sagrado) pelos outros, aquilo que você precisa DOAR, sem olhar a quem e nem esperar nada em troca. Na Casa 12 também está simbolizada a sua saúde emocional, já que quando nos negamos a doar este dom que possuímos, acabamos por ficar deprimidos e vazios. Os planetas que estiverem na 12 mostram quais são os planos emocionais envolvidos neste setor da sua vida; já os signos (ou o signo), falam dos conceitos nos quais esta área se abastece.

A verdade é que ninguém nasceu, à luz da Tradição, para o sofrimento. Mesmo assim, todos os seres humanos sofrem e muito. Esta contradição acontece porque as pessoas deixam de contemplar o mais belo e sublime de todos os espetáculos, que é a vida, e perdem a noção de que esta beleza só pode ser realizada através delas próprias.

As pessoas transmitem, umas para as outras, o apoio necessário para que vivam. Se alguém ajuda o outro, está, na verdade, servindo de canal para que uma energia maior passe através dele, muitas vezes mesmo sem perceber. Ao entregar-se, anular-se ao Sagrado, oferecendo-se como canal, você é alimentado e afasta a depressão e o sofrimento da sua vida. As pessoas que chegam para "beber" desta energia são chamadas "mendigos". Em vários momentos, você mesmo é mendigo e a outra pessoa está no papel de canal, repassando algo que você necessita para o seu crescimento e desenvolvimento. Isso não significa que um mendigo seja sempre amável e humilde, muitas vezes as pessoas aproximam-se e arrancam de nós algo que desejam, até de forma grosseira. O importante é reconhecer, nestas horas, um momento de anulação e doação.

A confusão começa quando você pensa que está repassando toda essa beleza para o outro. Ao imaginar que tudo que acontece em sua vida é de única e exclusiva iniciativa sua, você deixa de perceber a interferência da Unidade e passa a comportar-se como se ela não tivesse nenhuma responsabilidade sobre as outras pessoas e nem sobre as circunstâncias. E o pior: acaba pensando que as pessoas a quem você repassou algo lhe devem alguma coisa. Nestes casos, é bom nunca perder de vista que você é apenas um instrumento do Sagrado.

As formas desse contato com o Sagrado acontecem nas mais variadas situações da vida. Eles representam oportunidades de se "anular", de se oferecer como canal. Assim como uma simples mangueira derrama água sobre as plantas, fornecendo elementos para que vivam, nós também podemos canalizar o que o outro precisa para a seu desenvolvimento.

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