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Segundo a tradição, a alquimia tem origem no Egito Antigo, por Hermes Trimegisto. Algumas histórias narram que ele viveu no séc.XIV a.C., no reinado de Akenaton e que era filho de Thot., o detentor da sabedoria. Para muitos estudiosos místicos, Hermes não se tratava de um ser, mas de um grupo de iniciados das escolas de mistérios da época.
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A filosofia hindu de 1000 a.C. apresentava algumas semelhanças com a alquimia chinesa, como por exemplo o soma cujo conceito assemelhava-se ao do elixir da longa vida. No Egito a alquimia demonstrava uma influência do sistema filosófico-religioso da época helenística misturando conhecimentos médicos com metalúrgicos.
Nesta época, várias mulheres dedicavam-se a alquimia, como por exemplo Maria, a judia, que inventou o um banho térmico com água, muito utilizado nos laboratórios atualmente, o "banho-maria", Kleopatra (possivelmente não seria a Rainha Cleópatra), Copta e Teosébia. Os persas conheciam a medicina, magia e alquimia. A alquimia possuía um pouco da imagem da população de Alexandria, era uma mistura das práticas helenísticas, caldaicas, egípcias e judaicas.
Alexandre "o Grande" , que era iniciado, foi quem teria disseminado a alquimia durante suas conquistas aos povos Bizantinos e posteriormente aos Árabes.
Os árabes, sob a influência dos egípcios e chineses, trouxeram a alquimia para o ocidente ao redor do ano de 950, inicialmente para a Espanha. Construíram-se escolas e bibliotecas que atraiam inúmeros estudiosos.
Conta-se que o primeiro europeu a conhecer a alquimia foi o teólogo e matemático monge Gerbert que mais tarde tornou-se papa, no período de 999/1003, com o nome de Silvestre II. Na Itália Miguel Scott, astrólogo, escreveu uma obra intitulada De Secretis em que a alquimia estava constantemente presente.
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Na China, o mais famoso alquimista foi Ko Hung (cujo nome verdadeiro era Pao Pu-tzu, viveu de 249-330 d.C.) que acreditava que com a alquimia poderia superar a mortalidade. Atribui-se a ele a autoria de mais de cem livros sobre o assunto, dos quais o mais famoso é "O Mestre que Preserva sua Simplicidade Primitiva". Teria aprendido a alquimia por volta de 220 d.C com Tso Tzu. O tratado de Ko Hung, além da alquimia fala também da ciência da alma e das ciências naturais. Sua obra trata tanto do elixir da longa vida bem como da transmutação dos metais. Até então a alquimia chinesa era puramente espiritual e foi Ko Hung que introduziu o materialismo, provavelmente devido a influências externas. Ela foi influenciada também pelo I Ching "O livro das Mutações". Posteriormente seguiu a escola dos cinco elementos, que mesmo assim permaneceu quase que completamente mental-espiritual.
Do Oriente, difundi-se para o Ocidente por intermédio dos alquimistas gregos, como Zózimo, Oimpiodoro e Sinésio. Depois através dos bizantinos, como Estefânio, Enéias de Gaza, mas foram os alquimistas árabes que mais contribuíram para sua expansão. Os mais conhecidos são: Ibn-Hayyan, Al-Razi e Ibn-Sina (Avicena).
Ibn-Sina ou Avicena (980-1036) redigiu um Cânon que contribuiu para o ensino da medicina durante séculos, além de muitas obras sobre o estudo da alma e de seu destino, além de várias narrativas místicas.
Em meados do séc.XII a Alquimia teve um imenso impulso na Europa graças ao livro anônimo árabe Turba Philosophorum (A Turba dos Filósofos) que relatava um concilio de filósofos gregos para estabelecer o vocabulário alquímico.
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Contou no Ocidente com adeptos célebres, tais como: Albert Le Grand, Tomas Aquino, Roger Bacon, Arnaud de Villeneuve, Raymond Lulle., Nicolas Flamel, Georges Ripley e Pico della Mirandola.
Também os Templários, nos séc.XII e XIII, tiveram papel importante na expansão da Alquimia. Tanto no plano financeiro quanto cultural e espiritual. Nos combates travados na Terra Santa opuseram-se aos Assacins, que constituíam uma ordem mística que perpetuavam as doutrinas esotéricas do ismaelismo e praticavam a alquimia. Mais tarde , os Templários trocaram relações amigáveis com aquele povo e muitos foram iniciados à Arte Régia.
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Foi também o séc.XVII que marcou o declínio da Alquimia, com a crescente oposição da igreja católica aos estudantes rosacruz, que os acusava de quererem substituir o Criador e se entregarem a práticas ocultas com objetivo de enriquecimento próprio. Além disto, a ciência oficial combatia com duras críticas o estudo da alquimia e tentavam desacreditar tudo o que se relacionava com a filosofia e a espiritualidade.
Assim, a Alquimia entrou em dormência, a despeito de personalidades influentes como Robert Boyle, Elias Ashmole, Thomas Vaughan, Wilhelm Leibnitz, Isaac Newton, dentre outros, continuarem a praticá-la.
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A imagem acima é o símbolo usado pelos alquimistas rosacruzes do século XVI.
Apesar das perseguições religiosas e políticas, a alquimia continuou a suscitar interesse dos místicos do séc.XVIII, como Cagliostro, Jean François Eteilla e Eckartshausen, autor de Nuvem sobre o Santuário, de conotação profundamente alquímica. No séc.XIX citamos Cambriel, Cyliani e Tiffereau.
No séc.XX, temos Louis Figuier, Jollivet Castelot, Bernard Biebel, Eric Marié, Eugene Canseliet e outros.
A Alquimia corresponde a uma senda mística que sempre terá seus adeptos, pois se traduz num desejo do ser humano de transcender a matéria e se aproximar do Criador.
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A Tábua de Esmeralda, texto seminal da alquimia islâmica e ocidental, apareceu primeiramente nos seguintes textos: Kitab Sirr al-Khaliqa wa Sanat al-Tabia (c. 650 d.C.), Kitab Sirr al-Asar (c. 800 d.C.), Kitab Ustuqus al-Uss al-Thani (século XII), e Secretum Secretorum (c. 1140).
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